Entenda o conflito entre Murilo Huff e Dona Ruth, mãe de Marília Mendonça

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Desde a morte de Marília Mendonça, em 2021, Murilo Huff e Dona Ruth Moreira, mãe da cantora, mantinham uma relação pública harmoniosa. Eles compartilham a guarda de Leo, filho dos artistas - mas agora disputam a custódia do menino na Justiça.

Apesar das declarações públicas de afeto, a relação entre eles parece não ter sido sempre harmoniosa. Agora, com a disputa pela guarda de Leo, o caso envolve também trocas de acusações nas redes sociais. Entenda abaixo o conflito entre os dois.

Motivo da separação

Marília Mendonça e Murilo Huff começaram um relacionamento discreto em 2017. Juntos, tiveram Leo, que nasceu em dezembro de 2019. A relação terminou antes da morte da cantora, em novembro de 2021.

À época, o cantor Bruno, da dupla com Marrone, e amigo de Marília, afirmou que Dona Ruth teria sido o motivo da separação do casal.

"Ela [Marília] amava tanto a mãe dela - ama ainda, porque eu acredito em vida após a morte - que ela fazia tudo pela mãe. Inclusive, ela falou em particular no meu ouvido que largou do menino porque ele estava enfrentando a mãe [dela]", declarou ele em vídeo divulgado pela coluna Fábia Oliveira em novembro de 2021.

"Ela falou: 'Não. Minha mãe, não. Ninguém enfrenta e ninguém vai tomar o lugar dela.'", complementou Bruno.

Pedido de guarda unilateral

Recentemente, Murilo entrou com um pedido de guarda unilateral do filho, o que, caso seja aceito, lhe concederá responsabilidade total sobre Leo. Por estar sob segredo de Justiça, os detalhes do processo não podem ser acessados.

Após a repercussão do caso, o cantor se manifestou nas redes sociais dizendo que não pretende afastar o filho da família de Marília. "Infelizmente, não posso expor todas as provas e fatos que eu tenho, pois está em segredo de Justiça, mas a verdade prevalecerá! Não tenho a intenção, nunca quis e não quero afastá-lo da família materna", declarou.

"Tomei essa decisão por um bem maior. Não julguem sem conhecer a história por completo", acrescentou.

Procuradas pelo Estadão, as assessorias de Murilo e de Dona Ruth não responderam sobre o processo. O espaço segue aberto.

Namorada de Murilo é criticada por apoiá-lo

A influenciadora digital e empresária Gabriela Versiani, namorada de Murilo Huff, prestou apoio ao cantor, mas precisou apagar a publicação após receber críticas de fãs de Marília Mendonça.

Gabriela havia compartilhado o pronunciamento de Murilo sobre o caso. Em apoio, escreveu: "Eu, sua família e seus amigos estamos com você. E seu filho, lá na frente, vai se orgulhar muito de tudo isso, não tenho dúvidas."

"Eu não sou mãe ainda, mas, como mulher e como alguém que tem um amor incondicional pelo Léo, acredito que a Marília esteja orgulhosa lá de cima de te ver enfrentando tudo isso pelo bem maior de vocês", completou.

A citação à cantora gerou reação negativa por parte dos fãs, que criticaram Gabriela por mencionar Marília no contexto do processo. Muitos também apontaram que a influenciadora não conheceu a artista pessoalmente e, por isso, não poderia afirmar como ela se sentiria diante da situação.

Acusações de Dona Ruth

Em meio à repercussão, Dona Ruth compartilhou nos Stories do Instagram registros dos cuidados com Leo, como a atenção à alimentação do neto na escola. Ela também lamentou a situação e afirmou que o menino nunca recebeu pensão do pai.

"Desde o dia em que ele nasceu até o dia de hoje, nunca lhe faltou amor, cuidado… Já passamos por diversos momentos difíceis", escreveu. Ela destacou que foi seu olhar atento que contribuiu para o diagnóstico precoce de diabetes do neto.

Na sequência, afirmou que nunca houve ajuda financeira por parte de Huff. "O Leo nunca recebeu nenhum centavo de pensão do pai, mas jamais ataquei a integridade dele. Pelo contrário, sempre defendi que o Leo respeitasse e amasse o pai dele."

Ela finalizou dizendo que, em respeito ao neto e por orientação judicial, não pretende comentar mais o caso.

Murilo rebate e expõe comprovantes de pagamentos

O cantor não deixou a acusação passar. Em resposta, publicou um texto em que classificou as declarações de Ruth como "mentirosas" e disse que se viu forçado a expor informações pessoais.

"É muito humilhante ter que vir aqui expor esse tipo de coisa, mas se eu me calar a mentira vira verdade", escreveu.

Murilo detalhou os gastos mensais que afirma ter com o filho, entre eles R$ 2,6 mil com escola, R$ 1,2 mil com plano de saúde, R$ 2,8 mil em sessões com psicóloga, R$ 5 mil com babá/enfermeira e cerca de R$ 4 mil mensais com o tratamento de diabetes. Segundo o cantor, só os custos fixos básicos passam de R$ 15 mil por mês, valor com que ele diz arcar integralmente.

Além do texto, o cantor mostrou comprovantes do pagamento adiantado de um ano da escola de Leo, no valor de R$ 30 mil, e de R$ 9,1 mil destinados a sessões de psicoterapia. "Eu sei que tudo isso não é nada além da minha obrigação como pai", pontuou.

Por fim, Murilo afirmou que não deseja atacar ninguém, mas que não poderia permitir que "tantas mentiras" fossem ditas a seu respeito. "Só estou postando pra me defender da acusação mentirosa de que não pago nada, e mostrar o quanto estão inventando mentiras pra me descredibilizar."

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As quadrilhas que atacam residências de alto padrão no bairro Morumbi, na zona sul de São Paulo, têm como foco objetos de alto valor, como relógios de luxo, joias e canetas de ouro, além de dinheiro vivo, especialmente euros e dólares. De acordo com a polícia, são quadrilhas estruturadas que têm, na ponta, receptadores aguardando a entrega dos itens. No último roubo, na terça-feira, 24, os bandidos renderam seis pessoas e roubaram bens avaliados em R$ 3 milhões de uma mansão do bairro.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) informou que as investigações do caso prosseguem pelo 34° Distrito Policial (Morumbi), com apoio da 3ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco). "Diligências estão em andamento para identificar os autores e elucidar o crime", diz, em nota.

Os criminosos miram casas de alto padrão perto de obras ou terrenos vazios. A ação ocorre à noite ou de madrugada e envolve de quatro a cinco criminosos muito bem armados. A maioria dos imóveis tem vigilância particular, mas os suspeitos contam com o elemento surpresa para render os vigilantes. A preferência é por imóveis em que os proprietários não estejam presentes, mas quando isso acontece, eles também são rendidos.

No caso recente, o casal - um advogado de 71 anos e a sua mulher de 75 - foram amarrados e trancados em um cômodo. Os ladrões roubaram joias, relógios, 2 mil euros (cerca de R$ 12,8 mil) e 2 mil dólares (R$ 11 mil). A suspeita é que seja a mesma quadrilha que, no último dia 13, invadiu outra mansão do bairro, fez reféns e fugiu levando joias, relógios e canetas valiosas.

A SSP diz que a Polícia Civil de São Paulo intensificou o combate às quadrilhas especializadas em roubos a residência. Em uma das ações, no dia 15 de abril, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão que resultaram na apreensão de 200 relógios de luxo, incluindo um Rolex avaliado em mais de R$ 100 mil, além de bolsas de R$ 17 mil e obras de arte e um automóvel Porsche.

Na ocasião, o delegado Fábio Sandrim, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), disse que, entre os alvos estavam receptadores. "É uma cadeia criminosa estruturada. Os objetos saem rapidamente das casas invadidas para os receptadores e, em questão de horas, já estão sendo revendidos."

Diferente dos roubos de celulares e relógios retirados do pulso das vítimas, que acontecem em avenidas movimentadas e saídas de shoppings, nos roubos a residências os ladrões escolhem ruas internas dos bairros, onde há pouco movimento e predominam casas de alto padrão. Para entrar na residência, eles inutilizam alarmes e cercas elétricas e usam escadas, mas também podem clonar o controle dos portões eletrônicos.

Dois casos recentes aconteceram na rua General José Scarcela Portela. No dia 22 de abril, cinco homens encapuzados, armados de pistolas e fuzis, renderam funcionários e invadiram a casa de um empresário, levando 13 relógios de luxo, joias e 5 mil dólares (cerca de R$ 30 mil) em cédulas.

Na mesma rua, em fevereiro de 2024, os bandidos levaram a pior. Durante a tentativa de assalto, um vigilante particular reagiu e matou um dos suspeitos. O outro, ferido, tentou fugir, bateu o carro e morreu carbonizado. Um terceiro foi baleado e levado para um hospital.

Outra operação da polícia, em abril, cumpriu 26 mandados de busca e apreensão na comunidade de Paraisópolis, que fica na região. Os alvos eram pontos de revenda de produtos roubados. Foram apreendidos dinheiro, motocicletas e carros importados. Um dos itens localizados foi um relógio Rolex avaliado em R$ 40 mil que estava sendo anunciado em uma rede social no momento da apreensão.

Prédios com acabamento de alto padrão, piscinas e área gourmet, erguidos irregularmente pelo tráfico, começaram a ser demolidos nesta quinta-feira, 26, na Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro.

Os traficantes investiram R$ 6 milhões em três edifícios que tinham até uma saída secreta para uma área de mata. A operação para demolir as construções é coordenada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, com apoio do MP do Ceará.

Os prédios foram erguidos irregularmente por traficantes do Comando Vermelho (CV) que controlam o tráfico na região. Um dos edifícios tinha uma cobertura luxuosa, com piscina e cozinha gourmet, em que foi encontrada uma geladeira cheia de bebidas caras.

O local dava vista para o mar de São Conrado e tinha uma passagem secreta para uma escada que dava acesso a uma região de mata. Como o acesso de máquinas é dificultado pela instabilidade do terreno, a demolição ocorrida de forma manual, com o uso de ferramentas.

Conforme o MPRJ, as construções, localizadas na região da Dionéia, em uma área de aproximadamente 2 mil metros quadrados, tinham de dois a sete andares e apresentavam risco de desabamento, após o desmatamento de uma encosta. "Cálculos feitos por engenheiros da prefeitura estimam que as obras, realizadas sem licença ou autorização municipal, custaram cerca de R$ 6 milhões aos responsáveis", diz a nota do MPRJ.

Os prédios serviam de abrigo também para integrantes do Comando Vermelho do Ceará. Segundo o MP do Ceará, as edificações já haviam sido identificadas como abrigo de criminosos cearenses durante operação integrada realizada no último dia 31 de maio.

Aquela operação, com apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), cumpriu ordens judiciais de prisão e de busca e apreensão contra chefes do tráfico cearense que se escondiam na Rocinha. Na ocasião, um drone com recursos para filmagem noturna utilizado pelo Bope flagrou suspeitos armados com fuzis e escopetas fugindo dos prédios em direção à mata.

No total, 29 suspeitos foram alvos da ação, mas nenhum deles foi preso no local. De acordo com o MP do Ceará, o grupo criminoso estaria envolvido em cerca de mil assassinatos em estados nordestinos nos últimos dois anos. Mesmo escondidos no Rio, os suspeitos continuavam realizando operações no Ceará.

A operação desta quinta envolveu o MPRJ, por meio do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, a Secretaria de Ordem Pública do Rio e a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. A ação teve o apoio do Ministério Público e da Polícia Civil do Estado do Ceará.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na tarde desta quinta-feira, 26, que conversou por telefone com o pai da brasileira Juliana Marins, de 27 anos, morta após cair em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia.

O presidente disse que determinou ao Ministério das Relações Exteriores que realize o translado do corpo de Juliana ao Brasil. A declaração ocorre um dia após o Itamaraty afirmar que não faria o serviço, já que a legislação brasileira "proíbe expressamente" que isso seja pago com recursos públicos.

"Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil", escreveu o presidente.

A negativa do Itamaraty no dia anterior causou revolta na internet, principalmente ventilada por oposicionistas do governo. Publicações chegaram a comparar o caso de Juliana com o asilo diplomático que Lula deu à ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia, para a qual enviou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) ao Peru para trazer a mulher do ex-presidente Ollanta Humala.

Outros ainda relembraram da mobilização da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, no resgate do cavalo Caramelo, preso em um telhado durante as enchentes do Rio Grande do Sul no ano passado.

Natural de Niterói (RJ), Juliana caiu de um penhasco durante trilha em um vulcão na Indonésia, na última sexta-feira, 20, e foi encontrada sem vida na terça-feira, 24. Após o Itamaraty informar que não faria o translado do corpo, o prefeito Rodrigo Neves (PDT) disse que a prefeitura de Niterói pagaria pelo transporte.

A compreensão da legislação brasileira é de que esse tipo de translado é de interesse e responsabilidade individual e familiar, contrariando interesses coletivos. Por isso não deve demandar dinheiro público.