Oruam é destaque em revista britânica: 'estrela em ascensão'

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Oruam ganhou destaque internacional nesta segunda-feira, 2, após ser entrevistado pela revista britânica Dazed, que o descreve como uma "estrela em ascensão" da cena musical.

Segundo a publicação, o rapper carioca oferece uma "visão poética da vida na favela" e vem se tornando um nome cada vez mais relevante no cenário do trap e do funk brasileiro.

"Nas ruas do Rio, onde o trap e o baile funk reinam, o nome de Oruam está rapidamente se tornando uma lenda. Mas sua visão da vida nas favelas fez do rapper ruivo um alvo da lei", diz.

A reportagem também aborda o fato de ele ser filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, preso desde 1996.

A entrevista destaca que, apesar de levar um sobrenome cercado de estigma, Oruam construiu sua própria trajetória. Ele relembra, por exemplo, que seu primeiro contato com o palco foi em 2017, durante o lançamento do livro escrito por seu pai na prisão. Na ocasião, apresentou um poema e, segundo contou, foi ali que percebeu o impacto da sua escrita nas pessoas.

O rapper também reflete sobre sua influência nas periferias e se compara a uma figura fora dos padrões. "Eu não consigo descrever esse sentimento, é como se eu tivesse que ser um herói... Quer dizer, um anti-herói", afirma. A referência, segundo ele, é ao personagem Deadpool, citado durante a entrevista.

A reportagem ainda lembra que Oruam se tornou alvo de um projeto de lei apelidado de "Lei Anti-Oruam", que busca vetar financiamento público para shows de artistas que, na visão de grupos conservadores, fariam apologia ao crime. Na música "Lei Anti O.R.U.A.M", o rapper rebate: "Eles nos dão armas e depois perguntam por que somos bandidos".

O texto também menciona que, além da carreira na música, Oruam tem se dedicado a aprender inglês, com o objetivo de expandir sua atuação para o mercado internacional. "Eu olho para o que vivi e entendo que sou resultado de tudo que vi, ouvi e vivi", reflete o cantor.

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A Câmara dos Deputados aprovou em votação simbólica nesta quarta-feira, 15, um Projeto de Lei (PL) que endurece as penas a crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes. A proposta agora vai para o Senado Federal analisar e dar o último aval para poder ir a sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O texto, de autoria da senadora Margareth Buzetti (PP-MT) e de relatoria da deputada Delegada Katarina (PSD-SE), ainda cria punições para quem descumprir medidas protetivas de urgência para esses tipos de crime.

Além do endurecimento das punições, o texto diz que o juiz, caso constate existência de indícios da prática de crime contra a dignidade sexual ou caso a vítima seja criança ou adolescente, pode aplicar medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha imediatamente contra o infrator.

O infrator condenado caso usufrua qualquer benefício que o leve a saída da prisão deverá usar tornozeleira eletrônica.

No total, o projeto aumenta a pena dos seguintes crimes:

- Ato libidinoso com uma criança ou adolescente - a pena de 8 a 15 anos de prisão passaria para 10 a 18 anos, enquanto o agravante lesão corporal de natureza grave passaria de 10 a 20 anos para 12 a 24 anos;

- Induzir uma pessoa menor de 14 anos a satisfazer lascívia de outra pessoa - a pena de 2 a 5 anos aumentaria para 6 a 14 anos de reclusão;

- Praticar ato libidinoso na presença de uma criança ou adolescente de idade ou induzi-la a presenciar o ato - a pena de 2 a 4 anos de prisão aumentaria para 5 a 12 anos;

- Submeter à prostituição pessoa menor de 18 anos de idade ou pessoa que não tem discernimento para entender - a pena de 4 a 10 anos de prisão aumentaria para 7 a 16 anos; e

- Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia - a pena de um a cinco anos de prisão aumentaria para quatro a dez anos de prisão, se o fato não constitui rime mais grave.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), parabenizou os parlamentares após a aprovação. "É uma matéria importante no combate à pedofilia. É uma matéria importante na área da proteção das nossas crianças e na segurança pública", afirmou.

O projeto faz parte do pacote de propostas legislativas pautado por Motta em celebração ao dia das crianças e o dia do professor.

O Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar de São Paulo apreendeu nesta quarta-feira, 15, 3.500 espécimes de pepinos-do-mar armazenados em um imóvel.

Informações preliminares apontam que os animais (da classe dos equinodermos) são fruto de pesca proibida e que, somados, chegam a pesar 59 quilos.

A ocorrência ainda estava em andamento até o fechamento deste texto. Por esse motivo, não há ainda informações detalhadas sobre prisões e o local exato onde os pepinos-do-mar foram encontrados.

A polícia chegou ao imóvel por meio de uma denúncia anônima e encontrou os animais em estufas artesanais.

As amostras serão encaminhadas para a Universidade de São Paulo (USP) e também para a perícia da Polícia Federal. A PM aponta possível ligação com o tráfico internacional da espécie, praticado no Aeroporto de Guarulhos.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza na manhã desta quinta-feira, 16, uma operação para desmantelar um esquema de exploração de jogos de azar on-line, fraudes contra apostadores e lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 130 milhões em apenas três anos, de acordo com a Polícia Civil do Estado. Na ação, também foram identificadas ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa do Estado de São Paulo.

As investigações indicaram fortes ligações entre o grupo e estruturas criminosas de grande porte na Baixada Fluminense, em especial a chamada "máfia do cigarro", envolvida em contrabando, corrupção e financiamento de crimes. "Também foram identificadas ligações com o Primeiro Comando da Capital, por meio de empresas que comercializam filtros de cigarro e recebiam transferências de pessoas jurídicas vinculadas ao núcleo principal - evidenciando um elo interestadual e nacional, em um nível de articulação raramente identificado no estado", disse a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão e outras medidas judiciais na capital, Duque de Caxias e Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Batizada de "Operação Banca Suja", a ação inclui ainda bloqueios de R$ 65 milhões em contas bancárias e de R$ 2,2 milhões em bens (oito automóveis), além de autorização para sequestro de outros bens localizados no decorrer da operação. O objetivo é desestruturar toda a base financeira do grupo.

A "Operação Banca Suja" visa desmantelar as bases econômicas de organizações criminosas, seguindo o princípio de "seguir o dinheiro", conforme a Polícia Civil do Rio. Seu objetivo é cortar fluxos financeiros ilícitos, proteger consumidores contra fraudes, prevenir a lavagem de dinheiro e recuperar ativos para o estado. Essa operação foca especialmente em desarticular o financiamento de grupos criminosos atuantes na Baixada e na capital.