Ana Hickmann mostra hematomas e chora ao narrar violência doméstica em palestra; veja vídeo

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A apresentadora Ana Hickmann se emocionou na quarta, 17, ao mostrar hematomas enquanto narrava o caso de agressão que gerou uma denúncia contra o ex-marido, o empresário Alexandre Correa, por violência doméstica. A denúncia foi feito pela apresentadora em novembro - o Boletim de Ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, afirma que Alexandre teria fechado a porta da cozinha no braço de Ana e ameaçado dar uma cabeçada nela.

O Estadão entrou em contato com Alexandre Correa para um novo pronunciamento sobre o assunto, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto. À época da denúncia, o empresário assumiu a agressão, mas negou ter dado uma cabeçada na apresentadora, segundo o UOL.

Na quarta, Ana participou do Programa Ressoar, do Instituto Ressoar, e deu uma palestra para 300 mulheres vítimas de violência doméstica. Foi a primeira vez que a apresentadora mostrou imagens dos hematomas no braço.

"Eu tentei sair desse relacionamento tóxico. Eu tentei sair de uma situação que não me fazia bem e começou a colocar o meu filho em perigo também", contou em determinado trecho da palestra. Ana disse que recebeu comentários de pessoas que diziam que ela iria "acabar com a sua família" caso optasse pelo fim da relação.

"Lá atrás, eu achava que aquilo que tinha acontecido com a minha mãe jamais aconteceria comigo", narrou. Ao mostrar os hematomas, a apresentadora se emocionou: "Foi o dia que eu pedi socorro. [...] Eu quis fazer isso para mostrar para vocês que não tem endereço, conta em banco, nome de família, cor de pele, nada que nos diferencie. Somos as mesmas. Passamos pelas mesmas coisas".

A apresentadora contou que, quando foi à delegacia realizar a denúncia, sentiu uma "mistura de medo, angústia, dor física, dor na alma e vergonha". "No final do dia, só nós mesmas sabemos o que está acontecendo", completou. Ao final, Ana abraçou as mulheres vítimas de violência.

Relembre o caso

O Estadão teve acesso ao boletim de ocorrência registrado por Ana Hickmann, no qual ela acusa o empresário de agressão física. Segundo seu relato, ela estaria na cozinha de sua casa com Alexandre, o filho e duas funcionárias. Ela teria dito algo ao filho que o marido não teria gostado e foi repreendida, com "ambos aumentando o tom de voz". A criança teria pedido que parassem de brigar e saído correndo assustada.

"O autor passou a pressionar a vítima contra a parede, bem como a ameaçá-la de agredi-la com uma cabeçada, ocasião em que ela conseguiu afastá-lo e, ao tentar pegar seu telefone celular, que estava em cima de uma mesa na área externa, o autor, repentinamente, fechou a porta de correr da cozinha, o que pressionou o braço esquerdo da vítima", diz o trecho seguinte do documento policial.

Ana, então, teria conseguido trancá-lo para fora de casa e fez a ligação para a Polícia Militar. Correa teria deixado o local pouco depois. Hickmann buscou atendimento médico no Hospital São Camilo, onde foi constatada uma contusão em seu cotovelo esquerdo. Ainda segundo o BO, ela teve o braço imobilizado com uma tipoia.

"A vítima tomou ciência das medidas protetivas conferidas pela Lei Maria da Penha, porém, neste momento, optou por não requerê-las", encerra o documento.

O que disse Alexandre?

Alexandre confessou as agressões, mas negou que tenha dado uma cabeçada na apresentadora, segundo o UOL. Ana voltou a falar sobre o caso, dizendo que os dois tinham um relacionamento tóxico durante uma entrevista ao Domingo Espetacular, da Record TV.

Após a repercussão da entrevista, o empresário afirmou que ela está cometendo "uma verdadeira injustiça" ao falar sobre o caso, segundo a revista Quem.

Veja momento que Ana Hickmann mostra hematomas.

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Um roubo a uma farmácia da zona leste de São Paulo foi interrompido pela Polícia Militar, que impediu que um trio especializado em roubo de medicamentos levassem os remédios. O crime ocorreu na madrugada desta segunda-feira, 20, no bairro Vila Formosa.

Segundo a polícia, os suspeitos tinham separado cerca de 40 medicamentos usados no tratamento de emagrecimento e diabetes - dentre eles, o Ozempic. Ao Estadão, um funcionário de uma rede de farmácias relatou que os assaltos por conta do medicamento têm sido frequentes. Diversas unidades investiram em reforços na segurança. A reportagem entrou em contato com a Novo Nordisk Farmacêutica e aguarda retorno.

O grupo também buscava remédios para tratamento de enxaqueca e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), o grupo era formado por um homem de 18 e dois adolescentes de 16 e 17 anos. Eles invadiram o estabelecimento e, sob ameaça, conduziu dois funcionários até o estoque onde estavam os medicamentos de uso controlado. Na sequência, às vítimas foram levadas até uma sala no fundo da farmácia.

"Policiais militares que patrulhavam a região viram o estabelecimento aberto e sem nenhum funcionário visível, o que levantou suspeitas. Ao entrarem no local, caminharam até a sala onde estavam as vítimas e os suspeitos já deitados no chão", informou a SSP.

De acordo com o boletim de ocorrência, um dos detidos recebeu uma ligação que comunicava a chegada da polícia. Eles esconderam dois simulacros de arma de fogo na gaveta e na prateleira e se renderam. As armas e um celular foram apreendidos.

O caso foi registrado como corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 anos e crime tentado de roubo a estabelecimento comercial no 30º Distrito Policial do Tatuapé. A autoridade policial solicitou a conversão da prisão do maior de idade para preventiva. Já os menores foram apreendidos.

A Tanzânia confirmou nesta segunda-feira, 20, que está enfrentando um surto do vírus de Marburg na região de Kagera, no noroeste do país. O vírus, que é da mesma família do Ebola e tem alta taxa de letalidade, foi detectado após um caso positivo ser registrado durante a investigação de ocorrências suspeitas na área.

Um total de 25 casos suspeitos foram registrados até o momento, mas todos os outros testaram negativo e atualmente estão sob acompanhamento rigoroso.

A presidente do País, Samia Suluhu Hassan, fez o anúncio durante uma coletiva de imprensa ao lado do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, na capital administrativa da nação.

"Testes laboratoriais realizados no Laboratório Móvel de Kabaile, em Kagera, e posteriormente confirmados em Dar es Salaam, identificaram um paciente infectado pelo vírus Marburg. Felizmente, os demais casos suspeitos testaram negativo", disse a presidente. "Demonstramos no passado nossa capacidade de conter um surto semelhante e estamos determinados a fazer o mesmo desta vez", completou.

A chefe de Estado disse que o anúncio tem o objetivo de tranquilizar a população da Tanzânia e também a comunidade internacional e acrescentou que a região está determinada a enfrentar os desafios globais de saúde.

A OMS informou que está apoiando as autoridades de saúde do País no fortalecimento de medidas para o controle do surto, incluindo vigilância da doença, testes, tratamento, prevenção e controle de infecções, manejo de casos, além de aumentar a conscientização das comunidades para prevenir a disseminação do vírus.

"A OMS, trabalhando com seus parceiros, está comprometida em apoiar o governo da Tanzânia a controlar o surto o mais rápido possível e construir um futuro mais saudável, seguro e justo para todas as pessoas da Tanzânia", disse Tedros.

Vírus de Marburg

A doença de Marburg causa febre hemorrágica e, em surtos anteriores, a taxa de letalidade dos casos variava de 24% a 88%, de acordo com a OMS.

A Tanzânia relatou um surto de Marburg em março de 2023 - o primeiro do país - na região de Kagera, no qual um total de nove casos (oito confirmados e um provável) e seis mortes foram registrados, com uma taxa de letalidade de 67%.

Outros surtos e casos esporádicos foram relatados na região africana, em países como Angola, República Democrática do Congo, Gana, Quênia, Guiné Equatorial, Ruanda, África do Sul e Uganda.

Na época, a OMS avaliou o risco à saúde pública representado pelos surtos na Guiné Equatorial e na República Unida da Tanzânia como muito alto em nível nacional, moderado em abrangência regional (África) e baixo para o risco global.

A doença provocada pelo vírus Marburg é altamente virulenta e começa abruptamente. Os pacientes apresentam febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar severo. Eles podem desenvolver sintomas hemorrágicos graves dentro de sete dias.

O vírus de Marburg é transmitido às pessoas por morcegos frugívoros e se espalha entre humanos por meio do contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas, superfícies e materiais contaminados.

Segundo a OMS, embora vários tratamentos e vacinas promissores estejam atualmente em fase de ensaios clínicos, não há tratamento ou vacina licenciados para a gestão eficaz ou prevenção da doença.

No entanto, o acesso precoce ao tratamento e a cuidados de suporte - reidratação com fluidos orais ou intravenosos - e o combate de sintomas específicos aumentam as chances de sobrevivência.

A United Airlines foi condenada a pagar uma indenização de R$ 21,8 mil por danos morais e materiais a um passageiro que teve a bagagem extraviada por quatro dias e, no retorno, teve que comprar uma nova passagem porque o nome dele não estava na lista de embarque. O caso aconteceu em julho de 2024.

O Estadão pediu manifestação da companhia aérea. No processo, a empresa afirmou que as malas foram restituídas dentro do prazo permitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Também justificou que o passageiro não constava no voo de volta porque a agência de viagens contratada por ele emitiu os bilhetes com o nome redigido errado.

A juíza Bianca Martuche Liberano Calvet, da 1.ª Unidade Jurisdicional Cível de Belo Horizonte, concluiu que houve falha na prestação do serviço e que a companhia aérea não prestou a assistência necessária.

"Como se não bastasse a falta de assistência material e o extravio das bagagens na viagem de ida, conforme preconiza a teoria da responsabilidade objetiva e a responsabilidade solidária dos fornecedores, resta configurada, novamente, a falha na prestação dos serviços da ré quando o nome do autor não constava na lista de passageiros", diz um trecho da sentença.

O valor da indenização foi de R$ 10 mil por danos morais e R$ 11.840,09 por danos materiais.

Como a sentença é de primeira instância, cabe recurso.

Em nota, o advogado Luan Barbosa, que representa o passageiro, afirma que a condenação é um "alerta para o setor".

"O caráter punitivo e pedagógico dessa condenação mostra que as companhias aéreas precisam melhorar, respeitar os consumidores e oferecer um atendimento condizente à confiança que depositamos nelas e aos valores exorbitantes das passagens aéreas", afirma o advogado.