A pedido de Roberto Carlos, STF vai decidir se contratos antigos valem na era do streaming

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O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se contratos antigos de direitos autorais são válidos em novos formatos e plataformas, como serviços de streaming.

O assunto será debatido em repercussão geral. Isso significa que, a partir da análise de um processo, o plenário vai definir uma tese para ser aplicada nacionalmente a casos semelhantes.

O pano de fundo é uma ação movida pelo cantor Roberto Carlos e pelos herdeiros de Erasmo Carlos para revisar contratos de 73 obras fechados com a editora Fermata do Brasil entre 1964 e 1987.

Os artistas alegam que os contratos previam a exploração comercial de músicas gravadas "em suporte material", como vinis, CDs e DVDs, e que na época não era possível prever as mudanças que as novas tecnologias causariam ao mercado da música.

Já a Fermata defende que a cessão dos direitos foi definitiva no momento da assinatura dos contratos e vale para todos os formatos, existentes na época ou não.

Para decidir se uma ação tem repercussão geral, os ministros analisam se há questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos das partes do processo.

Nesse caso, o plenário do STF considerou que a decisão afeta toda a classe artística. O ministro Dias Toffoli, relator do processo, argumentou que o tribunal tem recebido um volume cada vez maior de recursos sobre o tema. Segundo o ministro, para evitar um cenário de insegurança jurídica, é "extremamente recomendável" que a Corte feche um posicionamento.

"Levando-se em consideração a nova economia digital e os constantes desafios por ela criados, a questão posta nestes autos deve ser enfrentada da perspectiva constitucional, não apenas para a orientação do sistema como um todo, mas também para que se tenha segurança jurídica nas relações contratuais e no mercado do entretenimento", argumentou Toffoli.

Cabe ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, incluir a ação na pauta depois que ela estiver pronta para ser julgada e for liberada por Toffoli, o que só deve ocorrer a partir do próximo semestre.

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A proteção da Subestação Baterias não funcionou como deveria, causando o desligamento em várias linhas de transmissão e provocando a desconexão da região Sul observada no início da semana passada, madrugada da terça-feira, 14, apontam analises preliminares debatidas em reunião entre o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), representantes do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O sistema deveria ter isolado a falha provocada pelo incêndio na linha de transmissão de 500 kV Ibiúna-Baterias C2, mas acabou levando ao desligamento incorreto de outros circuitos, o que provocou a desconexão da região Sul do País ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que exportava aproximadamente 5 mil megawatts (MW).

Isso fez com que o subsistema ficasse com excesso de energia, enquanto houve falta em outras regiões.

De acordo com o ONS, o equilíbrio foi restabelecido com o corte automático de carga em outras regiões e o desligamento de geradoras no Sul. A normalização começou à 0h35 e terminou às 2h15.

O ONS fará nova reunião em 28 de outubro para apresentar o relatório final da ocorrência.

Na madrugada deste domingo, 19, um homem de 24 anos foi preso após invadir uma igreja em Itaquera, na zona leste de São Paulo.

Segundo informações da Polícia Militar, o acusado estava armado com facas de cozinha e feriu uma pessoa que tentou impedir a ação.

Equipes do 39º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano foram à igreja, localizada na Avenida Pires do Rio, após uma denúncia de invasão ser feita ao Centro de Operações da PM (Copom).

No endereço, a PM foi informada pela vítima que um homem havia invadido o local e subtraído uma caixa de energia e duas tampas de metal.

O homem foi preso em flagrante por roubo. A vítima sofreu ferimentos e foi socorrida ao AMA Jardim Nordeste. O autor está detido no 24º Distrito Policial e à disposição da Justiça.

O desabamento de um imóvel na manhã deste domingo, 19, provocou a morte de duas pessoas pessoa e deixou ao menos quatro feridos no bairro de Ouro Preto, em Olinda, Pernambuco.

O caso será investigado por meio da Delegacia do Varadouro. Conforme a Polícia Civil do Estado, cinco pessoas foram resgatadas - três adultos e uma criança -, mas o número de feridos e de óbitos pode ser ainda maior.

"As informações são preliminares e a ocorrência segue em andamento", informou a polícia, em nota. As causas do acidente ainda não fora detalhadas.

"Uma equipe do Instituto de Criminalística já se encontra no local para realizar a perícia relacionada à vítima fatal. Após o encerramento das buscas e a liberação do imóvel pelas Defesas Civis Estadual e Municipal, será dada continuidade às demais perícias na estrutura", informou a polícia.

Em comunicado, a prefeitura de Olinda afirmou que o desabamento aconteceu na comunidade de Jatobá e que equipes da administração municipal, incluindo Defesa Civil, Saúde e Assistência Social, se deslocaram até o local do acidente para atender as vítimas.

A prefeita Mirella Almeida (PSD) declarou, por meio de publicação nas redes sociais, que a governadora em exercício, Priscila Krause (PSD), entrou em contato para prestar apoio às ações de resgate.

"(A governadora) colocou as equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Estadual e das Polícias Civil e Militar para auxiliar em todas as ações de resgate e suporte. Seguimos juntos trabalhando para garantir acolhimento às pessoas", disse.

Pelo menos 33 bombeiros e nove viaturas foram deslocados até a comunidade para atender a ocorrência. Cães de busca também atuam nas varreduras à procura de pessoas desaparecidas que possam estar sob os escombros.

A Polícia Militar, a Defesa Civil do Estado e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também participam da operação.