Morre Nobuo Yamada, cantor de 'Os Cavaleiros do Zodíaco', aos 61 anos; relembre a trajetória

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O cantor japonês Nobuo Yamada, também conhecido como NoB morreu no último sábado, 9, aos 61 anos. A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 13, em uma nota oficial divulgada pela sua produtora, a Mojost.

No Brasil, ele ficou famoso por ser a voz do tema de abertura do desenho Os Cavaleiros do Zodíaco, com a canção Pegasus Fantasy.

"Comunicamos que o artista NoB (Nobuo Yamada), que pertencia à nossa empresa, faleceu às 13:39 do dia 9 de agosto de 2025 devido a uma complicação de câncer de estômago, após ter sido hospitalizado", diz o texto.

A Mojost ainda informa que "o velório foi realizado de forma discreta, apenas com a presença da família" e avisa aos fãs para respeitar o luto da família. "Um evento de despedida para os fãs será planejado para uma data posterior. Os detalhes serão comunicados em breve", completa o comunicado.

Quem era Nobuo Yamada?

Segundo o comunicado, NoB estreou como cantor em 1984 como vocalista da banda MAKE-UP e, desde então, esteve ativo em diversas bandas e projetos, atuando como vocalista, letrista e compositor.

Ele também era a voz de Blue Forever, Never e diversas outra trilhas do famoso desenho. Nobuo ainda trabalhou em diversas canções para outros animes e séries de super-heróis.

Nobuo Yamada esteve no Brasil em diversas ocasiões, como lembrou a organização do evento Anime Friends. "NoB esteve presente em edições do Anime Friends - entre elas 2007, 2009, 2011, 2012, 2013, 2014 (inclusive com um show ao lado da Família Lima) e 2016 - momentos que ficaram guardados com muito carinho na memória dos fãs."

Oito anos atrás, o cantor foi diagnosticado com um câncer de estômago e, desde então, vinha lutando contra a doença com tratamentos de radioterapia e quimioterapia.

O comunicado ainda informa que, na época, os médicos deram apenas cinco anos de vida para o artista, mas ele sobreviveu oito anos. O último trabalho de Nobuo Yamada foi a música Rock Mújician NoB.

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O Ministério da Educação (MEC) vai suspender o vestibular de cursos de Medicina que tenham desempenho ruim no Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed).

As medidas cautelares do MEC em caso de baixos resultados podem incluir impedimento de ampliação de vagas, suspensão de contratos do Financiamento Estudantil (Fies), entre outras.

O ministro da Educação, Camilo Santana, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciaram as medidas de sanção durante café com jornalistas nesta terça-feira, 19.

O Enamed foi criado em abril pelo governo federal a fim de aprimorar a avaliação de cursos de Medicina no Brasil. Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o MEC tem fechado o cerco contra a ampliação desenfreada de cursos de Medicina no país.

Neste ano, o Enamed será aplicado em outubro para estudantes do 6º ano de Medicina, e para o 4º ano a partir de 2026. Os conceitos variam de 1 a 5 por curso. O MEC considera desempenho "abaixo do esperado" as notas 1 e 2.

Medidas previstas para cursos que obtenham notas 1 e 2:

- Impedimento de ampliação de vagas.

- Suspensão de novos contratos do Fies.

- Suspensão da participação no Prouni.

- Redução de vagas para ingresso (cursos conceito 2).

- Suspensão de vestibular (cursos conceito 1)

Em geral, as sanções vão durar até a obtenção do novo conceito por parte dos cursos, mas o MEC também poderá avaliar a defesa feita pelas universidades para considerar a revogação das medidas. O Enamed será aplicado anualmente pelo MEC.

A pasta poderá cancelar o curso, mas ainda não definiu um parâmetro para essa suspensão definitiva dos cursos de acordo com o conceito obtido no Enamed.

Além disso, o MEC fará visitas in loco em todas as universidades de Medicina do país a partir do ano que vem.

"Todas as medidas serão utilizadas para supervisão do MEC a partir do primeiro semestre de 2026. Queremos ser criteriosos para todos os cursos de Medicina hoje ofertados no nosso país."afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana. "Houve um crescimento dos cursos e a gente quer que sejam bem supervisionados e avaliados a partir da qualidade de formação desses profissionais."

O Enamed será aplicado em 225 municípios no país. No total, 96.635 estudantes estão inscritos na prova.

Entre 2023 e 2025 o MEC autorizou apenas 4.353 vagas entre as cerca de 60 mil que foram judicializadas, um porcentual de 7,26%. Em junho do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu a pedido do MEC e decidiu que a abertura de novas cursos de Medicina deverá seguir os parâmetros do programa "Mais Médicos", que considera, entre outros pontos, vazios de assistência médica no território brasileiro, direcionando a formação para municípios com escassez de profissionais.

"O grande objetivo é moralizar um pouco e garantir qualidade dos cursos de medicina", resumiu o ministro Camilo Santana.

Uma moratória que vedava a criação de graduações de Medicina vigorou de 2018 até este ano. A proibição foi instituída no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), com o argumento de evitar o sucateamento da formação dos médicos, que havia passado por um boom nos anos anteriores. Na prática, porém, milhares de vagas foram criadas durante os cinco anos de moratória por meio de ações judiciais.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, elogiou a decisão do MEC:

"As medidas anunciadas pelo MEC vão conter uma verdadeira metástase de multiplicação de escolas médicas que aconteceu no governo anterior", disse Padilha.

A análise da situação dos cursos será feita pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) em parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O ministro da Educação já havia afirmado em outras ocasiões sobre a necessidade de aprimorar a avaliação devido à falta de estrutura da Seres para fazer o trabalho. Camilo chegou a planejar a criação de um novo órgão para fiscalizar o ensino superior privado, mas o projeto não andou. Por ora, o ministro descartou a criação da nova estrutura.

"Diante dos limites do limite de contenção de gastos a gente resolveu, no primeiro momento, reforçar a estrutura", disse o ministro, citando reforço na Seres e ampliação do orçamento do Inep.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu à Justiça o bloqueio de até R$ 3 milhões em bens - "com preferência para dinheiro em espécie ou depositado em qualquer modalidade de instituição e aplicação financeira" - do empresário Renê da Silva Nogueira, investigado pela morte do gari Laudemir de Souza Fernandes.

Segundo a Polícia, Nogueira Junior foi interrogado novamente nesta segunda, 18, e confessou o crime.

Em nota, o MP afirma que a medida deve atingir também a esposa do suspeito, delegada da Polícia Civil, por entender que, "como dona da arma de fogo usada no crime, ela responde solidariamente pelo caso."

No parecer, o MP destaca que o padrão de vida exposto pelo casal nas redes sociais e as trajetórias profissionais de ambos "fazem presumir a capacidade financeira para arcar com uma vultuosa quantia indenizatória".

O pedido leva em conta o risco de que, "com a repercussão do caso na sociedade, o casal possa desviar parte do patrimônio, lesando o interesse legítimo dos familiares da vítima."

Nesta terça, a Polícia Civil de MG disse que o empresário afirmou em depoimento que efetuou o disparo em razão de uma discussão de trânsito. Ele também admitiu que usou a arma particular da esposa, que é delegada, mas afirmou que ela não tinha conhecimento que ele havia se apoderado da pistola calibre .380 .

O empresário está preso preventivamente desde a semana passada. À época do crime, ele negou ter atirado em Laudemir de Souza Fernandes.

O Estadão tenta localizar a nova defesa do empresário, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. Nesta segunda, os advogados Leonardo Guimarães Salles, Leandro Guimarães Salles e Henrique Vieira Pereira deixaram o caso.

Em nota, Salles afirmou que, "após conversa reservada" com o cliente, decidiu, "por motivo de foro íntimo, renunciar à sua representação nos autos da investigação que apura a morte do sr. Laudemir".

Como o crime ocorreu

Ao ver a rua por onde transitava com fluxo interrompido momentaneamente pelo caminhão de lixo, Nogueira Junior ameaçou "atirar na cara" da motorista do veículo, segundo testemunhas relataram à Polícia Civil.

Quando Laudemir e outros garis saíram em defesa da colega de trabalho, o motorista sacou a arma e atirou contra a vítima, atingida na região torácica. Laudemir foi encaminhado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas morreu.

O empresário fugiu do local do crime e foi preso enquanto treinava em uma academia de alto padrão no Estoril, bairro nobre de Belo Horizonte. Segundo a polícia, a arma usada no crime é uma pistola calibre .380 que pertence à delegada Ana Paula Balbino Nogueira, mulher de Renê. Exames periciais confirmaram que essa foi a arma usada para matar o gari.

A polícia indiciou Nogueira Junior por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou uma carta convite ao homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), mas não houve resposta até agora, segundo a CEO da COP30, Ana Toni.

"Estamos fazendo muitas reuniões multilaterais e EUA não apareceram em nenhuma delas", afirmou, acrescentando que os EUA viraram uma caixinha de surpresas e que o problema não envolve apenas assuntos climáticos, mas também do multilateralismo em si.

Toni avalia que o problema do multilateralismo deve influenciar a COP30, que não é isolada da geopolítica. "Toda COP tem seus desafios, mas no caso da COP30 todos os ex-ministros de outras COPs dizem que é verdade o problema geopolítico - antes era só percepção, e agora é verdade", afirma.

Os Estados Unidos decidiram que vão deixar o Acordo de Paris pela segunda vez, mas a saída formal deve acontecer somente em fevereiro de 2026, acrescentou Toni.

China

Já a China tem sido muito consistente, participado de todas as reuniões sobre a COP, segundo Toni. Ela acrescenta que há um debate fluido entre Brasil e China, e que o presidente Lula também fez carta convite para a COP30 ao homólogo Xi Jinping - neste caso, Toni não afirmou se o presidente chinês respondeu à carta ou não.

A CEO da COP30 afirma ainda que a China se prepara para reverter o cenário de país que mais emite poluentes, no momento (historicamente são os EUA). Segundo ela, os chineses perceberam que combater a mudança climática traz vantagem econômica.

As declarações foram feitas no evento Climate & Impact Summit Latin America, promovido pelo jornal Financial Times.