'Terra Nostra' será a próxima novela reprisada na Globo

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Sucesso da TV Globo no final dos anos 1990, Terra Nostra volta à programação da emissora em setembro, no lugar de História de Amor, atualmente exibida na faixa Edição Especial. Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela foi ao ar originalmente em 1999 e marcou época ao retratar a imigração italiana no Brasil no final do século 19.

A reprise marca um momento simbólico para a emissora, que completa 60 anos em 2025, e será a primeira novela das 21 horas a ser reexibida na faixa vespertina.

Ambientada em São Paulo, Terra Nostra narra a história do jovem casal de imigrantes italianos Matteo (Thiago Lacerda) e Giuliana (Ana Paula Arósio), que se conhecem a bordo do navio Andrea I, durante a travessia do Atlântico entre Gênova e o Brasil, em 1894.

Os dois se apaixonam ainda na viagem, mas se perdem no desembarque e enfrentam destinos diferentes.

A trama se desenvolve a partir desse desencontro. Giuliana é acolhida em São Paulo pelo imigrante Francesco Maglianno (Raul Cortez), amigo de seu falecido pai. Já Matteo vai trabalhar como colono na fazenda de café do coronel Gumercindo Aranha (Antonio Fagundes), onde acaba envolvido em conflitos por direitos trabalhistas.

A novela acompanha os desdobramentos da vida dos protagonistas ao longo das décadas, explorando temas como identidade cultural, adaptação, relações familiares e transformações sociais no Brasil pós-abolição da escravatura.

A produção teve direção geral de Luiz Fernando Carvalho e foi uma das novelas mais elogiadas de sua época, especialmente por sua ambientação, trilha sonora e reconstituição histórica.

Elenco principal

Confira nomes e personagens do elenco principal de "Terra Nostra".

Matteo (Thiago Lacerda) - Jovem imigrante italiano, trabalhador e determinado. Assume papel de liderança entre os colonos na fazenda de Gumercindo. Casa-se com Rosana, mas nunca esquece Giuliana.

Giuliana (Ana Paula Arósio) - Órfã após a morte dos pais na travessia, vive na casa de Francesco e é alvo do amor de Marco Antônio. Tem um filho com Matteo e o perde logo após o nascimento.

Gumercindo (Antonio Fagundes) - Fazendeiro em crise após a abolição da escravidão. Contrata imigrantes italianos para substituir a mão de obra e aprende a conviver com a nova realidade.

Maria do Socorro (Débora Duarte) - Esposa submissa de Gumercindo, mãe de Rosana e Angélica, sente-se pressionada pelas tradições do marido.

Marco Antônio (Marcello Antony) - Filho de Francesco, transforma-se após se apaixonar por Giuliana. Casa-se com ela mesmo sabendo que ela espera um filho de Matteo.

Marcello Antony revela que criou inimizades que o afastaram de novelas da Globo; saiba com quem Rosana (Carolina Kasting) - Filha de Gumercindo, decide se casar com Matteo e arma uma situação para obrigá-lo ao matrimônio. Vive um casamento infeliz.

Janete (Ângela Vieira) - Esposa de Francesco, despreza os imigrantes e se opõe ao relacionamento do filho com Giuliana.

Angélica (Paloma Duarte) - Irmã mais nova de Rosana. Tímida, sonha em ser freira, mas casa-se com o advogado Augusto.

Augusto (Gabriel Braga Nunes) - Jovem advogado dividido entre dois amores: Angélica e a italiana Paola (Maria Fernanda Cândido).

Hortênsia (Cláudia Raia) - Mãe adotiva de Juanito, o filho desaparecido de Giuliana e Matteo, entregue a um orfanato após o nascimento.

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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) negou o novo recurso da Tools For Humanity, empresa de Sam Altman, de remunerar financeiramente clientes brasileiros - com criptomoedas - pela coleta de dados biométricos sensíveis, como o registro de íris, no projeto World ID. Desta maneira, a prática que ficou conhecida como "venda de íris" continua proibida no País. A decisão de 18 de julho foi divulgada nesta terça, 5.

Em janeiro deste ano, a empresa já havia sido proibida de oferecer tokens digitais, conhecidos como Worldcoin (WLD) - que podem valer de R$ 300 a R$ 700 - em troca da coleta de dados biométricos para o projeto World. Desde então, as atividades foram suspensas no Brasil. Para a ANPD, o modelo de incentivo financeiro afetava o poder de decisão e consentimento dos usuários em uma prática que desequilibrava a relação entre companhia e cidadãos.

Para voltar a operar, a empresa propôs um sistema de indicação. Ao realizar a coleta de dados biométricos, o cliente poderia indicar outra pessoa para o cadastro. Quanto mais pessoas indicadas realizassem a biometria, mais tokens o cliente poderia ganhar.

"No contexto atual, e após cessar sua operação no Brasil, a empresa informa que alterou seu processo de verificação de World ID para que o titular não receba, diretamente, o incentivo ao verificar sua World ID. No novo modelo de negócio apresentado, segundo a regulada, não haverá incentivo financeiro direto ao titular que consentir com o tratamento da sua íris, podendo este ser recompensado caso os seus indicados também realizem o processo de verificação de seu World ID", disse a empresa no processo.

No entanto, a proposta foi considerada compensação financeira indireta pela ANPD.

"Ainda que se observe, na nova proposta, um aparente distanciamento entre a coleta de dados pessoais e a concessão da contraprestação, tal separação aparentemente não se revela suficiente para afastar os riscos previamente identificados. Isso porque, mesmo com o distanciamento formal, aquele que indica terceiros permanece sendo beneficiado economicamente com base exclusiva na coleta de dados biométricos de novos titulares", diz a decisão do diretor Arthur Pereira Sabbat.

Em nota ao Estadão, a World disse que "discorda da interpretação da ANPD e pretende buscar medidas legais adicionais para esclarecer a questão". Veja abaixo:

"A World respeitosamente discorda da interpretação da ANPD e pretende buscar medidas legais adicionais para esclarecer a questão. Programas de indicação são uma prática comum no Brasil e amplamente usados em setores aéreo, financeiro, telecomunicações e de pagamentos - inclusive por instituições públicas. Acreditamos que a implementação de um programa de indicação atende à decisão técnica preliminar da Autoridade e cumpre com os requisitos da LGPD.A World continuará trabalhando junto à ANPD e seguirá o processo legal conforme estabelecido, enquanto permanece comprometida em expandir o acesso à tecnologia de prova de humanidade no Brasil. Essa importante tecnologia continuará disponível para os brasileiros em locais selecionados, de forma limitada".

Em seu argumento, a ANPD afirma que a prática da Tools for Humanity é diferente dos programas de indicação vistos em outras empresas. "Diferentemente dos programas tradicionais de indicação, em que o usuário acessa um serviço ou produto como beneficiário final, o modelo proposto transforma o dado biométrico - e não um serviço concreto, utilizável ou de valor direto ao titular - no próprio objeto da operação. A biometria passa a ser tratada como elemento central, coletada em troca de um benefício indireto concedido a terceiros, o que acentua os riscos associados ao consentimento", diz a decisão.

Reação

Em publicação, o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) apoiou a decisão da ANPD. "Proposta da empresa de recompensar usuários por indicações de terceiros não alterava modelo de negócios baseado na exploração de dados biométricos". Veja abaixo:

"O novo modelo de negócios sugerido pela empresa, baseado em recompensas por indicação de terceiros que escaneiem a íris, ainda compromete a autonomia dos titulares, especialmente em contextos de vulnerabilidade socioeconômica. Trata-se do mesmo problema que levou à adoção da medida preventiva em janeiro de 2025", diz a nota.

Como funcionava o cadastro e pagamento da coleta de íris?

Para realizar o cadastro pessoal no sistema da Tools for Humanity, chamado de World ID, os usuários precisavam realizar reconhecimento facial e escaneamento de íris, que são dados biométricos sensíveis. Em troca, a startup oferecia algumas dezenas de "moedas digitais" (chamadas worldcoins) que podiam ser vendidas dentro do próprio aplicativo por "dinheiro de verdade". Na prática, a pessoa fazia uma imagem de alta resolução da íris e recebia tokens de criptoativos, como o bitcoin, que podiam ser trocados por reais - dependendo da cotação dessa moeda era possível receber entre R$ 300 e R$ 700.

O serviço vinha ganhando muitos adeptos em São Paulo, primeira cidade no Brasil a participar do projeto. Como mostrou o Estadão, muitos dos participantes apresentavam algum tipo de vulnerabilidade social e topavam o registro da íris apenas pelo dinheiro "rápido" e "fácil". Desde 2024, a ANPD, por meio da Coordenação-Geral de Fiscalização (CGF), vem fiscalizando o uso de dados biométricos para a nova rede social. Segundo a Tools for Humanity, o World ID permitiria a comprovação de que o titular é um ser humano único vivo e promoveria maior segurança digital em contexto de ampliação das ferramentas de inteligência artificial (IA).

Na última segunda-feira, 4, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Roraima prendeu em uma rodovia em Boa Vista, um homem, de 30 anos, suspeito de transportar 103 quilos de ouro, avaliados em mais de R$ 60 milhões. A apreensão foi considerada a maior já feita pela corporação.

Quando uma carga de drogas é apreendida, uma contraprova é guardada e o restante, por questão de segurança, é incinerado logo na sequência. No caso de ouro, entretanto, o processo ocorre de forma diferente.

O suspeito foi identificado como o empresário Bruno Mendes de Jesus, que transportava o material de Porto Velho, Rondônia, até a capital roraimense. No carro, estavam também a sua esposa e o filho de 9 meses. A defesa alega que ele tem relações com a atividade de mineração por uma questão de "sobrevivência", mas afirma que o empresário era apenas o motorista da operação, e não proprietário do material.

O que é feito com a carga?

Em geral, conforme informações da Polícia Federal de Brasília, quando há esse tipo de apreensão, é feita uma investigação para apurar a responsabilidade e também de onde veio o ouro apreendido. No caso em questão, como a apreensão foi feita pela Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal é a instituição que segue com as investigações para descobrir a origem, o destino e a propriedade do material.

Ou seja, durante o processo de investigação é feita uma análise para tentar descobrir a origem lícita do ouro, assim como é feita uma rastreabilidade para verificar o grau de pureza da matéria apreendida.

Com relação à guarda do ouro apreendido, a carga fica em uma área protegida da Polícia Federal ou em uma instituição bancária sob custódia até o fim do processo. A localidade não é informada por uma questão estratégica e de segurança, conforme informações da Polícia Federal.

Terminada a parte judicial, o caso vai para o poder judiciário. Em casos em que é matéria-prima da União, incide o artigo que trata de crime de usurpação.

No Brasil, o ouro e outras riquezas minerais encontradas no subsolo pertencem à União, conforme a Constituição Federal. Desta forma, a exploração de ouro requer autorização legal do Poder Público Federal. Fazê-lo sem permissão é crime de usurpação, segundo a Lei 8.176/91.

"O artigo 2° constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, produzir bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União, sem autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título autorizativo", conforme publicação.

Fortes chuvas atingiram a cidade de Santos, no litoral paulista, na madrugada desta quarta-feira, 6. Há diversos pontos de alagamento nas principais vias da cidade.

Choveu 119,2mm entre as 4h e as 10h da manhã, um dos maiores índices do Estado de São Paulo no período, segundo informações do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). O índice representa quase o total da média histórica de chuvas para todo o mês de agosto, que é de 122,2 mm.

Por volta das 8h da manhã, as ondas chegaram a 1,72m na Ilha das Palmas. Os morros seguem em estado de atenção. "Moradores de áreas de encostas devem ficar atentos aos sinais de risco como aberturas de trincas na moradia e no terreno, inclinação de árvores, postes e muros, além de água barrenta descendo pela encosta", alerta a Prefeitura.

A Defesa Civil de Santos também recomenda que, em períodos de chuva, a população não transite em locais alagados ou inundados e nem atravesse ruas com enxurradas. Caso seja necessário transitar pela cidade, a recomendação é para o uso do aplicativo Waze, que mostra rotas alternativas para deslocamentos.

Em virtude da ressaca do mar, a cidade sofreu nos últimos dias o assoreamento dos canais na região da orla, o que comprometeu parte do escoamento das águas pluviais. Cerca de 960 toneladas de areia já foram retiradas do Canal 3, na Avenida Washington Luís, até terça-feira, 5.

Serviço de saúde

Ainda em razão dos alagamentos algumas policlínicas da cidade não estão em funcionamento nesta manhã: Vila Gilda, Rádio Clube, Castelo, Alemoa, Penha, Vila Nova, Morro Santa Maria, Santa Maria/São Jorge, Caneleira. Outras unidades, embora abertas, realizam atendimentos de forma parcial devido ao atraso de funcionários.

Consultas, exames e procedimentos serão reagendados nas policlínicas e unidades especializadas, devido à dificuldade da chegada dos profissionais e pacientes.

Lixo

Equipes do consórcio Terra Santos atuam para a retirada dos resíduos acumulados na Cidade após a paralisação parcial dos trabalhadores da coleta e limpeza urbana, informa a Prefeitura, reforçando que a coleta e varrição transcorrem apesar das fortes chuvas.

Transporte

A Companhia de Energia de Tráfego (CET) de Santos suspendeu o serviço de zona azul. A linha turística de bonde não funcionará nesta quarta-feira.