Spike Lee diz que 'Highest 2 Lowest' será seu último trabalho com Denzel Washington

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Após 35 anos e cinco filmes juntos, a parceria entre o diretor Spike Lee e o ator Denzel Washington pode ter chegado ao seu ponto final com Highest 2 Lowest, lançado nesta semana no Festival de Cannes. O cineasta afirmou que o vencedor do Oscar tem contemplado a aposentadoria.

"Este é o quinto filme que fizemos juntos", disse ele em entrevista concedida após a exibição de Highest 2 Lowest. "Foi uma bênção fazer esses trabalhos juntos, fazendo filmes que as pessoas amam. Ele tem falado sobre aposentadoria. Mas cinco filmes juntos... isso é bom, eles se destacam."

Antes de Highest 2 Lowest, que estreia no Apple TV+ em 5 de setembro, a parceria entre Lee e Washington rendeu os elogiados longas Mais e Melhores Blues (1990), Malcolm X (1992), Jogada Decisiva (1998) e O Plano Perfeito (2006). O filme sobre o ativista norte-americano, inclusive, rendeu ao ator sua terceira indicação ao Oscar em 1993, mas o prêmio acabou ficando com Al Pacino, por Perfume de Mulher.

"O que fizemos em Malcolm X foi incrível", lembrou Lee, antes de cutucar a escolha da Academia de décadas atrás. "Com todo respeito ao meu irmão Al Pacino - eu o amo. Mas Denzel, na minha opinião, deveria ter vencido."

Com uma das carreiras mais prolíficas e elogiadas da indústria, Washington foi celebrado em Cannes, recebendo uma Palma de Ouro honorária surpresa antes da exibição de Highest 2 Lowest no festival. O ator recebeu a homenagem das mãos de Lee.

Inspirado em Céu e Inferno, filme de 1963 dirigido por Akira Kurosawa, Highest 2 Lowest acompanha um magnata do mundo da música (Washington) que, envolvido em um crime com reféns, se vê dividido em uma decisão de vida ou morte.

Highest 2 Lowest será lançado de forma limitada nos cinemas norte-americanos em 22 de agosto, antes de estrear no Apple TV+ em 5 de setembro.

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Dois homens foram encontrados mortos no domingo, 9, em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, após ingerirem bebidas alcoólicas em bares da cidade no sábado, 8. Um terceiro indivíduo está internado em estado grave.

Os casos foram registradas como mortes suspeitas na delegacia de Cajamar e a perícia foi requisitada ao Instituto Médico Legal (IML). A hipótese principal é de envenenamento e até o momento não há indícios de que as bebidas ingeridas estariam contaminadas com metanol.

Os homens que faleceram tinham 29 e 38 anos. Eles teriam passado a tarde de sábado bebendo com dois amigos no bairro Jardim Nova Jordanésia. Não há informação sobre o estado de saúde do quarto homem.

A prefeitura de Cajamar interditou três bares no bairro, um no qual os homens teriam bebido e outros dois próximos, por precaução. Produtos também foram apreendidos para serem periciados pelo Instituto de Criminalística.

O Brasil viveu uma onda recente de casos de intoxicação por metanol. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, ao todo, 104 notificações foram registradas até o dia 31 de outubro, sendo 59 casos confirmados e 45 em investigação. Outras 682 notificações foram descartadas. Entre os óbitos, 15 haviam sido confirmados como decorrentes das intoxicações e seis estavam em investigação.

Até o momento, 111 metas climáticas definidas pelos países (NDC, na sigla em inglês) foram entregues, segundo a diretora-executiva (CEO) da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), Ana Toni. "O número tem crescido diariamente", afirmou em coletiva no final da tarde desta segunda-feira, 10.

A executiva destacou que, há algumas semanas, foram contabilizados 64 NDCs. "O crescimento indica que o multilateralismo e o acordo de Paris estão funcionando e se fortalecendo", complementou.

A fala de Ana Toni ocorre em meio às preocupações com o baixo número inicial de NDCs enviados pelos países. A leitura era a de que isso poderia se refletir também um menor engajamento internacional na COP30 como um todo. Por isso, o aumento é visto com visto bons olhos.

Entre os destaques desta segunda, Ana Toni citou o acordo sobre a agenda de ações, que permitiu o início das negociações no âmbito da COP30. "Esse é um jeito de acelerar as ações", afirmou, ressaltando que em edições anteriores do evento, o consenso foi mais demorado.

A executiva voltou a falar ainda que o principal mote da COP30 será a implementação. "Vamos isso incluir em todas as nossas premissas, porque é o nosso foco", finalizou.

Três em cada quatro brasileiros veem que uma transição para uma economia sustentável deve criar empregos segundo pesquisa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Nexus. Outros 14% disseram que essa mudança econômica iria diminuir em alguma medida a quantidade de empregos e 5% falaram que nada mudaria.

A Nexus realizou 2.021 entrevistas face a face em uma amostra representativa da população brasileira a partir de 18 anos, nas 27 Unidades da Federação entre 14 e 21 de julho de 2025.

A pesquisa mostra que quanto maior a renda e a escolaridade, maior é a crença em mais empregos vindos de uma economia mais sustentável.

"A maioria das pessoas acredita que a transição para uma economia mais sustentável vai gerar novos empregos. Mas esses trabalhos devem exigir profissionais mais qualificados e, por isso, pagar salários mais altos. Assim, é natural que quem tem mais estudo e renda perceba melhor as oportunidades que essa mudança pode trazer", destaca Ricardo Cappelli, presidente da ABDI.

Preparo

Para 54% da população, o Brasil tem trabalhadores preparados para os novos empregos que poderão surgir com a transição para uma economia mais sustentável. Outros 42% disseram que não.

Segundo a pesquisa, quanto mais jovem, maior é a é a confiança na formação de trabalhadores preparados para atuar em uma economia mais sustentável.

Os mais velhos (48%), os mais ricos (53%) e quem tem até o ensino superior completo (52%) são os únicos segmentos em que o percentual de pessoas que não acreditam no preparo da força de trabalho brasileira para a economia sustentável é maior do que os que acreditam.