Quem é SZA, cantora que lidera o Grammy com nove indicações

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Entre os nomes com mais indicações no Grammy deste ano (veja aqui a lista e tudo sobre a cerimônia deste domingo, 4), há uma surpresa: brilha o nome de SZA, pseudônimo de Solána Imani Rowe, de 34 anos, cantora e compositora norte-americana de origem muçulmana. Como poucas, consegue aliar apelo popular - seus dois álbuns mantiveram-se em primeiro lugar nas plataformas de streaming - e interesse da crítica especializada.

A primeira vez que muitos descobriram a voz da cantora SZA foi junto à Rihanna, em 2016. A música Consideration, que abre o disco da caribenha, Anti, conta com sua participação em uma performance vocal marcante. Logo, despertou curiosidade dos fãs da cantora.

De lá para cá, vieram outras parcerias de sucesso, como com Kendrick Lamar em All The Stars, trilha sonora do filme Pantera Negra, de 2018, que chegou até a concorrer ao Oscar de Melhor Trilha Sonora Original.

Mas foi com o álbum Ctrl, de 2017, que SZA impactou o mundo com um pop puxado para o R&B, mostrando toda sua extensão vocal, experimentação rítmica - as bases eletrônicas são um destaque - e composição recheada de referências da cultura pop.

A atriz Drew Barrymore, por exemplo, ganhou música com seu nome e retribuiu o carinho da fã participando do clipe oficial da canção. Ctrl ainda conta com participações de nomes fortes do rap como o próprio Kendrick Lamar e Travis Scott.

Nas letras, SZA canta sobre o cotidiano - como sobre assistir a mais um episódio de Narcos (como na própria Drew Barrymore), e também sobre o desprezo amoroso, a frustração diante dos desejos não-correspondidos aos seus.

Sem medo de parecer melancólica ou vingativa demais, SZA canta sobre o amor e seus sofrimentos. Se fosse no Brasil, sua equivalente na composição poderia ser facilmente Marília Mendonça.

A capa, que lembra a icônica foto da Princesa Diana em alto-mar, remete à solitude e contemplação diante de um vasto mundo, que pode maior que seu universo amoroso mas, ainda assim, tão belo quanto.

A música de trabalho Kill Bill, outro aceno à cultura pop, narra um amor com inspirações de Tarantino: intenso, violento e hipnotizante, com uma ex-namorada fantasiando como seria assassinar o homem amado. Com ela, SZA concorre a duas das principais categorias do Grammy: Melhor Gravação e Melhor Canção.

Outros Grammys

Com Ctrl, SZA chamou a atenção da Academia, e concorreu em cinco categorias do Grammy de 2018. Esta edição da premiação, inclusive, ficou marcada pela crítica à pouca representatividade feminina entre os vencedores: somente uma mulher, Alessia Cara, levou o troféu para a casa por Artista Revelação.

Ao longo da carreira, SZA acabou batendo na trave da premiação: recebeu impressionantes 24 indicações, tendo vencido apenas na parceria com Doja Cat, Kiss me more, em 2022.

Agora, as projeções são mais otimistas. A cantora surpreendeu ao receber nada menos que nove indicações, tornando-se a artista que concorre em mais categorias neste ano. É bem possível que leve ao menos um troféu nas principais em que aparece - especialmente de Melhor Álbum, apesar da disputa acirrada com Taylor Swift.

A ver como a premiação fará jus ao talento de SZA. De todo modo, celebrada pela crítica ou solitária diante de um oceano de possibilidades, ela já atingiu o seu topo.

Em outra categoria

A vice-consulesa da Colômbia, Claudia Ortiz Vaca, foi baleada durante uma tentativa de assalto na Avenida Nove de Julho, nos Jardins, na região central de São Paulo, na manhã desta sexta-feira, 14. Segundo a Polícia Militar, uma mulher dentro de um táxi foi abordada pelos ladrões. Ela e o taxista reagiram. Um policial de folga viu a reação, interveio e houve trocas de tiros. Seriam 4 criminosos. A diplomata passava a pé pela avenida e foi atingida na altura da cintura.

Conforme o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, Claudia passa por cirurgia na manhã desta sexta e seu quadro de saúde era estável. O caso ocorreu pouco antes das 8 horas. Segundo comerciantes da região, ao menos três disparos foram ouvidos, mas somente um teria atingido a vítima, que caminhava pela calçada.

Informações preliminares indicam que quatro bandidos participaram da abordagem. Um dos suspeitos - Bruno Narbutis Borin, de 19 anos - foi detido. A Polícia Civil segue atrás de outros integrantes da quadrilha. O Itamaraty também acompanha o caso.

Um caminhão colidiu com a passarela no quilômetro 52 da Rodovia Anchieta, no sentido de Santos, na noite dessa quinta-feira, 13, provocando a queda da estrutura sobre ambos os sentidos da rodovia. Não houve vítimas, de acordo com a Ecovias Imigrantes, mas o tráfego ainda permanece afetado no local.

Na manhã desta sexta-feira, 14, a concessionária informou que a pista norte da Anchieta foi liberada perto das 6h30, na altura do km 52, local do acidente, operando com duas faixas no sentido litoral para permitir a saída dos veículos retidos entre os kms 48 e 52 e iniciar a liberação gradual do tráfego em direção ao litoral.

A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) confirmou que a pista norte da Anchieta já foi liberada no local do acidente. "Os veículos que estavam represados na Serra e acima do km 40, no trecho de planalto, começarão a descer aos poucos em direção ao litoral", disse. Já a pista sul ainda não tem previsão de liberação. Há um guindaste no local para execução dos trabalhos, mas não há previsão de liberação.

Segundo a Artesp, todos os usuários que trafegam pelo SAI estão sendo comunicados pelos painéis de mensagens variáveis pela concessionária Ecovias Imigrantes. A via precisou ser interditada logo após a ocorrência. Ainda durante a noite, dois guindastes da Ecovias se posicionaram no local, além de outros equipamentos, para a remoção da passarela e limpeza da pista.

A estrutura foi retirada perto das 5 horas da manhã. A operação contou com apoio de viaturas operacionais e monitoramento em tempo real.

Veja as recomendações

"Para seguir viagem, veículos de passeio devem utilizar a Rodovia dos Imigrantes tanto para descida quanto para subida", disse a Ecovias.

Já veículos pesados devem utilizar a Imigrantes para subir. "Para a descida, recomenda-se postergar a viagem até a liberação das pistas e a normalização do tráfego no Sistema Anchieta-Imigrantes", orienta a concessionária.

A Polícia Civil de Minas Gerais localizou na quarta-feira, 12, o corpo de uma jovem de 21 anos que morava em Belo Horizonte e estava desaparecida desde o domingo, 9. O corpo dela estava enterrado no jardim da casa onde morava um ex-colega de trabalho.

O suspeito foi preso em flagrante, assim como um amigo dele também acusado de participar do crime. Os dois podem responder pelos crimes de homicídio qualificado, feminicídio e ocultação e destruição de cadáver. O Estadão não localizou a defesa de ambos.

A vítima é Clara Maria Venâncio Rodrigues, que trabalhava como auxiliar de cozinha em uma padaria de Belo Horizonte. Ela contou ao namorado que um ex-colega de trabalho, de 27 anos, a quem havia emprestado R$ 400 três meses atrás, tinha pedido para encontrá-la para devolver o dinheiro. Por isso, na noite de domingo, ela iria para a frente de um supermercado na avenida Fleming, na Pampulha.

"A dívida foi contraída quando trabalharam no mesmo estabelecimento e usada como desculpa para que o suspeito pudesse encontrá-la, na noite do crime. Essa dívida não estava sendo cobrada pela vítima", contou o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), durante entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, 13.

Como Clara Maria não deu mais notícias após sair para esse encontro, na noite de domingo o namorado e amigos começaram as buscas por ela e pelo ex-colega, mas não conseguiram esclarecer o caso e comunicaram o desaparecimento à polícia.

A polícia descobriu dois endereços vinculados ao principal suspeito. Em um deles, encontraram uma tia dele, que confirmou que o suspeito morava no segundo endereço.

Ao chegar à frente da casa, os PMs estranharam o cheiro que vinha de dentro do imóvel. "Já no calçamento foi possível perceber odor característico e semelhante ao de cadáver que exalava pela janela da casa. Também percebemos que havia uma pessoa no interior da residência, que não atendia ao chamado dos policiais", contou o delegado. A porta foi arrombada e o suspeito, localizado.

Assim que os investigadores entraram na residência, notaram cimento fresco em um corredor. Ao iniciar uma escavação, viram parte do corpo de uma pessoa. Diante da situação, Sampaio atribuiu o homicídio a um amigo.

"O suspeito afirmou que apenas ocultara o corpo e que o autor do homicídio seria seu amigo, de 29 anos. Mas, a investigação aponta o contrário: o ex-colega da vítima é quem a enforca, e o amigo dele o ajuda na ocultação do corpo", afirmou Fonseca.

À polícia, o suspeito afirmou que atraiu a vítima até a casa dele para rendê-la e tirar dinheiro de sua conta bancária, por meio do celular dela. Mas, a vítima resistiu e ele decidiu enforcá-la até a morte.

Outra questão que pode ter influenciado no crime é que o suspeito havia tentado namorar a vítima e não foi correspondido. "Durante as investigações também descobrimos que a vítima já havido sofrido assédio sexual por parte do ex-colega de trabalho e não teria correspondido às investidas. No dia 6 de março, ele teria encontrado com a vítima em um bar e tomado conhecimento de que ela estaria namorando, o que teria lhe deixado com muita raiva", contou o delegado.

O segundo suspeito é Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, amigo de Sampaio. Ele já teria tido uma desavença com a vítima. "Esse suspeito tem adoração pelo nazismo e, durante uma conversa, a vítima o criticou por tal posicionamento, o que lhe causou profunda ira. Além disso, ele também tem interesse em necrofilia, o que pode indicar abuso sexual. Todos esses fatores se juntam com a outra motivação, de roubo, e criam este cenário para o crime", disse Fonseca.

Os suspeitos foram presos e prestaram depoimento. Durante a oitiva, o segundo suspeito citou a participação de um terceiro, que chegou a ser conduzido ao Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e ouvido formalmente, porém não ficou configurada a participação dele nesse crime. Depois, os dois suspeitos presos também refizeram suas afirmações e negaram que esse terceiro tenha participado do crime.

Ao ser questionado sobre o paradeiro de Clara Maria por uma das amigas dela, antes da prisão, o primeiro suspeito chegou a dar o endereço dele, que é o local onde o corpo da vítima foi encontrado. Ele chegou a marcar um encontro com uma amiga da vítima, nesta quarta-feira. "Esse encontro não aconteceu porque nós o prendemos antes. Mas possivelmente ela seria uma próxima vítima", disse o delegado.