Show da Madonna: quais os riscos das temperaturas elevadas e como se proteger?

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Se Madonna prometeu um clima quente, podemos dizer que ela não decepcionou. No sábado, 4, a cantora sobe ao palco na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para encerrar a The Celebration Tour com um público estimado em 1,5 milhão de pessoas e em meio à quarta onda de calor do ano. A previsão, segundo o Climatempo, é de que os fãs e a própria artista vão encarar temperaturas de até 36ºC, o que exige alguns cuidados especiais.

Ainda de acordo com a plataforma brasileira de meteorologia, a previsão é de que o pico de temperatura ocorra entre 15h e 16h. Contudo, devido à proximidade com o mar, o esperado é que a sensação térmica seja ainda mais elevada, o que acende um alerta para aqueles que planejam chegar cedo para o show, programado para ter início às 21h45. No horário da apresentação, a previsão é de 30ºC, mas, devido à aglomeração, a sensação térmica também tende a ser maior.

Conforme explica o cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, Marcelo Franken, nosso corpo costuma manter uma temperatura interna entre 36ºC e 37ºC. Porém, quando somos expostos a temperaturas elevadas, situação chamada de estresse térmico, o organismo realiza uma série de adaptações fisiológicas para regular a temperatura corporal. Uma delas é a eliminação do calor por meio do suor e a outra é a vasodilatação, que é a dilatação de vasos sanguíneos para "liberar calor".

Quais os riscos do estresse térmico?

Apesar de o organismo agir como se fosse um "regulador térmico automático", essas adaptações fisiológicas, quando acompanhadas de longos períodos de exposição ao calor e pouca hidratação, podem não dar conta da situação. Ou seja, o sistema segue funcionando, mas sem conseguir acompanhar a necessidade corporal, resultando em uma série de efeitos adversos, como desidratação - desencadeada principalmente pela perda de água em decorrência do suor -, insolação e, no pior dos casos, sobrecarga do coração.

Segundo Franken, a desidratação, caracterizada não só pela baixa concentração de água, mas também de sais minerais, reduz o volume sanguíneo, impactando diretamente na pressão arterial. Além disso, ela ocasiona o espessamento do sangue, aumentando a probabilidade de formação de coágulos. Outro ponto é que o estresse térmico sobrecarrega o coração, que acelera seu ritmo para dissipar o calor corporal, elevando, assim, o risco de ataques cardíacos e arritmias.

De acordo com a programação, o show da cantora será realizado no período da noite, porém, mesmo sem exposição ao sol, as altas temperaturas já são suficientes para desencadear quadros de desidratação. Além disso, para aqueles que chegarão cedo para garantir um bom lugar na plateia, a exposição prolongada ao sol e ao calor intenso pode resultar em insolação, sendo a desidratação um dos sintomas associados a essa condição.

Quais são os grupos de risco?

De acordo com o especialista, bebês, idosos e pessoas com doenças pré-existentes, como doenças renais, hipertensão arterial, doença coronariana e insuficiência cardíaca, são os grupos mais suscetíveis aos efeitos das temperaturas elevadas.

Quais são os sintomas provocados pelo estresse térmico?

A desidratação é um dos sintomas da insolação, que só acontece quando existe a exposição solar. Mas, tirando isso, ambas as condições possuem sinais semelhantes, tais como:

- Dor de cabeça

- Tontura

- Câimbras

- Alteração do nível de consciência

- Náuseas e vômitos

- Pele seca

- Crises convulsivas

- Desmaios

A insolação pode ainda estar acompanhada de queimaduras na pele. Nesses casos, em um período de 40 minutos a uma hora, a depender da incidência do sol, a queimadura já pode acontecer, especialmente se não houver nenhum tipo de proteção solar.

Como se proteger?

Segundo Franken, a melhor forma de se proteger é bebendo muita água. Além do calor, os fãs da cantora Madonna também devem enfrentar o tempo seco. A previsão é de baixa umidade relativa do ar, com cerca de 20%. Diante disso, profissionais da saúde indicam atenção redobrada com a hidratação.

Além da hidratação (água, água de coco ou isotônicos), o especialista destaca as seguintes orientações:

- Procure um local arejado (sombra);

- Use roupas leves, chapéus e protetor solar;

- Dê preferência a alimentos leves e frescos;

- Se possível, se refresque nos chuveiros na orla.

Importante ressaltar que a Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae), afirmou que irá disponibilizar pontos de hidratação pela orla de Copacabana no dia do evento.

Atenção ao consumo de bebidas alcoólicas

Segundo o cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, o consumo de bebidas alcoólicas em eventos realizados em dias de temperaturas elevadas não é recomendado. Isso porque as bebidas alcóolicas não promovem a hidratação, pelo ao contrário: acabam contribuindo com o risco de desidratação devido ao seu efeito antidiurético. Isso resulta no aumento do volume de urina, o que, por sua vez, pode intensificar a desidratação ou predispor à insolação, especialmente em situações de exposição solar.

Além disso, os energéticos não são indicados. Assim como as bebidas alcoólicas, eles podem levar a uma maior perda de líquidos. E devido à sua capacidade de aumentar a frequência cardíaca, os energéticos elevam ainda mais o risco de arritmias, uma das possíveis consequências do estresse térmico.

Por isso, se for optar por consumir bebidas alcóolicas durante o show da Madonna ou outros eventos com temperaturas elevadas, a melhor coisa a ser feita é intercalar o consumo com muita água.

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Fantasiados de Chapolin Colorado e de padre, dois agentes da Polícia Civil de São Paulo prenderam um homem suspeito de furtar celulares durante um bloco de pré-carnaval na região da Consolação, no centro da capital. A identidade do suspeito não foi revelada.

O homem detido pelos agentes disfarçados tem 34 anos e estava com seis celulares. Conforme a polícia, os agentes infiltrados desconfiaram do homem ao observá-lo filmando alguns foliões, além de carregar uma bolsa cheia de celulares e duas carteiras.

O suspeito foi abordado, detido e levado ao 78.° Distrito Policial, no Jardins, onde permaneceu preso por furto. Dois desses aparelhos foram devolvidos às vítimas.

Conforme o balanço da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), a estratégia de se infiltrar em blocos fantasiados resultou na prisão de sete pessoas e na recuperação de 30 celulares somente no último final de semana.

Em outra ocorrência, um homem, de 37 anos, foi detido com sete celulares furtados em Pinheiros, na zona oeste da capital. Os policiais infiltrados desconfiaram da atitude do suspeito e o seguiram.

Em determinado momento, ele tentou furtar o aparelho de uma mulher. Ao perceber a ação criminosa, os agentes o abordaram. Duas vítimas tiveram os aparelhos recuperados e os demais celulares foram apreendidos. O caso foi registrado como furto no 14.° Distrito Policial de Pinheiros.

De acordo com dados divulgados pela SSP-SP, via Polícia Civil, 880 boletins de ocorrências de furto e roubo de celular foram registrados no último final de semana no Estado de São Paulo. O total representa uma redução de 60% na comparação com o ano passado, de acordo com a pasta.

Na capital paulista, o total de casos para este tipo de crime foi 590 - sendo 211 para roubos - no fim de semana que antecede o carnaval. A redução na comparação com 2024 também é de 60% (1.508 crimes).

Em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, duas mulheres foram presas pela Polícia Militar com 16 celulares furtados. O caso aconteceu no domingo, 22. Pelo menos três vítimas tiveram os aparelhos recuperados no local.

A Fuvest, principal porta de entrada para a Universidade de São Paulo (USP), foi autorizada a propor outros gêneros textuais na redação para além da dissertação, modelo usado nas últimas décadas pela prova. A instituição ainda estuda qual será o modelo para o vestibular de 2026 e já convocou estudantes interessados a participarem de um simulado em abril, para que tenham a possibilidade de elaborar uma dissertação e outro gênero textual.

O simulado servirá para avaliar o desempenho desses candidatos em outro gênero textual e como a banca de correção se comporta diante de dois modelos, segundo Gustavo Mônaco, diretor-executivo da Fuvest. "No passado, a Fuvest já cobrou outros gêneros textuais e agora nós poderemos cobrar quaisquer dos gêneros textuais, isso é uma mudança significativa", diz Mônaco.

A lista de obras obrigatórias também foi reformulada para o próximo vestibular. Agora, terá apenas obras cujas autoras são mulheres (veja lista abaixo). A lista também deixa de ser exclusivamente de literatura, com, pelo menos, uma obra que não seja de caráter literário.

"Nós fizemos a escolha de obras de autoras brasileiras, portuguesas, africanas - sobretudo de Moçambique e Angola -, e que conseguem, de alguma forma, apresentar para os vestibulandos um outro universo na tradição literária. É uma iniciativa da Fuvest para dar visibilidade às escritoras e, nesse contexto, foram selecionadas obras de autoras extremamente relevantes para a literatura brasileira, como Raquel de Queiroz, Lígia Fagundes Teles, Clarice Lispector e tantas outras que contribuíram para a formação da literatura brasileira", explica o diretor-executivo da instituição.

A Fuvest inaugura, ainda, nesta segunda-feira, 24, sua nova identidade visual, com um novo logotipo e a mudança da tipografia da prova, o que, segundo a instituição, fará com que o exame ganhe "um ar mais agradável e de leitura mais direta". A expectativa é de que os candidatos consigam se concentrar melhor na leitura e otimizem o seu tempo na realização da prova.

Foi lançado um novo site, redesenhado para "oferecer experiência mais moderna e funcional, refletindo os mesmos valores e estética da nova identidade visual", segundo a instituição.

Em dezembro de 2024, a USP já havia divulgado outra mudança na prova que será realizada no fim deste ano: a Fuvest deixará de ser dividida em disciplinas tradicionais, como Português, Química, História, e, passará a ser cobrada em quatro áreas, como já ocorre no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ideia é que as questões passem a ser interdisciplinares e não mais focadas na cobrança de conteúdos específicos.

Veja a lista de obras obrigatórias para a Fuvest 2026:

- Opúsculo Humanitário (1853) - Nísia Floresta

- Nebulosas (1872) - Narcisa Amália

- Memórias de Martha (1899) - Julia Lopes de Almeida

- Caminho de Pedras (1937) - Rachel de Queiroz

- O Cristo Cigano (1961) - Sophia de Mello Breyner Andresen

- As Meninas (1973) - Lygia Fagundes Telles

- Balada de Amor ao Vento (1990) - Paulina Chiziane

- Canção para Ninar Menino Grande (2018) - Conceição Evaristo

- A Visão das Plantas (2019) - Djaimilia Pereira de Almeida

Nova logo

O logo do vestibular passa a ser em formato circular simbolizando um dos ciclos mais marcantes da vida estudantil: o fim do ensino médio e o ingresso no ensino superior.

A mudança expressa ainda a evolução constante de quem se inscreve em processos de seleção, diz a Fuvest, uma vez que, além de selecionar alunos para a graduação na USP, a prova também atua na seleção de candidatos em outras modalidades, como os programas de mestrado e doutorado, e também na admissão para uma vaga no serviço público.

O novo conceito da Fuvest abrange o mote "vencerás pela educação", adaptando o lema da Universidade de São Paulo: vencerás pela ciência. Destaca, ainda, o "V" de vitória como símbolo central. Este elemento visual carrega um duplo significado: representa tanto o triunfo pessoal dos candidatos quanto a busca por justiça social por meio da educação.

"A opção pelo destaque no trecho 'Fuv' da palavra 'Fuvest' também não foi por acaso, já que os vestibulandos frequentemente usam o termo 'Fuv' nas redes sociais", explica o professor Gustavo Mônaco, diretor-executivo da instituição.

A mudança de identidade inclui nova tipologia, que será aplicada às peças de comunicação da marca e às provas do vestibular e concursos públicos realizados pela Fuvest.

"Mais do que uma mudança estética, o logotipo reafirma o compromisso com a excelência, transparência e democratização do acesso à educação de qualidade", diz a organização da Fuvest.

O Ministério da Educação (MEC) vai começar a avaliar este ano as crianças também por meio de perguntas abertas e não apenas com testes, como ocorre desde os anos 90. As novas questões farão parte do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), a maior prova feita pelo governo para medir a aprendizagem no País.

O exame acontece a cada dois anos e avalia todos os alunos do 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio da rede pública, em Língua Portuguesa e Matemática. A rede particular é avaliada de forma amostral.

A partir das notas do Saeb é calculado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). É a primeira vez que uma avaliação de larga escala no Brasil vai usar questões dissertativas. As perguntas em forma de teste também continuarão a fazer parte da prova.

Segundo o Estadão apurou, a intenção do MEC é a de fazer as perguntas dissertativas de forma experimental em 2025 para testar o novo modelo com uma amostra de alunos. As provas serão no segundo semestre, nos meses de outubro e novembro, em todos os Estados.

O novo modelo de prova está sendo apresentado nesta segunda-feira, 24, para secretários estaduais e municipais de educação pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do MEC.

O Saeb, que existe desde os anos 90, vinha sendo criticado por especialistas pela dificuldade de diferenciar o desempenho dos estudantes. Há quem considere as perguntas muito simples.

As questões abertas eram uma demanda antiga para tornar o teste mais preciso. Avaliações internacionais, como o Pisa, já fazem perguntas abertas há anos.

O Inep também vai adaptar e modernizar este ano a matriz o exame, que indica as habilidades que devem ser medidas.