Bienal do Livro de São Paulo 2024 será maior e espera recorde de público

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A Bienal do Livro de São Paulo 2024, o maior evento literário da América Latina, terá um espaço 15% maior do que a edição anterior, de 2022. Neste ano, ela ocorre entre os dias 6 e 15 de setembro no Distrito Anhembi, que volta a sediar a feira após um período de reforma.

Organizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o evento vai ocupar 75 mil metros quadrados. Em 2022, a feira levou 660 mil pessoas ao Expo Center Norte e precisou interromper a venda de ingressos na véspera do segundo fim de semana de evento, para evitar superlotação. Em 2020, ela aconteceu de forma online, por conta da covid-19.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 8, a presidente da CBL, Sevani Matos, afirmou que a expectativa é que o público seja ainda maior do que o da edição anterior. Mayra Nardy, diretora de portfólio da RX, empresa que organiza a Bienal em parceria com a CBL, disse que a venda de ingressos não deve ser interrompida desta vez, já que a forma de comercialização de entradas foi alterada.

Em 2022, o ingresso valia para qualquer um dos dias de evento, enquanto, em 2024, a pessoa deve indicar se irá durante os finais de semana. Ela afirma que isso permitirá uma melhor organização e noção de público com antecedência.

De acordo com a organização, são pouco mais de 17 mil metros quadrados ocupados comercialmente, um aumento de 45,20% em relação à edição anterior. Sevani Matos afirma que foram investidos R$36,5 milhões para a realização desta Bienal. A expectativa é que o retorno seja alto novamente. Na última edição, segundo o Observatório de Turismo e Eventos da SPturis, o evento movimentou R$ 347,8 milhões. Neste ano, estarão disponíveis para compra cerca de 3,5 milhões de livros.

Estão confirmados 227 expositores, entre editoras de tamanho variado, livrarias e outras instituições do mercado do livro. Entre elas, Ciranda Cultural, Intrínseca, Grupo Record, Cia das Letras, Editora VR, Faro Editorial, Melhoramentos, Editora Vozes, Sextante, Panini, Planeta, Harper Collins, Globo Livros, Novo Século, Livraria Drummond e Edições Loyola. Neste ano, a Bienal também mantém a parceria com o Sesc São Paulo.

O tema deste ano é "Quem lê faz grandes amigos", assinatura que destaca o poder da leitura em criar conexões entre diferentes pessoas, gerações e culturas. A programação terá mais de 600 autores convidados (veja nomes e mais detalhes abaixo).

Como comprar ingressos para a Bienal do Livro?

A venda online de ingressos para a Bienal está disponível no site oficial do evento. As entradas custam R$ 35 a inteira e R$ 17,50 a meia-entrada. Os visitantes que comprarem os ingressos antecipadamente (até 5 de setembro) ainda receberão um cashback (retorno) de R$ 15 para a inteira e R$ 10 para a meia-entrada.

Esse cashback poderá ser usado no evento para a compra de um livro em um dos estandes dos expositores. Segundo Sevani Matos, a expectativa é atingir R$ 3 milhões em cashback. Ela diz que a ação é benéfica para a organização, para o público e para os expositores. Também será possível adquirir entradas presencialmente, nas bilheterias, durante dos dias de evento, mas sem o cashback.

Convidado de honra

Neste ano, a Colômbia será o convidado de honra da Bienal e terá uma área de 300 metros quadrados dedicada à literatura do país. Serão mais de 20 autores, chefs e personalidades colombianas presentes, como Andrea Cote, Margarita García Robayo, Erna von der Walde, Gilmer Mesa e Dipacho.

Autores confirmados na Bienal do Livro de São Paulo 2024

A 27ª edição da Bienal do Livro de SP contará com 683 autores nacionais e 33 autores estrangeiros. Os brasileiros representam 95% da programação, o que, segundo a organização, conversa com o objetivo do evento de dar maior visibilidade para escritores do País, incluindo autores independentes e menos conhecidos do grande público.

Os destaques internacionais - além dos colombianos já citados - são Jeff Kinney, autor da série infanto-juvenil Diário de um Banana, Elma Van Vliet, criadora das coleções Tesouros de Família e Um Livro Sobre Nós, Hannah Nicole Maehrer, autora do best-seller Assistente do Vilão e Lynn Painter, de Melhor do que nos filmes, sucesso entre o público jovem.

A cantora e atriz Hayley Kiyoko vem ao Brasil pela primeira vez no evento. Ela escreveu o livro Girls Like Girls: Uma história de Amor entre Garotas, cuja história é inspirada por sua música e videoclipe de mesmo nome. Hwang Bo-Reum, autora de Bem-vindos à livraria Hyunam-dong, fenômeno da healing fiction, também vem ao evento, assim como John Scalzi, autor de Guerra do Velho e Encarcerados.

Outros grandes nomes são Abby Jimenez, autora de Para Sempre Seu, Carley Fortune, de Depois Daquele Verão, e Brittainy Cherry, de O Ar Que Ele Respira, que vão lançar novos livros na feira literária. O jornalista italiano Leonardo Guzzo, autor de um romance inspirada na vida de Ayrton Senna, também vem à feira literária.

Entre os brasileiros, destaque para Mario Sérgio Cortella, Raul Juste Lores, Aguinaldo Silva, Maria Adelaide Amaral, Stênio Gardel, Ailton Krenak, Monja Coen, Thalita Rebouças, Clovis Bulcão, Flávia Martins de Carvalho, Bela Gil, Carla Pernambuco, Nizan Guanaes, Felipe Neto, Junior Rostirola, Kiusam Oliveira, Itamar Vieira Junior, Kleber Lucas, Yaguarê Yamã, Auritha Tabajara, Xico Sá, Bruna Lombardi, Filipe Catto, Ernesto Rodrigues e Padre Júlio Lancellotti.

Nesta sexta-feira, 9, começam a ser distribuídas, no site da Bienal, as senhas online para a retirada de autógrafos.

Organização, espaços e programação

Mayra Nardy, da RX, diz que o aumento em 15% do espaço vai ajudar na circulação pelo evento, que costuma receber críticas, em especial aos finais de semana, quando a Bienal recebe seu maior público. De acordo com ela, todas as ruas entre os estandes e terão ao menos 10 metros de largura.

Com relação à programação cultural, serão mais de 2 mil horas de palestras, bate papos, encontros e outras atividades diversas divididas em 12 espaços. São eles:

- Arena Cultural Paper Excellence, com bate-papos e palestras com autores nacionais e internacionais

Cozinhando com Palavras, dedicado ao setor de livros de gastronomia

- Espaço Infâncias, com atividades educativas e lúdicas para o público escolar

- Salão de Ideias Banco CAF, com debates sobre discussões atuais de relevância social e cultural

- BiblioSesc (Praça da Palavra e Praça de Histórias), com contação de histórias e espetáculos de música e literatura

- Espaço Cordel e Repente, com debates, apresentações e outros atividades sobre a literatura de cordel

Papo de Mercado MVB, dedicado a temas relacionados ao mercado do livro

- Espaço Educação, um novo espaço, dedicado a promover discussões sobre educação ambiental, inovação e políticas educacionais

- Auditório Edições Sesc São Paulo, com encontros organizados a partir dos livros da editora

- Auditório Ziraldo, batizado em homenagem ao escritor, que promove encontros entre autores e leitores com atividades organizadas pelas próprias editoras

- Espaço de Autógrafos By Suzano, com 150 visitantes por sessão e distribuição antecipada de senhas a partir de 9 de agosto

- Arena de Entrevistas Skeelo, outra novidade, em que influenciadores literários entrevistarão autores

- Espaço Prêmio Jabuti, dedicado a aproximar os leitores dos vendedores do Jabuti e do Jabuti Acadêmico

Diana Passy, curadora da Arena Cultural Paper Excellence, que costuma ser o maior destaque dentro da programação, disse que uma das preocupações da curadoria era contemplar todos os tipos de leitores, de idades e perfis diferentes. Os autores que passarão por lá incluem os brasileiros Conceição Evaristo e Pedro Bandeira e, entre os estrangeiros, Jeff Kinney e Lynn Painter.

Sevani Matos reforçou que os curadores foram pautados pela bibliodiversidade e pela inclusão, buscando oferecer uma programação que tornasse a Bienal mais democrática a autores e leitores e que reforçasse o tema "Quem lê faz grandes amigos".

A programação completa fica disponível já nesta quinta no site da Bienal do Livro de SP.

Transfer gratuito

Como de costume, a Bienal vai oferecer um transfer gratuito ao pavilhão do Anhembi. Os ônibus sairão da estação Portuguesa-Tietê (linha norte-sul) em todos os dias de evento uma hora antes da abertura e, no retorno, em até uma hora após o fechamento.

Em outra categoria

A Colorado do Brás abriu os desfiles do grupo especial de São Paulo do carnaval paulistano na noite desta sexta-feira, 28, no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da cidade. A agremiação que completa 50 anos levou para a passarela o enredo Afoxé Filhos de Gandhy, no ritmo da fé, que faz uma homenagem ao tradicional bloco carnavalesco Filhos de Gandhi, que nasceu em Salvador na década de 1940.

Na sequência, já invadindo a madrugada de sábado, 1° de março, desfilarão Barroca Zona Sul (0h05), Dragões da Real (1h10), Mancha Verde (2h15), Acadêmicos do Tatuapé (3h20), Rosas de Ouro (4h20) e, para fechar o primeiro dia de apresentação, Camisa Verde e Branco (5h30).

As escolas prometem colocar na avenida enredos que valorizam a história dos negros no carnaval, com referências à cultura e às religiões de matriz africana, como a Barroca Zona Sul, com Os nove oruns de Iansã. A Dragões da Real, segunda colocada do carnaval de 2024, sob a regência do carnavalesco Jorge Freitas, vai se inspirar na música Aquarela para fazer o seu cortejo, costurado pelo enredo A vida é um sonho pintado em aquarela!

Com Bahia, da Fé ao Profano, a bicampeã Mancha Verde fará um desfile que buscará valorizar as festas carnavalescas da Bahia, preenchidas de fé e dança; enquanto Rosas de Ouro apostará no tema do jogos de sorte e a sua importância para moldar uma sociedade que sempre busca pelas vitórias. O enredo da escola heptacampeã será Rosas de Ouro em uma Grande Jogada.

Acadêmicos do Tatuapé levará para o Sambódromo um enredo voltado para falar sobre a Justiça e as desigualdades, enquanto Camisa Verde Branco, já na parte da manhã, vai animar os foliões com O tempo não para! Cazuza - o poeta vive!, uma homenagem ao cantor e compositor brasileiro, que morreu em 1990, aos 32 anos, vítima de AIDS.

Antes do início do desfile das escolas do grupo especial, foi realizada a apresentação das velhas-guardas de São Paulo, um cortejo realizado desde 2022, em homenagem aos integrantes com anos de história nas agremiações.

O desfile deste ano foi o primeiro após a morte do sambista Carlos Alberto Caetano, o Seo Carlão do Peruche, o último baluarte do carnaval e um dos fundadores da Unidos da Peruche, em 1956. Ele morreu no último dia 17, aos 94 anos. Na alegoria que abriu o desfile, uma fita preta com as pontas se cruzando, em sinal de luto, foi anexada ao brasão da Velha Guarda.

Os integrantes das tradicionais escolas paulistanas cruzaram o Sambódromo ao som do samba Tristeza, composição de Haroldo Lobo e Nilton de Souza, mas marcada na voz de Beth Carvalho. E foram guiados pelos estandartes erguidos para marcar a divisão entre cada agremiação.

Filhos de Gandhi abrem o desfile das escolas do grupo especial

A Colorado do Brás iniciou o seu desfile com uma comissão de frente trazendo os estivadores, fundadores do bloco Filhos de Gandhi, tradicional afoxé da Bahia realizado desde 1940, escolhido como enredo pela escola. Deusas indianas e também representações de Gilberto Gil, Clara Nunes e Caetano Veloso, artistas com ligações ao afoxé e às religiões de matriz-africana, também apareceram neste início de cortejo.

À frente de todos, uma representação de Padê de Exú, entidade para qual os membros do afoxé recorrem para permitir permissão antes de iniciar as festividades. Atrás, a figura de Mahatma Gandhi, pacifista que morreu em 1948 - um ano antes da fundação do afoxé.

O carro abre-alas trouxe quatro grandes elefantes guiados por um deus indiano e, atrás, uma imponente escultura de Gandhi com as mãos em gesto de agradecimento. Na sequência, a ala Comendo Coentro relembra as origens do afoxé, cujo primeiro nome, antes de ser batizado de Filhos de Gandhi, foi justamente "Comendo Coentro".

A alegoria seguinte trouxe uma grande escultura de Iemanjá, a protetora dos pescadores. Com luzes azuladas, e os integrantes fazendo coreografias com os guarda-chuvas, ao ritmo do samba-enredo, o carro alegórico soltava bolhas de sabão que se espalharam pelo Sambódromo.

Outra ala que a Colorado trouxe para a avenida foi o Camafeu Oxossi, em homenagem a Ápio Patrocínio, que assume a presidência do afoxé após uma crise financeira na década de 1960, e se torna o responsável por dar as diretrizes espirituais do bloco.

O terceiro carro alegórico trouxe representações do Padê Exú e de outros rituais que são evocados para trazer proteção ao bloco, que foi seguido pela ala Filhos de Gandhi, com as roupas típicas do afoxé, com camisetas brancas, detalhadas em azul e turbante.

A última alegoria, que fechou o cortejo da Colorado do Brás, ergueu o Pelourinho, bairro do centro histórico de Salvador com uma grande pomba branca de asas abertas, simbolizando a paz - um dos princípios do afoxé, que encontrou no pacifismo indiano uma direção para o bloco. O carro, com crianças e representações de artistas brasileiras, desfilou pela avenida borrifando cheiro de alfazema para a plateia.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, criticou a decisão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de cancelar os acordos de cooperação técnica que a corporação mantinha com os Ministérios Públicos estaduais.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, 28, o chefe do MP de São Paulo afirma que a medida causa "perplexidade" e "vai na contramão da lógica mundial" de buscar cooperação e integração entre as instituições de combate ao crime organizado.

"O enfraquecimento de qualquer parceria entre instituições de Estado voltadas ao combate à criminalidade, no presente momento histórico, acarreta risco de pronta redução da segurança da sociedade paulista", diz a manifestação.

Em São Paulo, a parceria entre o Ministério Público e a PRF desencadeou investigações importantes, como a Operação Fim da Linha, que revelou a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) em contratos públicos de transporte, e a Operação Salus et Dignitas (Segurança e Dignidade) sobre o controle exercido pela facção na Cracolândia.

A Polícia Rodoviária Federal afirma que suspendeu os convênios temporariamente para se adequar a novas regras editadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo a corporação, a equipe técnica da pasta tinha "dúvidas" sobre a "segurança jurídica" das parcerias e operações.

A PRF afirma que, nos próximos 30 dias, vai trabalhar em parceria com o Ministério da Justiça e com a Polícia Federal para "sanar eventuais fragilidades e revalidar estas parcerias estratégicas".

Leia a íntegra da nota do procurador-geral de Justiça de São Paulo:

"Esta Procuradoria-Geral de Justiça externa total apoio à nota da Presidência do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas-GNCOC publicada nesta sexta-feira (28/2), comungando da grave preocupação com a decisão de a Polícia Rodoviária Federal romper parcerias institucionais com os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECOs) dos Ministérios Públicos Estaduais.

A medida, divulgada na quinta-feira pela Direção-Geral da Polícia Rodoviária Federal, expressa no OFÍCIO-CIRCULAR Nº 3/2025/DG, vai na contramão da lógica mundial de se buscar cooperação e integração interinstitucionais de atores do Estado, os quais têm como missão comum a segurança pública.

Tanto mais perplexidade causa essa notícia em um momento de fortalecimento das estruturas e, até mesmo, de parcerias realizadas por grupos criminosos organizados. Sabe-se bem que algumas facções nacionais são as mais proeminentes em todo o continente americano, dominando as rotas de tráfico nacionais e do Cone Sul.

Da integração entre a Polícia Rodoviária Federal e o GAECO/MPSP resultaram grandes trabalhos, especialmente no enfrentamento à criminalidade mais organizada, e, tantas vezes, na proteção ambiental.

O enfraquecimento de qualquer parceria entre instituições de Estado voltadas ao combate à criminalidade, no presente momento histórico, acarreta risco de pronta redução da segurança da sociedade paulista."

O Estado de São Paulo registrou alta de estupros e furtos no começo deste ano, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 28, pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Em contrapartida, homicídios, roubos e latrocínios (roubos seguidos de morte) apresentaram quedas.

Em nota, a secretaria afirma que "as forças de segurança paulistas têm trabalhado em ações de prevenção e combate a todas as modalidades criminais, principalmente àquelas contra a vida, uma das prioridades da gestão".

Conforme a pasta, 18,6 mil suspeitos foram presos ou apreendidos em janeiro, 11,2% a mais do que no mesmo mês do ano passado. A secretaria destaca ainda que o índice de veículos recuperados, como carros, motos e caminhões, cresceu 3,8%, com 3,9 mil registros.

Conforme os dados divulgados pela gestão estadual nesta sexta, os furtos cresceram 3,27% no Estado de São Paulo em janeiro deste ano. Foram 48.026 registros no último mês - o equivalente a cerca de 131 ocorrências por dia -, ante outros 46.507 em janeiro de 2024.

A alta rompe com o que vinha sendo observado. No ano passado, como mostrou o Estadão, os furtos também apresentaram queda de 3,5% nos casos. Foram registrados 555,8 mil casos de janeiro a dezembro, ante 576,2 mil em todo o ano de 2023, queda.

Já os estupros tiveram novo aumento em janeiro deste ano, seguindo a mesma tendência observada no ano passado, quando esse tipo de crime saltou 0,45%. No mês passado, foram 1.286 casos no Estado, alta de 7,53% ante o mesmo mês do ano passado.

Apesar de aumento expressivo em 2024, com uma série de casos de repercussão, os latrocínios caíram 11,76%, com 15 ocorrências em janeiro deste ano, ante 17 no mesmo período do ano passado.

Janeiro deste ano ficou marcado pelos latrocínios do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, de 32 anos, morto durante assalto no bairro Chácara Santo Antônio, na zona sul da capital, e de Vitor Rocha e Silva, de 23 anos, assassinado após ser baleado em assalto em Pinheiros, zona oeste.

Na contagem, ainda não entram casos como o do ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, que foi morto a tiros na manhã do último dia 13 nas proximidades do Parque do Povo, no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo. Ele estava em sua bicicleta quando foi abordado por dois assaltantes.

Os dados divulgados nesta sexta indicam que, após atingir o mínimo histórico no ano passado, os roubos tiveram redução de 9,36% no começo deste ano: foram de 17.622, em janeiro do ano passado, para 15.972, no mês passado.

No mesmo recorte, a quantidade de vítimas de homicídio caiu 3,07%: de 228 para 221. A manutenção do número de casos (215) fez essa modalidade de crime se manter no menor patamar para o mês de janeiro da série histórica, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

Em nota publicada no site, a pasta afirmou que "o aperfeiçoamento das políticas públicas e dos sistemas integrados de comando e controle favoreceram chegar ao atual patamar". "Além disso, houve ações para a melhoria de procedimentos, ações e equipamentos das forças de segurança", acrescentou.

A secretaria destacou que, entre outras ações, investe no aumento da presença de efetivo nos pontos mapeados como mais vulneráveis da capital e do Estado e nas tecnologias da atividade policial.

"A Secretaria utiliza o SP Vida, ferramenta que permite monitoramento minucioso dos indicadores para desenvolvimento de estratégias e políticas públicas de prevenção e enfrentamento, com trabalho integrado entre as poli´cias Civil, Militar e Técnico-Científica", afirmou. A pasta afirma que a manutenção do número de homicídios é resultado direto disso.

"Quanto aos estupros, a SSP tem ampliado a proteção às vítimas, com 141 Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) no Estado, sendo 11 com atendimento 24h. Também foram instaladas 152 Salas DDM, que funcionam com plantões 24h, além da DDM Online, que oferece atendimento via videoconferência", acrescentou.

A secretaria afirma que o trabalho integrado entre as forças policiais, aliado ao uso de sistemas de inteligência e reforço no policiamento ostensivo, permitiu um aumento na produtividade policial em janeiro.

Em contrapartida, os roubos caíram de 10.355 casos, em janeiro do ano passado, para 9.180, no último mês, o que representa uma queda de 11,35%.

Os latrocínios, por sua vez, tiveram redução de 42,86% na capital. Foram 7 ocorrências em janeiro do ano passado. No último mês, foram 4 casos.