Gilberto Gil abre o jogo sobre o uso de maconha: 'Cada vez menos frequente'

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Gilberto Gil, que faz 82 anos nessa quarta-feira, 26, falou sobre o uso da droga.

Na juventude, tinha vontade de "descobrir coisas": "Um deles era as experiências com expansores de estados de consciência, então eu acho que estava de acordo, compatível com um momento da vida, a minha idade, o meu impulso daquele momento", contou ele.

"Foi natural na minha vida que eu tivesse aqueles impulsos e desejos que me levavam àqueles hábitos e práticas", continuou Gil, que confessou que a maconha não foi a única droga que ele experimentou: "Durante muitos anos experimentei a cannabis, o peiote, o ácido lisérgico, a ayahuasca, experimentei vários transformadores, expansores de consciência porque, afinal de contas, estavam na pauta. Eram coisas pautadas pelo meu povo, pela minha geração, pelos meus iguais, pelos meus colegas", disse.

O cantor afirmou que segue fazendo uso da maconha, mas que está "cada vez menos frequente". "Eu não tenho nenhum impulso, nenhuma vontade de forçar os processos de transformação da realidade através de situações mentais porque não tenho vontade disso, não tenho mais."

"Não tenho inclusive energia suficiente para isso. As transformações de estado de consciência através de substâncias… É uma exigência, pelo menos pra mim, para minha pessoa e condição, é uma coisa de muita exigência física, exigência mental, então não tenho gosto, não tenho ímpeto e nem coragem pra fazer esses exercícios de expansão mental tão exigentes", finalizou.

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Um homem de 51 anos, com registro de CAC (sigla para Colecionador de armas de fogo, Atirador Desportivo e Caçador), atirou e matou dois jovens de 19 anos que o assaltaram na noite da última quarta-feira, 30, em São Paulo. O caso aconteceu na Avenida Portugal, na zona sul da cidade.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP), os dois suspeitos eram investigados pela morte do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, vítima de latrocínio em janeiro deste ano na Chácara Santo Antônio.

De acordo com a SSP-SP, o CAC foi abordado pelos dois rapazes em uma motocicleta. Os criminosos anunciaram o assalto e pegaram os celulares do homem e do filho dele, que também estava presente.

Conforme o registro, os assaltantes chegaram a efetuar um disparo, que não atingiu o CAC. O homem, então, reagiu e baleou os dois suspeitos, que morreram no local.

Depois da ocorrência, a Polícia Militar encontrou um veículo abandonado e apreendeu a arma do CAC e o revólver calibre .38 dos suspeitos. O carro também foi apreendido. A Secretaria não deu detalhes sobre o envolvimento do automóvel com o caso.

O CAC chegou a ser autuado por porte ilegal de arma de fogo de fogo. Ele pagou a fiança e foi liberado na sequência. "A ocorrência foi registrada no 27º Distrito Policial (Campo Belo), que requisitou exames periciais", afirmou a SSP-SP. A reportagem não localizou a defesa do homem.

Morte de delegado

O delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior estava de folga e andava pela rua Amaro Guerra - de camiseta, bermuda e chinelo - quando foi abordado por um criminoso armado, próximo de uma obra. Ele roubou os pertences e revistou Belarmino, que também possuía uma arma.

Na sequência, o homem atirou quatro vezes contra a vítima e fugiu do local em uma motocicleta em posso da arma e do celular de Belarmino. Imagens de câmeras de monitoramento gravaram a ocorrência.

Cerca de 10 dias antes do crime, Josenildo Belarmino tinha recebido a notícia de que tinha passado em um concurso para delegado para atuar em Recife, Pernambuco, seu Estado natal. Com 32 anos, ele estava em vias de pedir a exoneração da Polícia Civil de São Paulo para assumir o novo cargo.

O deputado estadual Delegado Olim (PP) sofreu um assalto na manhã desta quinta-feira, dia 1º, na Vila Olímpia, bairro nobre da zona sul de São Paulo. Antônio de Assunção Olim, de 66 anos, que é ex-policial civil, foi abordado por um ladrão armado com revólver e teve que entregar o relógio da marca Rolex que levava no pulso. O suspeito fugiu em uma moto vermelha. A reportagem entrou em contato com o deputado e aguarda retorno.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) informou que a Polícia Civil realiza diligências para identificar e localizar o suspeito do roubo.

De acordo com o registro policial, o parlamentar transitava de carro pela rua Casa do Ator, na Vila Olímpia, quando seu veículo foi abordado pelo suspeito, que chegou ao local de motocicleta, com o rosto coberto pelo capacete.

Armado com um revólver, o homem anunciou o assalto e exigiu a entrega do relógio. O deputado não reagiu e entregou seu Rolex ao homem armado. Após a ação, o suspeito fugiu levando o objeto - o preço de um relógio dessa marca oscila entre R$ 29 mil e R$ 69 mil. Até a manhã desta sexta-feira, 2, o ladrão não havia sido localizado.

O roubo foi registrado na 1ª Delegacia da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio (Disccpat), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Tentativa de assalto em 2022

O Deputado Olim faz parte da bancada da bala na Assembleia Legislativa de São Paulo, um grupo de parlamentares que defende a flexibilização nas leis que restringem o uso civil de armas de fogo.

Em março de 2022, o deputado estava em um carro com o atual delegado geral da Polícia Civil, Artur Dian, quando foram abordados por um suspeito, na Avenida Angélica, em Higienópolis. Dian reagiu e baleou o autor da abordagem. Na ocasião, Olim disse em sua rede social que o criminoso queria roubar o relógio deles.

Como mostrou o Estadão, bairros nobres da capital paulista, como a Vila Olímpia, na zona sul, e Pinheiros, na zona oeste, têm visto uma escalada de crimes roubos, geralmente praticados por suspeitos em motos. Os criminosos agem em dupla - cada um em uma moto -, ou sozinhos para não chamar a atenção, como aconteceu no caso do Deputado Olim.

Segundo a SSP, só este ano, mais de 2 milhões de motos foram vistoriadas por meio da Operação Impacto, com fiscalização de condutores e verificação de antecedentes criminais.

A Igreja do Quadrado de Trancoso, situada no distrito de Trancoso, em Porto Seguro (BA), foi arrombada e vandalizada na tarde da quarta-feira, dia 30. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver objetos sacros e móveis danificados no interior da construção, que é um dos principais símbolos históricos da região.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito é um homem de 25 anos, que fugiu após o crime e foi encontrado posteriormente junto a familiares, apresentando "comportamento agitado e discurso desconexo".

A Prefeitura de Porto Seguro se manifestou por meio de nota oficial, classificando o ato como um "desrespeito à memória, à cultura e ao patrimônio histórico do município". O prefeito Jânio Natal (PL) também publicou uma nota de repúdio nas redes sociais.

"As relíquias destruídas fazem parte da alma de nosso povo e da identidade de nosso País. Quero assegurar a todos que eu e a Prefeitura faremos tudo para que os danos sejam reparados", escreveu.

O suspeito foi encaminhado para atendimento médico e segue internado sob escolta da Polícia Militar. A Delegacia Territorial de Porto Seguro investiga o caso como dano qualificado contra o patrimônio.