Livro de Moraes é finalista do Prêmio Jabuti Acadêmico

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A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou, nesta terça-feira, 22, a lista dos cinco finalistas de cada categoria do Prêmio Jabuti Acadêmico. Em sua segunda edição, a premiação reconhece obras brasileiras de excelência das áreas científicas, técnicas e profissionais.

Os vencedores serão revelados em uma cerimônia no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, em 5 de agosto. Cada vencedor será premiado com R$ 5 mil e uma estatueta. Segundo a CBL, foram 2.004 inscrições neste ano - em 2024, foram 1.953. No dia 14 de julho, a organização já havia divulgado a lista de semifinalistas.

O prêmio é dividido em dois eixos: Ciência e Cultura e Prêmios Especiais. Neste ano, a principal novidade é a categoria de Tradução, que avalia livros em tradução inédita de qualquer idioma para o português e publicados em nova edição no Brasil. Ela faz parte do eixo Prêmios Especiais.

Entre os finalistas da premiação, está o economista e colunista do Estadão Pedro Fernando Nery, na categoria Economia, pela obra Extremos: Um Mapa Para Entender as Desigualdades no Brasil (Zahar).

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes concorre na categoria Direito com o livro Democracia e Redes Sociais: O Desafio de Combater o Populismo Digital Extremista (Atlas).

Livro Acadêmico Clássico e Personalidade Acadêmica

A CBL também anunciou que a obra Metodologia do Trabalho Científico (Cortez Editora), do professor e filósofo Antônio Joaquim Severino, foi escolhida como o Livro Acadêmico Clássico do Prêmio Jabuti Acadêmico 2025. A escolha foi feita com base em uma consulta pública realizada no primeiro semestre.

O livro, que completa 50 anos em 2025 e já está em sua 24ª edição, é "uma ferramenta eficiente para o trabalho docente" e "apresenta elementos conceituais e diretrizes para a compreensão e aplicação das atividades lógicas e técnicas relacionadas à prática científica", conforme comunicado divulgado à imprensa.

Já o sociólogo José de Souza Martins, autor de mais de 30 obras e professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), já havia sido anunciado como a Personalidade Acadêmica homenageada pela premiação, "em reconhecimento ao conjunto de sua obra e à sua expressiva contribuição para a compreensão dos fenômenos sociais contemporâneos."

Em outra categoria

Onze pessoas ficaram feridas em um acidente de trânsito envolvendo um trem e um ônibus biarticulado em Cabral, bairro de Curitiba, na noite desta terça-feira, 22. O ônibus ficou partido no meio com o impacto da colisão.

De acordo a concessionária da ferrovia, Rumo, o ônibus teria cruzado a passagem em nível do trem no momento em que o comboio se aproximava, "desrespeitando a sinalização do local e não adotando os procedimentos de segurança".

O Estadão tenta contato com a empresa de ônibus para ouvir a sua versão dos fatos. As Polícias Militar e Civil do Paraná e a Prefeitura de Curitiba também ainda não responderam à reportagem com informações sobre a ocorrência, nem sobre o estado de saúde das vítimas.

"O maquinista que acionou a buzina, conforme procedimento padrão nos cruzamentos com vias municipais, foi surpreendido pela ação do motorista (do ônibus) e acionou os freios de emergência, mas não foi possível parar a tempo devido ao peso e tamanho da composição", disse a Rumo, em nota.

"Imediatamente, a concessionária solicitou o suporte das equipes de emergência para prestar atendimento médico aos acidentados. Em conjunto com os órgãos de trânsito, a empresa providenciou a liberação da via no início da madrugada."

A empresa ferroviária destacou ainda que, de acordo com as leis do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em vias onde há travessia ferroviária e rodoviária, a preferência de passagem é do trem, contanto que haja sinalização correta.

"É considerada infração gravíssima atravessar uma Passagem em Nível sem parar previamente (Art. 212 do Código de Trânsito)", destacou.

Uma nova frente fria está avançando do Sul ao Sudeste do Brasil e deve causar diminuição na temperatura nessas regiões, além de chuva no litoral do Sudeste. Por conta disso, a capital paulista agora pode receber alguma chuva nos próximos dias, mas não muito significativa, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura (CGE).

Conforme o órgão municipal, deve haver "apenas aumento da nebulosidade e queda das temperaturas, principalmente durante as tardes da quinta, 24, e da sexta-feira, 25". "Um novo sistema frontal é previsto passar pelo leste paulista no início da próxima semana, com chuva fraca e declínio das temperaturas", afirma.

Nesta quarta-feira, 23, a mínima e máxima previstas pelo CGE para São Paulo são de 11ºC e 23ºC, com 42% de umidade relativa do ar. Já na quinta, 24, os termômetros devem ficar entre 12ºC e 21ºC, com umidade entre 55% e 95% - a qualidade do ar vem aumentando esta semana na cidade, após recorde de tempo seco dias atrás.

No centro do País, o tempo seco segue em estados alarmantes, com alerta de perigo potencial emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o interior de São Paulo e Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Piauí e parte da Bahia, do Pará e de Rondônia. Há risco de queimadas, segundo o Climatempo.

A empresa de meteorologia Climatempo prevê também clima instável no Sul. "Uma baixa pressão sobre o Paraguai e o deslocamento marítimo de uma frente fria favorecem as pancadas de chuva, que chegam com intensidade moderada a forte, principalmente no oeste e noroeste do Rio Grande do Sul e no oeste de Santa Catarina", diz.

"Nas demais regiões (do Sul), o tempo segue firme, com destaque para as temperaturas no Rio Grande do Sul, que devem cair devido à presença de uma massa de ar polar."

No extremo Norte, na região de Amapá, há alerta de perigo potencial do Inmet para chuvas intensas.

Veja a previsão para os próximos dias:

- São Paulo (SP): mínima de 12ºC e máxima de 23ºC até sexta-feira, 25, e de 14ºC e 28ºC no fim de semana. Pode haver garoa entre quinta e sexta;

- Rio de Janeiro (RJ): mínima de 16ºC e máxima de 24ºC entre esta quinta e sexta-feira e de 18ºC a 30ºC no fim de semana. Pode chover entre esta quarta-feira, 23, e sábado, 26;

- Brasília (DF): mínima de 14ºC e máxima de 29ºC até o domingo, sem previsão de chuva;

- Campo Grande (MS): mínima de 17ºC e máxima de 34ºC até domingo, sem previsão de chuva;

- Manaus (AM): mínima de 24ºC e máxima de 34ºC até domingo, com possibilidade de chuva nesta quarta, 23, na sexta e no sábado;

- Palmas (TO): mínima de 20ºC e máxima de 35ºC até domingo, sem chuva;

- Natal (RN): mínima de 22ºC e máxima de 28ºC até domingo, com possibilidade de chuva todos os dias;

- Salvador (BA): mínima de 20ºC e máxima de 27ºC até domingo, com chance de chuva todos os dias;

- Curitiba (PR): mínima de 9ºC e máxima de 21ºC até domingo, com possibilidade de chuva todos os dias exceto sábado;

- Porto Alegre (RS): mínima de 9ºC e máxima de 21ºC até domingo, com chance de chuva nesta quarta, na quinta, no sábado e no domingo.

As previsões de mínima e máxima são do Climatempo.

Pescadores capturaram no sábado, 19, um peixe-leão (Pterois volitans) em Taipu de Dentro, um estuário localizado na cidade de Maraú, na Baía de Camamu, no sul da Bahia. Antes, em fevereiro, biólogos já tinham encontrado um peixe-leão na região de Morro de São Paulo.

O peixe-leão é nativo da região indo-pacífico e foi identificado no Brasil pela primeira vez em 2014, no litoral do Rio de Janeiro. Depois, foram registrados casos da presença do peixe no litoral de Pernambuco, Ceará e Alagoas.

Apesar de parecer inofensivo, o peixe-leão oferece risco ao equilíbrio dos ecossistemas marinhos porque não tem predadores naturais no litoral brasileiro e compete por alimentos em condições desiguais, o que pode diminuir consideravelmente o desenvolvimento de outros peixes e crustáceos, impactando a cadeia da pesca.

O peixe-leão possui 18 espinhos venenosos e o contato com humanos pode causar dor intensa, náuseas e até convulsões. Cada fêmea pode colocar até 30 mil ovos, que eclodem em apenas 26 dias. Ele é extremamente voraz: pode comer até 20 peixes em 30 minutos, inclusive presas com até 70% do seu tamanho.

"É uma espécie exótica, não tem competidores aqui. Então, pesquisadores, nativos, pescadores, mergulhadores e todos que vivem do mar precisam fazer uma força-tarefa para conseguir controlar", disse Stella Furlan, supervisora de meio ambiente e educadora ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Maraú.