'Vai ser difícil as pessoas gostarem da Odete Roitman', diz Débora Bloch no 'Fantástico'

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No ar como Odete Roitman na nova versão da novela Vale Tudo, Débora Bloch reconhece que conquistar o público com uma personagem tão cruel não é uma tarefa fácil. Em entrevista exibida no Fantástico neste domingo, 22, a atriz falou sobre o processo de construção da vilã e destacou o quanto sua formação no teatro foi essencial para encarar o papel.

"Odete é muito teatral", afirmou Débora à jornalista Poliana Abritta. "Acho que foi importante para mim ter tido essa formação no teatro para fazer essa personagem, porque ela tem um texto muito especial, muito saboroso. E são textos grandes, monólogos. Porque ela sola, ela fala sozinha praticamente."

Com 45 anos de carreira, Débora enxerga a nova Odete como uma vilã que vai além da maldade gratuita. Segundo ela, os textos da personagem, assinados por Manuela Dias, revelam nuances que provocam reflexões, especialmente sobre a maternidade, o machismo e os papéis de gênero.

"Ela é uma personagem que fala coisas horríveis. Mas, volta e meia, traz alguma reflexão sobre a condição dela como mãe, como mulher. Ou sobre a relação dela com o machismo. Não que isso a torne uma pessoa legal", observou. "Eu acho que vai ser difícil as pessoas gostarem da Odete, viu? Ela vem ruim mesmo."

A atriz também resgatou lembranças da infância no teatro, quando acompanhava o pai, o ator Jonas Bloch. "Cresci nos ensaios do meu pai, nas leituras de peças. Desde criança, assistia às montagens em que ele atuava."

Foi em uma dessas ocasiões que Débora conheceu Beatriz Segall, intérprete de Odete na versão original da novela em 1988. "Me lembro de ter conhecido a Beatriz Segall numa montagem de Hamlet quando eu tinha sete anos. Ela fazia a rainha Gertrudes", relembrou.

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Mesmo sem uma definição sobre o país-sede da COP31, a 32ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP32) já tem um endereço. Nesta tarde, o grupo de países africanos submeteu formalmente à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC) a indicação da Etiópia para sediar o maior evento da ONU em 2027.

Segundo o secretário de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Ministério da Agricultura da Etiópia, Addisu Negash, o país foi chancelado pelos vizinhos do continente africano e, nesta tarde, apresentado como o país-sede da COP32.

O endereço da COP31 ainda não está certo porque os países do grupo ocidental da UNFCC (Western European and Others Group, WEOG) assistem a uma disputa entre Turquia e Austrália. Na COP30, os dois gigantes são vizinhos. Os dois pavilhões ficam colados um ao outro no corredor principal da zona azul.

Segundo uma fonte dos processos da diplomacia climática, a falta de um acordo entre turcos e australianos poderá fazer com que o Brasil tenha de prolongar o seu mandato na presidência da COP.

"O risco de uma falta de entendimento entre os dois? O Brasil segue na presidência", disse a fonte. Isso não significa que o evento será realizado em solo brasileiro. Significa, apenas, que a organização competirá à equipe brasileira.

Até o fim da COP30, no dia 21 de novembro, uma das duas nações terá de abrir mão da candidatura para dar lugar ao outro. Caso isso não aconteça, será aberta uma discussão sobre como proceder. Uma possibilidade é o evento vir a ser realizado em Bonn, cidade alemã onde fica a sede da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

As conferências sobre mudanças climáticas são realizadas anualmente no país de um dos cinco grupos da UNFCCC. O Brasil pertence ao grupo da América Latina e foi o único candidato para ser o país-sede da COP30.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta terça-feira, 11, esperar que o Congresso Nacional aprove nos próximos dias um projeto de lei que dificulta a liberação do mototáxi na capital. Na segunda, 10, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou inconstitucional a lei paulista que dava autonomia aos municípios para permitir ou vetar o transporte individual remunerado de passageiros por motocicletas, seja em formato de mototáxi ou por meio de aplicativos.

"Não tenho outra alternativa a não ser externar a minha preocupação com a insensatez do STF em um tema que trata da vida das pessoas. Com todo o respeito ao ministro Alexandre (de Moraes, relator do caso no Supremo), precisa só ler um pouquinho com mais detalhe, porque a lei federal delegou aos municípios (a competência de permitir ou vetar o mototáxi), não existe invasão de competência", declarou Nunes nesta terça-feira, 11, a jornalistas.

O prefeito disse esperar que a Câmara dos Deputados aprove ainda nesta semana o Projeto de Lei nº 4.527/2025. O texto foi apresentado em setembro pelo deputado Maurício Neves (PP-SP). A proposta só permite o transporte de passageiros com motocicleta por aplicativo em municípios com mais de 500 mil habitantes mediante estudo prévio que comprove:

a existência de uma rede hospitalar com capacidade de atendimento compatível com o aumento estimativo de vítimas de acidentes de trânsito decorrente da autorização do serviço;

a baixa exposição do passageiro a risco de acidentes, considerando o sistema municipal de mobilidade urbana;

um número anual de mortes em acidentes de trânsito na cidade inferior a quatro por 100 mil habitantes, segundo publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

"O transporte de passageiros por aplicativo com uso de motocicleta merece maior cuidado, tanto pelo risco de morte dos passageiros, quanto pelo risco à comunidade como um todo", afirma o deputado na justificativa do projeto. Para Maurício Neves, o mototáxi pode aumentar a ocupação dos serviços de saúde do município, impactando todos os habitantes.

A proposta ainda está na Comissão de Viação e Transportes da Câmara - depois, precisa ainda ser pautada no plenário, e, se aprovada, ser analisada pelo Senado.

"Tenho que correr contra o tempo, porque tenho até 8 de dezembro para aprovar esse projeto de lei", afirmou Nunes.

O prazo de 8 de dezembro foi dado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo para que a Prefeitura de São Paulo regulamente o mototáxi. Segundo o prefeito, a capital registrou cerca de 7,5 mortes por acidentes de trânsito a cada 100 mil habitantes. Dessa forma, Nunes avalia que a aprovação do texto pode barrar o serviço na cidade.

A Justiça de São Paulo determinou o pagamento de fiança de R$ 5 mil para soltar a motorista de 24 anos que havia sido presa em flagrante depois de derrubar o portão de um motel, fugir sem pagar e cometer uma série de crimes de trânsito na zona oeste da capital paulista na segunda-feira, 10. A audiência de custódia ocorreu na tarde desta terça-feira, 11.

De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a decisão considerou que ela é ré primária e mãe de uma criança de 3 anos. O Estadão entrou em contato com o TJ-SP para saber se ela foi solta e aguarda retorno.

Além do pagamento da fiança, a mulher terá de comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades e manter o endereço atualizado. Ela ainda fica proibida de deixar a comarca sem autorização judicial e teve o direito de dirigir suspenso.

A tentativa de fuga dela do motel, que fica na Avenida Vital Brasil, foi registrada por câmeras de segurança. Nas imagens, o carro da mulher avança e derruba o portão metálico. Antes disso, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os policiais militares já tinham sido acionados.

Os PMs afirmaram que, durante a abordagem, ela desobedeceu as ordens, engatou a marcha à ré e quase atingiu o pé de um dos policiais. Na sequência, a motorista avançou com o carro em um funcionário do motel, que não foi atingido, e depois contra o portão do estabelecimento.

De acordo com a secretaria, a motorista fugiu em alta velocidade pelas vias da região, passando por semáforos vermelhos, transitando na contramão e subindo em calçadas.

A mulher foi presa somente depois de bater em dois veículos que estavam parados em um semáforo. Não há informações sobre feridos. Conforme a SSP, ela cometeu os crimes de embriaguez ao volante, trafegar em velocidade incompatível, dano, perigo para a vida ou saúde de outrem e resistência.

A motorista foi levada pelos policiais para o 14º Distrito Policial, em Pinheiros, onde permaneceu presa até a realização da audiência de custódia.