Conheça Zerb, o DJ brasileiro que lançou música com o Coldplay

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Nesta sexta-feira, 2, o brasileiro DJ Zerb deu um deu grande passo em sua carreira com o lançamento da música feelslikeimfallinginlove em parceria com a banda britânica Coldplay.

A faixa é o primeiro single de Moon Music, novo álbum do Coldplay, a ser lançado no dia 4 de outubro.

Em janeiro, o brasileiro viajou a Los Angeles com o sonho de criar contatos no meio musical. Em junho, a banda entrou em contato com ele para criar um remix da canção feelslikeimfallinginlove. A primeira versão da música foi encaminhada para a banda, que surpreendeu DJ Zerb com o convite de entrar no estúdio da banda e trabalhar em conjunto na produção.

"A gente alterou toda a minha agenda para poder fazer isso acontecer. E aí, eu fui em uma primeira sessão com o Chris Martin. Era só para eu conhecer ele, mas a gente começou a conversar, começou a se animar, e acabou gravando um monte de coisa", disse em entrevista ao G1.

No Spotify, o DJ brasileiro conta com 16, 6 milhões de ouvintes mensais. Suas músicas mais famosas são Addicted e Mwaki, que juntas contam com 270 milhões de streamings no aplicativo.

Mwaki foi lançada em 2023, em parceria com a queniana Sofiya Nzau, e é sua produção mais viral. A música ganhou versões de nomes como Tiesto e Major Lazer.

Matheus Zerbini Massa, mais conhecido como DJ Zerb, de 26 anos, começou sua carreira musical quando era um adolescente.

Nascido em São Paulo, começou a trabalhar como DJ e produtor aos 14 anos. Em 2016, ele participou do Lollapalooza Brasil e se formou em publicidade e propaganda pela Universidade de São Paulo (USP).

Ao G1, ele explicou como sua formação como publicitário o ajudou em sua carreira de DJ. "Ao longo dos anos, além da produção visual, moldei toda identidade visual do projeto. Seja por meio da fotografia, do design de capas, agendas ou material de divulgação visual sempre foi parte integrante da minha construção como artista".

Confira o clipe de feelslikeimfallinginlove clicando aqui.

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Um voo da companhia aérea Gol que partiu do Rio de Janeiro com destino ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, precisou desviar sua rota e pousar no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana da capital. A mudança aconteceu após a aeronave ativar um plano de emergência.

"O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, informa que em decorrência da necessidade de um pouso de emergência, foi ativado o plano de emergência, com acompanhamento da chegada da aeronave. Nenhuma ação extraordinária foi necessária. Para mais informações, procurar a companhia aérea", disse a GRU Airport

Em nota, a Gol informou que "durante o trajeto do voo G3 1033, entre o (aeroporto) Santos Dumont (SDU) e Congonhas (CGH), na tarde desta segunda-feira, a aeronave apresentou problemas técnicos e o voo foi alternado para Guarulhos (GRU), onde pousou normalmente, sem qualquer intercorrência".

O tipo de problema técnico enfrentado pela aeronave não foi informado pela companhia aérea. "Todos os clientes desembarcaram no aeroporto da grande São Paulo e receberam as facilidades previstas pela Resolução 400 da ANAC. A GOL reforça que todos os procedimentos foram realizados com foco na Segurança, valor número 1 da Companhia", diz a nota.

No site de monitoramento de voos Flight Radar, é possível ver que o avião, um Boeing 737-8EH, chegou a sobrevoar Congonhas, mas em seguida se direcionou para Guarulhos. O voo total durou 47 minutos.

Situação parecida ocorreu no final de janeiro, em um voo operado pela Azul. Na ocasião, foi emitido o alerta de urgência "pan-pan" momentos antes de chegar ao Aeroporto Internacional do Recife, em Pernambuco.

O alerta funciona como um pedido de prioridade de pouso. Ele foi acionado depois de a aeronave, que tinha partido de Guarulhos, em São Paulo, apresentar falha no sistema de dispositivos móveis das asas, chamados de slats.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Federal (PF) deflagraram nesta terça-feira, 25, a Operação Hydra, que tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de fintechs.

Conforme o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), duas empresas forneciam serviços financeiros alternativos aos bancos tradicionais, envolvendo-se em transações ilícitas. Os nomes delas não foram revelados.

Um dos alvos da operação é o policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

A ação também cumpre dez mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de São Paulo, Santo André e São Bernardo, as duas últimas no ABC paulista.

A Justiça também bloqueou valores em oito contas bancárias e suspendeu temporariamente as atividades econômicas de instituições de pagamento envolvidas, conforme informado pela Polícia Federal.

Investigação surgiu a partir de delação

A investigação foi iniciada a partir das declarações prestadas pelo delator Antônio Vinicius Gritzbach, que foi executado no Aeroporto Internacional de Guarulhos em novembro de 2024.

"O colaborador jogou luz na atuação de fintechs para o branqueamento de bens e valores oriundos de atividades criminosas. Trata-se de uma das frentes das investigações realizadas pela Polícia Federal, cujo objetivo é desarticular esquema de lavagem de dinheiro por meio das instituições de pagamento", disse o MP-SP.

O Exército Brasileiro expulsou seis militares investigados de bater e torturar um soldado nas dependências de um quartel em Pirassununga, cidade do interior de São Paulo. O caso aconteceu em 16 de janeiro, no 13.º Regimento de Cavalaria Mecanizado, unidade militar para a qual todos os envolvidos, até então, serviam. Desde o dia 24 de janeiro, a vítima está afastada das funções para tratamento psicológico e psiquiátrico.

Em nota, o Exército disse que um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto, concluído e já remetido para a Justiça Militar da União (JMU). E afirmou que os investigados vão responder como civis ao processo judicial. "Os militares envolvidos no fato já foram expulsos das fileiras do Exército Brasileiro", informou a Força, via Comando Militar do Sudeste. "O Exército Brasileiro repudia, veementemente, a prática de maus tratos ou qualquer ato que viole os direitos fundamentais do cidadão", completou.

Os investigados foram identificados como sendo os soldados Bonifácio, Felipe, Jonas, Gião, Souza Fontes e o cabo Douglas. As defesas dos suspeitos não foram localizadas. A reportagem questionou o Exército sobre quais crimes os investigados respondem, mas não teve resposta. Pablo Canhadas, advogado que representa o militar agredido, diz que ainda não conseguiu acesso aos autos, mas alega que a expulsão das Forças Armadas "não é o suficiente" para os acusados.

O episódio aconteceu durante uma distribuição das tarefas entre os soldados. Um dos suspeitos ordenou que a vítima, junto com outros quatro colegas, fizesse a limpeza do espaço onde acontece o descarte de materiais recicláveis. Já no local, três dos soldados mais experientes teriam dado outro direcionamento para a vítima, sugerindo que ela fosse cumprir a tarefa em uma câmara fria.

No local, o soldado que viria a ser agredido encontrou os outros dois militares com uma vassoura na mão. De acordo com o advogado de defesa da vítima, Pablo Canhadas, os investigados teriam o ameaçado com o objeto, dizendo que ele deveria abaixar as calças: "Ou vai por bem ou vai por mal", teriam dito os agressores. A vítima entendeu que se tratava, então, de um "batismo" - um rito de iniciação aos soldados recém recrutados.

Ao negar a participação, diz o defensor Canhadas, os cinco soldados e o cabo seguraram a vítima e começaram a agredi-la, tentando tirar o uniforme dele à força. De acordo com a defesa, o soldado foi deitado de bruços e os agressores insistiram em machucá-lo com a vassoura, o acertando na região dos glúteos, nas coxas e cotovelos. De acordo com o advogado, o instrumento chegou a se quebrar durante as agressões.

A vítima conseguiu escapar e correr para outra área do quartel, onde teria que realizar outras tarefas. De acordo com o relato da defesa, o soldado voltou a se encontrar com os mesmos seis militares, que continuaram as agressões com novos objetos, desta vez usando ripas de palete e colher de madeira de cozinha industrial. As agressões persistiram por mais 15 minutos, de acordo com o advogado.

A vítima escapou novamente da tortura, mas, temendo ser novamente violentado, resolveu não denunciar o caso para nenhum superior. O temor teria sido reforçado com ameaças de que ele poderia sofrer novamente com agressões se resolvesse falar sobre o que tinha acontecido.

'Não fizemos nada com você'

A reportagem teve acesso à troca de mensagens que um dos agressores teve com a vítima. O investigado pergunta se o soldado está bem. Ele responde: "Bem como se me arrebentaram hoje uma tortura, não sei nem o que vou fazer da minha vida seus fdp (sic)." O agressor não pede desculpas, e se nega a admitir ter agredido o colega: "Não fizemos nada com vc. Vc aceitou a brincadeira (sic)."

Na troca de mensagens, a vítima mostra fotos do corpo com hematomas, como nas nádegas e no cotovelo. Mesmo assim, o suposto agressor não admite a violência praticada: "Quero nem papo com vc (sic)".

Surto psicótico e afastamento

De acordo com a defesa da vítima, o soldado que foi agredido teve um surto psicótico horas depois de ser torturado. Ele ainda tentou pedir ajuda dos oficiais superiores, mas não havia ninguém do Exército no quartel. A Polícia Militar foi acionada com a informação de que o soldado estaria em surto e portando uma faca.

Conforme o registro da PM, os agentes encontraram o rapaz desorientado em uma via e dizendo que tiraria a própria vida. Ele foi levado ao Pronto Socorro de Pirassununga e liberado após receber medicação e fazer exames médicos. Ele ficou internado por 12 horas na unidade. Um tio da vítima o acompanhou, e o comando do Exército também foi informado sobre o ocorrido.

Após receber alta, o soldado foi à delegacia e prestou queixa contra os agressores e realizou exames de corpo de delito. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) confirmou que um soldado do Exército, de 19 anos, registrou um boletim de ocorrência de agressão no 1.° Distrito Policial de Pirassununga.

"A denúncia foi encaminhada ao Exército Brasileiro, que prossegue com as apurações. Mais detalhes devem ser solicitados ao órgão responsável", informou a pasta.

De acordo com o advogado, a vítima passou por exames e recebeu um afastamento de 45 dias para tratamento psicológico e psiquiátrico. "Ele encontra realizando os tratamentos e utiliza de medicação para controlar os ataques de pânico e ansiedade", diz o advogado Pablo Canhadas.

E, com medo de sofrer represálias, ele chegou a mudar de endereço também. "Meu cliente mudou de residência por conta do pânico de pensar que um deles (agressores) pudesse ir até sua casa. E, como não há nenhuma ameaça efetiva, não temos fundamento para uma medida protetiva", disse.

'Expulsão não é o suficiente'

Na avaliação de Canhadas, a expulsão do Exército "não é o suficiente" aos seis militares investigados de agressão. "Ele foi vítima de vários golpes utilizando objetos contundentes (cabo de vassoura, remo culinário, pedaços de paletes) na região das nádegas, posterior das coxas e cotovelo", disse o advogado. "Medidas de prevenção devem ser adotadas".

Ainda conforme o defensor, a defesa trabalha para que o soldado retorne ao Exército de forma segura. "A primeira abordagem nossa é garantir os direitos fundamentais da vítima. Tendo em vista o dano psicológico que ela sofreu, pretendemos garantir primeiramente um tratamento digno, que garanta, se possível, o retorno às atividades normais da vítima, e a possibilidade dele seguir sua carreira militar que sempre sonhou em seguir".