Morre a atriz Tetê Medina, de 'Água Viva' e 'Coração Alado'

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Tetê Medina, atriz conhecida por suas participações em novelas como Água Viva e Coração Alado, morreu nesta terça-feira, 2, no Rio de Janeiro. A causa da morte não foi confirmada.

Maria Thereza de Medina nasceu na capital fluminense e começou a atuar na televisão em 1972, estrelando o especial Mulher, de Gilberto Braga. Em Água Viva, interpretou Lucy Fragonard, e em Coração Alado deu vida a Crystal Camerian. A atriz também estrelou Transas e Caretas e Labirintos.

Além de marcar presença nas novelas da Rede Globo, Tetê também foi uma figura importante no teatro, estrelando em Calabar, Pippin, A Eterna Luta entre o Homem e a Mulher, Círculo das Luzes e O homem do rosto sem face.

Ela foi vencedora do prêmio Molière de melhor atriz por sua participação na peça A China É Azul e foi indicada mais três vezes na categoria por sua atuação em Hipólito, Alice no País Divino Maravilhoso e As Moças.

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Imagens feitas na manhã deste sábado, 6, e compartilhadas pelo Padre Júlio Lancellotti nas redes sociais, mostram um grupo de agentes da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo agredindo um homem no centro da capital, durante uma ação de zeladoria feita pela subprefeitura da Sé, próxima ao viaduto do Glicério.

Nas gravações (feitas por um observador que presenciava a cena), é possível ver um homem sendo agredido pelos agentes e colocado com força dentro de uma viatura da GCM. Pessoas que presenciaram a cena chegaram a pedir para que os guardas parassem com os golpes, mas eram ignorados pela equipe da Guarda Civil Metropolitana.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou, via Secretaria Municipal de Segurança Urbana, que a GCM esteve no centro de São Paulo neste sábado para "prestar apoio a agentes da subprefeitura Sé em ação de zeladoria na retirada de lixo e lavagem da via", e que, durante a abordagem, "um homem desacatou a equipe e foi encaminhado ao 8º DP".

A pasta afirmou também que as imagens estão sendo apuradas, e que "não compactua com qualquer conduta que viole esses princípios". "Caso a conclusão da apuração de conduta seja irregular, medidas disciplinares serão aplicadas".

Em um dos vídeos, é possível ver um homem, com shorts, blusa e boné pretos, cercado por até cinco agentes. Os guardas tentam derrubá-lo com uma rasteira, e desferem pontapés, cotoveladas e golpes de cassetete. Durante o trecho gravado, o homem tenta se desvencilhar dos golpes, mas não reage à abordagem com violência.

Em outro vídeo, o mesmo rapaz de roupas pretas aparece sendo colocado com força no porta-malas de uma viatura da Guarda Civil Metropolitana. Na mesma gravação, é possível ver também outro homem, agachado na rua, e com o nariz sangrando. As imagens, porém, não mostram o que teria causado o ferimento nesta segunda pessoa.

A reportagem tentou contato com o Padre Júlio Lancellotti para comentar as imagens, mas o pároco não foi localizado. O Estadão também questionou a Secretaria de Segurança Pública, mas não teve retorno até a publicação da reportagem.

O caso acontece poucos dias depois do prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmar que a GCM teria autorização para "dar na testa" de quem "partisse para cima" dos agentes em ocorrências realizadas nas cenas de uso de crack, na chamada Cracolândia.

"A GCM não vai tratar com rosas quem está agredindo alguém", disse o prefeito durante uma agenda no final do mês. "Ali tem traficante, eles têm comando sobre essas pessoas (...) se vier pra cima da gente, vai tomar na testa", completou.

Na ocasião, ele estava criticando a decisão da juíza Gilsa Elena Rios, da 15ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, publicada no dia 24 de junho, em que proíbe a Guarda Civil Metropolitana de agir como a Policia Militar. A determinação da magistrada foi uma resposta à ação civil pública movida pelo Ministério Público do Estado (MP-SP) em 2017.

Em 20 de maio daquele ano, com bombas de gás e táticas semelhantes às da Polícia Militar, a GCM dispersou dependentes químicos do entorno da Praça Júlio Prestes, na Luz, região central, e prendeu traficantes.

Em seguida, o MP-SP pediu à Justiça que proibisse a GCM de adotar uma série de procedimentos. A Justiça negou alguns pedidos da Promotoria, mas acatou outros e proibiu o uso de munição não letal.

Ricardo Nunes já afirmou que vai recorrer da decisão. Para o prefeito, não cabe à Justiça decidir como a GCM deve se comportar na Cracolândia. "Não vejo como razoável uma juíza querer delimitar aquilo que especialistas da área definem. Não é o juiz que vai saber o que o guarda civil metropolitano (e) a Polícia Militar têm de usar. São eles (que vão saber o que usar), eles é que são especialistas", afirmou o mandatário.

Um idoso de 76 anos, que sobreviveu ao acidente de ônibus próximo de Itapetininga (interior de São Paulo), no qual 10 pessoas morreram na madrugada da última sexta-feira, 5, foi preso pela Polícia Militar durante a ocorrência do acidente.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), os policiais verificaram que havia um mandado de prisão contra o homem, expedido pela Comarca de Buri.

O caso foi registrado como captura de procurado no 2º DP da cidade, mas a pasta não informou o motivo do idoso ser detido e se ele ainda estava preso até este sábado, 6.

O ônibus de turismo colidiu com uma pilastra de concreto na madrugada desta sexta, no km 171 da Rodovia Professor Francisco da Silva Pontes, sentindo norte. Ao menos 10 pessoas morreram e outras 16 tiveram ferimentos graves ou moderados.

De acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o motorista do ônibus relatou que o veículo apresentou uma pane mecânica repentina, travando a direção. Sem o controle do veículo, ele acabou se chocando contra um pilar do viaduto Jornalista José Carlos Tallarico.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o ônibus tinha 48 ocupantes: 10 foram a óbito, 16 foram socorridas e encaminhadas a hospitais de Itapetininga e Sorocaba, e as demais foram atendidas por equipes médicas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); da concessionária CCR, que administra a rodovia; ou ambulâncias de municípios vizinhos.

Em uma rede social, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lamentou o acidente. "Com muito pesar, rogo a Deus que conforte o coração dessas famílias e que dê força para que os feridos se recuperem o quanto antes", disse em publicação no X (antigo Twitter).

Segundo Tarcísio, o grupo viajava a passeio para Aparecida, no interior do Estado. O ônibus estava com situação regular junto à Artesp e a Polícia Rodoviária, de acordo com o governo. (Colaborou Giovanna Castro)

A Justiça de São Paulo determinou que a empresa Libbs Farmacêutica deverá pagar, como forma de indenização, R$ 600 mil para a família - metade para cada filho - do jornalista e apresentador Ricardo Boechat, que morreu em fevereiro de 2019 após a queda do helicóptero que o transportava do interior do Estado para a capital.

Antes do acidente aéreo, Boechat participava como palestrante de um evento organizado pela Libbs, em Campinas (SP). Para voltar à São Paulo, onde trabalhava, uma aeronave foi contratada pelos organizadores do encontro, mas acabou sofrendo uma falha no motor e caiu antes de chegar à capital paulista. O piloto também morreu após a queda.

Em nota enviada à reportagem neste sábado, 6, a empresa disse que "não comenta processos em andamento", mas "que respeita todas as ordens judiciais" (veja mais abaixo).

À Justiça, a farmacêutica alegou que não tinha responsabilidade pelo acidente, uma vez que a contratação do transporte aéreo teria sido realizada por uma empresa terceira, encarregada da organização do evento. "A hipótese, entretanto, foi afastada no julgamento. O colegiado entendeu que cabia à requerida não apenas a segurança de seu contratado no decorrer do evento, mas, também, no trajeto de ida e volta, devendo, portanto, reparar os danos, nos termos do Código Civil", informou o Tribunal de Justiça de São Paulo, em nota.

A decisão foi tomada pela 38ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, de forma unânime pelos desembargadores Fernando Sastre Redondo e Flávio Cunha da Silva . Os magistrados, no entanto, reduziram o valor da reparação por danos morais de R$ 1,2 milhão para R$ 600 mil.

"O modo pelo qual o transporte foi efetivado, se diretamente pela apelada ou por meio de outra empresa por ela contratada para a realização desse serviço, não altera o fato indiscutível de que esta, efetivamente, assumiu expressamente a obrigação perante o jornalista de efetuar o seu transporte, para que realizasse a palestra no evento festivo da apelante", escreveu o desembargador Spencer Almeida Ferreira, relator do caso.

"A cadeia de responsabilização, portanto, documentalmente encontra-se clara e estabelecida nos autos e a ré ocupa o ponto mais alto, sendo-lhe vedado escudar-se em responsabilização indireta de empresas por ela contratadas para a realização do evento que tinha ela própria como única destinatária e interessada", concluiu o magistrado. Completaram a turma julgadora os desembargadores Fernando Sastre Redondo e Flávio Cunha da Silva.

Procurada, a farmacêutica diz que "não comenta processos em andamento", mas "que respeita todas as ordens judiciais". "A empresa reforça seu compromisso com a transparência e a verdade, assegurando que continuará cooperando integralmente com as autoridades", informou a Libbs em nota.

Em 2020, um ano depois do acidente, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), identificou que as causas do acidente aéreo foram provocadas por uma falha no motor do helicóptero, e que o piloto teria tentado fazer um pouso em uma faixa de grama entre as duas faixas superiores do Rodoanel Mário Covas. Sem sucesso na manobra, ele passou por baixo de um viaduto, onde acabou colidindo a aeronave, ainda em voo, contra um caminhão.

O Cenipa cita no relatório que a data da última revisão geral de um dos compressores da aeronave era de 1988. Além disso, a FAB constatou que, durante a vistoria técnica especial, a peça havia sido trocada por uma mais nova durante uma avaliação feita em 2017 pela Anac, e reinstalada menos de três meses depois, mesmo com a autorização expirada.

Na conclusão, o documento aponta seis fatores principais que contribuíram para o acidente: a atitude do piloto em não observar as ações de manutenção necessárias; a cultura organizacional das empresas envolvidas no aluguel da aeronave; a "indisciplina de voo", cujo operador não tinha autorização ou qualificação; o "julgamento da pilotagem", ao considerar que o motor do helicóptero estava próprio para decolagem; a manutenção da aeronave; e os processos decisórios e organizacionais.