Sydney Sweeney minimiza polêmica em campanha de jeans: 'não vi muita coisa'

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A polêmica campanha publicitária de calça jeans da marca American Eagle estrelada por Sydney Sweeney causou revolta nas redes sociais por sua interpretação eugenista, levando a boicotes a seus filmes, à loja e até a uma manifestação do presidente estadunidense Donald Trump. A atriz, no entanto, não deu tanta atenção à repercussão da propaganda.

"Eu meio que guardei meu telefone, estava filmando todos os dias, estou rodando Euphoria, então trabalho expedientes de 16 horas e não levo o telefone para o set", disse Sweeney em entrevista à revista GQ, afirmando ainda que dorme assim que volta do trabalho, não tendo visto nem ao menos o apoio de Trump antes da veiculação na mídia. "Não vi muito [das reações]."

A atriz também minimizou a percepção do público sobre a campanha, que usa um jogo de palavras com a sonoridade das palavras "jeans" e "genes" para definir Sweeney como um padrão considerado eugenista para beleza, dizendo que aceitou o trabalho porque gosta da peça de roupa. "Eu fiz uma propaganda de jeans. Digo, a reação com certeza foi uma surpresa, mas eu amo jeans. (...) Eu literalmente visto jeans e uma camiseta todos os dias da minha vida."

Até por não ver problema na construção da campanha, Sweeney não se manifestou publicamente sobre a controvérsia. "Quando eu quiser me manifestar em público, as pessoas vão ouvir."

"Eu falei com as minhas amigas, mas, fora isso, não [falei sobre o assunto]", seguiu ela. "Sei quem sou, sei meus valores. Sei que sou uma pessoa gentil, sei que amo muito e sei que estou empolgada para o que vem por aí. Então não deixo as outras pessoas definirem quem eu sou."

Se está alheia à polêmica, Sweeney ainda presta atenção nos resultados do seu trabalho. Questionada sobre a valorização das ações da American Eagle, dizendo ainda que as notícias e relatos de boicotes foram exagerados. "Sabia dos números à medida que eles avançavam. Então, quando vi manchetes dizendo que as compras na loja caíram um pouco, nada disso era verdade. Foi tudo inventado, mas ninguém podia dizer nada porque [a empresa estava] em baixa temporada. Então acho que muito foi só conversa."

Sweeney concluiu o assunto dizendo que "sabia no fim do dia para o que era a propaganda, e era para ótimos jeans, e [a polêmica] não me afeta de forma nenhuma".

O anúncio da American Eagle levou internautas a cavarem fundo a história de Sweeney e sua família, com alguns inclusive descobrindo que a atriz é filiada ao Partido Republicano, do qual pertence Trump, tendo se registrado meses antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024.

Sweeney também foi alvo de polêmica após vender um sabonete feito com água usada por ela para tomar banho. Na época, ela afirmou que muitas das críticas que recebeu foram de mulheres que "adoraram a ideia da água de banho de Jacob Elordi".

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Saber interpretar o tema e não deixar a folha em branco são algumas das regras básicas para não zerar a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova, que auxilia no ingresso de estudantes em universidades de todo o País, ocorre nos domingos, 9 e 16 de novembro. Segundo o Painel Enem 2025, criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número de inscritos este ano é de 4,81 milhões.

De acordo com Caroline Zanoni, corretora na plataforma Redação Online, de Florianópolis, em Santa Catarina, diferentes situações podem contribuir para a redução de pontos da redação e até mesmo zerar o texto. Por isso, o ideal é que os vestibulandos estudem interpretação de texto, para saber desenvolver a ideia do tema, e também mantenham a calma durante a prova.

No Enem, segundo explica a corretora, a redação é avaliada em cinco competências, que são domínio da norma culta, compreensão do tema, organização do texto, argumentação e proposta de intervenção. Cada competência pode chegar a 200 pontos. Para atingir a nota mais alta de cada uma é preciso escrever em formato dissertativo-argumentativo, propondo soluções para o tema exposto. Quando os estudantes fogem do tema, escrevem apenas palavras isoladas ou copiam o texto de apoio, podem zerar a redação.

"Os alunos são penalizados por erros como acentuação incorreta, palavras fora da margem da folha, falhas de sintaxe e ortografia. No caso de palavras fora da margem, por exemplo, é preciso continuar a palavra na próxima linha e não escrever fora da margem, porque mesmo um deslize pequeno pode custar pontos. O Enem permite até dois desvios leves, mas a reincidência já afeta a nota", explica Caroline.

Outro erro comum é tentar decorar redações ou repertórios prontos. Isso não apenas aumenta o nervosismo como pode reduzir a autenticidade do texto. Apesar da correção das redações ser minuciosa, é possível garantir alguns pontos. Conforme Caroline, os estudantes que apresentam a proposta de intervenção do tema, incluindo agente, ação, meio, finalidade e detalhamento, e respeitam o tema, já podem atingir 200 pontos.

Segundo Gabriele Amorim, também corretora do Redação Online, durante a escrita da redação, os estudantes podem se basear nos textos de apoio, que contêm dados, gráficos e informações sobre o tema. Entretanto, é preciso estar atento para não copiar e sim desenvolver a ideia utilizando os textos.

"Muitos alunos acham que podem copiar dados dos textos de apoio, mas se fizerem isso integralmente, a redação pode ser anulada. Um exemplo que vi foi em 2023, sobre a herança cultural africana no Brasil: alguns alunos viram o termo 'herança' e abordaram o tema como se fosse uma herança financeira. Por isso, é preciso estar atento para se embasar no material de apoio sem recorrer a um copia e cola", explica.

Erros que podem zerar a redação:

Fugir totalmente do tema proposto

Não apresentar proposta de intervenção quando exigida

Não respeitar o gênero dissertativo-argumentativo

Apresentar apenas palavras isoladas, desenhos ou frases desconexas

Copiar integralmente os textos motivadores

Caligrafia ilegível

Conter conteúdo ofensivo, discriminatório ou que viole os direitos humanos

Erros que podem reduzir a pontuação:

Falta de interpretação do tema

Erros de acentuação e ortografia

Texto fora das margens

Decoreba de redações prontas

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta sexta-feira, 7, que o mundo está distante de atingir, em plenitude, o que foi estabelecido no Acordo de Paris, tratado juridicamente vinculativo sobre o combate às mudanças climáticas. Ele falou em plenária sobre os 10 anos desse acordo, adotado em 2015.

A fala vem no contexto de atraso na apresentação, por diferentes países, das chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) - esforços internos para reduzir a emissão de poluentes. "Ainda não estamos fazendo o melhor possível em reduzir emissões", frisou Lula.

Ele reforçou que as NDCs "são o caminho para concretizar o ideal do desenvolvimento sustentável".

O chefe de Estado brasileiro também disse ser possível trabalhar por um novo modelo de desenvolvimento econômico "sem sacrificar a geração de riqueza". Ele acrescentou que "é viável trabalhar por uma transição justa, em que o Sul Global tenha as oportunidades que lhe foram negadas no passado", enfatizou.

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) será na próxima semana. O Brasil propõe que a COP30 reconheça o papel dos territórios indígenas como "instrumento de mitigação climática".

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu que é legítimo exigir que quem emite mais gases de efeito estufa pague mais pela transição climática. Em discurso na cúpula de líderes em Belém, Lula afirmou que criar um imposto mínimo sobre multinacionais, grandes emissoras, e taxar os super ricos têm potencial de gerar recursos valiosos para o clima.

"Exigir adequação de países em desenvolvimento é injusto", afirmou o presidente.

Ele argumentou que não há sentido ético ou prático em exigir que países em desenvolvimento paguem juros para preservarem seus territórios, florestas.

Lula defendeu a criação de metodologias para contabilizar o financiamento climático. "Os bancos multilaterais precisam ser maiores, melhores e mais eficazes", disse, repetindo que "não existe solução para o planeta fora do multilateralismo".

Ele argumentou que o enfrentamento da mudança do clima deve ser visto como investimento e não como gasto.

"Em vez de abandonar a esperança, podemos construir juntos nova era de prosperidade", disse Lula. "No que depender do Brasil, Belém será sobre reafirmar compromissos do Acordo de Paris", afirmou.