Gal Costa: jornalista cria petição para transferir corpo de SP para o Rio

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Um abaixo-assinado, criado pela jornalista Rita Moraes, que era amiga de Gal Costa, pede para que o corpo da cantora seja exumado e levado de São Paulo até o Rio de Janeiro, onde deve ser enterrado ao lado de sua mãe, Mariah Costa Penna. Segundo a autora do pedido, feito nesta sexta-feira, 10, essa era a vontade da artista. Até o momento desta publicação, o abaixo-assinado conta com 44 assinaturas.

Atualmente, Gal está enterrada no Cemitério da Ordem Terceira do Carmo, local escolhido pela viúva Wilma Petrillo, acusada de aplicar golpes na esposa.

"O que me motivou [a criar a petição] foi a falta de respeito à vontade da Gal, que externou a amigos e familiares o desejo de ser enterrada no jazigo que ela construiu para Dona Mariah", escreveu Rita ao Estadão.

O texto do abaixo-assinado é endereçado ao Procurador Geral da Justiça do Estado de São Paulo: "Indignados com a maneira nebulosa como ocorreu o sepultamento do seu corpo, vêm, respeitosamente, requerer a Vossa Excelência que mande instaurar procedimento próprio para que se possa realizar a exumação do corpo da pranteada cantora para ser feito o traslado para o túmulo comprado pela afamada cantora e onde sua mãe, Mariah Costa Penna, está enterrada, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro".

Apoio de amigos e familiares

Para o traslado acontecer, é necessário um processo judicial e a permissão da exumação por um familiar. A reportagem entrou em contato com um parente de Gal para saber sua opinião sobre o tema do abaixo-assinado.

"Prefiro respeitar a Gal e o Gabriel, e fazer isso no momento certo", disse o familiar próximo, que não quis se identificar. "As pessoas e os fãs podem fazer [a petição], vivemos numa democracia. Não tenho nada contra ninguém. Só peço respeito a memória da Gal".

O Estadão também conversou com Marcus Preto, produtor musical e amigo de Gal Costa. O músico afirmou que nunca falou disso com a artista, mas conversou com amigos e familiares dela sobre o assunto.

"Eu nunca falei com Gal sobre esse assunto, mas os amigos e familiares dela me disseram que existia essa conversa. Sou sempre a favor do que ela queria", pontuou ele.

O Estadão também procurou Wilma Petrillo, viúva da cantora, mas não teve retorno. O espaço segue aberto.

Exumação

O texto do abaixo-assinado pede a exumação, procedimento necessário para o traslado, mas Rita diz que não quer tratar da autópsia do corpo de Gal Costa. O tema surgiu após a revista Piauí publicar uma matéria expondo acusações de golpe, ameaças e assédio moral contra Wilma Petrillo. Na época em que a artista morreu, em 2022, a causa da morte não foi revelada.

Segundo a matéria da revista, o atestado de óbito cita duas causas presumidas: infarto agudo no miocárdio e tumor maligno e crânio e pescoço. O corpo de Gal Costa não passou por autópsia.

Em outra categoria

A Polícia Federal deflagrou nesta terça, 28, a Operação Narco Vela para reprimir tráfico internacional de drogas com o uso de veleiros e barcos que seguiam do Porto de Santos, litoral paulista, com destino à Europa e África. A investigação conta com ações do DEA (Drug Enforcement Agency), Marinha dos EUA, Guarda Civil Espanhola e Marinha Francesa.

A investigação teve início a partir de uma comunicação do DEA sobre a apreensão de 3 toneladas de cocaína em fevereiro de 2023, no interior do veleiro 'Lobo IV', em alto mar próximo ao continente africano, com abordagem da Marinha Americana. Na ocasião, foi preso Flávio Pontes Pereira.

Com base em informações enviadas pelo Drug Enforcement Agency (DEA), núcleo anti-drogas dos EUA, a Polícia Federal identificou a participação de Leandro Ricardo Cordasso, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que 'mantinha relação de afinidade com Rodrigo Felício, o 'Tico', e Levy Adriani Felício, o 'Mais Velho', ambos integrantes da facção.

O tráfico fazia uso de satélites e embarcações com autonomia para travessias oceânicas, inclusive veleiros. Mais de 300 policiais federais e 50 policiais militares do estado de São Paulo dão cumprimento a quatro mandados de prisão preventiva, 31 de prisão temporária e 62 de busca e apreensão, em endereços de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina. Até agora, 23 investigados foram presos.

Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio e apreensão de bens até o valor de R$ 1,32 bilhão.

Outros carregamentos também foram interceptados em águas internacionais pela Guarda Civil Espanhola e Marinha Francesa.

A prisão do auxiliar de enfermagem do Hospital das Clínicas suspeito de estupro foi convertida em preventiva nesta terça, 28, de acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

O funcionário, de 31 anos, foi preso em flagrante no domingo, 26, após estuprar um paciente de 39 anos que está em internado na unidade. O processo tramita em segredo de justiça. O nome do profissional não foi divulgado.

Em nota, o hospital afirmou que acionou a Polícia Civil após identificar um caso de violência cometido por um de seus colaboradores. Ele foi preso logo após a denúncia e imediatamente demitido por justa causa, segundo a direção hospitalar.

O hospital disse ainda que continuará colaborando com as investigações, além de oferecer suporte aos familiares do paciente. O caso foi registrado pelo 14º Distrito Policial (Pinheiros).

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) também informou que está está apurando o caso.

"Diante de situações de possível infração ética, segue os ritos de apuração e as diretrizes da resolução Cofen 706/2022, além de reforçar seu compromisso com o exercício profissional de enfermagem seguro e livre de danos aos pacientes e cidadãos", disse a entidade.

Países do continente americano fazem um esforço em conjunto ao longo desta semana para aumentar os índices de vacinação. A campanha, desenvolvida pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), começou no sábado, 26, e segue até o dia 3 de maio. O objetivo é aplicar 66,5 milhões de doses de imunizantes durante o período.

A atenção é especialmente direcionada para a imunização contra o sarampo devido aos surtos registrados nos Estados Unidos, Canadá e México, com mais de 2,6 mil casos confirmados e três mortes. O número é três vezes maior do que o do ano passado.

Em abril, quando ocorreu o primeiro óbito em dez anos em decorrência da doença nos EUA, apenas 2% dos norte-americanos infectados tinham o esquema vacinal de duas doses completo. Outros 4% haviam tomado apenas a primeira dose. Os demais, 94%, não haviam se imunizado ou não sabiam dizer se tomaram a vacina.

Brasil

O cenário no exterior reforça a necessidade de imunização no País, segundo especialistas.

"A reintrodução do vírus é algo esperado. O mundo não está livre do sarampo. A entrada de pessoas infectadas no Brasil já aconteceu e voltará a acontecer. O que precisamos evitar é que o vírus encontre um ambiente suscetível para que ele volte a circular", disse Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em entrevista ao Estadão.

"Talvez (o sarampo) seja a doença de maior transmissibilidade que conhecemos. Para cada caso, você pode ter 20 casos secundários em um ambiente em que ninguém é vacinado", destacou Kfouri.

Para evitar novos casos da doença, o Ministério da Saúde tem reforçado a importância da vacinação. Todos que não receberam a vacina na infância ou que não têm certeza se receberam são orientados a tomar a tríplice viral, que, além do sarampo, protege contra caxumba e rubéola.

Febre amarela

Outra doença que gera preocupação é a febre amarela. Até o momento, foram confirmados 189 casos em todo o continente americano, três vezes mais do que os registros no ano passado. O Brasil se destaca com 102 casos e 41 mortes.

A vacinação é a forma mais eficaz de combate à doença. Atualmente, o calendário vacinal prevê uma dose do imunizante aos 9 meses de idade e outra aos 4 anos. Em pessoas com mais de 5 anos não vacinadas previamente, utiliza-se o esquema de dose única. O imunizante é oferecido gratuitamente em postos de saúde de todo o País.

Além de aumentar os índices de imunização, a campanha também pretende contribuir com as metas de eliminação de doenças da OPAS. O objetivo é erradicar mais de 30 enfermidades até 2030, incluindo 11 doenças preveníveis com vacinação, como sarampo e hepatite B, além da meningite bacteriana e do câncer do colo do útero.