O que Kanye West, ou Ye, foi fazer no julgamento de Sean 'Diddy' Combs?

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Ye, o rapper anteriormente conhecido como Kanye West, apareceu brevemente no julgamento por tráfico sexual de Sean "Diddy" Combs, em Nova York, nesta sexta-feira, 13, para apoiar o magnata do hip-hop, de quem é amigo há anos. No entanto, ele não teve permissão para entrar na sala do tribunal e foi embora após observar rapidamente o julgamento em um monitor de vídeo em outra sala.

Ye, vestido de branco, chegou ao tribunal federal de Manhattan antes do meio-dia, enquanto o julgamento estava em um recesso, e passou cerca de 40 minutos no edifício.

Após sair de um controle de segurança similar ao de um aeroporto, foi perguntado a Kanye se ele estava no tribunal para apoiar Combs.

Ele assentiu. Em seguida, apressou-se para pegar um elevador e não respondeu quando perguntado se poderia testemunhar em nome de Combs, quando a defesa iniciar sua apresentação já na próxima semana.

A segurança do tribunal não o levou ao 26.º andar, onde o julgamento ocorre em uma das maiores salas do edifício. A entrada ali é estritamente controlada, com assentos reservados para a família e a equipe jurídica de Combs, a mídia e os espectadores que esperam em fila por horas para conseguir um cobiçado lugar.

Kanye West no julgamento de Diddy

Em vez disso, o rapper foi levado para uma sala no 23º andar. Lá, ele observou brevemente o testemunho em um grande monitor de circuito fechado. Outra sala similar estava cheia de representantes da mídia e funcionários do tribunal que ouviram erroneamente que ele poderia estar lá.

Conforme a notícia de sua localização real se espalhava e os espectadores entravam lentamente na sala onde Ye estava sentado na primeira fila com o filho de Combs, Christian, um guarda-costas e outro apoiador de Combs em um lado da sala que, de outra forma, estava vazia por conta de um funcionário do tribunal, Ye olhou ao redor antes de se levantar abruptamente e sair, junto com os demais que o acompanhavam.

Kanye West não respondeu a mais perguntas ao deixar o tribunal, passando por repórteres e câmeras de televisão e entrando em um sedã Mercedes preto que o aguardava.

Diddy se declara inocente

Na sala onde o julgamento acontecia, Combs, de 55 anos, parecia eufórico e ciente de que seu amigo o havia visitado, enquanto familiares, incluindo sua mãe, observavam o processo. Ele se declarou inocente das acusações de tráfico sexual e crime organizado que alegam que ele usou sua fama, fortuna e violência para cometer crimes durante um período de 20 anos.

A aparição de Ye no tribunal se deu um dia depois de uma mulher identificada no tribunal somente com o pseudônimo de "Jane" encerrar seis dias de testemunho.

Os advogados de defesa tem argumentado que Combs não cometeu crimes e que os fiscais federais estavam tratando de controlar o sexo consensual que ocorreu entre adultos.

'Rapper famoso' foi citado em depoimento

Na sexta, Jane testemunhou que, durante um intervalo de três meses em sua relação com Combs, voltou a Las Vegas em janeiro de 2023, com um famoso rapper que era amigo próximo de Combs.

Antes do depoimento de Jane sobre o assunto, os advogados e o juiz realizaram uma audiência prolongada, sem acesso do público, para discutir o que poderia ser divulgado sobre a viagem de janeiro.

Foi perguntado a Jane se o rapper com quem ela viajou era "uma pessoa no topo da indústria musical, como... um ícone na indústria musical."

"Sim", respondeu Jane.

Já em Las Vegas, Jane testemunhou que foi com um grupo que incluía o rapper a um jantar, a um clube de striptease e a uma festa em um quarto de hotel, onde um profissional do sexo teve relações sexuais com uma mulher enquanto meia dúzia de pessoas observava.

Ela disse que houve dança e o rapper disse: "Olá, linda", e lhe disse, em linguagem vulgar, que sempre quis ter relações sexuais com ela. Jane disse que não se lembrava exatamente quando, mas mostrou os seios enquanto dançava.

Mudança no júri

Também na sexta-feira, o juiz disse que estava inclinado a remover um jurado e substituí-lo por um suplente depois que os promotores encontraram inconsistências em suas respostas sobre onde ele morava.

Durante a seleção do júri, ele afirmou que morava no Bronx. Contudo, os promotores disseram que ele havia informado a um funcionário do tribunal ter se mudado recentemente para Nova Jersey.

Sob interrogatório do juiz Arun Subramanian, o jurado reconheceu a mudança, mas alegou que ainda possui uma carteira de motorista de Nova York e que permanece lá durante a semana. Somente residentes de Nova York podem atuar como jurados no tribunal federal de Manhattan.

Os advogados de Combs classificaram a ação como um "esforço mal disfarçado para demitir um jurado negro" e sugeriram que Subramanian estava "confundindo inconsistências com mentiras".

O juiz ressaltou que, mesmo que o jurado fosse destituído, o corpo de jurados continuaria sendo diverso.

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Depois de um tornado devastar o município de Rio Bonito do Iguaçu (PR) na noite de sexta-feira, 7, equipes da Defesa Civil, da prefeitura e outros órgãos estaduais e federais seguem tentando definir um plano de reconstrução da cidade a partir de estudos técnicos. Embora ainda não exista uma estimativa sobre o prejuízo total, o governo estadual calcula que apenas a reconstrução de uma nova escola e de um ginásio de esportes deverá custar cerca de R$ 15 milhões. Além disso, segundo a prefeitura, as edificações públicas destruídas somam mais de 10 mil metros quadrados.

O cenário é descrito como de destruição quase completa: o município estima que 90% da área urbana foi afetada e que cerca de 700 casas foram danificadas. Em entrevista ao Estadão neste domingo, 9, a capitã Luisiana Guimarães Cavalca, que representa o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, informou que equipes ainda percorrem as áreas atingidas e georreferenciam imóveis danificados pelo tornado, que gerou ventos acima de 250 km/h, matou seis pessoas e feriu mais de 800 moradores.

"O Crea está com mais de 200 engenheiros voluntários, de diversas especialidades, que vão avaliar as estruturas e definir o destino dos escombros e riscos de novas quedas. Esse levantamento deve durar de sete a dez dias", afirmou.

O porta-voz da prefeitura, Alex Garcia, reforçou que ainda não há levantamento financeiro consolidado, mas afirmou que a prioridade agora é por doações de materiais de construção e de mão de obra: "Nesse momento, a população de Rio Bonito do Iguaçu está precisando de mão de obra qualificada e também de materiais de construção. A gente disponibilizou uma chave Pix (CNPJ: 95.587.770-0001-99) para quem não puder fazer doação de materiais de construção ou de mão de obra."

O governo do Paraná anunciou que mais de 30 equipamentos, entre escavadeiras, caminhões e tratores, estão sendo usados para desobstruir vias, remover destroços e reorganizar os espaços públicos. "Hoje o foco é começar a limpar a cidade, retirar os entulhos e, principalmente, fazer o levantamento dos danos e prejuízos para que possamos, da maneira mais breve possível, fazer chegar recursos financeiros a essas pessoas, aos comerciantes e permitir o retorno à normalidade", afirmou o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Shunig.

A expectativa, diz Shunig, é que em dois ou três dias a cidade esteja "limpa". O decreto de calamidade pública assinado pelo governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), deverá facilitar o acesso da população a recursos financeiros que possibilitem a reconstrução dos imóveis.

Na prática, a medida reconhece oficialmente a gravidade da situação e permite que o governo do Estado adote ações emergenciais, como a dispensa de licitações, a mobilização imediata de recursos e o pedido de apoio federal. O município também pode solicitar recursos da União e do Fundo Estadual de Calamidade Pública (FECAP), além de firmar convênios emergenciais para reconstrução.

No sábado, 8, o governo do Paraná encaminhou à Assembleia Legislativa, em regime de urgência, um projeto de lei que altera a lei do Fecap. Até então, a lei permitia apenas repasse a fundo com municípios. Se aprovada, a mudança vai permitir o envio direto de recursos financeiros às famílias que tiveram as casas destruídas. Os critérios serão estabelecidos por decreto, mas a ideia é liberar até R$ 50 mil por família.

O governador Ratinho Junior (PSD) também autorizou a liberação imediata de recursos para os municípios atingidos. As verbas serão aplicadas em obras emergenciais como reconstrução de estradas, pontes, escolas, creches e unidades de saúde que foram destruídas. "Além do que já temos, essa nova lei vai possibilitar auxiliar na recuperação de maneira muito mais célere", disse.

No âmbito federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu o estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu, o que garante acesso imediato a recursos para socorro e reconstrução. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, informou ao Estadão que pediu ao presidente da Caixa Econômica Federal a liberação dos recursos do FGTS para os atingidos. Em nota, disse que uma equipe do Grupo de Apoio a Desastres (Gade) foi mobilizada para o Paraná e que técnicos da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) foram acionados para auxiliar nas ações de resposta e assistência humanitária.

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, desembarcou neste domingo, 9, em Rio Bonito do Iguaçu para acompanhar a situação e se reunir com autoridades locais e estaduais. "A equipe está autorizada a solicitar tudo o que for necessário da parte do governo federal para empregar na operação, seja força humanitária, equipamentos ou apoio logístico. O governo do presidente Lula trabalha de forma integrada, mobilizando todos os ministérios", afirmou Waldez antes da viagem.

Os fenômenos meteorológicos que atingiram o Paraná também afetaram cidades do estado vizinho Santa Catarina.

Segundo a Defesa Civil do Estado, três tornados causaram danos às cidades de Dionísio Cerqueira, Xanxerê e Faxinal dos Guedes, entre sexta-feira e sábado, com ventos de pelo menos 105 km/h.

Os tornados são resultado da passagem de uma frente fria e de um ciclone extratropical sobre o Oceano Atlântico, que criou um ambiente instável de descargas elétricas, granizo e ventos intensos na região.

O órgão informou que os tornados tiveram duração de poucos minutos, mas causaram danos intensos: casas foram parcialmente destruídas, especialmente destelhadas, pessoas estão desalojadas.

As três cidades também registraram inúmeras quedas de árvores, escolas interditadas, importantes vias fechadas e interrupção no fornecimento de energia elétrica - mais de 40 mil endereços ficaram sem luz durante o final de semana.

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 é "Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira", segundo informou o Ministério da Educação (MEC). Mais de 4,8 milhões alunos estão inscritos para fazer a prova neste domingo, 9, e no próximo, dia 16.

Neste domingo, os estudantes resolverão questões de linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; além da redação.

Relembre os temas de edições anteriores

O texto deve ser desenvolvido a partir da situação-problema proposta na prova e dos materiais de apoio, que auxiliam na reflexão sobre o tema.

Nos últimos anos, os temas de redação do Enem abordaram desde o papel da mulher e a valorização dos povos tradicionais até questões como doenças mentais e o comportamento do usuário na internet.

No ano passado, o tema foi "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil". O debate sobre a valorização da herança africana tem crescido no Brasil nos últimos anos, assim como as discussões sobre estratégias para superar o racismo e as desigualdades.

Em 2023, o tema foi "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil". A temática foi considerada inesperada pelos professores de cursinho, mas extremamente relevante.

O tema abordado em 2022 foi "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil", que promoveu discussões sobre o direito à cidadania e a importância de zelar pela preservação da história no País.

Em 2021, o assunto foi "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil", a respeito da participação do Estado em prover visibilidade a pessoas sem documentos essenciais, como certidão de nascimento.

Em 2020, o tema foi "O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira" e, em 2019, a redação tratou da "Democratização do cinema no Brasil"

Em 2018, foi escolhido o assunto "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet", com discussões sobre a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), e, em 2017, o tema foi "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil", abordando a inclusão social.