Negócio viraliza com a reação impagável de cachorros que esperam o ônibus da creche

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Uma creche e hotel para cães viralizou nas redes sociais ao publicar a reação dos animais eufóricos ao avistarem o ônibus que faz o transporte deles até a creche. Um dos vídeos, publicado no Instagram, alcançou a marca de 57 milhões de visualizações.

Com sede na cidade de Içara, no interior de Santa Catarina, a Educador de Cães acumula mais de 500 mil seguidores na rede social. No TikTok, a conta da creche também faz sucesso: são 444 mil seguidores e 6,1 milhões de curtidas.

Nos vídeos, os cães, alguns fantasiados, aparecem animados ao ver o veículo chegando. Pulos de alegria, rabos abanando, focinhos ofegantes e latidos são comuns nas imagens.

Em alguns casos, a gravação é feita no interior do ônibus, de onde é possível ver os pets correndo em direção a ele e se acomodando nos assentos de maneira completamente independente - sem ajuda do dono ou do motorista.

Em outros, quando o vídeo mostra o exterior do veículo, nota-se que os cães aguardam ansiosamente pela sua chegada dentro das residências. No momento em que a porta é aberta, é praticamente uma maratona que tem como linha de chegada o ônibus da creche.

Dentro do veículo, é possível ver um aviso aos passageiros: "Lata ao motorista somente o necessário", diz. Eles são buscados de manhã e retornam para casa no fim da tarde.

Nos comentários, as pessoas notam o "desespero" dos cães. "Ele nem deu tchau para a mamãe", diz um deles. "Fico admirada com a educação dos cachorros", observa outro. "O emprego dos meus sonhos", brinca mais um.

Ônibus alavancaram sucesso nas redes

Adestrador de cães há 15 anos, o dono da creche André Bressan, 38, é quem recepciona os alunos e dirige os dois ônibus adquiridos entre agosto e setembro de 2023. De acordo com ele, foi justamente a compra dos veículos que alavancou as contas do empreendimento nas redes sociais.

"Tenho a creche há 12 anos e sempre publicamos esses vídeos, mas os ônibus chamaram a atenção", diz. De acordo a avaliação dele, o sucesso é orgânico e se deve à graça dos animais como passageiros do transporte.

Um dos vídeos com maior alcance da empresa, que reúne diversos vídeos gravados com os cães esperando o ônibus, foi publicado em 19 de março deste ano. O resultado surpreendeu: foram mais de 57 milhões de visualizações, 2,8 milhões de curtidas e 35,4 mil comentários.

"É algo inacreditável, entregou de uma maneira absurda. Nós não somos influenciadores, não trabalhamos com a internet. Então tudo é ainda muito novo para nós", destaca o empresário, que indica que mais de 99% dos comentários recebidos pela página são positivos.

Em agosto, o TikTok da Educador de Cães tinha 400 seguidores. Em menos de oito meses, esse número multiplicou em mais de 1 mil vezes.

Apesar do aumento da visibilidade, a creche não recebeu mais clientes com os vídeos. Isso porque, como afirma Bressan, "não há vagas". Antes do sucesso nas redes sociais, a situação já era essa, inclusive com fila de espera - cada vez mais longa.

"A compra dos ônibus não tinha o intuito de trazer mais clientes, foi para dar mais conforto aos nossos alunos", explica.

Creche funciona como espaço para cães brincarem

André Bressan sai às 6h com o ônibus e chega na creche com todos os pets entre as 7h30 e 8h. Os animais são devolvidos aos tutores no fim do dia, por volta das 17h ou 18h. Há também a opção de hospedagem.

Para que eles entrem e se acomodam nos assentos dos ônibus sozinhos, da forma que vemos nos vídeos, Bressan revela que é fruto do seu trabalho como educador.

"Alguns passam por treinamento e outros ainda ainda vêm dentro de caixinhas de transporte porque não se adaptam e se sentem melhor assim", explica. "Não fazemos nada para parecer melhor no vídeo", garante.

Os dois ônibus da Educador de Cães comportam 80 cães cada. O local recebe 440 alunos diariamente. Oito funcionários ficam responsáveis por cuidar e garantir a diversão e o bem-estar dos animais.

Os cães vão para a creche com o intuito de socializar e gastar energia, convivendo uns com os outros. "Alguns têm adestramento, mas a maioria vem para brincar", afirma Bressan. No local, são promovidas atividades que os estimulam, como passagem por obstáculos, correr e brincar com bolinhas.

A mensalidade varia entre R$ 350 e R$ 1.800, depende da frequência na creche e se o tutor opta por adestramento e hospedagem no pacote. Anualmente, a empresa fatura cerca de R$ 1 milhão.

Reputação online

A creche e hotel Adestrador de Cães tem 41 avaliações no Google, com nota geral 4,8 de 5. Apenas quatro clientes não deram a nota máxima permitida pela plataforma: dois avaliaram com quatro estrelas; um, com três, com a justificativa de que não achou "nada relevante"; e e um, com duas, indicando que teve dificuldade de comunicação com os funcionários do local em uma ocasião.

confira o vídeo aqui

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), chegou no período da tarde desta segunda-feira, 24, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para se reunir com o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Paes disse a jornalistas que o assunto do encontro é o controle da Linha Amarela, uma das vias expressas mais importantes do Rio de Janeiro e objeto de ação na Corte.

Barroso é relator do caso e está em suas mãos decidir sobre a manutenção de decisão liminar que suspendeu o cancelamento do contrato firmado com a Lamsa para gestão da Linha Amarela.

Em 2019, o então prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, cancelou o contrato de concessão firmado com a Lamsa para a gestão da via expressa, sem pagamento de indenização prévia. O contrato tinha validade até 2037. O cancelamento foi suspenso por liminar do ministro Luiz Fux em 2021, e o contrato segue vigente.

Em novembro, o Supremo decidiu que a matéria é constitucional e, portanto, de competência da Corte.

Entenda

O argumento de Crivella para encampação da Linha Amarela (ou seja, a retomada pelo poder público de um serviço já concedido à iniciativa privada) foi que o contrato não previa a indenização prévia e que havia "grave risco de lesão à ordem pública" na manutenção da concessão devido ao preço do pedágio e à suposta existência de desequilíbrio contratual em favor da concessionária, em patamar de R$ 1,6 bilhão (em valores nominais).

A matéria foi alvo de vaivém nos últimos anos, com liminares favoráveis e contrárias à Lamsa no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A última decisão no STJ foi para autorizar a encampação. Essa liminar foi contestada pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), que acionou o Supremo para barrar o cancelamento do contrato ou participar do devido processo administrativo para obter a indenização devida.

De início, o ministro Luix Fux, então presidente do Supremo, negou a reclamação, entendendo que a matéria seria infraconstitucional. Em 2021, ele reconsiderou sua posição e deu liminar favorável à Lamsa, para suspender o processo de encampação. Essa liminar segue vigente.

Fux chegou a enviar o caso para a conciliação entre a Lamsa e a prefeitura do Rio, mas as partes não chegaram a uma solução consensual e a ação voltou a julgamento.

Uma decisão da Justiça transfere uma área equivalente a mais de mil campos de futebol do Parque Nacional do Iguaçu, que pertence à União, para o Estado do Paraná. Estão nesta área nada menos que o trecho brasileiro das Cataratas do Iguaçu e o luxuoso Hotel das Cataratas, instalado no local desde 1958. Ainda cabe recurso, mas se a decisão for mantida, parte das verbas obtidas com o turismo nas Cataratas, que hoje vão para a União, ficarão para o Estado.

A decisão foi dada no último dia 5 pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em uma ação movida pela União. O governo do Paraná considerou a decisão uma "grande vitória" do Estado. A Advocacia-Geral da União (AGU) diz que já foi intimada da sentença e vai entrar com recurso. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que detém a gestão do parque, disse que acompanha a questão e fornece as informações à AGU. Já a gestão do Polo Cataratas vê ameaça ao título de Patrimônio Natural da Humanidade, concedido pelas Nações Unidas.

O parque do Iguaçu é o segundo mais visitado do País, atrás apenas do Parque Nacional da Tijuca, no Rio, que tem o Corcovado e o Cristo Redentor. As cataratas, incluídas entre as sete maravilhas naturais do mundo, receberam 1,9 milhão de visitantes no ano passado, procedentes de 180 países.

A ação foi proposta em 2018 pela União pedindo o cancelamento de um registro feito pelo governo paranaense no cartório de Foz do Iguaçu, no qual alegava ter o domínio da área de 1.085 hectares. Já o governo federal alegou que se tratava de terra devoluta - sem uso privado - e, portanto, da União. A justiça de Foz do Iguaçu decidiu em favor da União, mas o Paraná entrou com recurso, levando o caso ao TRF.

"A área em disputa foi doada pela União a um particular chamado Jesus Val em 1910. Nove anos depois, o Estado comprou a área dessa pessoa e registrou no cartório de Foz do Iguaçu, fatos reconhecidos pelos desembargadores do TRF. É uma grande vitória do Paraná", diz o procurador Júlio da Costa Aveiro.

A AGU alega que na Constituição de 1988 foram mantidos como bens de domínio da União as "terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras", estabelecendo que "a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional". Diz ainda que o Estado do Paraná não tem o domínio de fato da área que afirma ser sua.

Na decisão, o relator, desembargador Luiz Antonio Bonat, entendeu que, no momento em que a área foi titulada pelo particular, deixou de ser terra devoluta e que, portanto, a compra pelo governo do Paraná foi válida. O voto foi acompanhado pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto e Gisele Lemke.

Conforme a PGE, a decisão representa um grande potencial financeiro ao Paraná. Uma das possibilidades é a destinação de parte das receitas da concessionária que administra os serviços turísticos do Parque do Iguaçu para o Estado. Atualmente, elas são direcionadas para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão da área total do parque.

Já a gestão local do parque diz, em nota, que a decisão do TRF focou apenas o interesse econômico, sem levar em conta os contratos que envolvem a gestão de toda a unidade. "Entendemos que isso tornaria os contratos nulos, causando imensos transtornos à operação turística, que precisaria ser interrompida até que a desafetação da área seja completada para que o Estado assuma a gestão do território." Ainda segundo a gestão, se não for revista, a medida pode prejudicar o turismo internacional. "O cancelamento do título de patrimônio natural da humanidade concedido pela Unesco é certo", diz.

Embora a área em disputa seja de pouco mais de mil hectares, o parque todo possui 169 mil hectares, na fronteira com a Argentina.

O governo do Paraná contesta a alegação de ameaça ao título de patrimônio da humanidade, lembrando que o Brasil aderiu à convenção da Unesco de 1972, de proteção ao patrimônio cultural e natural reconhecido internacionalmente. "Os compromissos envolvem toda a Federação, incluindo Estados e municípios, sem especificar que um bem declarado patrimônio mundial deva ser administrado ou pertencer exclusivamente à União", disse.

Em Foz do Iguaçu, o monitor de turismo Sandro Eudes Oliveira, que acompanha grupos em visitas às cataratas, diz que se preocupa com o futuro da atividade. "A gente ouve falar que, com a mudança haverá mais recursos para Foz, mas eu espero que não fique mais difícil trabalhar no parque, porque hoje já é complicado conseguir permissão."

A Câmara de Foz do Iguaçu vai realizar uma audiência pública para discutir os impactos da decisão judicial no município. "Eu chamei uma audiência pública para a gente discutir um dispositivo que permita que parte dos 7% que o Estado terá nas receitas do parque venha para Foz do Iguaçu", diz o vereador Bosco Foz (PL), autor da convocação.

Além das cataratas e do hotel cinco estrelas, o parque abriga 390 espécies de aves, 175 de peixes e 158 de mamíferos, inclusive uma das maiores populações de onças-pintadas que ainda vivem livres no Brasil. O animal é o símbolo do parque. A unidade de conservação tem a estrutura atual desde a retirada do último grupo de colonos, em 1978.

Mais de um milhão de alunos de escolas e instituições de ensino superior católicas de todo o Brasil iniciaram nesta segunda-feira, 24, uma rede de orações pela saúde do papa Francisco. O pontífice, de 88 anos, está internado desde o último dia 14 com pneumonia bilateral e seu estado de saúde é considerado "crítico" pelo Vaticano.

A Associação Nacional de Educação Católica (Anec) convocou os estudantes, seguindo as orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do próprio Vaticano. A orientação é que, todos os dias, a partir das 17h em Brasília (21h em Roma), se dediquem a orações pela recuperação do Santo Padre, unindo-se às preces noturnas conduzidas na Praça São Pedro.

A Comissão Episcopal de Liturgia da CNBB divulgou uma oração específica pela saúde do papa: "Senhor Deus, vosso servo, o papa Francisco, tornou-se para nós 'testemunha dos sofrimentos de Cristo'. Nós vos suplicamos, vinde em seu auxílio, aliviando suas dores, na esperança da pronta recuperação da sua saúde, para continuar nos confirmando na fé".

A CNBB sugeriu também o acréscimo da oração em todas as rezas dos fiéis em todas as missas e celebrações e pediu às escolas e instituições de ensino que tiverem condições que organizem missas especiais para o papa.

A Anec representa grandes redes de ensino no Brasil, como a Rede Salesiana de Escolas, Rede Marista Brasil, Rede La Salle, Rede Jesuíta e as Pontifícias Universidades Católicas (PUC) - reunindo mais de 1,5 milhão de alunos em todo o País. A associação pediu ainda às instituições que registrem esses momentos e compartilhem em suas redes sociais com as hashtages #eurezopelopapa, #rezemospelopapa e #SomosEducaçãoCatólica.

As manifestações serão encaminhadas ao Vaticano como demonstração do carinho e apoio da comunidade educativa brasileira ao Santo Padre.