Morre Glynis Johns, que fez mãe feminista em 'Mary Poppins', aos 100 anos

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Glynis Johns, estrela de cinema e dos palcos vencedora do Prêmio Tony, que contracenou com Julie Andrews no clássico filme Mary Poppins e apresentou ao mundo a canção agridoce de Stephen Sondheim Send in the Clowns", faleceu. Ela tinha 100 anos de idade.

Mitch Clem, seu empresário, disse que ela morreu na quinta-feira, 4, em uma casa de repouso de Los Angeles de causas naturais. "Hoje é um dia triste para Hollywood", disse Clem. "Ela é a última das últimas da velha Hollywood."

Johns era conhecida por ser uma perfeccionista em sua profissão: precisa, analítica e obstinada. Os papéis que ela assumia tinham que ser multifacetados. Ela simplesmente sabia como dar tudo de si. "No que me diz respeito, não estou interessada em desempenhar um papel monocromático", disse ela à The Associated Press em 1990. "O objetivo de uma atuação de primeira classe é torná-la real. Ser real. E eu tenho que dar sentido a isso em minha própria mente para torná-lo real."

O maior triunfo de Johns foi interpretar Desiree Armfeldt no musical A Little Night Music, pelo qual ganhou um prêmio Tony em 1973. Sondheim escreveu a música de sucesso da peça, Send in the Clowns, para se adequar à sua voz rouca e característica, mas Johns perdeu o papel na versão cinematográfica de 1977, estrelada por Elizabeth Taylor.

"Tive outras músicas escritas para mim, mas nada parecido com isso", disse Johns à AP em 1990. "É o maior presente que já me foi dado no teatro."

Outros que interpretaram a famosa canção de Sondheim foram Frank Sinatra, Judy Collins, Barbra Streisand, Sarah Vaughan e Olivia Newton-John. Ela também apareceu na segunda temporada de Yellowjackets em 2023, cantada por Elijah Wood.

Durante sua criação, A Little Night Music chegou aos ensaios com parte do libreto e da partitura inacabados, incluindo uma música solo para Johns. O diretor Hal Prince sugeriu que ela e o colega Len Cariou improvisassem uma ou duas cenas para dar algumas ideias ao libretista Hugh Wheeler.

"Hal disse: 'Por que vocês não dizem apenas o que sentem? "Quando Len e eu fizemos isso, Hal telefonou para Steve Sondheim e disse: 'Acho melhor você pegar um táxi e vir até aqui para ver o que eles estão fazendo, porque você vai ter a ideia para a música solo de Glynis'."

Vida

Johns pertencia à quarta geração de uma família teatral inglesa. Seu pai, Mervyn Johns, teve uma longa carreira como ator de personagens e sua mãe era pianista. Ela nasceu em Pretória, na África do Sul, onde seus pais estavam em turnê na época de seu nascimento.

Johns era dançarina aos 12 anos de idade e atriz aos 14 no West End de Londres. Seu papel de destaque foi o de uma sereia amorosa no papel-título da comédia de sucesso Miranda, de 1948.

"Eu era uma atleta e tanto, meus músculos eram fortes por causa da dança, então a cauda estava ótima; eu nadava como uma toninha", disse ela ao Newsday em 1998. Em Peregrino da Esperança, de 1960, com Deborah Kerr e Robert Mitchum, ela foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (perdeu para Shirley Jones em Elmer Gantry).

Outros papéis notáveis incluem a mãe em Mary Poppins, o filme que apresentou Julie Andrews ao público e no qual ela cantou a emocionante música Sister Suffragette. Ela também estrelou a remontagem da Broadway em 1989 de The Circle, a comédia romântica de W. Somerset Maugham sobre amor, casamento e fidelidade, contracenando com Rex Harrison e Stewart Granger.

"Eu me aposentei muitas vezes. Minha vida pessoal precedeu meu trabalho. O teatro é apenas uma parte de minha vida. Ele provavelmente usa meu elevado senso de inteligência, então tenho que voltar a ele para perceber que tenho talento. Não sou tão boa em fazer qualquer outra coisa", disse ela à AP.

Para se preparar para A Coffin in Egypt, peça de Horton Foote de 1998 sobre uma grande dama que relembra sua vida dentro e fora de um rancho no Texas, ela pediu a Foote, nascido no Texas, que gravasse uma pequena fita de si mesma lendo algumas falas e o usou como seu treinador.

Em um revival de A Little Night Music em Los Angeles, em 1991, ela interpretou Madame Armfeldt, a mãe de Desiree, o papel que ela havia criado. Em 1963, ela estrelou sua própria sitcom de televisão, Glynis.

Johns viveu em todo o mundo e teve quatro maridos. O primeiro foi o pai de seu único filho, Gareth Forwood, um ator que morreu em 2007.

Em outra categoria

O dia do trabalho, comemorado nesta quinta-feira, dia 1º, é considerado um feriado nacional. Além de eventos que marcam a data, alguns serviços da cidade de São Paulo e outros municípios do País terão o horário de funcionamento alterado. Muitos locais devem "emendar" o feriado com a sexta-feira, 2, e o fim de semana.

Saúde

Os hospitais estaduais mantêm o funcionamento normal para atendimento às urgências e emergências, tanto nos prontos-socorros quanto nos setores de internação e centros cirúrgicos.

As unidades das Farmácias de Medicamentos Especializados (FME), Unidades Dose Certa e dos Núcleos de Apoio Farmacêutico (NAF) estarão fechadas na quinta-feira.

Na sexta-feira, as unidades da FME do Hospital das Clínicas Ribeirão Preto, de Campinas (Setembrino), de Geraldo Bourroul, da Vila Mariana, de Guarulhos, de Sorocaba, da Maria Zélia e de Presidente Prudente terão funcionamento normal, as demais unidades das FME e NAF estarão fechadas.

As Unidades Dose Certa da capital paulista também funcionarão normalmente na sexta-feira.

Os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) não funcionarão na quinta-feira (1º).

Doação de sangue

Na quinta-feira, os postos de doação da Pró-Sangue do Mandaqui, Dante e Barueri estarão fechados. Já os postos das Clínicas e de Osasco estarão abertos das 8h às 16h. Para mais informações, acesse o site.

Rodízio de veículos

O rodízio municipal de veículos não vigora no feriado e estará suspenso para carros na sexta-feira, em razão do feriado prolongado.

As demais restrições existentes na cidade serão mantidas ao longo da sexta-feira:

- Rodízio de veículos pesados (caminhões);

- Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC);

- Zona de Máxima Restrição aos Fretados (ZMRF);

Também não estarão liberadas as faixas exclusivas de ônibus.

Já na quinta-feira, feriado do dia mundial do trabalho, o rodízio de veículos e demais restrições não vigoram na cidade, seguindo a previsão da legislação. As faixas exclusivas de ônibus funcionam como aos domingos.

A ciclofaixa de lazer será ativada na quinta-feira e no domingo, 4, sempre das 7h às 16h.

Poupatempo

Na quinta-feira, em razão do feriado, todas as unidades do Poupatempo estarão fechadas. O expediente será normal na sexta-feira e no sábado, 3, em todas as 245 unidades do Poupatempo espalhadas por São Paulo. Para mais informações, acesse o site.

Mudanças no transporte público

Na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), durante toda a operação de quinta-feira e do domingo, as cinco linhas da empresa vão circular com intervalos equivalentes aos de um dia de domingo. Já na sexta-feira e no sábado, os intervalos serão os mesmos dos respectivos dias.

As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô de São Paulo irão operar em esquema de feriado na quinta-feira. "Devido ao evento programado na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte, em comemoração à data do dia do trabalhador, a operação será monitorada e, se necessário, trens reservas serão acionados", afirma o governo estadual.

Haverá, inclusive, reforço operacional e de segurança, principalmente nas estações mais próximas ao local do evento, em Santana, Carandiru e Portuguesa-Tietê.

Na sexta-feira, a distribuição de trens será similar a de um sábado, com mais trens em circulação, além de monitoramento para inserção de composições, se houver necessidade.

Teste de novo trem na Linha 15-Prata

No fim de semana, haverá alteração na operação da Linha 15-Prata, que ficará fechada para a realização de testes do novo trem. A linha será atendida pelos ônibus do sistema Paese, das 20h do sábado e durante todo o domingo, no trecho de Jardim Colonial até a Vila Prudente.

"Os testes são necessários para disponibilizar o novo trem para a operação comercial, com a realização de testes e o cumprimento de protocolos que garantem o certificado de segurança do trem", acrescentou o governo estadual.

O 1º trimestre de 2025 foi o mais letal no trânsito no Estado de São Paulo em um período de dez anos. Foram 1.416 mortes de janeiro a março deste ano, 4,3% a mais do que no mesmo período do ano passado, segundo dados do Detran-SP.

A última vez que a quantidade de mortes no trânsito, no 1º trimestre do ano, ultrapassou este número foi em 2015, quando houve 1.567 óbitos nas vias paulistas.

Apesar do aumento da letalidade, o número de acidentes de trânsito caiu neste 1º trimestre em relação ao ano passado, passando de 33,2 mil sinistros para 27,4 mil.

O governo do Estado, por meio do Detran, diz que os resultados abrangem competências de órgãos em nível federal, estadual e municipal. Destaca ainda que em março caíram os óbitos envolvendo bicicleta (-20,9%), pedestre (-14,2%) e automóvel (-1,8%) em relação ao ano passado.

"O Detran-SP trabalha para aumentar a segurança viária por meio da conscientização, ações de fiscalização e criação de políticas públicas. Por isso, reforçou a implementação de campanhas educativas voltadas aos públicos mais vulneráveis do trânsito", informou.

Segundo o órgão, número de condutores fiscalizados este ano aumentou 52% em comparação ao ano passado, com o objetivo de intensificar o combate à embriaguez ao volante.

- Os 1.416 óbitos no trânsito no 1º trimestre equivalem a mais de 15 mortes por dia.

- Desse total, 80% das vítimas são homens.

- Em relação ao veículo, 38% das vítimas estavam em motos; 15% em automóveis; e 14% eram pedestres.

- Domingo é o dia da semana com mais acidentes fatais.

Dados da capital e polêmica do mototáxi

Na cidade de São Paulo, foram 208 mortes no trânsito no 1º trimestre de 2025, ante 220 no mesmo período de 2024. Assim como no Estado, na capital o perfil das vítimas é majoritariamente masculino (83%) e o dia da semana mais letal é o domingo.

O meio de transporte com mais acidentes é a motocicleta (45%), seguido de pedestres (26%).

Na capital, o início do ano foi marcado pelos embates entre a Prefeitura e as empresas de aplicativo, que pressionam para conseguir operar o serviço de mototáxi. A disputa rendeu inúmeras ações na Justiça.

A gestão municipal mantém o impedimento apoiada em um decreto de 2023, e nos dados da letalidade no trânsito. Nunes chegou a lançar um campanha na TV e redes sociais com o depoimento do motoboy Renato Dantas dos Santos, que sofreu um acidente de trânsito e hoje é cadeirante.

As empresas, por sua vez, têm afirmado que a legislação federal e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) amparam o serviço e chegaram a iniciar a operação, mas tiveram que suspender após determinação judicial.

A Prefeitura de São Paulo ainda afirma que, por meio da Secretaria Executiva de Mobilidade e Trânsito (SEMTRA) e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), tem implementado diversas ações para garantir a segurança de todos os usuários do viário urbano.

"Entre as iniciativas, destaca-se a Faixa Azul, projeto pioneiro no Brasil que diminuiu o número de óbitos de motociclistas em 47,2%, passando de 36 em 2023 para 19 em 2024, nos trechos com a faixa. Já são 221,2 km de vias sinalizadas", diz.

Para pedestres, destaca medidas como as Áreas Calmas, com velocidade máxima permitida de 30 km/h; a redução do limite de velocidade de 50 km/h para 40 km/h em 24 vias; o aumento do tempo de travessia nos cruzamentos de 32 importantes vias da cidade; e a implantação de mais de 9 mil novas faixas de travessia para pedestres, além de travessias elevadas em locais estratégicos, reduzindo a velocidade média dos veículos nesses trechos.

"No caso de ciclistas, a cidade tem a maior malha cicloviária do país com 767,7 quilômetros de extensão, e a atual gestão está com um programa de manutenção das ciclovias em andamento para reparos estruturais e de sinalização. A Prefeitura investe também em ações educativas", conclui.

Kleber Meira, CEO da Aena, empresa que opera o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, anunciou nesta terça-feira, 29, que as obras para a construção do novo terminal de passageiros do aeroporto já foram iniciadas. A previsão é que a nova área seja entregue em junho de 2028.

No comunicado, divulgado na rede social LinkedIn, Meira diz que os antigos hangares estão sendo demolidos e que áreas tombadas estão sendo protegidas e serão revitalizadas.

A "sala remota", localizada no piso inferior, está sendo ampliada e inaugurada no final do 1° semestre, informou o empresário.

Parte do terminal atual já foi remodelada, segundo Meira. Dentre eles: a nova sala VIP, a área para motoristas de aplicativos no subsolo, banheiros reformados, novos ônibus elétricos, entre outros.

O terminal de passageiros atual do Aeroporto de Congonhas possui uma área de 64.579 metros2, enquanto o sítio aeroportuário, 1.640.875,65 m2 e o pátio de aeronaves, mais de 77 mil metros2.

De acordo com a Aena, o local tem um fluxo de público que supera os 70 mil passageiros e possui uma frequência, entre pousos e decolagens, de 590 voos por dia. A expectativa da Aena é ampliar o fluxo de 22 milhões de passageiros por ano para 29,5 milhões.

"Agora, iniciamos a construção do novo terminal de passageiros, um projeto que será executado ao longo de três anos. Em junho de 2028, entregaremos à cidade de São Paulo - e ao Brasil - o 'Novo Aeroporto de Congonhas' que tanto precisamos e merecemos", afirma o CEO na postagem.

Conforme mostrou o Estadão no ano passado, quando a Aena anunciou um investimento de R$ 2 bilhões em Congonhas, a previsão é que o novo terminal de passageiros tenha uma área que ultrapasse os 105 mil metros2

O terminal de embarque terá um novo salão de check-in com 72 posições, com possibilidade de chegar a 108, e novo píer com 36 metros de largura e 330 metros de comprimento.

Serão 19 novas pontes de embarque, em substituição às 12 atuais, garantindo 70% ou mais dos embarques diretos às aeronaves.

Além disso, haverá 10 portões de embarque remoto, 13 leitores automáticos de cartão de embarque e aumento de 10 para até 17 canais de inspeção. O projeto prevê ainda portões de embarque reversíveis, capazes de acomodar voos internacionais de acordo com a demanda das companhias aéreas.

No desembarque, será instalado um novo sistema de processamento de bagagens, com 10 carrosséis ante três atualmente, além do aumento de cinco para sete esteiras de restituição de bagagem, totalizando 228 metros de extensão. (Colaborou Elisa Calmon)