Séries, filmes, documentários e reality: Netflix anuncia pacote com 10 produções brasileiras

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Netflix anunciou nesta segunda-feira, 26, um pacote com 10 novas produções brasileiras, que incluem séries, filmes, documentários e reality. Todas estão previstas para serem filmadas até o fim deste ano.

Os projetos trazem narrativas variadas que abordam desde eventos históricos e esportivos até temas contemporâneos e culturais, assinados por grandes nomes do audiovisual nacional. Veja a lista completa:

Spin-off de 'Sintonia'

Entre os destaques está o spin-off de Sintonia, que chega agora no formato de filme, focado na trajetória de Nando, um dos protagonistas da série. A produção é da Gullane, com direção de Johnny Araújo.

"Fico muito feliz com a paixão dos fãs pela série. Estou muito animado com esse novo desafio e quero aproveitar essa oportunidade para mostrar o quanto esse personagem ainda tem a dizer", afirma o ator Christian Malheiros, que interpreta Nando.

'Brasil 70 - A Saga do Tri'

Outro projeto de peso é Brasil 70 - A Saga do Tri, minissérie da O2 Filmes que revive a campanha histórica da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970. A produção, dirigida por Pedro e Paulo Morelli, aposta em efeitos visuais para colocar o público dentro dos campos, acompanhando jogadas icônicas do time.

Documentário sobre Ronaldinho Gaúcho

O futebol também é tema de dois documentários. O primeiro foca em Ronaldinho Gaúcho, revelando histórias pouco conhecidas da vida do jogador, com tom leve e bem-humorado. A direção é de Luis Ara, que define o projeto como "tão aleatório e divertido quanto nosso personagem".

Documentário sobre Santos, seus bastidores e a volta de Neymar

O segundo documentário acompanha os bastidores do Santos Futebol Clube em um dos momentos mais delicados da sua história. A produção, que ainda não tem título divulgado, traz os desafios do clube após a morte de Pelé, o rebaixamento inédito e o retorno à primeira divisão além do desafio de Neymar Jr. em auxiliar o time a retomar seu prestígio.

'Emergência Radioativa'

O público também poderá acompanhar, pela primeira vez, Emergência Radioativa, uma série de ficção sobre o maior desastre radioativo da história do Brasil. A produção narra os acontecimentos do acidente com o Césio-137 em Goiânia, em 1987.

Criada por Gustavo Lipsztein, dirigida por Fernando Coimbra e produzida pela Gullane, a trama traz a perspectiva de físicos, médicos e vítimas, que correram contra o tempo para salvar milhares de vidas.

'Fúria'

Outra novidade no catálogo é Fúria, série que mergulha no universo do MMA. Criada por Igor Verde e Gustavo Bragança, com direção de José Henrique Fonseca, a produção acompanha a trajetória de um jovem lutador em busca da própria identidade. As cenas de luta contam com a preparação e coreografia do renomado Peter Lee Thomas, conhecido por trabalhos internacionais.

'Meu Namorado Coreano'

Entre os realities, destaque para Meu Namorado Coreano, que acompanha cinco brasileiras vivendo relacionamentos com coreanos e encarando os desafios das diferenças culturais. Gravado em Seul, capital da Coreia do Sul, o programa reflete o crescente interesse dos brasileiros tanto pela cultura sul-coreana quanto por realities de relacionamentos.

'Fazenda Colonial'

A Netflix também investe em seu primeiro filme brasileiro de terror. Fazenda Colonial acompanha um grupo de amigos que viaja até uma antiga fazenda, onde se depara com eventos sinistros ligados ao passado do País. Dirigido por Marcela Mariz e Renata di Carmo, o longa mistura terror e crítica social, trazendo à tona temas como racismo, escravidão e heranças do período colonial.

'Tudo Por Um Crime'

Outro filme que promete gerar debates é Tudo Por Um Crime, thriller baseado no caso Elize Matsunaga. Com direção de Vellas e roteiro de Raphael Montes, a produção mergulha nas tensões de classe, ambição e violência, oferecendo um olhar profundo sobre um dos crimes mais emblemáticos do Brasil.

'Marcha das Onças'

Fechando a lista, a Netflix lança seu primeiro documentário de natureza produzido na América Latina. Marcha das Onças acompanha, com imagens inéditas e tecnologia de ponta, a vida de três onças-pintadas no Pantanal, desde a infância até a vida adulta, revelando os desafios de sobrevivência da espécie e os impactos ambientais da ação humana na região.

"Essas dez novas histórias são um panorama diverso da produção nacional, com projetos que refletem a nossa potência criativa e a pluralidade da cultura brasileira", resume Elisabetta Zenatti, vice-presidente de Conteúdo da Netflix no Brasil.

Em outra categoria

A cidade de São Paulo não deve ter fortes chuvas na noite deste sábado, 8, segundo boletim divulgado pelo Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura. As chances de rajadas de vento, porém, se mantêm.

No Paraná, ao menos seis pessoas morreram e 750 ficaram feridas após a passagem de um tornado na tarde de sexta-feira, 7, na região centro-oeste do Estado.

A previsão era de que a chuva seguisse em direção a São Paulo, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

Até houve registros de fortes chuvas na capital durante a madrugada deste sábado, mas a situação não se prolongou. No fim da tarde, os termômetros marcavam 25°C, com umidade relativa em torno dos 73%, segundo o CGE.

O boletim divulgado no meio da tarde, às 15h, apontou que as instabilidades que atingiram a capital e a região metropolitana durante a madrugada já se afastaram em direção ao Sul de Minas e do Rio de Janeiro.

"Não são mais esperadas chuvas significativas ao longo do dia, mas ainda há potencial para a ocorrência de rajadas de vento de até 80km/h durante todo o dia e noite, o que vai favorecer a acentuada queda da temperatura", diz o CGE.

Climatempo alertou para ventania em São Paulo

Na sexta-feira, 7, a Climatempo alertou para o risco de ventos fortes inicialmente na Região Sul e, ao longo deste sábado, no Sudeste.

"No decorrer da tarde do sábado, o ciclone se desloca pelo oceano, indo em direção à costa de São Paulo e do Rio de Janeiro", afirmou, em nota.

Na madrugada e manhã de domingo, 9, a previsão é de que o ciclone se afaste em alto mar, na altura do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Defesa Civil emitiu alerta para os riscos de ciclone

Desde quinta-feira, 6, a Defesa Civil do Estado de São Paulo alerta para os riscos do ciclone extratropical, seguido por uma frente fria, que começou a se formar na sexta sobre o Sul.

O ciclone e a frente fria começaram a se formar a partir de uma área de baixa pressão atmosférica e ganharam força entre o Norte da Argentina e o Paraguai durante a tarde e a noite de quinta.

Os estados do Sul do País são os mais afetados, mas o fenômeno também fez o tempo ficar instável em São Paulo e outras regiões.

O Paraná viveu, nesta sexta-feira, 7, um dos eventos meteorológicos mais severos de sua história recente. Ao menos seis pessoas morreram e 773 ficaram feridas após a passagem de um tornado na região centro-oeste do Estado. Os fortes ventos deixaram um rastro de destruição na cidade de Rio Bonito do Iguaçu, município de cerca de 14 mil habitantes localizado a aproximadamente 380 quilômetros de Curitiba.

O Estadão conversou com Sheila Paz, meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), que detalhou as causas, a dimensão e as implicações climáticas do tornado. Ela explicou que a passagem de uma frente fria associada à formação de um ciclone na costa do Rio Grande do Sul deu origem a supercélulas de tempestade que levaram à formação do tornado.

O Simepar ainda investiga a ocorrência exata, mas a meteorologista confirma que três tornados foram registrados no Estado entre as 18h e as 20h de sexta-feira. O mais intenso atingiu Rio Bonito do Iguaçu, com ventos estimados em 250 km/h, o que corresponde à categoria F3 na escala Fujita, usada para medir a intensidade de tornados.

"É um tornado extremamente violento e devastador, o pior evento de tempestade da história recente do Paraná", afirmou Sheila, acrescentando que cerca de 80% da cidade foi afetada. Registros mostram que as rajadas provocaram destelhamento de residências, além de quedas de árvores e postes.

Apesar do impacto, Sheila explicou que tornados não são fenômenos desconhecidos na região. "Eles fazem parte da nossa climatologia. O que aconteceu foi que esse passou exatamente sobre uma cidade pequena, o que fez o estrago ser amplamente sentido", disse. Ela destacou que muitos eventos semelhantes ocorrem em áreas rurais, sem deixar registros visíveis ou danos significativos.

Segundo a meteorologista, a primavera é uma estação especialmente crítica, marcada pela passagem de frentes frias e tempestades intensas. "Nos últimos dois meses, tivemos várias tempestades severas no Paraná e em toda a região Sul. Estamos vivendo uma temporada muito movimentada", afirmou.

O que causou a formação do tornado?

Conforme o Simepar, os temporais na região estão associados a uma combinação de fenômenos que incluem o deslocamento de uma frente fria impulsionada por um sistema de baixa pressão atmosférica formado entre o Paraguai e o sul do Brasil, ao mesmo tempo que um ciclone extratropical se desloca do continente para o oceano.

"Observamos o avanço de uma frente fria associada a um ciclone bem estruturado entre o litoral gaúcho e o Atlântico. À frente dessa frente fria, se formaram células de tempestade que evoluíram para supercélulas. Dentro delas, houve a formação dos tornados", explicou Sheila.

O evento desta semana foi agravado por um ambiente atmosférico altamente instável, com "grande corredor de umidade e temperaturas elevadas" no interior do Estado, favorecendo o surgimento de supercélulas. "O ciclone trouxe umidade e energia em excesso e, quando encontrou calor no interior, criou as condições ideais para a formação desses sistemas", explicou.

Diferença entre tornado, ciclone e furacão

Um dos principais pontos de confusão entre o público é a diferença entre tornado, ciclone e furacão. Sheila explica que são fenômenos distintos, tanto em escala quanto em duração.

"O furacão é um sistema gigantesco, com centenas de quilômetros de extensão, formado sobre oceanos tropicais. Ele mantém ventos muito fortes por horas ou dias, como o furacão Melissa, que passou pela Jamaica recentemente", afirmou.

"Já o tornado tem dezenas de metros de diâmetro, forma-se dentro de uma supercélula e dura poucos segundos ou minutos. No caso do Paraná, a destruição observada ocorreu em cerca de 30 segundos."

O ciclone, por sua vez, é uma área de baixa pressão atmosférica, e pode ser o ponto de partida para uma frente fria e tempestades severas, como as que atingiram o Paraná. "O ciclone que se formou na costa do Rio Grande do Sul ajudou a organizar a frente fria, que por sua vez criou o ambiente propício às supercélulas. Dentro delas, surgiram os tornados", explicou.

Sheila lembra que o Brasil só registrou um furacão verdadeiro em sua história: o Furacão Catarina, em 2004, que atingiu o litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. "Furacões não pertencem à nossa climatologia, mas supercélulas e tornados sim", explicou.

Mudanças climáticas

Embora tornados façam parte da climatologia do Sul, Sheila reconhece que há sinais de mudança. "Os estudos mais recentes indicam aumento da intensidade e da frequência. Esses fenômenos sempre existiram, mas hoje acontecem com mais força e são registrados com mais facilidade. Essa chavinha já virou."

Para a meteorologista, a situação observada no Paraná se soma a um quadro mais amplo de eventos extremos na região. "O que vimos no Rio Grande do Sul no ano passado mostra que o clima está mudando. Temos tempestades mais severas, mais destrutivas, e isso exige preparo e investimento em monitoramento", disse.

A meteorologista reforça que, diante de um cenário climático mais severo, a educação da população e o fortalecimento dos sistemas de alerta são fundamentais. "É essencial que as pessoas saibam como agir diante de uma tempestade. Alertas precisam chegar com antecedência e a população precisa entender a gravidade desses eventos. Só assim conseguiremos reduzir o impacto humano e material."

O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), assinou neste sábado, 8, um acordo de cooperação técnica com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, para realizar um intercâmbio de projetos de sustentabilidade e urbanismo em meio aos trabalhos da Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP30, na capital paraense.

A cerimônia foi realizada na sede da prefeitura de Belém. Depois da assinatura, a prefeita de Paris foi levada para conhecer um museu que funciona no local.

"A prefeita é uma referência no que diz respeito a cidades caminháveis, cidades arborizadas e resilientes, e uma referência também em urbanismo sustentável, então para nós é um motivo de satisfação e um momento em que Belém dá uma grande virada de chave e entra no mapa do planeta, tendo hoje essa oportunidade de assinar esse termo de cooperação técnica que vai fazer com que nossa cidade possa se capacitar ainda mais para os desafios pós Cop30", afirmou o prefeito.

Anne Hidalgo lembrou que Belém era conhecida como a Paris da América Latina e ressaltou a arquitetura e a riqueza cultural da cidade. No final do século 19, em uma época de prosperidade econômica por causa do ciclo da borracha, Belém ganhou esse apelido devido à realização de reformas inspiradas na capital francesa.