Nilson Klava assume programa da GloboNews em São Paulo; relembre a trajetória do jornalista

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Nilson Klava, conhecido por sua experiência em cobertura política, foi nomeado para comandar o programa Em Ponto, da GloboNews, em São Paulo, substituindo Tiago Eltz, que se tornará o novo repórter especial do Jornal Nacional na mesma cidade. As informações foram divulgadas por Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, e confirmadas pelo Estadão.

"Estou muito feliz e animado com a missão honrosa de estar no Em Ponto ao lado de Mônica Waldvogel, amiga querida que tanto admiro, uma referência do melhor jornalismo. Chego a um time talentoso e entrosado que vem cumprindo com excelência a missão de dar início à cobertura do dia, com o que há de mais importante no noticiário. Trago de Brasília, cidade que amo, tudo o que aprendi ao longo dos últimos sete anos da intensa cobertura política dos três poderes. E desembarco cheio de entusiasmo em São Paulo, cidade vibrante e desafiadora, a maior metrópole do país, com o objetivo renovado de aproximar ainda mais o nosso público da política e da economia, com muita informação, bastidor e análise", diz Nilson Klava, por meio de comunicado.

Eltz, que se destacou em coberturas memoráveis, como a tragédia com o avião da Chapecoense, e foi correspondente em Nova York, assumiu o Em Ponto em julho de 2023 ao lado de Mônica Waldvogel. Apesar de deixar o programa, ele continuará na Globo, apresentando telejornais locais em São Paulo durante os finais de semana e feriados.

"É uma felicidade em dose dupla porque reencontro duas das minhas paixões no jornalismo: o Jornal Nacional e a reportagem. A reportagem é o coração do jornalismo e é na rua que ela nasce. Nos últimos tempos minha saudade das ruas foi aumentando e é impossível encontrar um lugar melhor para retornar às ruas do que o jornal mais importante do país. É muito bom trabalhar em uma empresa que entende e sempre reafirma o valor da reportagem. E para completar a alegria ainda mantenho um pé na apresentação com os plantões nos jornais locais, que fazem um jornalismo que eu adoro", afirma Eltz.

Nilson Klava, que está na Globo desde 2015, se mudará de Brasília para São Paulo para assumir sua nova posição. Durante sua estadia na emissora, Klava participou do rodízio de apresentadores do Jornal Hoje e cobriu importantes eventos políticos, incluindo as eleições de 2022 e a licença-maternidade de Aline Midlej no Jornal das 10.

Nascido em 3 de dezembro de 1995, em Apucarana (Paraná), Klava é um dos jornalistas mais jovens a fazer parte do time do Fantástico, estreando no programa em 2018 com uma reportagem sobre a greve dos caminhoneiros. Formado em jornalismo pela PUC-Rio, começou sua carreira como estagiário na GloboNews em 2016, antes mesmo de concluir o curso.

O jornalista é casado com Gabriela Scalabrini, editora de reportagens internacionais da Globo e filha de Marcelo Matte, ex-diretor da Globo, e Isabela Scalabrini, repórter que deixou a emissora após 44 anos de serviço.

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O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global atingiu o valor de 0,756 no novo ranking divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O índice, calculado a partir de uma média de indicadores de renda, saúde e educação no mundo no ano de 2023, registrou o menor avanço desde o início da série histórica, em 1990. Já o Brasil avançou.

O País agora é o 84º colocado no ranking global, que tem 193 posições. O IDH varia de 0 a 1 - quanto mais próximo de 1, melhor a pontuação. O índice brasileiro ficou em 0,786 e foi classificado na faixa de "alto desenvolvimento humano". Procurada pelo Estadão, a ONU não detalhou os motivos que resultaram na melhora do Brasil no ranking.

No ano passado, referente aos dados de 2022, o Brasil estava em 89º, com IDH de 0,760. Subiu, portanto, cinco posições de 2022 para 2023. O País, porém, ainda está abaixo de outros países latino-americanos como Peru, México e Colômbia, e de nações como Irã e Bósnia. O Brasil teve uma queda no IDH durante a pandemia de covid-19, de 2020 a 2022, e apresentou recuperação de 2022 para 2023.

"Em âmbito global, o Índice de Desenvolvimento Humano teve o menor progresso já registrado, excluindo o período em que houve declínio, em 2020 e 2021 (pandemia)", afirma Pedro Conceição, diretor do Pnud. O indicador não retomou a trajetória anterior a 2020, como era esperado. Essa desaceleração afeta todas as regiões do globo e deve "atrasar" em décadas o alcance de um IDH global muito alto, anteriormente projetado para o ano de 2030.

O índice global atual continua no nível classificado pela ONU como de alto desenvolvimento humano. O documento também aponta um aumento nas desigualdades entre países ricos e pobres, que vinham diminuindo nas últimas décadas. Islândia, Suíça e Noruega estão no topo do ranking, enquanto Sudão do Sul e Somália têm os valores de IDH mais baixos. No contexto atual, marcado também por guerras como entre Ucrânia e Rússia, Israel e Hamas, e com o desafio crescente da crise climática, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) vê a necessidade de uma ação decisiva dos países para reativar a trajetória ascendente do desenvolvimento. A distância entre nações de IDH muito alto e baixo cresceu pelo quarto ano consecutivo, revertendo a tendência de longo prazo anterior, de redução das desigualdades.

PROBLEMAS

Por ser uma média entre indicadores, o IDH mascara as desigualdades na distribuição do desenvolvimento humano. A pontuação global cai para 0,590 quando se considera o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade, um indicador complementar calculado pela agência da ONU que "desconta" os níveis de desigualdade de renda, saúde e educação.

Segundo o relatório, três fatores principais têm estreitado as vias de desenvolvimento tradicionalmente responsáveis por gerar empregos em larga escala e reduzir a pobreza: a diminuição do financiamento internacional, aumentando a crise da dívida em alguns países; as tensões comerciais que reduzem as opções de exportação para grandes mercados; e o crescimento de uma industrialização sem geração de empregos, em parte por causa da automação. Isso afeta principalmente os países em desenvolvimento.

HISTÓRICO E COMPLEMENTOS NO BRASIL

O índice foi publicado pela primeira vez em 1990 e é calculado anualmente. Foi criado como contraponto ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera somente a dimensão econômica do desenvolvimento.

O relatório da ONU também fornece indicadores complementares ao IDH. O Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade, que leva em consideração a distribuição desigual das três dimensões de desenvolvimento humano entre a população de um país, ficou em 0,594 em 2023 no caso do Brasil.

Já o Índice de Desigualdade de Gênero, calculado com base em indicadores de saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica entre os gêneros, em que valores mais altos indicam maior desigualdade: foi de 0,390 em 2023 no Brasil, 96ª posição entre os países avaliados.

Por fim, o Índice de Pobreza Multidimensional, identifica privações múltiplas, em educação, saúde e renda, nos domicílios - e também varia de 0 e 1, sendo que 0 representa ausência de pobreza e 1 representa pobreza extrema. No País, foi de 0,016.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que estava de folga, reagiu a uma tentativa de assalto e atirou contra um suspeito, nesta segunda-feira, 5, em São Paulo. O caso aconteceu na Avenida do Estado, próximo à Estação Armênia do Metrô (Linha 1-Azul), na área central da capital.

A reportagem apurou com a GCM que o agente estava dentro do seu veículo, parado em um semáforo fechado em um cruzamento da Avenida do Estado. O suspeito, então, se aproximou e tentou quebrar a janela do carro do guarda com um objeto.

Em reação, o agente sacou a arma e atirou contra o homem na perna. O sujeito tentou fugir, mas não conseguiu. Ele chegou a cair no chão e foi contido pelo agente à paisana, que não se feriu na tentativa de assalto.

De acordo com a GCM, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. O homem, que não teve a identidade revelada, foi atendido no Pronto Socorro de Santana, na zona norte. O caso foi apresentado no 8.° Distrito Policial, em Belenzinho.

A reportagem procurou a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) e aguarda retorno. De acordo com o Metrô, o caso não aconteceu dentro das dependências da estação, mas na rua. E, por esse motivo, a operação da Linha 1-Azul não foi afetada.

Responsável por um dos principais projetos do papa Francisco, o cardeal Mario Grech, de 68 anos, é mais um candidato a substituir o argentino no comando da Igreja Católica, no conclave que começa nesta quarta-feira, 7.

Nascido em 20 de fevereiro de 1957 em Gozo, uma das ilhas do arquipélago de Malta, Grech é secretário-geral do Sínodo dos Bispos desde 2020.

Ele chefia o órgão que reúne posições das dioceses do mundo todo sobre questões fundamentais, como o lugar das mulheres na Igreja e o casamento de pessoas divorciadas, e repassa essas informações ao papa. Grech também é responsável por organizar as reuniões sinodais que acontecem em Roma a cada dois anos, abordando um tema específico.

O sínodo de 2021-24 sobre sinodalidade convidou todos os católicos do mundo a expor suas esperanças, medos e ansiedades sobre a igreja na era moderna e perguntando o que deveria mudar. Em 2023, a Igreja permitiu que leigos e mulheres votassem nas assembleias sinodais, ao lado dos bispos.

Milhões de fiéis responderam e o Vaticano permitiu discussões livres sobre tópicos antes considerados tabus na Igreja, como o ministério feminino, católicos gays e abusos sexuais cometidos pelo clero.

O Documento Final do Sínodo, apresentado em outubro de 2024, não chegou a propor mudanças drásticas, como a permissão do diaconato feminino ou o acolhimento dos católicos gays, mas não encerrou o debate sobre essas questões.

Em março, internado para tratar a pneumonia, Francisco aprovou planos para estender o sínodo e sua implementação até 2028. Embora oficialmente praticada pelo papa, a aprovação do plano teria sido proposta por Grech e foi interpretada como o desejo de Francisco de garantir que o processo e suas reformas sobrevivessem.

Durante boa parte da carreira religiosa, Grech defendeu posições conservadoras. Foi assim em 2009, quando o papa Bento XVI defendeu a heterossexualidade e suas palavras foram ecoadas por Grech em Malta, e em 2011, quando o país debatia a legalização do divórcio e o religioso criticou a iniciativa. Mas, a partir de 2013, quando o comando da Igreja Católica passou ao papa Francisco, Grech tornou-se mais progressista.

"Devo confessar que me deparo com a urgência dessa necessidade ao ouvir famílias de homossexuais, bem como as mesmas pessoas que têm essa orientação e que se sentem feridas pela linguagem dirigida a elas em certos textos, por exemplo, no catecismo", disse o religioso em 2014, durante evento no Vaticano.

Em 2017, ele defendeu que a Igreja aceite casar novamente pessoas divorciadas. Alinhada com o apelo de Francisco por mais flexibilidade e compaixão, essa medida foi aplaudida pela ala liberal da Igreja, mas irritou os conservadores.

Depois de ser nomeado cardeal, em 2020, quando ainda era bispo de Gozo, Grech afirmou ao jornal do Vaticano: "Venho de uma paróquia muito, muito pequena, em uma diocese que é igualmente pequena, então, de certa forma, não entendo por que, da periferia da igreja, o papa me chamou. Mas, por outro lado, posso ver as pequenas coisas que contam aos olhos de Deus, aos olhos do Santo Padre e aos olhos da Igreja."