Rock in Rio: pela 1ª vez, festival vai permitir garrafa com tampa e usar copo reutilizável

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Pela primeira vez, quem for ao Rock in Rio, festival de música que ocorrerá de 13 a 22 de setembro na zona oeste do Rio de Janeiro, poderá levar garrafa plástica fechada, desde que transparente, de até 500 ml e vazia. Nas edições anteriores era permitido levar garrafas cheias d'água mas sem tampa, para evitar que fossem usadas para machucar alguém. Agora, o manuseio de garrafas será facilitado, e as pessoas poderão abastecê-las de graça com água em qualquer dos 176 bebedouros distribuídos pela Cidade do Rock, onde o evento será realizado.

Na terça-feira, 27, o Governo Federal decidiu, em uma Portaria assinada pela Secretaria Nacional do Consumidor, órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que grandes eventos como shows e festivais terão de distribuir água de graça para o público até o fim do ano, além de permitir a entrada de garrafas para uso pessoal.

A resolução foi motivada pelas ondas de calor extremo que atingiram o Brasil nos últimos anos. Conforme a Portaria, eventos de grande porte deverão permitir o acesso de garrafas de uso pessoal - feitas de materiais que não comprometam a segurança - e instalar "ilhas de hidratação" gratuitas e de fácil acesso para que os presentes possam reabastecer os recipientes.

Outra novidade do Rock in Rio, que chega à décima edição e comemora os 40 anos da primeira, realizada em janeiro de 1985, vai usar copos reutilizáveis. A organização estima que a iniciativa vai evitar a geração de 14 toneladas de resíduos. Na edição anterior, em 2022, foram distribuídos 2,4 milhões de copos, dos quais 2,2 milhões foram recuperados e encaminhados como resíduos.

Cada bebida será servida em um copo específico de sua marca: Heineken, Coca-Cola, Schweppes Mixed e Red Bull terão copos personalizados, e serão distribuídas cordinhas para pendurar o copo ao corpo. Ao retornar com o copo do mesmo produto para a segunda compra, os consumidores receberão desconto.

Para agilizar o atendimento, o copo será trocado por um limpo, já abastecido com a mesma bebida, enquanto o usado será enviado diretamente para a higienização, retornando para uso após a limpeza. O desconto será válido para as compras do mesmo produto. Caso a pessoa queira mudar de bebida, será necessário comprar o copo correspondente à nova escolha.

Festival promove ações sociais

Nesta sexta-feira, 30, a organização do festival recebeu a imprensa na Cidade do Rock para expor as ações sociais promovidas simultaneamente à edição deste ano. As duas principais são parcerias com a ONG Ação da Cidadania e com a Rede Gerando Falcões. Os jornalistas puderam visitar as obras da Cidade do Rock, que está em fase de conclusão. Restando 14 dias para a abertura do Rock in Rio, os palcos e as demais áreas estão praticamente prontas. Dezenas de operários trabalham para finalizar a montagem, já tem praça de alimentação funcionando e é possível até ouvir música - por enquanto, emitida por aparelhos de alguns trabalhadores.

A parceria com a Ação da Cidadania é antiga e por meio dela, em maio passado, o Rock in Rio se comprometeu a doar 1,5 milhão de refeições para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. O público do festival também pode contribuir, fazendo doações no site oficial ou durante a compra de ingressos ou participando do tradicional leilão de guitarras, com os instrumentos autografados por alguns dos músicos que vão se apresentar no evento.

A parceria do Rock in Rio com o Gerando Falcões é inédita e envolve a aplicação de um projeto chamado Favela 3D em duas áreas do morro da Providência, primeira favela do Rio de Janeiro, no centro da capital. A iniciativa envolve obras em áreas públicas e atenção especial a 250 famílias moradoras da comunidade.

As obras nas praças do Buraco e Sessenta começaram em julho e devem terminar no próximo dia 15. A reforma inclui brinquedos para as crianças, paisagismo, instalações artísticas, bancos, iluminação em led, pintura de fachadas e melhora de pisos e calçadas. A outra etapa, de atenção aos moradores, já identificou que 75% das crianças e dos jovens estão matriculados na escola, 85% dos moradores são alfabetizados, 22% das pessoas têm qualificação profissional e 59% estão empregadas no mercado de trabalho. A meta é atingir 100% em todos esses indicadores.

"Queremos ser um motor de mudança para um mundo melhor. Sabemos do impacto que o festival tem e como essa influência pode inspirar transformações, tanto na forma como as pessoas pensam quanto nas práticas do dia a dia. Neste ano em que celebramos os nossos 40 anos de história, estamos com dois projetos que vão mudar vidas. A chegada do Favela 3D no festival e a parceria que mantemos com a Ação da Cidadania são a essência do nosso trabalho: unir as pessoas para criar mudanças reais e positivas. Esperamos que os 40 anos do Rock in Rio sirvam de prova de que vale a pena acreditar em um futuro melhor e trabalhar para alcançá-lo", afirmou Roberta Medina, vice-presidente executiva da Rock World, empresa organizadora do Rock in Rio.

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O corpo de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, adolescente encontrada morta nesta quarta-feira, 26, após ficar sete dias desaparecida, tinha muitas marcas de violência. O corpo foi localizado em uma trilha no bairro Ponunduva, na zona rural de Cajamar por uma equipe da Guarda Municipal.

A Justiça decretou a prisão do ex-namorado dela, suspeito de envolvimento no crime. Até a última atualização desta reportagem, porém, ele era considerado foragido.

De acordo com a GCM, a adolescente tinha ferimentos profundos na garganta. O corpo estava nu e parcialmente esquartejado, sinais indicativos de crueldade. Os cabelos longos dela tinham sido raspados e os braços estavam amarrados com uma fita plástica. Como o corpo pode ter permanecido um certo tempo no local. Há também a hipótese de que alguns ferimentos tenham sido causados por animais.

Questionada sobre a violência sofrida pela adolescente, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) diz que foram requisitados exames periciais ao Instituto Médico Legal (IML) para o corpo da vítima. Os laudos estão em elaboração.

Os agentes que participaram das buscas acreditam que Vitória foi mantida em cativeiro por alguns dias, antes de ter o corpo levado para o local de mato, entre a Estrada Francisco Missé e a João Felix Domingues, próximo ao Sítio São Pedro. É que, no início das buscas, os cães farejadores do canil da GM já tinham passado por aquele local.

Os familiares de Vitória reconheceram o corpo pelas tatuagens e pelo piercing que ela usava. A prefeitura de Cajamar mobilizou mais de 100 agentes, entre guardas municipais e integrantes da Defesa Civil, nas buscas por Vitória.

Foram usados cães farejadores do Canil da GM. "Desde o desaparecimento de Vitória, todos os esforços foram mobilizados, incluindo a atuação intensa da Guarda Civil Municipal, que, com o apoio de cães farejadores, contribuiu para a localização do corpo", diz em nota o prefeito Kauãn Berto (PSD)

A prefeitura decretou luto oficial de três dias pela morte da jovem. A SSP informou que as investigações prosseguem. Foram colhidos depoimentos de 14 pessoas, entre elas o ex-namorado da vítima, que teve o pedido de prisão temporária decretado pela Justiça. Diligências estão em andamento para cumprir o mandado de prisão.

O fenômeno climático natural La Niña, que acontece desde dezembro de 2024, deve ser mais curto do que o habitual, de acordo com a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), piorando as condições de calor ao redor do mundo.

Em relatório recém divulgado pela OMM, o La Niña vigente é definido como um "evento fraco" e incapaz de frear o aumento das temperaturas globais - no ano passado, meteorologistas já se preocupavam com o atraso do início do fenômeno.

Mas isso não significa, necessariamente, que teremos um retorno rápido do El Niño, fenômeno que alterna com o La Niña e geralmente provoca temperaturas mais altas nas regiões tropicais, como no Brasil.

"Previsões dos Centros Globais de Produção da OWM indicam que as atuais temperaturas da superfície do mar, mais frias que a média no Pacífico equatorial, devem retornar ao normal", diz a OMM.

"Há uma probabilidade de 60% de que as condições voltem a condições neutras de ENSO (nem El Niño nem La Niña) durante março-maio de 2025, aumentando para 70% em abril-junho de 2025."

Ou seja, o fenômeno pode durar cerca de seis meses, enquanto em condições normais, segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, poderia ter mais de um ano de duração.

A probabilidade de desenvolvimento do El Niño, conforme a OMM, é "insignificante" durante o período de previsão, de março a junho. Mas a incerteza nas previsões de longo prazo é "maior que a usual" devido à barreira de previsibilidade da primavera boreal, afirma a organização.

O que é o La Niña?

O La Niña consiste no resfriamento em grande escala das temperaturas da superfície do oceano Pacífico equatorial, especialmente na sua região central e oriental. Ele causa mudanças na circulação atmosférica tropical, incluindo os ventos, a pressão e os padrões de chuva. Geralmente, anos sob influência do La Niña são mais frios, enquanto os de El Niño são mais quentes.

As mudanças climáticas têm bagunçado os fenômenos e é a isso que a OMM credita este La Niña mais fraco - nos primeiros meses de 2025, o Brasil e o mundo têm batido recordes de calor em meio ao fenômeno, que deveria provocar resfriamento maior que o do El Niño, influente nos últimos anos.

"As mudanças climáticas induzidas pelo homem estão aumentando as temperaturas globais, exacerbando o clima e o tempo extremos, e impactando os padrões sazonais de chuva e temperatura", ressalta o relatório divulgado pela organização mundial.

Com temperaturas da superfície do mar acima do normal previstas para persistir em todos os principais oceanos - exceto pelo Pacífico oriental próximo ao equador -, as últimas previsões do relatório Atualizações Climáticas Sazonais Globais regulares (GSCU, na sigla em inglês) indicam temperaturas acima da média em quase todas as áreas terrestres do mundo.

Um ônibus da empresa Viação 1001 caiu em uma ribanceira na Rodovia Presidente Dutra, na manhã desta quinta-feira, 6. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o veículo subiu o meio-fio e tombou após manobra do motorista. Um menino de 13 anos chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. 45 pessoas estavam dentro do ônibus. Ao todo, 26 pessoas ficaram feridas. O Estadão procurou a Viação 1001 e aguarda retorno.

"Durante manobra realizada pelo motorista (do ônibus) uma das rodas do ônibus subiu nesse meio-fio e o veículo perdeu o equilíbrio, caindo na ribanceira. Com o peso do ônibus a sarjeta do meio-fio danificou-se, mas o asfalto do acostamento está intacto."

Em entrevista à TV Globo, Daniel Nascimento, pai do menino de 13 anos, disse que o acidente ocorreu por imprudência do motorista.

"Eu estava acordado, é difícil dormir numa viagem à noite, ainda mais sendo motorista. Eu lembro que o ônibus veio pra direita e caiu numa vala né? E ficou preso. O motorista, ao invés de puxar o maneco do freio e liberar os passageiros para descer em segurança, ele foi dar ré no ônibus. O ônibus tombou e matou meu filho. Meu filho só tinha 13 anos", disse.

De acordo com os bombeiros, um homem de 23 anos teve um traumatismo de quadril e um adolescente de 15 teve ferimento na cabeça. Além disso, um homem de 36 anos e duas mulheres, de 22 e 31 anos, se queixavam de dores na costela, coluna e lombar. As seis vítimas foram atendidas pelo Corpo de Bombeiros e ao hospital.

Outras 11 vítimas foram socorridas no local pela CCR, concessionária da rodovia, e nove pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Os 19 passageiros restantes não apresentavam ferimentos e foram encaminhados a um posto Graal próximo, conforme o Corpo de Bombeiros.