Sean 'Diddy' Combs planeja um grande retorno musical no Madison Square Garden, diz seu advogado

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O rapper Sean 'Diddy' Combs quer realizar um grande retorno musical com um show no Madison Square Garden, uma das mais importantes arenas do mundo, em Nova York. A informação foi revelado pelo advogado do músico, Marc Agnifilo, em entrevista à CBS Mornings.

O artista e empresário segue em detenção em uma prisão na cidade enquanto aguarda sua sentença. No início de julho, ele foi condenado por duas acusações de transporte para fins de prostituição, mas absolvido de outras acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração para extorsão.

A pena será revelada no dia 3 de outubro. Nesta semana, o rapper teve a fiança negada novamente. Quando questionado sobre os objetivos de Diddy após o resultado do julgamento, Agnifilo disse que o artista afirmou que "estará de volta ao Madison Square Garden".

O advogado ainda disse que Combs está "refletindo sobre suas bençãos e imperfeições". "Acho que ele quer sair da prisão e restabelecer uma relação amorosa e presente com todos os seus sete filhos. Ele quer cuidar da sua mãe", completou Agnifilo.

A acusação do caso de prostituição, na qual Diddy foi condenado, prevê uma pena máxima de 10 anos sob a Lei Mann federal dos Estados Unidos. Como Diddy foi considerado culpado em duas delas, pode pegar até 20 anos de prisão.

Em outra categoria

O morador de rua Jeferson de Souza, de 24 anos, chorou e colocou as mãos sobre a nuca antes de ser morto por policiais militares, na noite de 13 de junho, na região central de São Paulo. Ele foi atingido por três tiros de fuzil disparados à queima-roupa. A versão dos policiais, de que ele teria tentado pegar a arma de um deles, foi desmentida pelas imagens da câmera corporal de um dos policiais. Os dois PMs estão presos.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) diz que repudia veemente a conduta dos militares envolvidos e que o comando da Polícia Militar, assim que tomou conhecimento das imagens, pediu a imediata prisão dos agentes.

Até a publicação deste texto, a reportagem do Estadão buscou contato com as defesas dos policiais, mas sem sucesso.

As imagens às quais a reportagem teve acesso, mostram quando os PMs Alan Wallace dos Santos Moreira, tenente da Força Tática, e o soldado Danilo Gehrinh revistam o homem que havia descido de uma árvore. Eles o levam para atrás de uma pilastra - um ponto sem câmeras de monitoramento - e o interrogam. Acuado, o homem senta-se no chão, O soldado Danilo usa a câmera do celular para tirar uma foto de Jeferson, escreve algo e encaminha a mensagem para alguns contatos.

O morador de rua se levanta e começa a chorar. Em seguida, ele segue as ordens dos policiais e se encosta na pilastra com as mãos na nuca. Ao seu lado, está o policial Alan empunhando o fuzil. Nesse momento, o policial que está com a câmera corporal põe as mãos sobre o equipamento e o vira para o lado. Na sequência, Jeferson aparece morto. Ele foi atingido por tiros de fuzil na cabeça, no tórax e no braço.

Outras viaturas da PM e uma do Corpo de Bombeiros chegam ao local depois. No vídeo, é possível ouvir conversas descontraídas entre eles. Um policial que chegou depois fala que precisa verificar as imagens da câmera do soldado, pois ela era monitorada pela Central de Operações da PM. A câmera corporal do tenente estava desligada.

Na versão registrada pelos PMs no boletim de ocorrência, os agentes afirmaram que Jeferson foi avistado descendo de uma árvore durante patrulhamento no trecho entre a Rua da Figueira e o Viaduto Antônio Nakashima, na região da Sé.

Durante abordagem, os policiais teriam constatado que o homem era procurado por estupro e agressão. E que, ao anunciarem que ele seria conduzido para a delegacia, Jeferson teria tentado pegar a arma de um dos agentes, o que teria motivado três disparos. O morador de rua havia se mudado de Alagoas para São Paulo havia 9 anos em busca de trabalho e não tinha antecedentes criminais.

Homicídio qualificado

No dia 22 de julho, a pedido do Ministério Público de São Paulo, a juíza Patrícia Álvarez Cruz decretou a prisão preventiva dos dois policiais. Na denúncia, o promotor Enzo Boncompagni aponta que a vítima foi executada por um dos policiais com três tiros de fuzil, "apesar de ele estar rendido e subjugado". Segundo o promotor, o outro PM "aderiu ao propósito homicida de seu colega de farda e colocou a mão sobre a lente da câmera corporal no momento dos disparos para obstruir o registro da execução".

Na decisão, a magistrada afirma que "os réus Allan Wallace e Danilo, policiais militares no exercício de suas funções, agiram impelidos por motivo torpe, deliberando matar o suspeito por mero sadismo e de modo a revelar absoluto desprezo pelo ser humano e pela condição da vítima, pessoa em situação de vulnerabilidade social".

Nesta quarta-feira, 6, a justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo contra os dois policiais e eles se tornaram réus por homicídio qualificado. Segundo a decisão, o crime foi cometido com dois agravantes: motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, que estava rendida e não ofereceu resistência.

A SSP informou que os dois agentes permanecem detidos no Presídio Militar Romão Gomes. O Inquérito Policial Militar (IPM) segue em andamento pela Corregedoria da Instituição. A PM reforça que é uma instituição legalista e jamais compactuará com qualquer tipo de excesso ou desvio de conduta por parte de seus integrantes, que responderão com rigor às instâncias disciplinares e judiciais competentes.

Balneário Piçarras, no litoral de Santa Catarina, vai ampliar a faixa de areia da Praia Central pela quarta vez em menos de 30 anos. A nova obra prevê a engorda de dois dos sete quilômetros de orla do município, com investimento de R$ 38,289 milhões. A engorda das praias tem sido uma das estratégias adotadas para driblar a erosão costeira, um dos principais efeitos das mudanças climáticas.

Além de Piçarras, Balneário Camboriú e Florianópolis são outras cidades catarinenses que também já fizeram intervenções desse tipo.

A previsão é concluir o trabalho 70 dias após a assinatura do contrato com a empresa vencedora, mas não está definida a data de início das obras, mas os interessados têm até o dia 5 de setembro para enviar as propostas.

A primeira intervenção em Piçarras foi feita em 1998, sendo refeita 10 anos depois, em 2008 e em 2012. "Temos problemas na nossa orla com ressaca marítima e já sofremos com isso há alguns anos", afirma o prefeito Tiago Baltt (MDB).

O processo de alargamento da faixa de areia utiliza grandes barcos conhecidos como dragas, que retiram areia do fundo do mar e recolocam em um aterro na orla da praia.

"As mudanças climáticas provocam as chamadas 'praias famintas', porque o sedimento não chega no mar e, quando chega, tem um processo erosivo que produz praias com cada vez menos areia", explica o professor de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Paulo Horta.

Além da proteção da orla, a prefeitura espera que o alargamento atraia mais turistas e gere mais empregos durante o verão.

A primeira vez que a prefeitura debateu o novo alargamento foi em 2017. De lá para cá, já foram lançados três editais, incluindo o mais recente. Na primeira vez, a concorrência não teve participante.

Na segunda tentativa, o orçamento era de R$ 24 milhões e as duas empresas interessadas deram lances acima dos R$32 milhões. Além disso, logo depois da abertura dos lances, o Tribunal de Contas do Estado embargou o processo por suspeitas de sobrepreço.

Para evitar novos problemas, o município refez o edital, com a ajuda do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH). "Entendemos que o que estava sendo feito não poderia existir do jeito que estava, então fizemos novos estudos para lançar essa nova licitação", afirma o prefeito.

Para Horta, mesmo com estudos técnicos, a engorda traz riscos ambientais. "Existe toda uma biodiversidade que é prejudicada", aponta.

A tendência, acrescenta ele, é de que obras desse tipo durem menos, por conta do aumento acelerado do nível do mar. "Apesar do alargamento da faixa de areia nos dar mais tempo para evitar tragédias humanas, o processo também libera gases como o metano e o gás carbônico, que aceleram o aquecimento global", diz Horta.

Uma nota técnica de pesquisadores da UFSC em maio destaca ainda que "em praias alteradas artificialmente, tem ocorrido aumento de ferimentos em turistas, como lesões na coluna devido a ondas quebrando com força em praias mais íngremes e aumento nos afogamentos causados por correntes de retorno".

Para minimizar problemas, a prefeitura criou um plano de contenção de danos e preservação, que devem ser seguidos no processo. Entre as ações previstas, estão o uso de dragas com defletores para evitar a captura acidental de tartarugas e de outros animais marinhos. Na área de retirada dos sedimentos, também serão criados pontos de preservação, para permitir a procriação de animais.

A CEO da COP30, Ana Toni, afirma que o Brasil deve "usar" a conferência, que será sediada no País, para mostrar que pode ser um grande provedor de soluções, como em agricultura (com agricultura regenerativa, agrofloresta, reflorestamento e bioeconomia, por exemplo) e energia renovável.

Ideia é que o País deixe na COP30 legado de "quais soluções o Brasil implementou, e são escaláveis" para fora, segundo ela.

O Brasil também deseja deixar como legado a questão de financiamento, de como é possível mobilizar US$ 1,3 trilhão em soluções climáticas, segundo Toni. A fala faz referência à meta definida na COP29 de que seja apresentado, na COP30, um documento - feito por Azerbaijão e Brasil, países que sediam COP29 e COP30 - sobre caminhos para mobilizar este montante.

Outro legado da COP30 é para que haja o entendimento de que é preciso uma revolução sobre como lidar com a natureza. "Estamos em momento de adaptar. Para todos os setores: agricultura, energia, infraestrutura, logística. Todos temos que nos adaptar, e já estamos atrasados", disse.

Nesse sentido, a COP30 está em um momento de mostrar a urgência sobre as mudanças climáticas em vigor e entender como respondê-las. "Tema de clima não é só ambiental, mas econômico, de desenvolvimento e crescimento", frisou.

Toni também disse que a conferência busca abordar uma "agenda de ação", que aborde como implementar objetivos traçados em outras COPs. Segundo ela, primeiro a COP30 precisa, inclusive, valorizar acordos internacionais.

As declarações foram feitas no painel "O que esperar da COP 30 no Brasil?", durante evento São Paulo Climate Week, promovido pelo Cubo Itaú.