Mister M lamenta morte de Cid Moreira: 'Foi através dele que me conheceram, sou muito grato'

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Val Valentino, popularmente conhecido pelo personagem Mister M, ganhou fama no fim dos anos 1990 quando era anunciado no Fantástico pela voz épica de Cid Moreira, que faleceu nesta sexta-feira, 3, aos 97 anos.

O ilusionista norte-americano revelava os segredos por trás de mirabolantes truques de mágica e era chamado de 'Paladino Mascarado', 'Príncipe Negro' ou 'Mago dos Magos', entre outras alcunhas, pelo apresentador antes da popular atração dominical da Globo.

Valentino, que está com 68 anos, lamentou a morte do jornalista em depoimento enviado ao Estadão. "Estou muito triste com a morte de Cid Moreira, mas ao mesmo tempo estou muito feliz por sua vida de muitos sucessos e glórias, que o tornou o maior jornalista que o País já teve. Sou muito grato a Cid Moreira, porque foi através da voz dele que vocês, brasileiros, me conheceram. Estou muito triste, mas temos que homenageá-lo com muita alegria", afirmou.

Um dos rostos e vozes mais conhecidos da televisão brasileira, Cid Moreira estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos após quadro de pneumonia.

Em outra categoria

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, encaminhou nesta sexta-feira, 18, ofícios à Prefeitura de São Paulo, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e à Enel Distribuição São Paulo, solicitando mobilização de equipes após alertas climáticos para o período entre 18 (esta sexta) e 20 de outubro (domingo), na capital paulista. O pedido do Ministério de Minas e Energia (MME) é direcionado também ao governo do Estado.

No caso da Aneel, o acionamento é da equipe de fiscalização junto às concessionárias de distribuição de São Paulo. O documento cita a necessidade de "acionamento da contingência ao enfrentamento de situação que eventualmente enseje a interrupção de energia". A Agência deverá avaliar a mobilização de equipes, pelas concessionárias, no caso da necessidade de recomposição de redes de distribuição.

Na quinta-feira, foi realizada reunião entre o regulador e concessionárias. O ministro pede o apoio do governo do Estado de São Paulo às prefeituras no ponto da regularização urbanística.

A queda de árvores durante o período de chuva e o impacto na rede elétrica foi um dos principais fatores responsáveis pela interrupção do serviço de energia.

O alerta emitido pela Defesa Civil acerca de fortes tempestades e rajadas de vento considera o período que vai desta sexta até domingo em diversas regiões do Estado de São Paulo, incluindo a capital. "Reitero meu entendimento exposto por meio do Ofício de 17 de novembro de 2023, em que manifestei ser premente e necessária a mobilização conjunta entre as equipes da Prefeitura de São Paulo, do Estado de São Paulo e das concessionárias de distribuição de energia elétrica no Estado de São Paulo" disse o ministro em ofício assinado nesta sexta.

O apoio anunciado mais cedo nesta sexta-feira, 18, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para cobrir prejuízos causados pelo apagão na Grande São Paulo vai valer para empresas e não terá impacto nas contas públicas. A informação foi dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o lançamento do programa Acredita, na capital paulista, em evento realizado no Allianz Parque.

O governo, conforme o ministro, vai usar R$ 150 milhões em recursos já disponíveis do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para alavancar até R$ 1 bilhão em créditos de bancos a empresas afetadas pela falta de energia após o temporal de sexta-feira da semana passada. A estimativa é de que 380 mil empresas da Região Metropolitana de São Paulo tiveram prejuízos com o apagão.

As empresas que comprovarem perdas com o apagão poderão recorrer ao Pronampe, linha de crédito com taxas mais baixas voltada a micro e pequenos negócios. Já as empresas sediadas em áreas que ficaram sem energia poderão solicitar prorrogação de 60 dias para pagamento de suas dívidas no Pronampe - neste caso sem a necessidade de comprovação de que tiveram prejuízos pelo apagão.

Questionado se também haverá ajuda financeira a famílias, Haddad deixou claro que a linha valerá apenas a empresas. "A linha do Pronampe é só para a atividade econômica", disse o ministro.

Antes, Lula tinha mencionado pessoas que perderam geladeiras e alimentos ao anunciar a linha de crédito. "As pessoas que tiveram prejuízos por conta do apagão, as pessoas que perderam geladeira, as pessoas que perderam, inclusive, sua comida que estava na geladeira, o pequeno comerciante que perdeu alguma coisa, nós vamos estabelecer uma linha de crédito para que as pessoas possam se recuperar e viver muito bem", disse o presidente mais cedo.

Após o discurso de Lula, Haddad observou que as pessoas que tiveram prejuízo em suas casas podem cobrar as perdas da concessionária de energia, no caso a Enel. "Quando um bem, em virtude do apagão, sofreu dano na residência, você pode requerer ao concessionário a reposição desse bem."

O ministro pontuou que os recursos do FGO estavam reservados a outras finalidades, fora do socorro à calamidade do Rio Grande do Sul. "Agora chegou o momento de utilizar", afirmou Haddad.

Ele frisou que a linha não terá impacto nos resultados das contas públicas, e a medida provisória que libera os recursos deve ser assinada antes de o presidente viajar para a reunião da cúpula do Brics na Rússia. "É uma linha de crédito que já existe".

Segundo Haddad, os recursos do Pronampe estão reservados num fundo privado, cujo objetivo é justamente atender emergências.

Ele disse ainda que a medida foi tomada porque, uma semana após o apagão, não foi feito absolutamente nada para aqueles que tiveram perdas. "O presidente Lula ligou para o Rui Costa, ministro da Casa Civil, que está na China, ligou para mim e falou olha, a gente tem que dar uma resposta. Eu falei: vamos fazer uma coisa adequada para a situação de São Paulo e usando os mecanismos de crédito que nós temos à disposição", relatou o ministro.

Antes de Haddad, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, informou que o financiamento terá uma carência de dois anos para início do pagamento.

A ideia, comentou, é que a medida sirva como apoio aos comerciantes de São Paulo, assim como aconteceu no Rio Grande do Sul, afetado pelas enchentes. "O objetivo é que as pessoas de São Paulo que tiveram seus comércios prejudicados por conta do apagão possam ter algo semelhante", comparou. "Eu vi vários depoimentos de pessoas que perderam o seu estoque. Gente que vendia cachorro-quente que perdeu o seu estoque e não tem como recomprar", exemplificou.

O câmpus da Universidade de São Paulo (USP) no Butantã, na zona oeste da capital, estará fechado no sábado, 19, devido à previsão de um novo temporal, segundo comunicado emitido à comunidade pela prefeitura do câmpus. Além de aulas, a Cidade Universitária é aberta aos sábados para realização de esportes, como a corrida.

A previsão é de que uma frente fria trará precipitações significativas e rajadas de vento que podem ultrapassar os 60km/h, além de possível queda de granizo em algumas regiões do Estado, alerta a Defesa Civil. O acumulado de chuva pode chegar a 200 mm.

Na última sexta-feira, 11, uma forte chuva deixou 3,1 milhões de imóveis da capital e da região metropolitana sem luz. Para evitar novos transtornos, a USP recomendou que a partir desta sexta-feira, 18, aqueles que estiverem no câmpus evitem estacionar veículos sob árvores, bem como permanecer em áreas próximas a árvores.

"Recomendamos também que aparelhos eletrônicos sejam desligados das tomadas e que as janelas sejam travadas para evitar acidentes", afirma o comunicado.

"Em caso de urgência no câmpus, fazer um chamado pelo Aplicativo Campus USP ou entrar em contato com a Guarda Universitária pelos telefones de emergência 3091-4222 ou 3091-3222", completa a instituição.

A USP registrou, em decorrência do vendaval ocorrido na última sexta-feira, 11, queda de 18 árvores na Cidade Universitária. Por conta disso, algumas avenidas e ruas ficaram interditadas. Por outro lado, o fato de toda a rede elétrica da USP ser subterrânea evitou prejuízos elétricos no campus.

"Parte das árvores que caíram já possuía autorização da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, solicitada pela Prefeitura do câmpus, com contratação de empresa para a remoção. No entanto, o Ministério Público oficiou a USP para suspender todas as remoções no campus. Neste momento, estamos encaminhando ao Ministério Público um relatório sobre o ocorrido, para que possamos imediatamente retomar a retirada das árvores que oferecem risco de queda", diz a prefeitura universitária.