Pedro Herz: livreiros, editores e amigos lamentam a morte do dono da Livraria Cultura

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Amigos, livreiros e colegas do mundo literário lamentaram a morte de Pedro Herz, dono da Livraria Cultura, aos 83 anos. Sérgio Herz, filho do livreiro e atual CEO da Cultura, confirmou a morte ao Estadão e revelou que o pai sofreu um ataque cardíaco fulminante durante a madrugada.

Pedro foi o responsável por transformar a empresa, fundada pela mãe, Eva Herz, em uma das maiores potências do mercado literário brasileiro. Veja a repercussão da notícia:

Repercussão

Samuel Seibel, dono da Livraria da Vila, declarou que Pedro foi "o maior inovador do negócio 'livraria'". "Para mim, foi um modelo, um exemplo como pessoa, como livreiro, para minha formação", disse.

"Ele contribuiu demais para o aspecto da livraria como um local de grande bibliodiversidade, na exposição dos livros, na ambientação, no acolhimento. Acho que ele sempre teve uma preocupação na formação de bons livreiros, no atendimento. Eu estou bastante tocado. Acho que é uma perda muito grande", completou.

Para Rui Campos, dono da Livraria Travessa, Pedro era "o cara, o livreiro". "A Livraria Cultura era a nossa maior referência, nosso modelo", conta. "Era muito inovadora, era incrível. Eu conheço livrarias do mundo inteiro e não conheço nenhuma melhor que a Cultura naquela época. E quem estava na frente era o Pedro".

"Eu tinha muita admiração por ele. Ele era uma figura controversa, tinha aquele jeito dele, mas ao mesmo tempo era isso que fazia ele ser uma referência. Todo mundo se orgulhava em dizer que era amigo do Pedro. É uma grande perda."

"Pedro foi um livreiro raiz", ressaltou Marcus Teles, presidente da Livraria Leitura. "Jamais esqueceremos suas realizações com aquela loja, que, sem dúvida, era a melhor do país e uma das melhores do mundo. Sua partida representa uma perda imensa para o mercado. Apesar dos desafios que a rede enfrentou recentemente, seu mérito permanece inabalável. E o que o Pedro trouxe e construiu vai ficar para sempre como exemplo para o mercado brasileiro."

O professor e deputado estadual Eduardo Suplicy também se pronunciou. "Expresso meus sentimentos aos familiares e amigos do empresário e escritor Pedro Herz, que transformou o varejo de livros no Brasil. A Livraria Cultura de São Paulo ajudou a formar muitas gerações de leitores", escreveu.

"Eu não poderia ter admirado mais a Livraria Cultura enquanto o Pedro Herz esteve sozinho à sua frente", disse Alexandre Martins Fontes, editor, livreiro e diretor-executivo da WMF Martins Fontes. Aprendi muitíssimo com ele. Sempre o respeitei e o admirei como profissional e como pessoa."

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Os médicos disseram nesta segunda-feira, 10, que o Papa Francisco não corre mais risco iminente de morte em decorrência da pneumonia que o mantém hospitalizado há quase um mês, mas decidiram mantê-lo internado por mais alguns dias para receber tratamento.

Em uma atualização, a equipe médica afirmou que o papa de 88 anos permanece estável e consolidou melhorias nos últimos dias, conforme determinado por exames de sangue e respostas positivas a tratamentos medicamentosos.

"Em vista da complexidade do quadro clínico e do importante quadro infeccioso apresentado na admissão, será necessário continuar a terapia medicamentosa em um ambiente hospitalar por mais dias", de acordo com a declaração do Vaticano.

A Polícia Civil de São Paulo esclareceu nesta segunda-feira, 10, que Carlos Alberto Sousa, pai da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, assassinada em Cajamar, na Grande São Paulo, não está entre os suspeitos de participação no crime. Segundo o diretor do Departamento de Polícia Judiciário da Macro São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, o pai foi investigado no início das apurações, mas não se verificou nada que pudesse indicar alguma participação dele. "Não existe investigação contra o pai da vítima", afirmou.

Segundo ele, em caso de homicídio, é normal que se investiguem todas as pessoas próximas da vítima. "Naquele momento o pai da vítima também foi investigado. A partir do momento em que foram dirimidas as diligências, de imediato se descartou qualquer envolvimento dele nesse crime", disse, em entrevista coletiva.

Carmo revelou que o local do possível cativeiro em que a jovem foi mantida antes de ser assassinada vai passar por perícia esta noite.

Ele reafirmou que as provas mais contundentes apontam para Maicol Sales dos Santos, o jovem que teve a prisão temporária (30 dias) decretada pela justiça no último sábado, 8. O suspeito passou por audiência de custódia no domingo, 9, e foi mantido preso. A defesa de Maicol diz que a inocência dele será provada.

Maicol é dono do automóvel Toyota Corolla, que foi visto na cena do crime. "No veículo Corolla tivemos a constatação de sangue no porta-malas e tudo leva crer que pode ser da vítima. Já foi encaminhado para o exame de DNA."

O exame demora de 30 a 40 dias e está sendo apressado por ser importante para a investigação. "Contra o Maicol temos provas testemunhais que não deixam dúvida que ele estava no local e o depoimento da esposa, de que ele mentiu quando disse que tinha dormido com a esposa, mas ela disse que ele tinha ido dormir na casa da mãe."

Ainda segundo o policial, os vizinhos comentaram que houve movimentação anormal na casa do rapaz naquela noite, com gritos, além de terem havido ameaças contra algumas testemunhas para mudarem sua versão. "A prisão temporária é para que façamos a colheita de provas com mais profundidade. Estamos fazendo a colheita dos dados telemáticos de dez aparelhos celulares, que já foi autorizada pela Justiça."

Ainda segundo o policial, outros exames estão sendo feitos para comprovar se a adolescente foi vítima de estupro.

Carmo disse que outros dois investigados continuam na mira da polícia. "O Daniel Lucas Pereira, nós pedimos a prisão dele, mas a justiça negou alegando que precisa de mais provas. O Daniel permanece (sob investigação) pois temos no celular apreendido imagens feitas por ele no local onde a vítima desceu, até a residência dela. Foi gravado no celular dele dias antes do fato. Pode ser uma filmagem preparando o local do arrebatamento." Segundo o policial, falta localizar o celular da vítima, que pode auxiliar no esclarecimento do crime.

Até a publicação deste texto, a reportagem do Estadão não havia localizado a defesa de Daniel Lucas Pereira. O espaço segue aberto.

Um grupo de assaltantes tentou roubar um caixa eletrônico que funciona dentro de um supermercado em Parelheiros, na zona sul da capital paulista, na madrugada de domingo, 9. Antes eles montaram uma barricada com dois carros incendiados e um ônibus atravessados na pista, para dificultar o acesso de agentes de segurança ao local do assalto. Mas, guardas civis metropolitanos que faziam ronda pela região flagraram a ação e conseguiram impedir o roubo, após intenso tiroteio. Conforme a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, nenhum agente ficou ferido.

Segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), agentes da Guarda Civil Metropolitana passavam pela Estrada da Barragem, no Jardim Marilda, em Parelheiros, por volta das 4h30 do domingo, quando cruzaram com um grupo de homens em um carro, e estes começaram a atirar contra os guardas.

Os agentes revidaram e começaram a perseguir o veículo dos assaltantes, mas se depararam com a barricada, montada com dois carros particulares (um Renault Kwid e um Renault Logan) incendiados e dois ônibus municipais (os motoristas haviam sido rendidos e obrigados a parar os veículos ali, segundo contaram à polícia). Por conta da barricada, os assaltantes conseguiram fugir.

No caixa eletrônico o grupo havia deixado um artefato explosivo, que foi localizado e detonado pelo Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), da Polícia Militar. Os veículos envolvidos na ocorrência foram apreendidos e encaminhados para a perícia.

O caso foi registrado no 101º Distrito Policial (Jardim das Imbuias) como tentativa de roubo a caixa eletrônico, resistência, disparo de arma de fogo, incêndio e localização/apreensão de veículo. A Polícia Civil continua investigando para tentar identificar e prender os assaltantes.