Como é 'Verão de Lenço Vermelho', livro banido na Rússia que viralizou no TikTok

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Você já ouviu falar em Verão de Lenço Vermelho? O livro voltou a movimentar as redes sociais, desta vez no Brasil, depois de ser publicado pela Editora Seguinte no País em julho. Banido na Rússia, o romance LGBT+ fez com que as autoras, a ucraniana Katerina Silvánova e a russa Elena Malíssova, tivessem de deixar o país após receberem ameaças de morte.

O sucesso do livro na Rússia aconteceu há dois anos, depois que Verão de Lenço Vermelho viralizou no TikTok - atualmente, são mais de 40 mil publicações com o título do livro em russo na rede de vídeos. Publicado por uma editora independente à época, a obra permaneceu por várias semanas na primeira colocação da lista de mais vendidos.

A história gira em torno dos jovens Iura, de 16 anos, e Volódia, de 19 anos. Os dois vivem um romance, proibido na União Soviética nos anos 1980, em um acampamento no verão de 1986. Vinte anos depois, Iura volta ao local para relembrar o seu primeiro amor.

A história e o sucesso do livro incomodaram ativistas anti-LGBT+, que chegaram a criar uma campanha para banir Verão de Lenço Vermelho da Rússia. As críticas acusavam o livro de ser "propaganda" ocidental e LGBT+, além de "distorcer" a história da União Soviética. Segundo o The New York Times, o escritor Zakhar Prilepin, ex-membro da Duma Federal da Rússia, chegou a sugerir que a editora responsável pela publicação fosse incendiada.

Em março, a Rússia incluiu o "movimento internacional LGBT" a uma lista de "terroristas e extremistas". Desde 2013, uma lei na Rússia proíbe "a propaganda" de "relações sexuais não tradicionais" entre menores. A legislação foi ampliada no final de 2022, época do sucesso de Verão de Lenço Vermelho, para proibir qualquer forma de "propaganda" LGBTQIA+ na mídia, internet, livros e filmes.

A russa Elena Malíssova deixou o país no mesmo ano. Em 2023, ela se estabeleceu na Alemanha. A autora nasceu em uma cidadezinha soviética no fim dos anos 1980 e, nos anos 2000, se mudou para Moscou.

Katerina Silvánova, natural de Kharkiv, na Ucrânia, onde vive hoje, conheceu Elena quando tinha 24 anos. Depois de criarem uma amizade, as duas começaram a trabalhar em Verão de Lenço Vermelho.

Serviço:

Verão de Lenço Vermelho

Autoras: Elena Malíssova e Katerina Silvánova

Editora Seguinte, 464 páginas

Preço: R$ 79,90 (impresso); R$ 39,90 (ebook)

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A segunda noite de desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro começa às 22h desta segunda-feira, 3, no sambódromo da Marquês de Sapucaí, e vai reunir Unidos da Tijuca, Beija-Flor, Salgueiro e Vila Isabel.

A Unidos da Tijuca vai discorrer sobre o orixá Logun-Edé, entidade que é filho de Oxum, a deusa das águas doces, e Oxóssi, caçador e protetor das florestas. O orixá será representado pelo ator e cantor Thiago Tomé.

A cantora Anitta é uma das autoras do samba-enredo, que tem sido bastante elogiado - mas quem canta é Ito Melodia, o intérprete oficial da escola. Edson Pereira é o carnavalesco da agremiação da zona norte.

A segunda escola a desfilar é a Beija-Flor, que deve começar sua apresentação às 23h30 desta segunda-feira. A agremiação de Nilópolis vai prestar uma homenagem a Laíla, o mais importante diretor de carnaval da história da escola. Ele morreu em 18 de junho de 2021, aos 78 anos, vítima de covid-19.

Em três passagens pela Beija-Flor, a última encerrada em 2018, Laíla participou de mais de 30 carnavais e foi responsável por momentos históricos, como a alegoria do Cristo esfarrapado que desfilaria em 1989 e a frase no plástico preto que afinal cobriu a imagem: "Mesmo proibido, olhai por nós".

A última agremiação a se apresentar na Sapucaí, a partir das 2h30 de terça-feira, será a Vila Isabel, com o enredo "Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece!". O carnavalesco Paulo Barros promete surpreender o público mostrando como as assombrações se manifestam na vida das pessoas, segundo o imaginário popular, desde a infância até a morte.

O desfile da Beija-Flor terá outro atrativo especial: será a despedida de Neguinho da Beija-Flor, de 75 anos, da função de intérprete da escola, após exatos 50 anos no posto.

Ele começou em 1976, ano em que a Beija-Flor ganhou seu primeiro título, com música de sua autoria ("Sonhar com Rei dá Leão"). Depois, foi o cantor de mais 13 vitórias, nove delas a partir da inauguração do sambódromo, em 1984.

A terceira escola a desfilar, à 1h de terça-feira, será o Salgueiro, que vai apresentar o enredo "De Corpo Fechado", sobre a relação do ser humano com a espiritualidade e a busca por proteção divina. O samba é um dos mais ouvidos deste ano nos aplicativos de música, e um dos autores é Xande de Pilares.

O desfile deve terminar às 4h, e então vai começar a roda de samba na Praça da Apoteose, onde ocorre a dispersão das escolas. A Liga Independente das Escolas de Samba contratou quatro rodas de samba - Beco do Rato, Cacique de Ramos, Samba do Trabalhador e Terreiro de Criolo -, mas até a conclusão deste texto não havia confirmado qual delas será a atração da segunda noite de desfiles.

Na primeira noite, no domingo, desfilaram Unidos de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense, Viradouro e Mangueira. Pela primeira vez os desfiles foram divididos em três dias, e na terça-feira ainda vão desfilar, também a partir das 22h, Mocidade Independente, Paraíso do Tuiuti, Grande Rio e Portela.

Um incêndio atingiu na manhã desta segunda-feira, 3, uma edificação comercial localizada na Rua 25 de Março, no centro de São Paulo. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o fogo teve início no terceiro andar do edifício, atingindo materiais altamente inflamáveis, como tecidos e plásticos.

A corporação foi acionada às 7h59 e, inicialmente, mobilizou seis viaturas para o local. Com a evolução das chamas, o efetivo foi ampliado para 34 bombeiros e 11 viaturas, que trabalharam no combate ao fogo. Ao todo, cerca de 60 metros quadrados da estrutura foram danificados.

Por volta das 11h, o incêndio foi completamente extinto, sem registro de vítimas. O local foi isolado para avaliação dos danos e segurança da estrutura. As causas ainda serão investigadas.

Policiais militares prenderam cinco pessoas que tentavam resgatar um balão de 18 metros que caiu nas imediações do aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade, neste domingo, 2. De acordo com a PM, havia risco ao espaço aéreo.

Procurada, a Aena, concessionária responsável pelo aeroporto, ainda não se manifestou.

Agentes do 2º Batalhão de Policiamento Ambiental receberam informações sobre a presença de diversos balões nas proximidades das pistas do aeroporto de Congonhas.

Um deles, que media 18 metros de altura, foi identificado perdendo altitude na altura da rua Vergueiro, uma das mais movimentadas da zona sul. O balão possuía uma bandeira de 25 metros, impulsionado por uma tocha incendiária.

De acordo com relatos dos policiais, cerca de 100 indivíduos em motocicletas tentaram resgatar o balão quando ele caiu na rua General Chagas Santos. Alguns tentaram escalar alguns portões de residências para resgatar o balão, ainda na versão dos policiais.

Cinco indivíduos foram detidos, mas responderão ao processo em liberdade. A multa aplicada foi de R$ 20 mil. Soltar balão é crime ambiental e pode render até três anos de prisão.

Ele foi retirado de três residências e um estabelecimento comercial, com riscos de incêndio e curto-circuito na rede elétrica. O balão foi levado à sede da 2ª Companhia de Policiamento Ambiental, onde será destruído.