Show beneficente para ajudar no tratamento de Mingau, do Ultraje a Rigor, é cancelado; entenda

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Um show beneficente para arrecadar fundos que ajudaria no tratamento do músico Mingau, baterista do Ultrajer a Rigor, baleado na cabeça em setembro do ano passado, foi cancelado. O anúncio foi feito por meio de uma publicação na conta do Instagram dedicada ao artista.

"Em nome do baixista Mingau, sua filha Isabella Aglio notifica que a segunda edição do show beneficente em prol do artista (Juntos Pelo Mingau) que aconteceria no dia 23 de maio no Tokio Marine Hall foi cancelado em respeito à tragédia no Rio Grande do Sul, dando espaço para campanhas e eventos em prol da causa. Nova data e local serão anunciados posteriormente", diz a publicação.

"Por ora, vamos deixar o espaço para os amigos do Sul que precisam de toda a ajuda possível", segue o texto da publicação. "Para reembolsos dos ingressos já emitidos, contatar a empresa Eventim", continua.

O que aconteceu com Mingau?

O músico foi baleado na cabeça em setembro de 2023, em Paraty, na Costa Verde do Rio de Janeiro. Esse seria o segundo show em prol do artista. O primeiro aconteceu em dezembro e contou com shows de Leo Jaime e Tico Santa Cruz.

Mingau ficou internado em um hospital na capital fluminense até o início de janeiro, quando recebeu alta. Cerca de um mês depois, voltou a ser internado para tratar um desequilíbrio gastrointestinal, de acordo com a filha, que costuma fazer as atualizações de estado de saúde do pai nas redes sociais.

Ainda segundo Isabella, as arrecadações feitas são para custear partes do tratamento do pai, que está em reabilitação. "Quando tudo aconteceu, meu pai foi atendido pelo SUS, onde não tinha neurocirurgião, então ele precisou ser transferido para um hospital autorizado pelo convênio. Dá para imaginar a angústia em que a gente estava com meu pai entre a vida e a morte?", diz a jovem em uma publicação também nas redes sociais. "Quem iria pensar em conferir se os médicos trazidos por um amigo dele não eram credenciados pelo convênio? Pois foi assim... A família só soube dois meses depois que teria honorários médicos a pagar, uma conta que chegou a R$ 300 mil", continuou.

Uma arrecadação online foi aberta no ano passado e chegou a juntar mais de R$ 340 mil. Uma prestação de contas foi feita e, segundo os dados, as despesas médicas nas duas cirurgias custaram R$ 319.020; mais R$ 15 mil foram usados para comprar uma cadeira de rodas e R$ 3 mil foram investidos em luvas de reabilitação.

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O avanço do crime organizado transnacional levou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o Comissário Europeu para Assuntos Internos e Migração, Magnus Brunner, a assinarem, nesta quarta-feira 5, em Bruxelas, um acordo de cooperação entre a Polícia Federal e a Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol). O acordo estabelece as bases para um intercâmbio mais ágil de informações e a realização de investigações conjuntas no combate a crimes como tráfico de drogas, crimes ambientais, tráfico de pessoas e abuso sexual infantil.

O diretor-geral da PF, delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues, participou do ato. A parceria prevê a troca de dados pessoais e não pessoais, o intercâmbio de oficiais de ligação e a criação de um canal seguro de comunicação entre as autoridades brasileiras e europeias.

A Polícia Federal atuará como autoridade competente e ponto de contato nacional para a cooperação com a Europol.

O tráfico tem realizado grandes remessas de cocaína para países europeus, sobretudo a Bélgica. A droga é embarcada, geralmente, no porto de Santos, litoral de São Paulo, dentro de contêineres com cargas legais. Frequentemente, a Receita Federal e a PF flagram ações desse tipo e apreendem toneladas de cocaína.

Segundo a PF, o novo instrumento amplia as possibilidades de colaboração, superando limitações de acordos anteriores e garantindo, ao mesmo tempo, 'a proteção dos direitos humanos e liberdades fundamentais, com ênfase no direito à privacidade e à proteção de dados pessoais'.

Com a assinatura deste acordo, o Brasil se torna o terceiro país, depois do Reino Unido e da Nova Zelândia, a estabelecer esse nível de parceria com a União Europeia, 'reforçando o alto grau de cooperação bilateral no enfrentamento ao crime organizado e fortalecendo a segurança pública internacional'.

Um tiroteio durante um show do cantor João Gomes, em Olinda, Pernambuco, deixou sete pessoas feridas na madrugada desta quarta-feira, 5. As vítimas não foram identificadas, mas, conforme a Polícia Militar, os atingidos têm entre 19 e 37 anos.

Em nota, a Prefeitura de Olinda lamentou o caso e afirmou que está auxiliando a Polícia Civil na identificação e captura dos indivíduos por meio das câmeras de videomonitoramento.

Os feridos foram levados para unidades hospitalares locais e o estado de saúde das vítimas não foi informado. Conforme a PM, os agentes chegaram ao local e colaboraram no socorro das pessoas atingidas. O caso aconteceu durante a apresentação do artista na Praça do Carmo, em evento de carnaval na cidade.

O caso está sendo investigado no por meio da 9ª Delegacia de Homicídios da cidade, que iniciou as diligências e apura as tentativas de homicídio. Imagens de câmeras de videomonitoramento estão sendo analisadas para ajudar na identificação dos responsáveis.

Uma postagem realizada pela prefeitura de Olinda sobre o show provocou a reação de usuários, que reclamaram da falta de organização para o espetáculo e citaram os casos de violência durante a apresentação. O cantor, inclusive, precisou interromper o show para pedir para que as brigas cessassem.

"Infelizmente não temos muito o que comemorar, ontem no show, teve briga e tiros, que ocasionou em feridos, estão destruindo o carnaval de Olinda, lamentável (sic)", escreveu uma usuária. "Confusão na colina da igreja, gente ferida , correria , show parado pelo proposta cantor. Absurdo! (sic)", postou outro seguidor.

Em nota, a Prefeitura de Olinda diz que "lamenta o ocorrido na madrugada desta quarta-feira" e afirma que a cidade investiu em mais de 120 câmeras de videomonitoramento e em novas viaturas para reforçar a segurança durante o carnaval na cidade.

As ações, de acordo com a administração, contribuíram para uma diminuição de 22% no número de crimes em relação ao carnaval anterior.

Sobre o tiroteio, a Prefeitura informou que prestou o devido socorro de forma rápida e está auxiliando a Polícia Civil na identificação e captura dos indivíduos, através das câmeras de videomonitoramento.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizou o governo do Estado de São Paulo e a concessionária Linha Uni a continuarem as escavações para a construção da estação 14 Bis-Saracura da futura Linha 6-Laranja de metrô. A estação fica no Bixiga, no centro de São Paulo, e durante as obras, em 2022, foi encontrado um sítio arqueológico no local, o que demandou interrupção dos trabalhos.

"Nessa área, indícios apontam para a existência da estrutura de um possível terreiro e de outros objetos ligados à religiosidade afro-brasileira. Ao emitir seu parecer de aprovação, o instituto propôs contrapartidas à concessionária responsável pela obra, com o objetivo de proteção do patrimônio cultural nacional", declarou o Iphan sobre a autorização para a continuidade da obra.

Entre as contrapartidas exigidas pelo instituto está a elaboração de um projeto de salvamento e musealização dos achados arqueológicos, em parceria com as comunidades interessadas, seguindo o princípio da participação social. O instituto propõe que a concessionária exiba alguns dos objetos encontrados no sítio dentro da própria estação de metrô, para ficarem acessíveis à comunidade.

As peças arqueológicas também devem ficar "disponíveis para pesquisa em instituições de guarda, com todo o custo bancado pela concessionária que tirará proveito econômico do empreendimento", conforme o Iphan.

Os estudos no sítio arqueológico Saracura Vai-Vai estão sendo feitos por uma empresa de arqueologia contratada pela Linha Uni, conforme determina a Lei 3.924/1961, sobre monumentos arqueológicos e pré-históricos.

Desde janeiro de 2022, têm sido resgatados diversos itens históricos da ocupação da região pela população negra, como a estrutura de um possível terreiro e objetos que seriam do antigo Quilombo Saracura.

Foram descobertas ainda estruturas de drenagem do córrego Saracura Grande, provavelmente relacionadas à política de saneamento na cidade de São Paulo entre as décadas de 1950 e 1970.

"Para este achado (do Saracura Grande), o empreendedor (Linha Uni) apresentou proposta de musealização, que prevê sua desmontagem e remontagem na própria estação de metrô. No momento, o Iphan aguarda complementação da metodologia de trabalho", diz o Iphan.

A Linha 6-Laranja do metrô deve começar sua operação em outubro de 2026, entre a estação Brasilândia, na zona norte, e Sesc-Pompeia ou Perdizes, na zona oeste. Em 2027, o outro trecho, até a São Joaquim, deve ser inaugurado. A expectativa é de que a linha atenda a um fluxo de 600 mil pessoas e diminua um trajeto que hoje leva cerca de duas horas em horário de pico de trânsito, para 23 minutos.

Em fevereiro, o governo do Estado autorizou, ainda, a realização de estudos para ampliação da linha. O projeto de ampliação prevê sete novos quilômetros de linha e seis novas estações, sendo quatro delas na região centro-leste e duas ao noroeste da capital. Não há prazo para a conclusão dos estudos, nem para um possível início da obra de ampliação.