Pornografia liberada: X, ex-Twitter, oficializa regras para conteúdo adulto na plataforma

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O X, antigo Twitter, atualizou suas regras em relação à publicação de conteúdo adulto no site. Posts explícitos já eram feitos na plataforma anteriormente, mas as regras da rede social não permitiam essas publicações de modo oficial. Agora, as novas regras de uso contidas na Política de Conteúdo Adulto autorizam formalmente a postagem de mídias pornográficas no site.

Ainda assim, essas publicações devem obedecer a regras específicas. Primeiramente, o conteúdo deve ter sido produzido e distribuído consensualmente e deve receber o rótulo apropriado. Além disso, imagens adultas não poderão ocupar lugares de destaque, como a foto de perfil. Será possível denunciar qualquer post que não se encaixar nessas normas.

De acordo com a plataforma, "conteúdo adulto é qualquer material produzido e distribuído consensualmente que retrate nudez adulta ou comportamento sexual que seja pornográfico ou com intenção de causar excitação sexual. Isso também se aplica a conteúdo fotográfico ou animado gerado Leia tambémpor IA, como desenhos animados, hentai ou anime".

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Depois do surto de virose, agora é a presença de ratos e baratas nas praias que preocupa turistas e moradores de Praia Grande, na Baixada Santista, no litoral de São Paulo. Uma banhista publicou um vídeo nas redes sociais na sexta-feira, 11, mostrando ratos mortos e baratas na faixa de areia da Praia do Boqueirão.

A prefeitura de Praia Grande afirmou que a limpeza e o recolhimento de lixo é feito diariamente. O local é considerado impróprio para banho, segundo o monitoramento semanal da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). O órgão, porém, disse que não há relação entre a presença de roedores e insetos e a balneabilidade.

Os roedores aparecem nas imagens cercados de lixo e baratas mortas. "Fora toda a sujeira, agora são ratos. Olha o tamanho do bicho. Temos ratos também agora na areia. Ratos e baratas", diz a mulher no vídeo.

No último dia 6, outro vídeo mostrou grande quantidade de baratas mortas na Praia do Canto, outra praia da cidade turística que também figura na lista de impróprias para banho.

O surto de virose, causado pelo norovírus, atingiu principalmente as cidades de Praia Grande e Guarujá. A origem ainda é investigada, mas as análises de amostras de água potável da região não apontaram a presença do microrganismo na água.

Os ratos são potenciais transmissores de doenças que podem ser graves, como leptospirose, peste bubônica, tifo, salmonelose e hantavirose. Em novembro de 2023, um adolescente de 15 anos morreu após contrair leptospirose em Praia Grande. Ele permaneceu internado cinco dias no Hospital Beneficência Portuguesa, onde morreu. Na ocasião, a família não soube informar o local onde o garoto teria se infectado.

Prefeitura pede colaboração dos frequentadores

A prefeitura de Praia Grande diz fazer a limpeza e recolhimento de lixo das praias e dos bairros diariamente. Também procede à desratização, processo de eliminação e contenção de roedores. O registro feito pela banhista está sendo monitorado pela administração municipal.

Conforme a prefeitura, a população também deve colaborar, evitando jogar lixo nas áreas públicas. "Essa ação indevida acaba colaborando para a proliferação de pragas urbanas e roedores", acrescentou em nota.

Já a Cetesb afirma que o principal indicador de qualidade da água é a concentração de coliformes fecais. "A presença de insetos e roedores nas praias é uma questão de limpeza pública, sob responsabilidade da administração municipal", diz, em nota.

Segundo a agência, o governo de São Paulo apoia com ações de educação ambiental, como o projeto Verão no Clima, que vai levar informação e conscientização à cidade de Praia Grande em fevereiro, com atividades junto aos banhistas.

Praias de Santa Catarina e Rio também sofreram com roedores

A presença de ratos é registrada com frequência nas praias brasileiras. Em janeiro do ano passado, uma banhista flagrou um bando de roedores durante a noite, na Praia de Itapema, um dos endereços turísticos mais procurados no litoral norte de Santa Catarina. O vídeo, divulgado em redes sociais, mostra roedores passeando pela faixa de areia. Outros turistas registraram cenas iguais na virada do ano de 2023 para 2024. Na época, a prefeitura anunciou uma força-tarefa para limpar e desratizar a praia.

Em março do ano passado, banhistas registraram uma infestação de ratos na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Os roedores estavam entre os postos 8 e 9 da Avenida Vieira Souto, revirando lixo e embalagens de isopor. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) realizou ações para erradicar os roedores e fiscalizar o descarte irregular de lixo.

Nos últimos três anos, houve registros de ratos na Praia do Futuro, em Fortaleza, no Ceará; na Praia da Paciência, no Rio Vermelho, bairro de Salvador, na Bahia; e nas praias de Pina, Brasília e Boa Viagem, na zona sul de Recife. Nas três capitais, órgãos da prefeitura realizaram ações de desratização. A presença de roedores pode estar relacionada aos restos de alimentos deixados na areia por banhistas.

Conforme o Ministério da Saúde a leptospirose é causada pelo contato com bactérias presentes na urina de roedores (rato, ratazana e camundongo), que normalmente se espalham pela água suja das enchentes, de lama e de esgotos. Os primeiros sintomas da doença são febre, dor de cabeça e dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas. Em caso de suspeita, o atendimento médico deve ser imediato.

Os casos de dengue têm pressionado as unidades de saúde de São José do Rio Preto (SP), líder em registros da doença no País. A cidade contabiliza 6.650 casos suspeitos da doença e tem cinco óbitos em investigação. Os números correspondem, respectivamente, a 19,55% e 10,2% dos registros em São Paulo, de acordo com o Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde do governo estadual.

A espera por atendimento gera reclamações e virou alvo de uma investigação na prefeitura. Segundo denúncias recebidas pela administração municipal, médicos estariam cometendo irregularidades na marcação do ponto nas unidades de pronto atendimento (UPAs).

Além disso, passou a circular na cidade o áudio de uma médica incentivando colegas a atenderem menos pacientes por hora. "É só todo mundo atender três por hora, independente se está no corujão, se está cedo, se está com apoio, vai deixando acumular, vira uma bola de neve", diz a gravação.

Segundo a prefeitura e o Sindicato dos Médicos, as profissionais investigadas prestam serviço nas unidades municipais, porém são contratadas pela Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme) e cabe à entidade a gestão do quadro de funcionários, incluindo contratações e demissões.

A Funfarme, por sua vez, afirmou que foi comunicada oficialmente pela Prefeitura de Rio Preto sobre a disponibilização das médicas, que irá avaliar a situação e adotar as providências pertinentes.

Já o sindicato informou que "segue atento à situação e reafirma seu compromisso em defender os direitos dos profissionais médicos e a qualidade dos serviços prestados à população."

Enquanto o caso é investigado, pacientes continuam chegando às unidades em busca de atendimento. A reportagem foi a dois serviços nesta quarta-feira, 15, e ouviu usuários com diferentes queixas. Veja a seguir alguns relatos.

UPA Jaguaré

O aposentado Pedro da Costa, de 70 anos, ficou por três horas na UPA Jaguaré (zona leste) para tomar soro, mas precisou retornar na parte da tarde porque apresentou sangramento - um dos riscos e maiores preocupações da doença. "Na última quinta-feira, ele veio para a Jaguaré e ficou três horas. Foi embora sem ser atendido", contou a filha do idoso, a assistente administrativa Aparecida Carvalho, de 37 anos.

A vendedora Mirian Rodrigues, de 18 anos, passou mal durante a madrugada com vômitos e dor no corpo, e desmaiou três vezes. Chegou à UPA Jaguaré às 12h50 e cerca de 30 minutos depois passou pelo médico. O soro, porém, só foi administrado às 16h.

Alessandra Cristina Mariano, de 48 anos, estava há quase duas horas esperando para que o filho de 21 anos pudesse fazer um raio-x. O rapaz fora agredido e havia suspeita de fratura no nariz. "Ele foi ontem à UPA Região Norte, mas o raio-x já tinha fechado. Ele tem deficiência intelectual e faz parte do espectro autista. Tivemos que sair de lá de dentro porque ele não suporta gente em volta dele. Falaram que iam colocar na prioridade, mas não colocaram", desabafou a dona de casa.

UPA Região Norte

O estudante Davi de Seixas Pereira, de 17 anos, estava há duas horas esperando por atendimento na UPA Região Norte. Com sintomas de dengue, como dores de cabeça e no corpo, havia passado somente pela triagem. "A gente fica triste porque paga imposto", disse a mãe do adolescente, a cabeleireira Débora de Seixas Silva, de 46 anos.

Edson Cândido da Silva, de 47 anos, passou quase quatro horas na mesma UPA em busca de atendimento. Ele teve dengue no fim do ano passado e reclamava de dor de cabeça, garganta inflamada e infecção de urina. "Teve um dia que cheguei cinco e pouco da tarde e fui sair 23h. É muito difícil, tem muitas pessoas doentes."

Gilberto Carlos de Souza vende picolés em frente à unidade e acompanha o fluxo de pacientes. "Todo dia sai briga aqui por causa da demora no atendimento. O acompanhante fica agitado vendo a pessoa ruim", afirmou. "Ontem mesmo o rapaz deitou no chão porque as cadeiras estavam lotadas. Acabei cedendo minha cadeira para um paciente. É uma tristeza."

Prejuízos para a saúde

Maurício Lacerda Nogueira, virologista e professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), reforça que o atendimento a pacientes com dengue deve ser rápido. "As pessoas devem ser hidratadas e passar por exames, se possível de sangue. Atrasar o atendimento significa atrasar o início da terapia, e isso pode ter resultados ruins."

Ulysses Strogoff de Matos, médico infectologista do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, vinculado à Universidade de São Paulo (USP), tem a mesma preocupação. "A dengue é uma doença para a qual não existe tratamento específico ou antiviral, é tratamento de suporte. Tem que fazer um diagnóstico rápido para identificar aqueles que precisam de internação e os que podem ir para casa."

"Se a pessoa não for sequer avaliada, ela pode ter um quadro mais grave, basta olhar o número de mortes no Brasil, que foi elevadíssimo", acrescentou Matos em referência aos mais de 6 mil óbitos pela doença em 2024. Apenas em Rio Preto, foram 37.261 casos prováveis e 17 mortes confirmadas.

Para o infectologista, o serviço na cidade não está funcionando rapidamente porque caberia às unidades básicas de saúde absorver os casos leves. "O problema começa na atenção primária."

O que diz a prefeitura

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que está ampliando a assistência médica aos pacientes com dengue, com incremento de 59 leitos hospitalares em cinco instituições, de modo que as transferências possam ser feitas com mais agilidade.

Nesta quarta-feira, somente na Santa Casa, principal referência para pacientes de Rio Preto em número de atendimentos, havia 28 adultos internados com dengue, sendo três na UTI, além de cinco crianças. No Hospital Municipal, eram dez pessoas. No Hospital de Base, que atende toda a região, eram 98 internações.

A prefeitura informou ainda que estendeu o horário de atendimento em duas UBSs e na telemedicina, além da contratação de mais profissionais.

"Ressaltamos que o atendimento das Unidades de Urgência (UPAS) segue o critério de risco de prioridade, sendo que casos graves são imediatamente atendidos. Para casos leves de doenças, a população de Rio Preto pode procurar atendimento nas unidades básicas de saúde e na telemedicina", orientou a pasta.

A Defensoria Pública do Estado de São Paulo recomendou à Prefeitura da capital nesta quarta-feira, 15, a retirada de gradis e demais barreiras físicas colocados no trecho da Rua dos Protestantes, no centro, ocupado pelo fluxo da Cracolândia, nome dado à aglomeração de usuários de droga em cenas de uso.

Procurada, a gestão municipal ainda não se manifestou sobre a recomendação. Mais cedo, a administração havia justificado a medida com o argumento de dar mais proteção aos usuários de drogas (leia mais abaixo).

Em ofício recomendatório, a Defensoria afirma que as instalações "impedem a livre circulação de pessoas em vias e espaços públicos sem qualquer justificativa legal, já que eles limitam de diferentes formas o uso do espaço público, a livre circulação das pessoas, o acesso à água potável e a banheiros".

Como mostrou o Estadão mais cedo, um muro construído pela Prefeitura potencializou as críticas sobre a forma como a gestão Ricardo Nunes (MDB) trata o desafio da concentração de dependentes químicos na região. A reportagem foi citada pela Defensoria.

Mais cedo, a gestão municipal afirmou que o muro de concreto substituiu tapumes de metal instalados anteriormente para fechamento da área pública. "A troca dele foi realizada para proteger as pessoas em situação de vulnerabilidade, além de moradores e pedestres, e não para 'confinamento'", diz.

A recomendação da Defensoria, feita por meio do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos, afirma que as instalações representam "arquitetura hostil", com "finalidade espúria de afastar a população em situação de rua". O documento é endereçado a Nunes, ao subprefeito da Sé, Coronel Álvaro Camilo, e ao secretário municipal de Segurança Urbana, Orlando Morando.

Segundo o órgão, a estratégia de adotar gradis e barreiras físicas "já foi adotada em outras oportunidades e não há qualquer comprovação de sua eficiência para atingir os objetivos declarados (pela Prefeitura) de melhor atender os usuários". A Defensoria cita que há também "desproporcionalidade da medida comparada a outras que possam ser adotadas pela Municipalidade".

Diante disso, a Defensoria recomendou à Prefeitura a retirada dos gradis e barreiras físicas instaladas na região. O pedido abarcaria inclusive o muro construído no cruzamento da Rua dos Protestantes com a General Couto de Magalhães, que tem 40 metros de comprimento por 2,5 metros de altura.

No mesmo pedido, o órgão requisitou cópia do procedimento que culminou no ato administrativo executivo de colocação de gradis/muros na Cracolândia, com objetivo "verificar sua legalidade e motivação, assim como sejam respondidas formalmente algumas indagações". Questionou também, entre outros pontos, se foi verificado aumento do número de abordagens e encaminhamentos realizados após a instalação dos gradis, por exemplo.

Em relatório produzido pela Defensoria em junho do ano passado, logo após a repercussão da instalação de gradis na região, o órgão chegou a afirmar que os gradis formam um "curral' humano". "Não tem água, não tem comida, não tem banheiro, a gente não pode fazer nada, fica ali trancado sob a opressão", aponta trecho de depoimento de um usuário citado no documento.

'Foi mais para esconder o fluxo (de usuários de drogas) dos carros'

Na avaliação de comerciantes da região de Santa Ifigênia, a construção do muro, concluída no ano passado, teve efeito apenas "estético". "Se esse muro mudou alguma coisa por aqui, foi mais para esconder o fluxo (de usuários de drogas) dos carros que passam pela (Rua) General Couto de Magalhães", disse o lojista Antônio Francisco da Costa, de 72 anos.

O comerciante conta que, quando o fluxo se estabeleceu por lá, há quase dois anos, havia mais casos de quebra-vidro que roubavam motoristas. "Não necessariamente eram os usuários, mas bandidos que se escondiam dentro do fluxo", disse. Uma lojista relatou que houve 16 casos em um só dia.

Agora, a percepção é que as ocorrências diminuíram, mas Antônio atribui isso a outra medida. "Parece que há gente saindo por essa câmera de reconhecimento facial que foi instalada de frente para a Cracolândia", disse. "Mesmo que não estejam devendo nada na Justiça, é algo que gera uma desconfiança."

Segundo comerciantes, a Cracolândia hoje está até mais esvaziada do que há alguns meses, com pequenos grupos espalhados pela região central. Dados da Prefeitura apontam que, em média, tem havido cerca de 139 integrantes do fluxo durante o período vespertino em janeiro. De noite, são cerca de 240 pessoas. No mesmo recorte do ano passado, eram 524 pessoas no período diurno e 544, no noturno.

O Estadão percorreu o entorno do fluxo na manhã desta quarta e encontrou o local, de fato, mais esvaziado do que em outras ocasiões. Lojistas ouvidos pela reportagem afirmam que houve queda expressiva na clientela desde que a Cracolândia se fixou na Rua dos Protestantes. Há comerciantes que relatam diminuição de até 90% nas vendas. "Mesmo que tenha menos usuários, os clientes não voltam mais", disse uma lojista.

Com uma bicicletaria aberta há 31 anos na região, Edna Pereira, de 54 anos, aponta com os dedos os vários comércios que fecharam recentemente. "Aqui era uma loja de impressoras, ali, uma de peças de eletrônicos. Na esquina, de sapatos", disse. "Antes deixavam o número de celular para a gente avisar quando um ponto vagasse. Agora ninguém quer saber mais daqui."

O irmão dela, Sidney Pereira, de 58 anos, afirma que presenciou a ação de um quebra-vidro no região. "Foi muito rápido. Num piscar de olhos, levou o celular do motorista e já entrou para dentro do fluxo para se esconder", disse. A bicicletaria da família passou a fechar mais cedo, às 17h, por causa da insegurança, em movimento replicado por outros comércios.

Entidades criticam construção de muro: 'Não é solução'

Entidades que atuam no local alegam que a obra teve como objetivo isolar os usuários e dificultar os trabalhos de assistência. O padre Julio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo, descreve a construção como o "muro da vergonha". "Em vez criar portas para sair, portas para entrar, pontes para mudar, criam-se muros para segregar. Isso não é solução", disse, nas redes sociais.

A ONG Craco Resiste também criticou a medida. "O espaço que foi delimitado para que as pessoas fiquem concentradas não conta com nenhum banheiro ou ponto de água potável próximo. Durante as revistas coletivas são tomados diversos objetos pessoais dessa população, sem nenhum critério objetivo claro, enquanto os guardas proferem xingamentos contra as pessoas", afirma, em nota.

Segundo o psiquiatra Flavio Falcone, que trabalha com pessoas em situação de rua desde 2007 e atua na Cracolândia há mais de uma década, o efeito da construção do muro foi espalhar ainda mais os usuários. "Sou morador do centro, moro na (Avenida) Duque de Caxias, e o que vejo, principalmente de dezembro para cá, é que o fluxo está completamente espalhado."

Falcone afirma que a nova configuração tem dificultado inclusive o tratamento dos usuários. "Não consigo entender a relação do muro com dar mais segurança às equipes e melhorar o atendimento. As equipes dos consultórios de rua não entram no fluxo", disse.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) afirmou que a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital vai apurar o caso.

A Prefeitura disse mais cedo, em nota, que os tapumes eram quebrados com frequência, oferecendo risco de ferimentos para as pessoas. Por isso, foram trocados por alvenaria.

"O trecho ao lado da Rua Couto de Magalhães foi mantido para proteção das mesmas em decorrência do fluxo de veículos na via e circulação nas calçadas." A gestão municipal também afirma que, além da substituição dos tapumes que havia no local anteriormente pelo muro, fez melhorias no piso da área ocupada para as pessoas em situação de vulnerabilidade.