Herança de Chico Anysio: 'Não fui uma inventariante eficiente', admite viúva

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Malga Di Paula, viúva de Chico Anysio, deu uma entrevista ao Domingo Espetacular que foi exibida na Record TV na noite do domingo, 22. Entre os temas abordados, a herança do humorista, que motivou críticas públicas entre ela e Nizo Neto, filho de Chico.

A viúva de Chico Anysio falou em tom de desabafo para Carolina Ferraz. "Eu fui inventariante durante muitos anos. E em nenhum momento tive a oportunidade de falar, como você está me dando agora. As pessoas falam que eu não fui eficiente, e eu concordo. Não fui eficiente."

Malga relatou sofrer de depressão e diz que "ter saúde mental" é seu principal plano para o futuro. "Sempre fiquei muito doente e não tive assistência jurídica correta. Realmente, eu não fui eficiente. Concordo com isso. Só que acho que se fosse ter conversado direito, eu abriria mão de ter sido inventariante. Não teria sido tão traumático. Falam que eu peguei dinheiro. Desafio qualquer um a provar que eu peguei um centavo."

Nizo Neto e a herança de Chico Anysio

A polêmica teve início quando Nizo participou do Plugado Podcast em julho de 2023: "Tenho um livro que meu pai me deixou como herança. Aliás, foi a única coisa decente que ele me deixou como herança. Meu pai não deixou bens. Nada".

"O cara não deixar nada de material é muito estranho. Incompetência de administração. Foi muito roubado, com toda certeza. Não conferia nada, não via nada, confiava em todo mundo. Era um péssimo homem de negócio", disse sobre o pai, Chico Anysio.

Malga Di Paula, viúva, e a herança de Chico Anysio

Malga Di Paula rebateu as declarações em entrevista ao UOL posteriormente: "Não considero que ele esteja falando de mim. Porque se ele realmente estiver, nós teremos um problema sério. Ele terá que provar o que está falando".

"Se não houvesse nada em conta, existiria razão para estarmos discutindo na Justiça? Estou com a minha consciência tranquila. As acusações de internet não me incomodam, o que interessa mesmo é que a Justiça tem acesso à minha conduta ilibada nesse processo", questionou.

Ela também saiu em defesa de Chico Anysio, que, segundo ela, "realmente confiava em todo mundo". "Mas dizer que ele era um péssimo homem de negócios é uma afronta. Chico não era péssimo em nada do que ele fazia. Foi extraordinário em tudo."

A morte de Chico Anysio

Chico Anysio morreu em 23 de março de 2012, aos 80 anos, após um período internado em um hospital no Rio de Janeiro. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos e o corpo dele foi cremado.

O humorista teve oito filhos, alguns dos quais trabalharam com ele na televisão: Lug de Paula, Nizo Neto, Rico Rondelli, Cícero Chaves, Bruno Mazzeo, Rodrigo, Vitória e André Lucas.

Em outra categoria

Ainda hoje, muitos órgãos para transplante são transportados em embalagens que usam o gelo para manter refrigeração, sem controle preciso da temperatura. Pensando nisso e em outras demandas baseadas na realidade brasileira, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desenvolveram uma embalagem inteligente que promete mudar esse cenário.

O produto é equipado com um sistema de monitoramento em tempo real, via internet, que permite rastrear o órgão e detectar qualquer queda ou alteração de temperatura durante o transporte. A embalagem, além disso, possui uma autonomia de até 6 horas e conexão de backup para garantir a continuidade do processo em situações adversas.

"Ela tem várias funcionalidades para dar um suporte em tempo real e garantir que esses órgãos e tecidos sejam transportados na temperatura adequada, diferentemente do gelo, em que não temos controle algum", detalha Bartira de Aguiar Roza, coordenadora do projeto e professora da Escola Paulista de Enfermagem da Unifesp. "O objetivo é reduzir perdas e otimizar o trabalho."

De acordo com a professora, existe uma perda estimada de 5% dos órgãos que são transportados a uma longa distância. As caixas, ela explica, precisam passar por diferentes ambientes, como aeroportos e táxis, onde muitas vezes a temperatura do ar-condicionado não é suficiente para manter a refrigeração adequada.

"Além disso, existem os requisitos de segurança, de rastreabilidade. Existem produtos que são transportados com alta tecnologia, mas, quando falamos de órgãos humanos, estamos transportando com iglu de gelo. Precisamos responder várias demandas, não só a demanda de perdas, mas também assegurar a rastreabilidade", diz.

A inovação é mais cara do que as embalagens padrão. A estimativa é de que chegue ao mercado por um valor entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. "Mas, comparando com caixas desenvolvidas em outros países, é mais barata", assegura a pesquisadora. "Caixas (estrangeiras) que ainda usam gelox, mas são rastreadas são vendidas por R$ 80 mil no Brasil. Desenvolvemos o produto para ter uma caixa nossa, da qual possamos nos orgulhar e que, sobretudo, seja mais barata."

Recentemente, foi concluída a etapa de validação pré-clínica da nova embalagem por meio de um estudo de caso-controle. Nessa fase, foi feita uma comparação entre o modelo atualmente utilizado no Brasil e a proposta desenvolvida pelos pesquisadores. Segundo Bartira, os resultados demonstraram que a nova embalagem é segura para o transporte de órgãos e tecidos destinados a transplantes.

O produto ainda deve passar por outros testes com órgãos humanos e a expectativa é que esteja disponível no mercado no início de 2026. A embalagem começou a ser desenvolvida em 2017, sem nenhum tipo de apoio financeiro, e em 2020 recebeu um aporte da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

A tecnologia foi desenvolvida pela Unifesp, por meio da Escola Paulista de Enfermagem e da Escola Paulista de Medicina, em parceria com a São Rafael Câmaras Frigoríficas, Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) e o Centro de Tecnologia em Embalagem para Alimentos do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL).

A Polícia Federal deflagrou nesta terça, 28, a Operação Narco Vela para reprimir tráfico internacional de drogas com o uso de veleiros e barcos que seguiam do Porto de Santos, litoral paulista, com destino à Europa e África. A investigação conta com ações do DEA (Drug Enforcement Agency), Marinha dos EUA, Guarda Civil Espanhola e Marinha Francesa.

A investigação teve início a partir de uma comunicação do DEA sobre a apreensão de 3 toneladas de cocaína em fevereiro de 2023, no interior do veleiro 'Lobo IV', em alto mar próximo ao continente africano, com abordagem da Marinha Americana. Na ocasião, foi preso Flávio Pontes Pereira.

Com base em informações enviadas pelo Drug Enforcement Agency (DEA), núcleo anti-drogas dos EUA, a Polícia Federal identificou a participação de Leandro Ricardo Cordasso, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que 'mantinha relação de afinidade com Rodrigo Felício, o 'Tico', e Levy Adriani Felício, o 'Mais Velho', ambos integrantes da facção.

O tráfico fazia uso de satélites e embarcações com autonomia para travessias oceânicas, inclusive veleiros. Mais de 300 policiais federais e 50 policiais militares do estado de São Paulo dão cumprimento a quatro mandados de prisão preventiva, 31 de prisão temporária e 62 de busca e apreensão, em endereços de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina. Até agora, 23 investigados foram presos.

Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio e apreensão de bens até o valor de R$ 1,32 bilhão.

Outros carregamentos também foram interceptados em águas internacionais pela Guarda Civil Espanhola e Marinha Francesa.

A prisão do auxiliar de enfermagem do Hospital das Clínicas suspeito de estupro foi convertida em preventiva nesta terça, 28, de acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

O funcionário, de 31 anos, foi preso em flagrante no domingo, 26, após estuprar um paciente de 39 anos que está em internado na unidade. O processo tramita em segredo de justiça. O nome do profissional não foi divulgado.

Em nota, o hospital afirmou que acionou a Polícia Civil após identificar um caso de violência cometido por um de seus colaboradores. Ele foi preso logo após a denúncia e imediatamente demitido por justa causa, segundo a direção hospitalar.

O hospital disse ainda que continuará colaborando com as investigações, além de oferecer suporte aos familiares do paciente. O caso foi registrado pelo 14º Distrito Policial (Pinheiros).

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) também informou que está está apurando o caso.

"Diante de situações de possível infração ética, segue os ritos de apuração e as diretrizes da resolução Cofen 706/2022, além de reforçar seu compromisso com o exercício profissional de enfermagem seguro e livre de danos aos pacientes e cidadãos", disse a entidade.