'Foi um momento conturbado', diz Regina Duarte ao relembrar polêmica com Carolina Ferraz

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Regina Duarte conversou com Carolina Ferraz para o Domingo Espetacular nesse domingo, 1º. Ela relembrou alguns de seus papéis na televisão e polêmicas na política com a própria atriz.

Em 2020, quando assumiu o cargo de secretária especial de Cultura do governo Bolsonaro, Regina Duarte publicou nas redes sociais imagem na qual citava supostos incentivadores de sua chegada ao cargo, entre eles Carolina.

Ela teria pedido para que a equipe de Regina retirasse sua imagem, à época, e relembrou a polêmica durante a entrevista.

"Eu acho que foi um momento muito conturbado", disse Regina. Ela também comentou que não guardava mágoas e que "não se lembra" da discussão.

Quando perguntada se ainda possuía vontade de "fazer política", Regina rebateu: "Nunca houve essa vontade. Sou muito curiosa, interessada. Por que vou desperdiçar a oportunidade?".

"Fiquei muito entusiasmada, mas sem a menor possibilidade, sem o menor preparo para aquele cargo", completou.

Regina também falou da personagem Viúva Porcina, da novela Roque Santeiro: "A Porcina abriu um portal absolutamente novo para mim. Fiquei mais confiante, que eu posso dizer, posso questionar."

Sobre um possível retorno às novelas, a atriz negou a possibilidade de uma protagonista: "Não sou mais capaz de fazer novela. Não sou mais capaz de decorar aqueles calhamaços de texto por semana."

Entretanto, brincou que toparia fazer uma personagem que não tivesse "muitas falas".

Entenda a polêmica

Em fevereiro de 2020, quando Regina Duarte foi indicada para o cargo de secretária especial de Cultura durante a gestão Bolsonaro (2019-2022), a atriz publicou uma imagem com a foto de diversos artistas que supostamente apoiariam o governo.

Uma destas pessoas era Carolina Ferraz, que enviou um áudio pedindo a retirada de sua imagem do conteúdo. "Espero que você faça a diferença. Mas eu não quero ser usada como alguém que está ali no teu Instagram porque dá a entender que eu apoio o governo do Bolsonaro e eu não apoio, Regina. Eu nunca aprovei e nunca compactuei com esse governo e inclusive não votei no Bolsonaro", disse Ferraz, na época, em áudio vazado.

"Achei muito indelicado da sua parte. Gostaria, com todo carinho, que você por favor pedisse à sua equipe para que retirasse a minha foto", concluiu, na ocasião.

Outros nomes como o ator Luiz Fernando Guimarães e a atriz Maitê Proença também reclamaram da situação. Regina Duarte ficou no cargo por menos de três meses e foi substituída pelo ator Mario Frias.

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Dois homens foram encontrados mortos no domingo, 9, em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, após ingerirem bebidas alcoólicas em bares da cidade no sábado, 8. Um terceiro indivíduo está internado em estado grave.

Os casos foram registradas como mortes suspeitas na delegacia de Cajamar e a perícia foi requisitada ao Instituto Médico Legal (IML). A hipótese principal é de envenenamento e até o momento não há indícios de que as bebidas ingeridas estariam contaminadas com metanol.

Os homens que faleceram tinham 29 e 38 anos. Eles teriam passado a tarde de sábado bebendo com dois amigos no bairro Jardim Nova Jordanésia. Não há informação sobre o estado de saúde do quarto homem.

A prefeitura de Cajamar interditou três bares no bairro, um no qual os homens teriam bebido e outros dois próximos, por precaução. Produtos também foram apreendidos para serem periciados pelo Instituto de Criminalística.

O Brasil viveu uma onda recente de casos de intoxicação por metanol. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, ao todo, 104 notificações foram registradas até o dia 31 de outubro, sendo 59 casos confirmados e 45 em investigação. Outras 682 notificações foram descartadas. Entre os óbitos, 15 haviam sido confirmados como decorrentes das intoxicações e seis estavam em investigação.

Até o momento, 111 metas climáticas definidas pelos países (NDC, na sigla em inglês) foram entregues, segundo a diretora-executiva (CEO) da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), Ana Toni. "O número tem crescido diariamente", afirmou em coletiva no final da tarde desta segunda-feira, 10.

A executiva destacou que, há algumas semanas, foram contabilizados 64 NDCs. "O crescimento indica que o multilateralismo e o acordo de Paris estão funcionando e se fortalecendo", complementou.

A fala de Ana Toni ocorre em meio às preocupações com o baixo número inicial de NDCs enviados pelos países. A leitura era a de que isso poderia se refletir também um menor engajamento internacional na COP30 como um todo. Por isso, o aumento é visto com visto bons olhos.

Entre os destaques desta segunda, Ana Toni citou o acordo sobre a agenda de ações, que permitiu o início das negociações no âmbito da COP30. "Esse é um jeito de acelerar as ações", afirmou, ressaltando que em edições anteriores do evento, o consenso foi mais demorado.

A executiva voltou a falar ainda que o principal mote da COP30 será a implementação. "Vamos isso incluir em todas as nossas premissas, porque é o nosso foco", finalizou.

Três em cada quatro brasileiros veem que uma transição para uma economia sustentável deve criar empregos segundo pesquisa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Nexus. Outros 14% disseram que essa mudança econômica iria diminuir em alguma medida a quantidade de empregos e 5% falaram que nada mudaria.

A Nexus realizou 2.021 entrevistas face a face em uma amostra representativa da população brasileira a partir de 18 anos, nas 27 Unidades da Federação entre 14 e 21 de julho de 2025.

A pesquisa mostra que quanto maior a renda e a escolaridade, maior é a crença em mais empregos vindos de uma economia mais sustentável.

"A maioria das pessoas acredita que a transição para uma economia mais sustentável vai gerar novos empregos. Mas esses trabalhos devem exigir profissionais mais qualificados e, por isso, pagar salários mais altos. Assim, é natural que quem tem mais estudo e renda perceba melhor as oportunidades que essa mudança pode trazer", destaca Ricardo Cappelli, presidente da ABDI.

Preparo

Para 54% da população, o Brasil tem trabalhadores preparados para os novos empregos que poderão surgir com a transição para uma economia mais sustentável. Outros 42% disseram que não.

Segundo a pesquisa, quanto mais jovem, maior é a é a confiança na formação de trabalhadores preparados para atuar em uma economia mais sustentável.

Os mais velhos (48%), os mais ricos (53%) e quem tem até o ensino superior completo (52%) são os únicos segmentos em que o percentual de pessoas que não acreditam no preparo da força de trabalho brasileira para a economia sustentável é maior do que os que acreditam.