Connie Francis, cantora de 'Pretty Little Baby', morre aos 87 anos

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A cantora Connie Francis, que recentemente viralizou no TikTok com a canção Pretty Little Baby, de 1962, morreu na noite de terça-feira, 15, aos 87 anos. A causa não foi informada, mas ela chegou a ser internada em uma UTI no início do mês.

O anúncio da morte foi feito na noite de quarta, 16, em uma publicação no Facebook de Ron Roberts, amigo de longa data da artista e presidente da gravadora Concetta Records, que Connie era proprietária.

"É com grande pesar e extrema tristeza que informo o falecimento da minha querida amiga Connie Francis na noite passada. Sei que Connie aprovaria que seus fãs fossem os primeiros a saber desta triste notícia", escreveu ele.

Connie havia sido hospitalizada com fortes dores no dia 3 de julho, mas postou no Facebook no dia seguinte que estava se "sentindo muito melhor depois de uma boa noite". A família da cantora não informou se ela permaneceu no hospital.

A trajetória de Connie Francis

Nascida em Newark, no estado americano de Nova Jersey, Connie tornou-se uma das principais artistas femininas dos anos 1950 e 1960, com sucessos como Stupid Cupid, Who's Sorry Now e Frankie.

Ela também foi a primeira mulher a alcançar o topo da Billboard Hot 100, principal parada musical americana, com a canção Everybody's Somebody's Fool, de 1960. A cantora chegou a lançar álbuns em outros idiomas, como italiano, alemão e espanhol.

As décadas seguintes foram difíceis para Connie: ela foi abusada sexualmente - o criminoso nunca foi encontrado - e sofreu com uma depressão. Após uma cirurgia nasal, perdeu a voz e não pôde se apresentar até 1981. No mesmo ano, seu irmão foi assassinado pela máfia, o que fez com que ela saísse dos holofotes novamente.

Em 1984, ela lançou um livro de memórias, Who's Sorry Now?, que foi um best-seller nos Estados Unidos. Ela voltou a se apresentar ao vivo e só se aposentou oficialmente em 2018.

Connie foi casada quatro vezes. Ela deixa um filho, Joey Garzilli, adotado durante seu terceiro casamento, com o empresário Joseph Garzilli.

Sucesso no TikTok

Em junho deste ano, a canção Pretty Little Baby, lançada por Connie Francis em 1962, teve um ressurgimento ao viralizar no TikTok. A cantora chegou a usar as redes sociais para agradecer.

"Meus agradecimentos a todos pela enorme recepção que deram a Pretty Little Baby. Tenho o prazer de me juntar à comunidade Tiktok e compartilhar esse momento com vocês. Primeira vez que faço lip sync (sincronização labial) com essa minha gravação de 63 anos", disse em um vídeo.

Segundo a Billboard, a faixa conta com mais de 10 bilhões de visualizações na rede social.

A música foi lançada quando a cantora tinha 23 anos de idade. A letra fala sobre uma jovem apaixonada. "Você pode perguntar para as flores / Fico sentada por horas / Contando a todos os passarinhos azuis / Aos pombinhos apaixonados / Meu lindo bebê, estou tão apaixonada por você", diz um trecho.

Em outra categoria

A Justiça do Amazonas começa a ouvir nesta quinta-feira, 16, Rubén Dario da Silva Villar, o "Colômbia", e Amarildo da Costa de Oliveira, o "Pelado", apontados como suspeitos de envolvimento nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, em um inquérito que apura uma organização criminosa que atuava com pesca ilegal e extração ilegal no região do Vale do Javari, na Amazônia.

Colômbia e Pelado serão interrogados nesta quinta e sexta-feira, 17, por videoconferência. O inquérito é diferente do que apura o homicídio de Dom e Bruno. Neste processo, os dois suspeitos dos assassinatos e outras oito pessoas são investigadas por organização criminosa na Justiça Federal de Tabatinga (AM).

No Javari, Colômbia era apontado como operador de um esquema de extração ilegal e venda de peixes que abastece não apenas comércios, hotéis, restaurantes e cafés do Alto Solimões, mas também de cidades mais distantes como Tefé e Manaus. Ribeirinhos, indígenas, indigenistas e policiais também apontam suspeita de vínculo do estrangeiro como tráfico internacional de drogas operado na Amazônia.

A Polícia Federal afirma que os assassinatos do indigenista Bruno e do jornalista inglês Dom, na região do Vale do Javari, na Amazônia, em junho, foram encomendados por Villar, o Colômbia.

Ele exerceria influência sobre comunidades ribeirinhas que são cooptadas para a extração ilegal dentro da terra indígena do Javari. Oliveira, o Pelado, seria fornecedor de Colômbia. Ambos estão presos pelo duplo assassinato.

Bruno treinava indígenas para fiscalização e vigilância do território. Dom percorria a Amazônia reunindo informações para um livro, inclusive sobre o trabalho do indigenista. A estratégia desenvolvida por Bruno junto aos povos nativos vinha rendendo prejuízos financeiros aos exploradores.

Colômbia foi preso em 8 de julho por apresentar documento falso à PF ao se apresentar voluntariamente para depoimento e negar relação com as mortes de Bruno e Dom. Ele foi para prisão domiciliar em 22 de outubro, após fiança de R$ 15 mil, mas voltou a ser preso por descumprir condicionantes em 20 de dezembro de 2023. Desde então, segue encarcerado.

Onze suspeitos foram presos em uma operação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de São Paulo, contra uma quadrilha de roubos de celulares, alianças e motos nas zonas central e sul da capital paulista e em Brasília (DF). Um dos suspeitos morreu em confronto com a polícia. Outros quatro já estavam no sistema prisional.

Todos possuem ligações com uma quadrilha responsável por roubos e mortes durante os ataques até os receptadores de celulares, alianças e motocicletas, além de suspeitos de fornecer armas e placas falsas.

Uma das lideranças do esquema de receptação e fornecimento de armas é Suedna Barbosa Carneiro, a "Mainha do crime", que alugava os equipamentos para os criminosos praticarem roubos de moto e depois comprava os aparelhos roubados.

"Ela é um elo fortíssimo da cadeia criminosa. Ela era uma facilitadora. É uma corrente com vários elos", afirmou Ronaldo Sayeg, diretor do Deic.

A polícia acredita que a operação terá impacto na queda dos índices de criminalidade na região central da cidade. "Não temos bala de prata, mas são crimes que preocupam a população. Foi um golpe duro nas operações criminosas", afirmou Artur Dian, delegado-geral da Polícia.

Assassinato do ciclista

O assassinato do ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, morto em 13 de fevereiro, durante um assalto em frente ao Parque do Povo, no Itaim Bibi, é um dos crimes atribuídos ao grupo.

Segundo o Deic, a operação é realizada após um ano e meio de investigações e levantamentos, com informações que surgiram a partir de prisões de envolvidos no esquema.

Ao todo, participam mais 170 policiais, com o apoio do Grupo Especial de Reação (GER) e do helicóptero do Serviço Aerotático (SAT).

A Justiça de São Paulo suspendeu integralmente o decreto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que havia determinado a demissão do tenente Henrique Velozo, acusado de matar o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo em 2022.

A decisão liminar, assinada pelo desembargador Ricardo Dip, garante a reintegração do policial militar aos quadros da corporação e o restabelecimento do pagamento de seus vencimentos até que o caso seja transitado em julgado - quando há uma decisão definitiva sem possibilidade de recursos.

Com a liminar, o tenente Velozo volta a ter reconhecida sua condição funcional, embora continue sob custódia no Presídio Militar Romão Gomes. Para o advogado Cláudio Dalledone, a decisão restabelece o equilíbrio jurídico do caso.

"Desde o início, alertamos que a demissão representava uma punição antecipada e sem respaldo legal. Ninguém pode ser punido antes do julgamento", afirmou.

Em outra decisão, também favorável ao PM, a Justiça revogou a transferência do policial do presídio militar Romão Gomes para um presídio comum.

A liminar, assinada pelo juiz Marco Antônio Pinheiro Machado Cogan, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, atendeu a um pedido da defesa do PM, que argumentou que a transferência poderia violar o princípio da presunção de inocência e colocar em risco a integridade física e psicológica do acusado.

Segundo o escritório Dalledone & Advogados Associados, responsável pela defesa, o magistrado acolheu integralmente os argumentos apresentados, determinando que o policial permaneça na unidade prisional onde se encontra atualmente.

No recurso, a defesa sustentou que não há fundamento jurídico para a transferência, uma vez que o processo ainda está em curso e não há condenação definitiva.

"Conforme já havíamos alertado, a transferência colocaria a vida de Velozo em perigo. A decisão assertiva reforça o compromisso da Justiça com o devido processo legal e com a proteção dos direitos individuais", afirmou o advogado Cláudio Dalledone Júnior.