Cauby Peixoto vira Patrimônio Cultural Carioca e ganha placa em circuito turístico no Rio

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Cauby Peixoto agora é Patrimônio Cultural Carioca. Celebrado integrante da era de ouro do rádio, o cantor ganha a tradicional placa azul, concedida pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH). O cantor morreu aos 85 anos, em 2016. A placa será afixada no edifício "A Noite", da Praça Mauá, na zona central da capital fluminense. Foi no local que funcionou por décadas a Rádio Nacional, responsável por lançar Cauby ao estrelato.

Magali Peixoto, sobrinha do cantor, e o gerente executivo no Rio de Janeiro da AZO, construtora que adquiriu o antigo edifício da rádio, Marcio Gonçalves Coutinho, receberam a placa em homenagem ao cantor. A entrega ocorreu em cerimônia no Palácio da Cidade, na Zona Sul do Rio, na noite desta terça-feira, 30.

De acordo com a prefeitura do Rio, Cauby passa a integrar um dos 22 circuitos do Patrimônio Cultural Carioca, na companhia de Renato Russo no Circuito da Música. No total, 278 placas de bens culturais ficam instaladas em locais significativos da cidade, sob as temáticas de Literatura, Cinema, Botequins, Bossa Nova, Samba, Herança Africana, Negócios Tradicionais, entre outros.

Na cerimônia houve ainda uma pequena exposição, com figurinos de shows do artista, microfone, discos e publicações sobre o cantor.

Em meados dos anos 50, Cauby já era o cantor mais famoso do rádio brasileiro, ocupando o trono que pertencera a Orlando Silva. Mas ele tinha um domínio moderno das novas táticas do show biz, utilizando truques de massificação da popularidade, como um grupo de fãs escoladas e bem treinadas na linha de frente dos seus shows para gritar, esgoelar-se e causar sensação.

Sempre teve admirável versatilidade: fez duetos com Chico Buarque, Dona Ivone Lara, Luiz Carlos da Vila, Martinho da Vila, Nelson Sargento, Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho e até Carlinhos Brown. Em 2009, gravou um disco só com sucessos de Roberto Carlos, de quem foi grande amigo.

O público dele sempre exigia ao menos três sucessos nos shows: Conceição, Bastidores (um presente de Chico Buarque) e New York, New York. Ele nunca se fazia de rogado.

A história e a vida de Cauby foram retratadas no documentário Cauby - Começaria Tudo Outra Vez, do diretor Nelson Hoineff, filme no qual o cantor fala de tudo, até da nunca assumida homossexualidade.

Em outra categoria

A polícia francesa encontrou no Rio Sena o corpo do fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, que estava desaparecido desde o dia 26 de novembro do ano passado, em Paris, na França. O corpo foi encontrado no último dia 4, mas devido ao estado de decomposição, foram necessários exames de DNA para confirmar a identidade.

De acordo com as primeiras informações repassadas pela polícia a amigos do fotógrafo, não havia sinais de violência no corpo.

A família de Sousa, que mora em Belo Horizonte, foi informada do encontro do corpo pelo Itamaraty.

Ao Estadão, o Ministério das Relações Exteriores confirmou a morte de Sousa. "Ontem, 9/1, o Consulado-Geral do Brasil em Paris recebeu, com pesar, informação da polícia francesa sobre o falecimento do mencionado nacional brasileiro. O Itamaraty, por meio do Consulado em Paris, está em contato com familiares e permanece à disposição para prestar assistência consular", disse, em nota.

A reportagem entrou em contato com familiares de Sousa e aguarda retorno. O Estadão também procurou a polícia de Paris para obter mais informações.

Flávio de Castro Souza, também conhecido como Flávio Carrilho, era sócio do estúdio fotográfico Toujours Fotografia, de Lucien Esteban, em Paris, e tinha viajado para capital francesa no dia 1º de novembro de 2024.

Ele iria fazer fotos de um casamento e realizar outros serviços para o estúdio.

O brasileiro estava com o voo de volta para o Brasil marcado para o dia 26 de novembro. Ele chegou a fazer o check-in on-line, mas não embarcou.

Segundo mensagens de celular que enviou para os amigos, ele teria sofrido uma queda no Rio Sena, quando estava em um ponto turístico conhecido como Ilha dos Cisnes. Socorrido, ele foi levado para um hospital próximo e se recuperou, mas perdeu o voo.

O brasileiro chegou a acertar com a administradora do imóvel que estava ocupando para ficar mais um dia no local. Depois, desapareceu e não deu mais notícias. Seu celular foi encontrado em uma floreira, em frente a um restaurante.

Imagens de câmeras analisadas posteriormente indicaram que ele mesmo depositou o celular no local. As causas da morte são investigadas pela polícia francesa.

A empresária Mireylle Fries, de 41 anos, permanece internada em estado grave. Ela é uma das vítimas socorridas com vida após o acidente aéreo que provocou a explosão de um avião de pequeno porte em Ubatuba, litoral paulista, na manhã da quinta-feira, 9. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo nesta sexta-feira, 10.

O Hospital Regional do Litoral Norte, referência para o atendimento aos pacientes de municípios do litoral norte, informou, por meio da secretaria, que também recebeu o marido dela, Bruno Almeida Souza, e os dois filhos do casal, de 4 e 6 anos.

"O estado de saúde das crianças e do homem é estável, e o quadro da mulher é considerado grave", disse a secretaria.

As quatro vítimas foram atendidas, inicialmente, na Santa Casa de Ubatuba. Entretanto, durante a tarde de quinta-feira, foram transferidas para o hospital de referência de Caraguatatuba.

Ainda de acordo com a prefeitura de Ubatuba, em solo, uma mulher que passava pelo local do acidente, foi correr e acabou torcendo o pé.

O piloto Paulo Seghetto, que conduzia a aeronave, não resistiu ao impacto e morreu no local.

O avião partiu do Aeroporto Municipal de Mineiros (SWME), em Goiás, e tentou pousar no Aeroporto Estadual de Ubatuba (SDUB).

No entanto, ultrapassou a pista, atravessou o alambrado e seguiu em direção à Praia do Cruzeiro, onde explodiu.

O avião de pequeno porte pertencia à família Fries, fazendeiros de Goiás.

Um incêndio atingiu a área externa do hospital o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, localizado no campus da USP, por volta das 7h50 desta sexta-feira, 10.

A brigada de incêndio do hospital foi acionada e o incêndio foi extinto pelos Bombeiros por volta das 10h. De acordo com o HC, causou apenas danos materiais. Não há vítimas nem atendimentos por queimadura e fumaça.

Segundo comunicado emitido pela superintendência do hospital, o fogo foi provocado por uma falha no circuito elétrico de baixa tensão da subestação 02, localizada em um pavilhão mecânico no subsolo do prédio, em local isolado em relação às áreas de internação e atendimentos ambulatoriais.

O primeiro e segundo andar foram evacuadas pela gestão do hospital de acordo com a avaliação dos bombeiros dos locais atingidos por fumaça, que poderiam oferecer riscos à saúde dos pacientes.

Ao Estadão o capitão do 9º Grupamento de Bombeiros, Fernando Roberto, afirmou que "não há mais risco algum" e que o público está retornando de acordo com a gestão do hospital.

Nove pacientes de áreas mais críticas, como os do centro cirúrgico e em recuperação anestésica no Centro de Terapia Intensiva (CTI) adulto, no primeiro andar, foram transferidos. A internação acontece do terceiro andar em diante.

Cinco pacientes foram pra unidade de emergência do HC no centro de Ribeirão, três para o Hospital Estadual de Serrana, que faz parte do complexo hospitalar do Hospital das Clínicas, e um foi transferido para o Hospital Santa Lydia, com a cooperação da Secretaria Municipal de Saúde.

Procedimentos eletivos marcados para hoje estão sendo reagendados. A enfermaria não foi afetada e está em funcionamento normal, segundo afirma o superintendente em exercício Hilton Ricz.

Atendimentos ambulatoriais estão "absolutamente mantidos" na tarde de sexta-feira e cirurgias de urgência estão ocorrendo em uma outra unidade dentro do hospital. Os agendamentos para segunda-feira também devem ocorrer normalmente.

"Não teve nenhum comprometimento dos pacientes que estão internados, exceto a necessidade de deslocar alguns daqui de dentro por segurança", afirma Ricz.

As áreas de administração, nutrição e informática foram afetadas por falta de energia elétrica e irão retomar as atividades à medida em que forem liberadas pelas equipes de Engenharia Elétrica e de Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho.

O superintendente afirma que a parte elétrica está quase 100% restabelecida e a previsão é que as atividades sejam totalmente restabelecidas até o fim da tarde de sexta.

Ricz afirma que a causa da falha no gerador que foi o foco de incêndio ainda não foi definida. "Nunca teve esse tipo de ocorrido aqui dentro, é uma coisa inédita na história do Hospital das Clínicas. Isso está sendo apurado e, assim que tiver informações, vamos divulgar e deixar tudo esclarecido", disse.