De onde vem patrimônio de Orlando Morais e Glória Pires?

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
As propriedades do cantor Orlando Morais e da atriz Glória Pires geraram ampla repercussão nas últimas semanas após a filha do casal, a também cantora Antonia Morais, publicar vídeos no TikTok fazendo um "tour" por duas das mansões da família. As postagens geraram críticas nas redes sociais, com internautas acusando Antonia de "ostentação e soberba".

Em entrevista à Quem na última terça-feira, 28, o cantor respondeu aos comentários negativos, dizendo que não se incomoda, mas os considera "válidos". "As pessoas podem não gostar, podem gostar. [...] É a minha casa. Construí, paguei, trabalhei. Sou rico e f***-**", comentou o artista, segundo a revista, rindo.

Ele ainda contou sobre seu gosto por arquitetura e ressaltou que os imóveis mostrados pela filha não são as únicas propriedades da família. "Observo o design, a arquitetura, o material usado. E fui colecionando, colecionando. Hoje tenho vários [imóveis]", afirmou.

Apesar de tanto Orlando quanto Glória possuírem carreiras bem consolidadas na música e na atuação, não é apenas do meio artístico que vem o patrimônio da família. O músico é herdeiro de uma família de fazendeiros.

Em 2020, durante a pandemia da covid-19, o cantor deu detalhes sobre a sua relação com o agronegócio durante uma entrevista ao site da jornalista Heloisa Tolipan. À época, ele afirmou que estava afastado do ramo.

"Continuo com as fazendas, mas tem muito tempo que não tenho focado no agronegócio. Isso requer muito tempo", declarou. Na ocasião, Orlando passava um tempo com a família em uma casa recém-construída em São Miguel dos Milagres, no Alagoas.

Ele também comentou sobre as inúmeras empresas que gerencia ao falar sobre a vontade de investir em uma carreira focada no Brasil. O músico se consolidou, principalmente, na Europa. Orlando é dono de companhias de ramos como alimentação, viagens e hotelaria.

"Estava sempre pensando em fazer algo no Brasil, mas nunca tinha tempo. Quando chegava aqui, estava tão cansado, e, como tenho algumas empresas, trabalhava e ficava com a família", afirmou.

Relembre os vídeos publicados por Antonia Morais

Antonia Morais havia rebatido as críticas que recebeu pelos vídeos no último dia 15. "Temos mesmo uma condição financeira muito boa. É verdade que somos ricos e não foi dinheiro roubado", afirmou ela em entrevista à Folha de S.Paulo na ocasião.

A cantora ainda argumentou que não se importou com os comentários e os pais "ralam desde muito cedo". "As pessoas têm que curtir um pouco mais a vida. Tem que levar as coisas menos a sério, sabe? O TikTok é um lugar de leveza e acho que não tem nada de errado eu querer mostrar a minha casa", disse.

A primeira publicação da artista, que mostrava a mansão em Angra dos Reis (RJ), logo ganhou destaque. Nesta quinta-feira, 30, até a publicação desta matéria, o vídeo contava com mais de 570 mil visualizações. Já a postagem de uma residência em Brasília contava com 230 mil.

Em outra categoria

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta quarta-feira, 5, a oferta de dez vagas em presídios federais para líderes de facções presos no Rio de Janeiro. A decisão atende a um pedido do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

De acordo com o ministro, as vagas no Sistema Penitenciário Federal serão abertas de imediato. "A missão é a cooperação total entre União e o RJ. Estamos empenhados em combater o crime de forma cooperativa e integrada", disse Lewandowski.

A iniciativa foi tomada após uma reunião no Palácio da Justiça, em Brasília. Castro compartilhou que encontraria o ministro no início da tarde de hoje, que chamou de "um dia decisivo para o Rio de Janeiro". Não foi divulgado quem será alocado nas vagas disponibilizadas.

Lewandowski enfatizou que a ação é um exemplo da integração federativa que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública pretende colocar em prática.

O projeto visa reestruturar e fortalecer o sistema de segurança por meio da integração entre os entes federados. Entre outras coisas, ele amplia as atribuições das polícias federais, inclui previsões de financiamento do setor na Constituição e democratiza colegiados que formulam diretrizes de segurança para o País.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou o desabamento do teto da Igreja e Convento de São Francisco de Assis, em Salvador. Em nota divulgada na noite desta quarta-feira, 5, o petista afirmou que o governo está à disposição das autoridades locais para auxiliar neste momento, bem como na reconstrução do local.

"Com tristeza e pesar, soube do desabamento do teto da Igreja e Convento de São Francisco de Assis, em Salvador, que resultou em uma vítima fatal e deixou outras seis pessoas feridas", diz nota divulgada na noite desta quarta-feira, 5.

"O governo federal está à disposição das autoridades locais para auxiliar neste momento tão difícil, bem como na reconstrução desse lugar sagrado para milhares de brasileiros. Expresso minha solidariedade aos familiares e amigos de Giulia Panchoni Righetto, jovem que perdeu a vida na tragédia, e a todas as vítimas que ficaram feridas", complementou.

Parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis, localizada no Pelourinho, região do Centro Histórico de Salvador, desabou na tarde desta quarta. O acidente provocou a morte de Giulia Panchoni Righetto, 26 anos, paulista de Ribeirão Preto. Outras pessoas ficaram feridas, de acordo com o Corpo de Bombeiros da Bahia.

A Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, afirma que vai investigar a morte de Giulia, que tinha viajado a Salvador como turista e estava visitando a igreja no momento em que o teto colapsou. Segundo a Defesa Civil de Salvador, o espaço central da igreja cedeu durante um momento em que o templo estava aberto e recebia fiéis.

Construída a partir de 1708 e concluída mais de 40 anos depois, a Igreja de São Francisco de Assis, no Pelourinho, centro histórico de Salvador, está em mau estado de conservação há décadas. Nesta quarta-feira, 5, o desabamento de parte do teto provocou a morte de Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos.

As obras de restauração, além de raras, às vezes são mal feitas: numa delas, por exemplo, o empreiteiro responsável contratou moradores do bairro como pedreiros e usou cimento impermeável para assentar azulejos - eles absorveram a umidade e estouraram.

A igreja é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que desde o ano passado previa reformar o templo. Uma ordem de serviço para contratar serviços de restauração da igreja e do convento anexo foi assinada em 1 de outubro de 2024. A previsão era investir R$ 1,2 milhão nas obras.

Contatado pela reportagem, o Iphan não se manifestou sobre o estágio atual dessa reforma até a publicação deste texto. Em entrevista à CNN, o superintendente do Iphan na Bahia, Hermano Fabrício, afirmou que essa obra não havia começado.

Segundo ele, a última reforma realizada no imóvel pela instituição foi o reassentamento de azulejos no claustro, pátio interno onde os religiosos realizam atividades de contemplação, estudo ou trabalho. Ele afirmou ainda que não tinha ocorrido vistoria recente no imóvel, até porque a manutenção dele cabe ao proprietário e não à instituição.

Declarada em 2009 uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo, a igreja vive estado de penúria há décadas. Em junho de 2023, um dos pátios da igreja foi parcialmente fechado após se constatar risco de desabamento do pináculo (cúpula de ferro que fica no topo da igreja e pesa uma tonelada e meia) direito da torre da igreja. Até uma rua no entorno da igreja teve que ser interditada. Na época, a obra de restauração do pináculo estava apenas em fase de licitação.

Em 2010, reportagem do Estadão já denunciava os problemas de conservação da igreja, que se acumulavam desde o final do século 19. "Cada obra, no ritmo de verbas que recebemos do Patrimônio Histórico, demora dez anos para ser concluída, quando já é hora de começar outra", disse na ocasião o então guardião do convento, frei Afonso.

O relato sobre a reforma em que foi usado cimento impermeável e contratados moradores da vizinhança consta dessa reportagem, segundo a qual uma das grandes obras de restauração do prédio havia sido realizada em 1983 - hoje, há 42 anos.