Festival Glastonbury se posiciona após banda Bob Vylan pedir 'morte' a militares israelenses

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A produção do tradicional festival de Glastonbury, no Reino Unido, se posicionou neste domingo, 29, após uma apresentação da dupla Bob Vylan ter feito declarações em um show exibido ao vivo na TV pedindo "morte às forças de defesa de Israel".

Em comunicado, a organização informou que é "contra todas as formas de guerra e terrorismo" e que a presença de um artista no festival não deve ser vista como "endosso de suas opiniões". "Com quase 4 mil apresentações, seria inevitável que artistas subissem ao palco com visões das quais não compartilhamos", escreveu. "Ficamos horrorizados pelas declarações feitas por Bob Vylan no palco West Holts. Seus cânticos ultrapassaram, por muito, uma linha e nós estamos urgentemente lembrando a todos os envolvidos na produção do festival que não há lugar para antissemitismo, discurso de ódio ou incitação à violência em Glastonbury", encerra.

O que disse o grupo Bob Vylan em Glastobury

Em determinado momento do show, o vocalista se dirigiu ao público e gritou: "Free, free..." ("Livre, livre..."), para o público completar com "Palestine!" (Formando a frase "Palestina livre", em tradução). "Certo. Mas vocês já ouviram essa aqui?", indagou, antes de cantar: "Death, death to the IDF" ("Morte, morte ao IDF [sigla para Israel Defense Forces, ou "Forças de Defesa Israelenses").

Na mesma apresentação no festival de Glastonbury, o cantor afirmou: "Nós não somos punks pacifistas. Nós somos punks violentos. Porque às vezes você tem que passar sua mensagem com violência, porque é a única linguagem que algumas pessoas entendem, infelizmente."

De acordo com o jornal The Guardian, a polícia local está assistindo às imagens gravadas dos shows para verificar se algum crime foi praticado.

Quem é Bob Vylan

Bob Vylan é um grupo de punk britânico formado por dois músicos, um guitarrista e vocalista e um baterista, que evitam divulgar sua identidade em público, se apresentando como Bobby Vylan e Bobbie Vylan.

Em entrevista ao The Guardian, em 2024, os músicos pediram para que, além de seus nomes, sua idade, o lugar onde vivem e o que estudaram não fosse revelado. Segundo eles, para evitar problemas com o que chamaram de "Estado de vigilância".

Um de seus principais sucessos, We Live Here, conta com cerca de 5,3 milhões de reproduções no Spotify (onde têm 231 mil ouvintes mensais) e 700 mil no YouTube.

Na sexta-feira, 27, Bobby e Bobbie Vylan haviam ironizado a possibilidade de seu show ser transmitido na televisão, em seus perfis no Instagram: "Parece que chegamos finalmente ao ponto em que a BBC confiou em nós para a TV ao vivo!"

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Um turista foi baleado e morto durante um assalto próximo à praia de Indaiá, em Bertioga, cidade do litoral norte de São Paulo. O caso aconteceu na noite do último domingo, 5, na Rua Cesário Galli, no bairro Indaiá.

Márcio Xavier, de 53 anos, foi abordado por um grupo de quatro homens. Os suspeitos anunciaram o assalto e atiraram contra o rosto da vítima, conforme relatou a mulher à polícia.

Os criminosos, que estavam de bicicleta, conseguiram fugir e seguem foragidos. Eles ainda levaram o celular de Xavier e a aliança da esposa. O homem foi socorrido e levado para o Hospital de Bertioga, mas não resistiu.

O caso foi registrado como latrocínio pela Delegacia de Polícia de Bertioga, que realiza diligências para identificar os autores do crime, informou a SSP-SP.

Márcio Xavier era servidor púbico e trabalhava no Departamento de Transporte e Mobilidade Urbana da Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, cidade da região metropolitana de São Paulo.

Em nota, a administração municipal lamentou a morte do funcionário. "A Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos recebe com tristeza a notícia do falecimento de Márcio Xavier, servidor do Departamento de Transporte e Mobilidade Urbana há 19 anos. A administração Municipal se solidariza com seus familiares e amigos neste momento de dor".

Dez policiais militares rodoviários do Paraná foram afastados de suas funções nesta terça,7, sob suspeita de integrarem uma 'estrutura sofisticada de corrupção e lavagem de dinheiro', da qual foram vítimas pelo menos cem motoristas que circulam pelas rodovias que cortam o Estado. Foi preso um ex-comandante do posto da Polícia Rodoviária de Guarapuava, município com 190 mil habitantes situado a 250 quilômetros de Curitiba. Todos estão sob suspeita de cobrarem propinas via Pix de pelo menos cem motoristas que habitualmente transitam pelas rodovias que cortam o Paraná e que passaram a 'contribuir' com o esquema.

A trama envolve, além dos policiais, um conjunto de empresas e civis. Os Núcleos de Guarapuava e Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - braço do Ministério Público que combate o crime organizado - deflagraram duas missões em conjunto: a segunda fase da Operação Rota 466 e a Operação Via Pix

Rota 466

Na segunda fase da Operação Rota 466, o Núcleo de Guarapuava do Gaeco, com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, cumpriu onze mandados de busca e apreensão, três de busca pessoal, um de prisão e arresto de bens e contas bancárias.

As buscas foram cumpridas nas cidades de Guarapuava, Imbituva, Ponta Grossa, Laranjeiras do Sul, Guaraniaçu e Pitanga. Nessa etapa, o objetivo dos mandados foi aprofundar as investigações, já que foram encontradas provas de crimes de outros três policiais militares que ainda não tinham sido alvos na primeira etapa, dois deles da Polícia Rodoviária Estadual. Os policiais foram afastados de suas funções operacionais.

Segundo a investigação, os agentes exigiam propina de motoristas flagrados por infrações de trânsito ou de pessoas que trabalhavam com salvamento de cargas tombadas, configurando possíveis crimes de concussão, corrupção passiva e lavagem de ativos.

Também foram descobertas outras pessoas físicas e jurídicas que realizavam a lavagem dos valores de propina por meio de suas contas bancárias. Por ordem judicial, esse grupo também foi alvo de buscas.

O ex-comandante do Posto de Polícia Rodoviária de Guarapuava, preso preventivamente nesta terça, já havia sido alvo da primeira fase da operação. "Após a deflagração das investigações, descobriu-se que ele praticou inúmeros outros crimes de corrupção, recebendo pelo menos R$ 47 mil de propina, além de ter tentado atrapalhar as investigações, dificultando a colheita de provas", afirma a Promotoria.

Via Pix

O Núcleo de Ponta Grossa do Gaeco, também com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em residências e postos policiais nos municípios de Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul, Telêmaco Borba, Jaguariaíva, Arapoti, Wenceslau Braz e Siqueira Campos.

As ordens judiciais foram expedidas pela Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual, que também decretou o afastamento das funções operacionais de sete policiais rodoviários estaduais, além do bloqueio de contas bancárias.

As investigações tiveram início em março de 2025, a partir de informações levadas ao Ministério Público pelo 4.º Comando Regional da Polícia Militar - procurado por motoristas profissionais que relataram estarem sendo extorquidos por policiais rodoviários na região de Piraí do Sul.

A investigação revelou uma 'estrutura sofisticada de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo os policiais militares, empresas e civis'.

Durante a fiscalização das rodovias estaduais, em blitz ou em frente aos postos policiais, 'os investigados exigiam vantagens indevidas de motoristas sob os mais diversos pretextos, muitos deles sem qualquer base legal'. Os carros das vítimas só eram liberados a seus proprietários após o pagamento, que poderia ser em dinheiro ou por meio de transferências bancárias por Pix.

Geralmente, o dinheiro da propina caía em contas 'laranjas' de empresas e civis.

Segundo o Ministério Público, já foram identificados cerca de uma centena de motoristas que 'fizeram pagamentos por exigência dos policiais'. Parte dessas pessoas já foi ouvida durante a investigação.

Somente com base no rastreamento de contas bancárias identificadas no esquema os investigados receberam ilegalmente, entre dezembro de 2024 e agosto de 2025, em torno de R$ 140 mil por meio de pagamentos via Pix.

Um jovem de 20 anos foi preso após agredir um idoso, de 62 anos, com um soco no rosto na manhã desta segunda-feira, 6, na Rua Doutor César, em Santana, na zona norte de São Paulo.

Câmeras de segurança flagraram o momento em que o jovem se aproxima da vítima e o acerta com um soco na testa. Segundo a Polícia Militar de São Paulo, o caso ocorreu por volta das 10h desta segunda-feira, 6.

Segundo a PM, os policiais foram acionados após pessoas que passavam pelo local terem contido o jovem. A vítima relatou que estava caminhando, quando o agressor o atacou com um soco. Ele foi socorrido ao Pronto Socorro Municipal de Santana, onde foi medicado e liberado.

O autor da agressão foi levado à delegacia e permaneceu à disposição da Justiça. O caso foi registrado como lesão corporal no 13° DP (Casa Verde).