Drake perde processo de difamação contra gravadora por música de Kendrick Lamar

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A Justiça americana rejeitou nesta quinta-feira, 9, o processo de difamação movido por Drake contra a Universal Music Group (UMG) devido à música Not Like Us de Kendrick Lamar. Segundo informações da Billboard, a juíza federal Jeannette Vargas decidiu que a letra, que descrevia Drake como um "pedófilo certificado", fazia parte de uma diss track, um tipo de batalha de rimas comum no rap, e não constituía uma afirmação factual passível de litígio.

O processo, iniciado em janeiro de 2025, alegava que a UMG havia promovido a música com o intuito de difamar Drake. A acusação central era de que a gravadora teria "difundido uma narrativa maliciosa" sobre pedofilia, embora Lamar não fosse diretamente citado como réu.

Na decisão, a juíza afirmou que a acusação de pedofilia, embora séria, estava inserida em um contexto de hipérbole típico de batalhas de rap. Ela destacou que, dada a natureza provocativa e figurativa da letra, seria improvável que o público a interpretasse como uma declaração factual. A magistrada também observou que Drake havia utilizado linguagem semelhante em suas próprias músicas, como em Family Matters, onde sugeria que Lamar seria um "abusador doméstico".

Em comunicado enviado à Billboard, os advogados de Drake informaram que pretendem recorrer da decisão ao tribunal de apelações. A UMG também se manifestou, afirmando que a ação nunca deveria ter sido ajuizada e expressando satisfação com o arquivamento do processo.

Not Like Us foi lançada em maio de 2024, alcançou o topo das paradas e conquistou cinco prêmios no Grammy de 2025, incluindo Gravação do Ano e Canção do Ano. A música também foi destaque no show do intervalo do Super Bowl, apresentado ao vivo por Lamar.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta nesta terça-feira, 14, sobre a contaminação de lotes específicos de três medicamentos orais líquidos usados para aliviar sintomas de resfriado e tosse: COLDRIF, Respifresh TR e ReLife. Os fármacos foram identificados na Índia na quarta-feira, 8, e estão associados a surtos localizados de doenças agudas e mortes de crianças no País.

O uso dos medicamentos contaminados, segundo a OMS, é inseguro e pode causar danos graves ou morte, especialmente em crianças. Os efeitos incluem dor abdominal, vômitos, diarreia, dificuldade para urinar, dor de cabeça, confusão mental e lesão renal aguda.

Os remédios são fabricados pelas empresas Sresan Pharmaceutical, Rednex Pharmaceuticals e Shape Pharma. De acordo com a Organização Central de Controle de Padrões de Medicamentos (CDSCO) da Índia, as autoridades estaduais determinaram a suspensão imediata da produção nos locais de fabricação e revogaram as autorizações dos produtos. Além disso, foi iniciado o recolhimento dos medicamentos contaminados.

A CDSCO informou à OMS que nenhum dos medicamentos contaminados foi exportado legalmente e que, até o momento, não há evidências de exportação ilegal.

A OMS, no entanto, recomenda que as autoridades nacionais reguladoras (ANRs) reforcem a vigilância, com atenção especial às cadeias de fornecimento informais, onde esses produtos podem circular sem detecção.

As ANRs, segundo a organização, também devem avaliar os riscos de qualquer medicamento oral líquido proveniente dos mesmos locais de fabricação, especialmente aqueles que foram produzidos desde dezembro de 2024.

Orientações

A OMS orienta que profissionais de saúde comuniquem sempre que encontrarem produtos contaminados ou perceberem efeitos inesperados ou falta de efeito dos medicamentos. Essas informações devem ser enviadas às autoridades nacionais reguladoras ou ao Centro Nacional de Farmacovigilância.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza o VigiMed para que cidadãos, profissionais de saúde e detentores de registro de medicamentos reportem suspeitas de eventos adversos relacionados a remédios e vacinas. O sistema pode ser acessado aqui.

A OMS também recomenda maior atenção às cadeias de distribuição, especialmente em regiões que possam ser afetadas, e cuidado extra com o mercado informal ou sem regulamentação.

As autoridades reguladoras nacionais, tanto de saúde quanto de segurança pública, devem notificar imediatamente a OMS caso os produtos sejam detectados no País.

Para o público, a OMS recomenda que os produtos não sejam utilizados. Em caso de ingestão ou apresentação de efeitos adversos, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente ou entrar em contato com um centro de controle de intoxicações.

No Brasil, os canais são:

O Disque-Intoxicação da Anvisa, que pode ser acionado pelo número 0800 722 6001;

O CIATox de cada região, que oferece orientação especializada e pode ser encontrado na lista disponível no site do Ministério da Saúde;

O Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI), pelos telefones (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733, com atendimento disponível para qualquer região do País.

Além disso, a OMS reforça que todos os produtos médicos devem ser adquiridos apenas de fornecedores autorizados.

Cinco pescadores ficaram mais de três dias em cima de boias no mar até serem resgatados após um naufrágio perto do município de Vigia, litoral do Pará, a cerca de 160 km de Belém. De acordo com a Marinha, o resgate aconteceu na segunda-feira, 13.

Por volta das 8h de segunda, os pescadores foram avistados por tripulantes do navio petroleiro "Champion Pomer", de bandeira das Ilhas Marshall, que realizou o resgate e acionou a Marinha.

Um dos pescadores, de 38 anos, estava em estado de desidratação severa e precisou ser socorrido de helicóptero pela Marinha. Ele foi levado para Belém e permanece em observação no hospital. Outros quatro homens, com idades entre 36 e 43 anos, foram levados até a capital paraense por um navio-patrulha.

Segundo a Marinha, o barco pesqueiro havia saído de São João de Pirabas (PA) na manhã de quinta-feira, 9, com seis homens a bordo. Um deles teve problemas de saúde e desembarcou poucas horas depois, em Maracanã (PA). Os demais seguiram viagem até que, por volta das 20h, a embarcação emborcou (quando inclina demais ou tomba) com a força das ondas.

No domingo, 12, pela manhã, a Marinha recebeu uma informação de que uma embarcação emborcada tinha sido avistada por outros pescadores, mas não havia tripulantes. Após isso, a Marinha iniciou uma operação no local e enviou mensagem de socorro para os navios mercantes da área.

O navio "Champion Pomer", que localizou os pescadores brasileiros, tinha saído Porto de Vila do Conde, no Pará, com destino aos Estados Unidos.

A diretora-executiva da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), Ana Toni, reconheceu hoje que uma das discussões pulsantes no relatório para o alcance da meta de US$ 1,3 trilhão é o risco de endividamento dos países. Na COP29, no Azerbaijão (Baku), foi definido como compromisso, a ser atingido em Belém (PA), o levantamento desse montante trilionário por ano para o financiamento climático.

Os recursos devem partir de diversas fontes, incluindo públicas, privadas, bilaterais, multilaterais e outras alternativas em estudo. O relatório de US$ 1,3 trilhão está sendo preparado. A Pré-COP, evento para preparar o terreno para as negociações em novembro, foi realizada ontem e hoje em Brasília, com cerca de 70 delegações.

O presidente designado da COP30, André Corrêa do Lago, disse em coletiva que há muitos subgrupos e, em cada um deles, há linhas vermelhas. Ou seja, pontos divergentes. São 140 temas de negociações, disse ele, alguns administrativos e, aproximadamente, 20 tidos como importantes.

Ontem, o presidente da 30ª Conferência declarou que uma das prioridades em Belém (PA) será "evitar bloqueios" de um lado ou do outro, ou seja, anexação de pontos não consensuais na agenda de ações. Cada delegação tem direito a veto. Para qualquer acordo ser fechado, nenhum país pode se opor formalmente.