Morre Brian Wilson, líder dos Beach Boys, aos 82 anos

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Brian Wilson, lenda da música e líder do grupo Beach Boys, morreu aos 82 anos. A informação foi confirmada pela família em uma publicação nas redes sociais, sem confirmar a data da morte.

"É com o coração partido que informamos que o nosso amado pai Brian Wilson faleceu. Estamos sem palavras neste momento. Por favor respeite nossa privacidade neste momento de luto", diz a mensagem da família.

Brian Wilson tinha sete filhos com três mulheres diferentes. Com sua última esposa, Melinda Ledbetter, com quem ficou por 28 anos, ele adotou cinco deles. Melinda morreu em janeiro do ano passado. Meses depois, o cantor foi diagnosticado com demência.

"Brian Wilson foi a cara da juventude americana do início dos anos 1960, é a definição perfeita do termo 'alma torturada'", escreveu o colunista Sérgio Martins no Estadão na época do diagnóstico da doença do artista.

"Desde cedo, foi atormentado por vozes que duvidavam de seu talento e diziam que ele tinha de se matar. Passou décadas à base de remédios até que, em maio passado, foi diagnosticado com demência e colocado sob cuidados dos filhos e empresários", analisou Martins.

Os Beach Boys foram fundados em 1961 na Califórnia, Estados Unidos. O álbum Pet Sounds, de 1966, foi listado por várias publicações como um dos álbuns mais influentes da história da música. A banda foi incluída no Hall da Fama do Rock em 1988.

A excelência do disco, idealizado integralmente por Wilson, se deve uma a combinação de fatores que incluem a complexidade de suas harmonias vocais, a riqueza e a inovação instrumental, e a profundidade emocional de suas letras, que exploravam temas como amor e perda. Os arranjos contaram com uma variedade de instrumentos e elementos de jazz e música clássica.

O álbum também influenciou os Beatles a criarem Sgt. Pepper's (1967), considerada a maior obra-prima da música pop. Paul McCartney já afirmou diversas vezes que sua canção favorita é God Only Knows, um dos maiores hits do Pet Sounds.

A vida de Wilson foi retratada em Love & Mercy (2014), cinebiografia dirigida por Bill Pohlad. O filme se destaca por sua abordagem inovadora, alternando entre duas fases distintas da vida de Wilson: sua juventude nos anos 1960, interpretada por Paul Dano durante o período de criação de Pet Sounds, e sua vida mais madura nos anos 1980, interpretada por John Cusack, quando Wilson enfrenta desafios pessoais e de saúde mental.

Outros dois documentários recentes investigaram a trajetória do músico. The Beach Boys (2024; disponível no Disney+) é a visão do cineasta Frank Marshall e do documentarista Thom Zimny sobre a ascensão do grupo que Brian criou ao lado dos irmãos, Dennis e Carl, do primo Mike Love e do amigo Al Jardine - que temporariamente foi substituído por David Marks.

Em Long Promised Road (2021; disponível para aluguel na Amazon Prime), de Brent Wilson (sem parentesco), é um passeio do cantor com o jornalista Jason Fine pelos locais onde morou em Los Angeles. Há uma troca de ideias sobre a evolução da música do grupo, que evoluiu do iê-iê-iê para se tornar uma obra complexa.

Brian Wilson esteve apenas uma única vez no Brasil, em performance no Tim Festival, em 2004, realizado no Jockey Club, em São Paulo.

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O segmento de saúde suplementar alcançou a marca de 52,8 milhões de beneficiários de planos de assistência médica em junho, alta anual de 2,7%, segundo relatório da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgado nesta terça-feira, dia 5.

Deste total, os planos coletivos eram 44,250 milhões, com crescimento de 0,7% em base anual. Por setor, foram 38,353 milhões empresariais, 5,891 milhões coletivos por adesão e 250 coletivos não identificados. Outros 8,615 milhões são de planos individuais ou familiares, sendo 25,093 mil não identificados.

No segmento de assistência odontológica, a quantidade de beneficiários chegou a 34,410 milhões de pessoas, aumento de 3,1% na base anual de comparação.

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou na manhã desta terça-feira, 5, uma operação contra uma organização criminosa envolvida em falsificação de anabolizantes e emagrecedores. Os medicamentos eram fabricados e vendidos clandestinamente em todo o Brasil.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado, no total, são cumpridos 85 mandados de busca e apreensão e outros 35 de prisão, tanto no território paulista quanto em outros 12 Estados. Não há confirmação de quantos já foram presos.

Conforme as investigações iniciadas há aproximadamente um ano por agentes da 1ª Central Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), a quadrilha usava uma empresa clandestina para produzir e vender medicamentos sem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Desta forma, os produtos eram comercializados para pessoas físicas sem a apresentação de receita de controle especial.

Por meio de nota, o delegado Ronald Quene, coordenador da operação, disse que os suspeitos conseguiram movimentar R$ 25 milhões nos últimos cinco anos com as atividades ilegais.

"As equipes se deslocaram às 6h, depois de uma reunião de alinhamento, para dar início aos mandados de busca e de prisões temporárias", afirmou ele.

Em São Paulo, há 57 ordens judiciais sendo cumpridas na capital paulista, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Cotia, São Caetano do Sul, São José dos Campos, Jacareí, Campinas, Jundiaí, Louveira, Sumaré e São José do Rio Preto.

"Os demais mandados são cumpridos nos Estados do Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Mato Grosso, Amazonas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Pernambuco", acrescenta a SSP.

Imagens de satélites que estão em órbita a 550 km de distância da Terra registram o avanço da espuma tóxica que cobre o Rio Tietê na região de Salto, no interior de São Paulo. A imagem datada de 19 de julho mostra uma pequena concentração de espuma próximo à cachoeira que dá nome à cidade.

Na outra foto, captada no dia 1º de agosto, e possível ver que o manto de espuma branca se estende até o limite da área urbana, sentido oeste, numa extensão aproximada de 5 quilômetros. O governo de São Paulo e a Sabesp atribuem a espuma ao esgoto não tratado e apontam investimentos para universalizar tratamento até 2029.

O registro mostra que houve um avanço considerável em poucos dias. De acordo com a SOS Mata Atlântica, a espuma é causada pela presença de detergentes e saponáceos contidos no esgoto que é despejado no rio.

As imagens foram captadas pela constelação Dove, da Planet, formada por mais de 130 satélites. A plataforma da SCCON, empresa brasileira especializada em geotecnologia, realiza o monitoramento com a detecção de mudanças e emissão de alertas climáticas, por exemplo. Como a Terra gira em torno do seu eixo, os satélites captam imagens da superfície terrestre todos os dias.

As imagens fazem parte da rede do programa Brasil MAIS, do Ministério de Justiça Segurança Pública. Os órgãos municipais e estaduais podem ter acesso às imagens e alertas, via RedeMAIS, e tomar decisões estratégicas e emergenciais com o acompanhamento diário das imagens.

A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) informou que a espuma no Tietê é um fenômeno histórico e causado por fatores como despejo de esgoto sem tratamento, de efluentes industriais e do lixo lançado indevidamente nos córregos e rios. Na Grande São Paulo, até 2023, o volume de esgoto não tratado equivalia a 22 mil piscinas olímpicas por mês. A companhia investe R$ 70 bilhões para universalizar o saneamento nas cidades em que opera até 2029. No primeiro ano da desestatização, a empresa atendeu com tratamento de esgoto 1,4 milhão de pessoas.

O governo de São Paulo informa que a Cetesb, companhia ambiental do Estado, acompanha os episódios de formação de espuma no Tietê e intensificou as fiscalizações de estações de tratamento, indústrias e municípios que não tratam esgotos. Este ano, foram aplicadas multas no valor de R$ 3,8 milhões. O governo prevê R$ 20 bilhões de investimentos em saneamento e conectar 2,2 milhões de domicílios à rede de esgoto até 2029.