Netflix fecha acordo de US$ 5 bilhões para transmitir luta livre da WWE Raw

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A Netflix fechou um acordo de 10 anos avaliado em mais de US$ 5 bilhões para exibir o programa de luta livre "WWE Raw" e outros programas da WWE nos EUA e no exterior. O acordo, em vigor em janeiro de 2025, dará ao streamer direitos exclusivos do programa nos EUA, bem como direitos de distribuição internacional de "Raw" em vários lugares, incluindo Canadá, América Latina e Reino Unido.

A empresa pode adicionar mais territórios à medida que acordos de direitos existentes expirar.

A ampliação de transmissão de eventos ao vivo faz parte de umas de suas prioridades atuais, bem como a expansão do seu negócio de publicidade, segundo a empresa.

A investida da Netflix na transmissão ao vivo oferece uma oportunidade para uma visualização mais regular e com agendamento na plataforma, o que é atraente para anunciantes e assinantes. A Netflix planeja gastar até US$ 17 bilhões em conteúdo neste ano.

Para o analista Andrew Uerkwitz, do Jefferies, o acordo da WWE é positivo. "É um experimento digno para determinar se os fãs aficionados da WWE se converterão em assinantes e aparecerão para as transmissões ao vivo", comentou.

Os programas da WWE também deverão ter mais potencial de exibições posteriores à transmissão ao vivo do que os esportes tradicionais, já que a luta livre tem o teor de entretenimento e de histórias roteirizadas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Um avião da companhia aérea Latam solicitou prioridade de pouso no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) na noite de segunda-feira, 24, por "questão técnica", segundo informou a empresa. Foi o segundo caso do dia no terminal da Grande São Paulo. Mais cedo, a Gol também relatou problemas. Ambas as companhias disseram que os passageiros ficaram bem

"O pouso do voo LA3613 (São Luís-São Paulo/Guarulhos) ocorreu em completa segurança no destino e os passageiros desembarcaram sem intercorrências. A companhia reforça que adota todas as medidas de segurança técnicas e operacionais para garantir uma viagem segura para todos", disse a Latam.

No caso da Gol, o trajeto do voo G3 1033, entre o Santos Dumont (SDU) e Congonhas (CGH), também foi alterado em razão de problemas técnicos.

"O voo foi alternado para Guarulhos (GRU), onde pousou normalmente, sem qualquer intercorrência. Todos os clientes desembarcaram no aeroporto da Grande São Paulo e receberam as facilidades previstas pela Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Em nota, o Aeroporto Internacional de São Paulo informou que, em decorrência da necessidade de dois pousos com prioridade, foi ativado o plano de emergência para o acompanhamento da chegada de duas aeronaves. "Nenhuma ação extraordinária foi necessária."

O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) se manifestou favoravelmente a um pedido do dono da casa de apostas Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, investigado na Operação Integration, para retirar do caso a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Pernambuco.

O empresário alega, por meio da defesa, que a magistrada é parcial na condução dos trabalhos, atropelou ritos processuais e já fez um pré-julgamento. Calado da Cruz, por sua vez, critica a "inércia do órgão ministerial", vislumbra um possível esquema de lavagem de dinheiro do jogo do bicho por meio de bets e tenta manter ampliado o escopo da operação que acabou atingindo outra casa de apostas, a Vaidebet, ligada ao cantor Gusttavo Lima.

Procurada pela reportagem para comentar o caso, a juíza não se manifestou.

Darwin Filho apresentou ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), em dezembro, uma exceção de suspeição contra a juíza. Caso o pedido seja julgado procedente, a magistrada fica impedida de continuar atuando no caso.

Nesta segunda-feira, 24, o Ministério Público de Pernambuco se manifestou sobre o pedido e concordou com o investigado afirmando que Andréa Calado da Cruz não tem condições de permanecer à frente do processo. Para os promotores de Justiça, "fatos e circunstâncias" da atuação da juíza "indicam claramente quebra da imparcialidade subjetiva e objetiva, bem como flagrante violação do sistema acusatório".

O MP-PE alega que ela "falta com a verdade", atua como "verdadeira magistrada investigadora" e tem "paixão pela investigação". O trabalho da Promotoria é liderado pelo coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Roberto Brayner.

"A magistrada se arvora implacável combatente da criminalidade, proferindo inconcebíveis acusações em face da atuação do Ministério Público, ao mesmo tempo em que manifesta juízo de prelibação [análise de admissibilidade, antes do mérito] sobre a culpabilidade dos investigados, violando o princípio da imparcialidade", diz o parecer.

A ação foi movida por Darwin, da pernambucana Esportes da Sorte, na esteira de uma briga que já resultou no arquivamento da investigação sobre a Vaidebet, casa de apostas paraibana de José André da Rocha Neto e de Aislla Rocha, próximos de Gusttavo Lima.

A Promotoria não viu indícios de crimes na operação da Vaidebet e pediu o arquivamento. A juíza foi contra e o caso subiu para apreciação da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), a chefia do MP de Pernambuco. A cúpula acompanhou o entendimento dos promotores e essa parte da investigação acabou arquivada. Durante a briga, a magistrada chegou a afirmar nos processos que o MP "protege interesses".

Ao destacar a necessidade de arquivamento da parte relacionada à Vaidebet, o MP reiterou a existência de "fortes indícios de práticas de atividades empresariais ilícitas" na operação da Esportes da Sorte. Agora, a bet investigada e os promotores concordam, em uma mesma ação, sobre a postura da juíza da 12ª Vara.

Após o arquivamento, a Polícia Civil de Pernambuco pediu a reabertura da investigação contra a Vaidebet, no fim de janeiro. Para os investigadores, liderados pelo delegado Paulo Gustavo Gondim, a compra de um helicóptero que pertencia à Esportes da Sorte realizada pelos donos da Vaidebet "demonstra mais uma vez o elo" entre os dois grupos.

A juíza Andréa Calado da Cruz deu encaminhamento à solicitação, no último dia 7 de fevereiro, e defendeu à PGJ novamente a continuidade das apurações.

"A autoridade policial apresentou indícios que sugerem uma tentativa clara de ocultação, com base em documentos que demonstram a falta de registro dos pagamentos e a circulação de bens entre empresas de forma suspeita. Isso é um indício que configura, sim, um padrão de dissimulação, tornando ainda mais plausível a acusação de lavagem de dinheiro, que não pode ser descartada apenas com base na argumentação incompleta. As evidências não podem ser ignoradas, e os elementos probatórios indicam que a verdadeira natureza dessas transações ainda precisa ser devidamente investigada", destacou.

A defesa recebeu o pedido de reabertura com "estranheza" por entender que ele "não é novo" e que já foi devidamente enfrentado pela investigação.

Ao menos 130 arraias ticonha (Rhinoptera bonasus e R. brasilienses), uma espécie ameaçada de extinção, foram encontradas mortas na manhã desta terça-feira, 25, em São Vicente, no litoral de São Paulo. A principal hipótese desta mortandade é de que os animais tenham sido pescados, mas descartados em razão da ilegalidade da captura e também da sua comercialização. Elas foram localizadas em toda extensão da Praia de Itararé, desde as proximidades da Ilha Porchat até a Pedra da Feiticeira.

Professores e estudantes do campi de São Vicente da Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde funciona o Instituto de Biociências, foram convocados e passaram o dia no local fazendo a remoção dos animais. As arraias foram levadas para os laboratórios da instituição e vão ser usadas, agora, para estudo e pesquisa. A reportagem do Estadão procurou a prefeitura de São Vicente e aguarda retorno.

O professor e pesquisador Rodrigo Domingues, docente da disciplina de Ecologia da Unesp, explica que é comum, nesta época do ano, cardumes de arraias ticonha se deslocarem pela costa do País. O comportamento, diz, pode estar associado ao ato de reprodução ou de obter alimentos. Por esse motivo, ele acredita que os animais tenham sido vítimas de uma pesca de arrasto, quando os pescadores estendem uma longa rede e fazem um movimento de arrastar a rede e capturar o máximo de peixes possível.

"As raias não têm valor econômico, não têm comércio para elas aqui. Além de tudo, é proibida a pesca delas. Se eles tivessem vendido essas espécies teriam cometido um crime", diz Domingues. "Então, provavelmente, essa pesca de arrasto deve ter acertado um grande cardume de arraia, os pescadores descartaram, e aí ficou espalhado raia pela praia inteira", acrescentou o docente, que também coordena o Laboratório de Genômica e Ecologia Marinha na Unesp.

Além de Domingues, outro docente e dois estudantes ajudaram na remoção das arraias. Só a equipe da Unesp recolheu 130 unidades do animal. O professor da universidade acredita que o número de mortos pode ser ainda maior, visto que, antes da chegada dos pesquisadores, outras arraias já tinham sido removidas por outras pessoas.

O cardume encontrado é heterogêneo, diz o pesquisador. Em uma primeira análise, os professores e estudantes da Unesp identificaram que havia, no grupo de arraias, indivíduos fêmeas, machos, juvenis e adultos. "No caso dessa captura, eles eram bastante misturados", diz o docente.

As ticonhas são de uma espécie de arraias ameaçadas de extinção, conforme a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) e também do ICMBio, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

"Tantos indivíduos sendo mortos de uma espécie que já se encontra de maneira vulnerável. Nossa preocupação é sempre nesse sentido. Você retirar uma boa parcela da população, sendo que já é a população de uma espécie que está ameaçada de extinção", lamenta o pesquisador, que defende uma maior fiscalização para esse tipo de pesca.

As arraias foram levadas ao laboratório da Unesp, onde passarão a ser objetos de estudo e investigação, como aspectos biológicos, do que estavam se alimentando e em qual estágio reprodutivo se encontravam. "Vão ser estudadas também se era uma estrutura majoritariamente formada por indivíduos adultos ou por indivíduos jovens, por exemplo", destaca o Domingues.

Os especialistas acreditam ter removido todos os indivíduos, mas fazem um alerta no caso de outros banhistas se depararem com uma arraia morta na beira da praia. "Alguns indivíduos mortos permaneceram ali na praia, só que, com a maré enchendo, numa altura que não dava mais para enxergar", diz. "Então, pode ainda ter o perigo ali de alguma criança brincando, ou mesmo algum adulto entrar na água, pisar nesse animal morto e acabar se ferindo com o ferrão. E é uma dor muito forte". No caso de encontrar uma arraia, a recomendação é acionar a Polícia Ambiental, orienta o docente da Unesp.