Livraria do Brooklin anuncia fim das atividades e convida clientes para despedida

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Mais uma livraria de rua de São Paulo está fechando as portas. A Livraria do Brooklin, na Rua Hollywood, 275, zona sul da capital, comunicou que está encerrando suas atividades e convidou o público para dois eventos de despedida.

O estabelecimento funcionará com descontos especiais até o fim de julho no horário de funcionamento tradicional, de terça a domingo, das 10h às 17h.

Na sexta-feira, 25, a livraria promove, às 17h, um encontro com o escritor Caetano Romão, como parte do festival Arena da Palavra. Ele lançou há pouco o romance Escrevo Seu Nome no Arroz (Fósforo).

Já no sábado, 26, a livraria fará uma despedida ao longo de todo o dia. "Teremos livros em promoção, vamos abrir o estoque do café, com vinhos e comidas. Estamos chamando as pessoas para se despedir mesmo, porque estabelecemos um vínculo muito gostoso no bairro", explica a psicanalista Victoria Mantoan, proprietária da Livraria do Brooklin.

A loja foi aberta em novembro de 2021 com a proposta de oferecer um acervo cuidadosamente pensado pela equipe, com diversidade de autores, regiões e gêneros. A oferta vai de ficção literária a livros infantis e infantojuvenis, fantasia e não ficção. A livraria também possui um café no quintal, com espaços para leitura e trabalho.

A fundadora explica que ela e o marido se mudaram de São Paulo no ano passado. "A livraria é um negócio muito artesanal, é uma coisa que exige muita presença do dono", explica.

"Ficamos ao longo desse ano ruminando essa decisão, mas acabamos optando por fechar porque entendemos que não é um negócio que faz sentido administrar de longe. É uma livraria independente, de bairro, que tem que ser tocada presencialmente. Hoje, infelizmente, não conseguimos fazer isso", completa.

Após quatro anos à frente do estabelecimento, Victoria diz que o cenário das livrarias de rua em São Paulo "é desafiador e exigente, mas é possível". "A livraria não é só uma loja de livros. Ela é um espaço, as pessoas vão lá querendo ouvir autores, elas querem programação, querem conversa, indicação, surpresa", diz. "As livrarias de rua são um espaço cultural mesmo."

Encerramento Livraria do Brooklin

Onde: Rua Hollywood, 275 - Brooklin

Quando: Sexta-feira (25), às 17h: Caetano Romão + Arena da Palavra; sábado (26), das 10h às 19h: evento de despedida

Em outra categoria

A brasileira Maria Vilma das Dores Cascalho da Silva, de 69 anos, morreu após ser atacada em uma rua de Buenos Aires, capital da Argentina, na última quarta-feira, 5, segundo relato de sua família.

Ela estava no país para visitar a filha, Carolina Bizinoto, que está no último semestre de Medicina na Universidade de Buenos Aires. De acordo com uma publicação feita por Carolina no Instagram, Maria Vilma foi agredida por um homem desconhecido. Ela chegou a ser encaminhada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.

Procurado pelo Estadão, o Ministério de Justiça e Segurança da Cidade de Buenos Aires não respondeu.

A jovem abriu uma vaquinha na segunda-feira, 10, para conseguir arcar com os custos do translado do corpo da mãe para Goiás, onde a família mora, mas já encerrou a arrecadação nesta terça-feira, 11, após alcançar o valor necessário.

No entanto, Carolina disse que, além de caro, o processo é extremamente burocrático. Ela pediu apoio para conseguir entrar em contato com o Ministério das Relações Exteriores. "Obrigada a todos. Necessitamos agora que acelerem a liberação do corpo", disse a estudante.

Procurado, o Itamaraty afirmou, em nota enviada ao Estadão, que acompanha o caso e está em contato com as autoridades locais, por intermédio do Consulado-Geral do Brasil em Buenos Aires. A pasta disse ainda que "presta assistência consular à família da nacional brasileira".

"Mamãe, eu juro que vamos conseguir. Te amo. Farei todo o possível para te levar de volta", escreveu Carolina nas redes sociais. Maria Vilma foi servidora pública do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), mas já estava aposentada.

O Estado de São Paulo contabilizou 3.333 casos de meningite entre janeiro e outubro deste ano, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). Desses, 407 pacientes vieram a óbito, incluindo crianças.

Cerca de 60% dos registros estão concentrados nas 39 cidades que compõem o Departamento Regional de Saúde Grande São Paulo, um dos 17 do Estado. Nessa região, foram 2.012 casos confirmados e 243 mortes no período.

A secretaria não detalhou as cidades com mais registros, mas informou que está monitorando a situação epidemiológica em conjunto com os municípios.

No mesmo período do ano passado, o Estado somou 3.946 casos e 524 mortes pela doença. Em 2023, no mesmo recorte temporal, foram 5.505 casos confirmados e 442 óbitos.

Tipos de meningite

A meningite pode ser causada por fungos, vírus ou bactérias. As formas viral e bacteriana são as mais frequentes no País.

Segundo o infectologista Francisco Ivanildo Oliveira Jr., gerente médico do Sabará Hospital Infantil, a meningite viral costuma provocar quadros mais leves, com tratamento baseado no controle de sintomas, e hidratação. Na maioria dos casos, a recuperação ocorre em até uma semana.

Já a versão bacteriana tende a ser mais grave e exige diagnóstico rápido, geralmente com internação e punção lombar. Entre as principais bactérias associadas à doença estão pneumococo, meningococo (tipo C) e Haemophilus influenzae (tipo B). O pneumococo (Streptococcus pneumoniae) afeta mais crianças pequenas e idosos. Já o meningococo (Neisseria meningitidis) acomete principalmente crianças e adolescentes.

Apesar dos diferentes agentes causadores da doença, os sintomas são semelhantes em todos os tipos de meningite. Os principais são: febre, dor de cabeça, vômitos, sonolência, convulsões, alterações visuais e rigidez na nuca. Em alguns casos, especialmente na meningite meningocócica, também podem surgir manchas arroxeadas na pele.

Em caso de sinais sugestivos da doença, a secretaria de Saúde orienta procurar atendimento médico imediatamente.

Transmissão

A transmissão depende do tipo de agente causador. Nos casos virais e bacterianos, o contágio geralmente ocorre pelo contato direto com secreções respiratórias ou saliva de pessoas infectadas, como ao tossir, espirrar, beijar ou compartilhar objetos pessoais, como copos e talheres.

Vacinação

Oliveira Jr. reforça que a vacinação, realizada com imunizantes que protegem contra os diferentes sorotipos do meningococo (A, B, C, W e Y), é essencial para prevenir a doença e que o risco aumenta quando há acúmulo de pessoas não vacinadas.

No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) prevê duas doses da vacina meningocócica C, aplicadas aos três e aos cinco meses de idade, e um reforço com a vacina ACWY aos 12 meses. Além disso, crianças de 11 a 14 anos devem receber uma nova dose de meningocócica C ou ACWY.

Existe ainda a vacina meningocócica B, disponível apenas na rede privada.

A SES-SP afirma que as vacinas C e ACWY estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). De janeiro a julho deste ano, a cobertura da vacina meningocócica C para menores de um ano foi de 82,6% no Estado, índice inferior ao de 2024, de 91,7%, e abaixo da meta de 95%. Já a vacina ACWY atingiu cobertura de 48,1% neste ano, ante 52,1% em 2024.

Um homem suspeito de matar uma jovem em Sepetiba, zona oeste do Rio de Janeiro, foi preso nesta segunda-feira, 10, depois de uma denúncia feita pela própria mãe. Kelly Silva de Souza mãe de Davi de Souza Malto, autor dos disparos, afirmou que reconheceu o filho pelas imagens. Ele foi preso em um fast-food em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

"Eu reconheci meu filho na imagem. Eu liguei pra denunciar o meu filho. Porque meu filho foi nascido na igreja. Como que ele pode ter coragem de matar uma mãe em cima do seu filho por dinheiro? Meu filho tinha tudo. Queria pedir perdão para esse pai, para essa família da Laís que chora, porque se eu estou sofrendo, eu sei que a dor deles é muito maior", afirmou Kelly em entrevista ao "RJ2", da TV Globo.

Laís foi morta na última terça-feira, 4, após a namorada do ex-companheiro pagar R$ 20 mil pelo assassinato. Segundo a Delegacia de Homicídio da Capital (DHC), o crime foi motivado pela vontade de ter a guarda exclusiva da filha da vítima. Ela foi morta com um tiro na nuca, enquanto caminhava empurrando o carrinho com a filha de dois anos.

A Polícia Civil informou que a suspeita chegou a ameaçar Laís por mensagens através da rede social por ciúmes do marido. "As investigações apontaram que a mandante do crime demonstrava comportamento possessivo em relação à filha da vítima e elaborou todo o plano para que ela e seu companheiro ficassem com a guarda da criança", informou a Polícia Civil.

A mulher ofereceu cerca de R$ 20 mil para que os homens matassem Laís. Segundo os investigadores, ela chegou a enviar fotos falsas da criança lesionada para motivar os executores.

Os dois foram identificados após imagens de segurança registrarem eles circulando próximo à Travessa Santa Victoria, momentos antes do crime. O suspeito que pilotava a moto utilizada durante o assassinato se entregou na última sexta-feira, 7.

A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. A mandante do crime ainda não foi localizada.