Filha de Vitor Belfort faz carta para tia desaparecida, confira

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Vitória Belfort, filha de Vitor Belfort e Joana Prado, publicou uma carta em vídeo para sua tia Priscila Belfort, desaparecida há 20 anos. O caso é tema da série documental Volta Priscila, que passou a integrar o catálogo do Disney+ na última quarta-feira, 25.

Na homenagem divulgada nas redes sociais pela jovem de 16 anos, ela resgata imagens da tia e faz um depoimento emocionante: "Querida tia Pri, nós sentimos sua falta. Mesmo que eu nunca tenha te conhecido, sinto que seríamos melhores amigas. Hoje, assisti ao seu documentário e consegui ver quem vem você era."

"Para ser honesta, sinto que te conhecia. Tia Pri, você era linda, gentil, amorosa, inocente, criativa, engraçada, sorridente, e eu poderia continuar. Esta carta é para você. Nós não sabemos onde você está, mas Deus, o Todo Poderoso, sabe. Meu pai sempre me dizia quando eu era pequena como você era linda, não apenas por fora, mas também por dentro. Só de olhar para os vídeos seus, posso dizer o quanto você foi tão gentil", continuou ela.

"Muitas vezes imagino como seria se você estivesse aqui. Me pergunto sobre o som da sua voz, o olhar em seus olhos, seu lindo sorriso e todas as pequenas coisas que fazem você ser você. Penso em você com frequência, sobre as conversas que teríamos, as memórias que poderíamos criar, e como minha vida poderia ser diferente com você", disse Vitória. Assista:

Lembre o caso

Priscila desapareceu aos 29 anos em 9 de janeiro de 2004 e o caso segue sem um desfecho. Ela trabalhava na Secretaria do Esporte do Rio de Janeiro e foi vista pela última vez por colegas, por volta das 13h daquele dia, ao deixar o prédio em que trabalhava no Centro do Rio.

Ela saiu da Avenida Presidente Vargas, passou pela Avenida Passos e entrou na Avenida Marechal Floriano. Não há imagens de câmeras que indiquem para onde ela teria ido depois.

Ao longo dos anos, diversas teorias foram levantadas, de sequestro a uma fuga voluntária, e a família Belfort recebeu diferentes pistas de pessoas que diziam ter visto Priscila ou saber algo sobre seu paradeiro. No entanto, em meio às teorias e às pistas falsas, o desaparecimento de Priscila segue sem uma explicação.

O documentário do Disney+ tem quatro episódios e conta com entrevistas com os familiares de Priscila, participantes das investigações e os apresentadores Sonia Abrão e Gilberto Barros, que acompanharam a repercussão do caso na época.

O caso segue em investigação e, segundo o promotor André Luiz Cardoso, que aparece no documentário, a Justiça trabalha com novas informações.

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Um incêndio atingiu a tubulação interna da cozinha do restaurante A Casa do Porco, na Rua Araújo, na República, região central da capital paulista, na tarde da segunda-feira, 18. Ninguém ficou ferido.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, as chamas foram rapidamente controladas pelos bombeiros.

De acordo com a corporação, ao menos cinco viaturas estiveram no local, após acionamento registrado por volta das 15h30 da segunda-feira.

Em razão do incidente, A Casa do Porco não abriu no período da noite.

De acordo com publicação feita nas redes sociais, o restaurante irá abrir normalmente nesta terça-feira, 19. "Estamos fechados para manutenção. Retornaremos normalmente no almoço (desta terça-feira)", publicou.

A Sabesp aprovou a contratação de um financiamento no valor de R$ 1,06 bilhão junto ao International Financial Corporation (IFC), instituição financeira vinculada ao Banco Mundial, informou nesta terça-feira, 19, a empresa. O valor será investido no Programa IntegraTietê, que tem como objetivo expandir a coleta e o tratamento de esgoto no Rio Tietê.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa detalha que o empréstimo tem prazo de pagamento de 10 anos e foi concedido na modalidade "A-Loan", com recursos próprios da IFC.

"O programa IntegraTietê faz parte de uma das obras mais importantes da Sabesp dentro de nossas metas de universalização. Esse é o primeiro financiamento obtido com a IFC especificamente para esse projeto, o que reflete o compromisso da companhia com o desenvolvimento sustentável e melhoria na qualidade de vida das pessoas", disse Daniel Szlak, CFO da Sabesp, em nota.

Até 2029, a Sabesp prevê mais de R$ 60 bilhões em investimentos voltados para a universalização do saneamento básico, segundo a empresa.

Após a divulgação de vídeos que mostram estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) ofendendo alunos da Universidade de São Paulo (USP), durante os Jogos Jurídicos, no sábado, 16, alguns dos estudantes identificados foram demitidos de escritórios de advocacia onde estagiavam. Os alunos da PUC gritavam falas como "pobre" e "cotista" para os colegas da USP.

Arthur Martins Henry, que foi filmado gritando palavrões, foi demitido do Castro Barros Advogados, que tem escritórios em São Paulo, Rio e Distrito Federal. "Informamos que o estagiário envolvido no lamentável ato discriminatório praticado neste fim de semana, tendo como vítimas estudantes da USP, não integra mais o Castro Alves Advogados. O Escritório repudia quaisquer práticas discriminatórias", afirmou, em nota.

Tatiane Joseph Khoury, que foi filmada gritando "ainda por cima é cotista", também foi demitida do Escritório Pinheiro Neto. "O escritório lamenta o episódio ocorrido no último sábado e reitera que não tolera e repudia racismo ou qualquer outro tipo de preconceito. Informamos que a estagiária envolvida nesse episódio não integra mais o escritório", informou.

Outra aluna da PUC também identificada nos vídeos, Marina Lessi de Moraes é estagiária do Escritório Machado Mayer, que disse que "fará as apurações necessárias e avaliará as medidas a serem tomadas". "O escritório reforça que repudia, veementemente, qualquer ato de preconceito ou discriminação. O Machado Meyer tem a diversidade como um de seus pilares essenciais e reitera o seu empenho em garantir um ambiente profissional pautado pela ética e pelo respeito às diferenças."

Até a publicação deste texto, a reportagem não havia conseguido localizar as defesas dos estudantes.

Reações

A PUC-SP não informou quais medidas serão adotadas, mas disse que vai apurar os fatos e "repudia com veemência toda e qualquer forma de violência, racismo e aporofobia". "Lamentamos profundamente o episódio ocorrido com alunos do Direito nos Jogos Jurídicos 2024."

A Federação Nacional de Estudantes de Direito (Fened) e o Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP, emitiram uma nota afirmando que estão articulando, junto a outras entidades jurídicas e do movimento negro, a responsabilização criminal dos autores dos atos discriminatórios. "Não podemos permitir que atitudes como essas continuem a se repetir sem as devidas consequências, pois são o reflexo de uma sociedade que ainda marginaliza os corpos negros e pessoas provenientes de grupos historicamente oprimidos."

Estudante diz que racismo é presente no dia a dia

O episódio deste fim de semana, com frases explícitas de cunho racista e elitista direcionadas a alunos negros da USP, não é algo frequente, segundo a estudante de Direito da PUC Fernanda Ferreira, que participou dos Jogos Jurídicos deste ano e do ano anterior. Ela não estava na partida de handebol, em que o episódio aconteceu, mas afirma não ter conhecimento de cenas com xingamentos tão explícitos anteriormente. "Não tinham acontecido antes, ou se aconteciam ninguém filmou."

No entanto, o preconceito contra cotistas e racismo são presentes no dia a dia da universidade, ela afirma. "A gente sente nos olhares, comentários", diz a estudante, que conta já ter passado por episódios de discriminação "implícitos" por ser bolsista. Ela relata ainda um episódio de constrangimento contra uma professora negra da PUC por alunas.

Procurada, a PUC-SP afirma que promove a inclusão social e racial, por meio de programas de bolsas na graduação e na pós-graduação, bem como de permanência dos estudantes bolsistas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.