Fernanda Montenegro pede a Nunes que suspenda despejo do teatro Contêiner

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A atriz Fernanda Montenegro publicou uma carta ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pedindo reconsideração do despejo do Teatro de Contêiner Mungunzá, que ocupa uma área na Rua dos Gusmões, no Centro.

A carta feita pela atriz foi publicada nas redes sociais na noite desta terça-feira, 10. "Peço, com muita esperança, Sr. Prefeito, que o senhor repense o fechamento, o despejo do 'Teatro de Contêiner Mungunzá', na Rua dos Gusmões, 43, Bairro Santa Ifigênia, onde, como base, esse Grupo já ocupa esse endereço faz 08 anos", inicia Fernanda.

"Trata-se de uma companhia de teatro altamente criativa. São 17 anos de atividades. Mais de 4.000 projetos realizados, tendo como base esta sede nesse bairro. É uma companhia teatral fundamental em São Paulo e no Brasil. O 'Teatro de Contêiner Mungunzá', permanecendo nesse endereço na cidade de São Paulo, é um sinal de renascimento desse bairro. Um espaço de comunhão humana", acrescenta a atriz.

Na legenda da publicação, ela relatou a resposta da Prefeitura, através do Secretário de Governo, Edson Aparecido. "Governo do Estado e Prefeitura ofereceram locais para instalação do Teatro com doação de área definitiva. As negociações continuam".

Por que o Teatro do Contêiner vai ser despejado?

O Estadão obteve acesso à notificação judicial que ordena o despejo do teatro, sob a justificativa da construção de um conjunto habitacional no local.

Lê-se, no documento, a explicação da ordem: "A Prefeitura de São Paulo entende que a área onde está situada atualmente o Teatro de Contêiner é um ponto estratégico para que seja instrumentalizado um novo programa habitacional municipal".

Também na nota enviada ao Estadão, a Prefeitura alega que "a área será destinada à construção de moradia popular, dentro de um programa que vem recuperando todo o tecido urbano da cidade e que reforça o atendimento de famílias cadastradas em programas sociais desta administração."

O que vai acontecer com o teatro?

O documento também informa que a Prefeitura fornecerá "imóveis como alternativa para que o Teatro de Contêiner se reestabeleça". Ele é assinado pelo subprefeito da Sé, o Coronel Marcello Vieira Salles.

Manifestação do Teatro

Pelas redes sociais, o Teatro de Contêiner Mungunzá se manifestou. "Fechar o Teatro de Contêiner é inadmissível. O poder público deveria estimular os teatros, jamais despejar um espaço cultural vivo e pulsante. Teatros de São Paulo unidos em defesa do Teatro de Contêiner: são mais de 60 assinaturas de coletivos da cidade reunidas em apoio a nossa permanência", diz a nota.

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O Brasil responde por quase 96% dos casos de chikungunya confirmados neste ano nas Américas, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O País também contabiliza cerca de 72% das mortes pela doença no mundo.

Entre 1º de janeiro e 20 de setembro, o Brasil registrou 96.159 casos confirmados e 111 mortes. No mesmo período, a região das Américas reportou um total de 228.591 casos suspeitos, incluindo 100.329 casos confirmados, e 115 mortes.

Em nível global, foram relatados 445.271 casos, entre suspeitos e confirmados, e 155 mortes em 40 países. Os números englobam tanto casos autóctones, quando a doença é adquirida no próprio local onde a pessoa vive, quanto casos importados, em que o paciente contrai a enfermidade após uma viagem.

A OMS relaciona o avanço da doença principalmente à expansão dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, impulsionada pela urbanização desordenada, falta de saneamento, falhas em programas de controle dos vetores e pelas mudanças climáticas. O aumento da mobilidade humana e do comércio internacional também contribui para a disseminação.

Ressurgimento da doença

A OMS destaca que a distribuição de casos é heterogênea. Algumas regiões relatam números menores em comparação com 2024. É o caso das Filipinas, onde houve uma redução de 78%. Por outro lado, há locais com aumentos acentuados, como a Indonésia, que registrou uma alta de cerca de 158%.

A distribuição irregular, segundo a agência, aponta um ressurgimento da doença em áreas geográficas específicas, e não uma tendência de aumento global.

Alguns casos, no entanto, merecem destaque. A província chinesa de Guangdong, por exemplo, relatou 16.452 casos autóctones até 27 de setembro. É o maior surto da doença documentado na China até o momento.

O relatório cita que o risco é maior em locais com condições ambientais favoráveis à reprodução dos mosquitos transmissores, falhas na vigilância e diagnóstico, além de maior movimentação de pessoas. Por isso, a organização recomenda reforçar a vigilância epidemiológica, intensificar o monitoramento e o controle de vetores e aprimorar a preparação em saúde pública.

Sintomas e cuidados

O vírus chikungunya é transmitido pela picada de fêmeas do gênero Aedes infectadas. A doença é caracterizada por febre de início abrupto, frequentemente acompanhada por manchas vermelhas na pele e dor severa e debilitante nas articulações, que pode persistir por semanas, meses ou até anos.

Pacientes nos extremos de idade, como recém-nascidos e idosos, e aqueles com condições médicas subjacentes, como diabetes e doenças cardiovasculares, estão em maior risco de desenvolver doença grave e requerem hospitalização.

Não existe um tratamento antiviral específico para a doença, sendo usados medicamentos para alívio da dor e da febre.

Vacina

Em abril deste ano, o Brasil aprovou a primeira vacina contra a doença. Desenvolvido pela farmacêutica austríaca Valneva e fabricado na Alemanha, o imunizante contém microrganismos vivos enfraquecidos que estimulam o sistema imunológico sem causar a doença.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estudos clínicos realizados em adultos e adolescentes mostraram que o imunizante ajuda o corpo a induzir a produção de anticorpos neutralizantes contra o vírus.

O pedido de registro no País foi feito em parceria com o Instituto Butantan e, com a aprovação da Anvisa, a vacina está autorizada a ser aplicada na população acima de 18 anos. Ela, porém, ainda não é comercializada.

O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se desculpou nas redes sociais após ter dito em coletiva de imprensa que a crise do metanol afetou apenas bebidas caras e que ficaria preocupado no dia em que falsificassem o refrigerante Coca-Cola.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o governador lista as ações que seu governo vem tomando para lidar com a crise antes de pedir desculpas. "Acabei fazendo uma brincadeira para descontrair a coletiva que foi muito mal-interpretada e que, de fato, não cabia naquele momento, em face da gravidade do que vem ocorrendo", afirmou Tarcísio.

Na sequência, Tarcísio pede perdão às famílias que perderam pessoas intoxicadas pela substância, aos comerciantes que sofrem com a queda nas vendas e ao público em geral.

De acordo com o último balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Estado registra três óbitos (eram duas mortes no último boletim, divulgado na segunda-feira, 6) e 18 confirmações de contaminação por metanol - três casos a mais em relação ao levantamento anterior.

São 176 casos no total, com 158 em investigação - incluindo sete óbitos que estão em análise. Segundo dados do governo, 38 ocorrências foram descartadas após os exames não apontarem contaminação por metanol, e outras 35 começaram a ser investigadas.

O Estado de São Paulo registrou, nesta terça-feira, 7, um aumento no número de mortes confirmadas por intoxicação por metanol, além de crescimento na quantidade de casos positivos para o uso da substância.

Um novo balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) aponta que o Estado registra três óbitos (eram duas mortes conforme o último boletim, divulgado na segunda-feira, 6) e 18 confirmações de contaminação por metanol - três casos a mais em relação ao levantamento anterior.

São 176 casos no total, com 158 em investigação - incluindo sete óbitos que estão em análise. Segundo dados do governo, 38 ocorrências foram descartadas após os exames não apontarem contaminação por metanol, e outras 35 começaram a ser investigadas.

A terceira morte no Estado é a de Bruna de Souza Araújo, de 30 anos. Ela estava internada em um hospital municipal de São Bernardo do Campo desde o final do mês passado.

Após o agravamento do estado de saúde de Bruna, na última sexta-feira, 3, médicos abriram o protocolo para confirmar a morte encefálica da jovem. O óbito foi confirmado pela administração municipal na noite da segunda-feira e incluído no balanço mais recente do governo.

As amostras de sangue e urina coletadas em casos suspeitos estão sendo analisadas pelo Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (Latof), do Departamento de Química da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto.

De acordo com o governo, o método usado para a análise e identificação do metanol nas amostras pode levar até uma hora. Para o tratamento dos pacientes, a SES informa que disponibilizou 2 mil novas ampolas de álcool etílico absoluto, utilizadas na desintoxicação.

Prisões e interdições

Até o momento, 42 pessoas foram presas em São Paulo em operações contra esquemas de adulteração de bebidas desde o início do ano. Desse total, 21 foram detidas nesta semana.

Em relação ao número de estabelecimentos, 11 - sendo sete na capital - foram interditados sob suspeita de comercializar bebidas adulteradas. Um deles foi desinterditado parcialmente pela Justiça e pela Vigilância Sanitária do Município, mas continua proibido de vender destilados.

Nesta segunda-feira, a 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), da Polícia Civil de São Paulo, apreendeu 103 mil vasilhames de destilados vazios em um galpão clandestino na Vila Formosa, na zona leste da capital.

Segundo a polícia, o local funcionava como uma "empresa de recicláveis", que tinha como principal fonte de comércio a venda de garrafas vazias para terceiros. Dois homens foram autuados e serão investigadas, diz a polícia. A defesa deles não foi localizada pela reportagem.