Famosos protestam contra apagão em SP: 'Estou indignado', diz Ronnie Von

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O apagão que afeta a região metropolitana de São Paulo desde sexta-feira, 11, tem incomodado, entre moradores e comerciantes, os famosos. Em uma publicação feita nesta segunda-feira, 14, no Instagram, o apresentador e cantor Ronnie Von reclamou da demora no restabelecimento do serviço. "Estou indignado com tamanha irresponsabilidade!", escreveu.

Em um vídeo gravado em sua casa, Ronnie Von contou que perdeu tudo o que tinha de comida na geladeira. "Nos meus 80 anos de idade, nunca vi algo parecido. É impressionante que isso possa acontecer (demorar tanto para restabelecer a energia)."

"Eu reconheço que houve uma catástrofe, que houve uma eventualidade etc (...) Até aí, dá para entender, o que eu não consigo de fato compreender é como pode ser dada uma concessão de serviço público a quem não tem competência", disse.

Segundo última atualização feita pela Enel Distribuição São Paulo nesta terça-feira, 15, a falta de energia elétrica ainda atinge 214 mil imóveis - entre casas e comércios - na Grande São Paulo. Pela manhã, só na capital, eram cerca de 147 mil.

A companhia diz que reforçou as equipes próprias em campo, recebeu apoio de técnicos de outras distribuidoras e deslocou profissionais de outros Estados. O governo federal deu prazo de três dias para que o serviço seja restabelecido.

'Banho gelado, no frio, chovendo'

Também no Instagram, o cantor e influenciador MC Daniel contou nos stories que perdeu toda a comida que tinha na geladeira e precisou ficar trocando manualmente a água do aquário de sua casa, para que os peixes não morressem sem oxigenação. "Banho gelado, no frio, chovendo", disse ele aos seus mais de 19 milhões de seguidores.

Depois de três dias sem luz, ele conseguiu um gerador para sua casa. "Agora, com gerador, vai dar para fazer tudo", disse. "Quem tá com luz ajuda quem tá sem. Pra resolver isso, só a gente se ajudando", finalizou o influenciador, ao contar que convidou familiares e amigos que ainda estão sem luz para tomar banho em sua casa.

A influenciadora Mariely Santos também teve de recorrer a um gerador para ter energia em casa. "Eu estou com o psicológico fervendo, porque quero entregar meus trabalhos - vieram quatro, agora são cinco - e não estava chegando energia, não chegou energia", disse ela nesta segunda-feira, 14, em seu perfil no Instagram, que conta com mais de 12 milhões de seguidores.

Na manhã desta terça, 15, a influenciadora contou que o fornecimento de energia voltou em sua casa.

A jornalista Mari Palma publicou uma foto da sua casa à luz de velas no Instagram no domingo, 13, dizendo "no escuro há mais de 40 horas". Na segunda-feira, 14, à tarde, postou nos stories: "a energia não voltou, mas pelo menos tô fazendo minha mala pra viajar".

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A distribuidora Enel São Paulo informou que às 6h desta quarta-feira, 16, cerca de 100 mil imóveis da Grande São Paulo estavam sem energia elétrica. A concessionária, que atua em 24 cidades da Região Metropolitana, disse ainda que, deste total, 7,6 mil se referem a ocorrências registradas na sexta-feira (11) e no sábado, 12, após a tempestade que iniciou o apagão.

Em nota, a Enel afirma que suas equipes atuam, "desde os primeiros momentos da tempestade de sexta-feira, no restabelecimento de energia para os clientes que tiveram o serviço afetado". Diz ainda que trabalha também na retomada do fornecimento para "aqueles que ingressaram com chamados de falta de luz ao longo dos últimos dias".

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), 16 prefeitos de cidades do Estado afetadas pela queda no fornecimento de energia elétrica decorrente do temporal da última sexta-feira, 11, e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes encaminharam à Corte nesta terça-feira, 15, uma carta na qual pedem a adoção de medidas urgentes contra a Enel, como a intervenção na concessão nos municípios paulistas ou a declaração de caducidade do contrato, em razão da má qualidade do serviço de distribuição prestado por ela.

Na carta, são citados os problemas de falta de energia que atingiram os municípios paulistas, incluindo a capital, por vários dias e com prejuízos "imensuráveis", ocorridos em novembro do ano passado e, mais recentemente, no apagão da última sexta-feira, 11. E, a despeito das cobranças e das medidas de contingência que já deveriam ter sido adotadas, a prestação de serviços continua "falha e dissociada das necessidades dos usuários", continua a carta.

Em outro trecho, é citada a "incapacidade de prestação de serviço essencial e indispensável à população, e à altura do que o contrato de concessão exige".

Por isso, os gestores solicitam que o TCU "adote as medidas cabíveis para que os órgãos públicos federais competentes, com urgência, declarem a intervenção na concessão da Enel ou a caducidade do contrato em vigor, por ser evidente, a partir, inclusive, do constatado descumprimento do plano de contingência apresentado pela própria empresa para o enfrentamento de eventos climáticos extremos".

Em meio ao apagão em São Paulo, a Enel tem afirmado que reforçou as equipes próprias em campo, recebeu apoio de técnicos de outras distribuidoras e deslocou profissionais de outros Estados.

Após o encontro realizado no Palácio dos Bandeirantes nesta terça-feira, Tarcísio defendeu que o TCU atue em cobrança junto à União e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), como representantes do poder concedente, para que as medidas cabíveis sejam tomadas para garantir a prestação eficiente do serviço de energia elétrica.

"É impossível, se nada for feito, termos uma reversão de expectativa. Estamos falando de 11% da população brasileira que vive na Região Metropolitana. É por isso que a intervenção se mostra importante e é para isso que tem o contrato. A Enel não merece estar em São Paulo", disse o governador.

Estiveram presentes na reunião, além do ministro do TCU, o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), e representantes de prefeituras de outras 15 cidades da Região Metropolitana. Também participaram os secretários de Estado da Casa Civil, Arthur Lima; de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Natália Resende; e da Comunicação, Laís Vita, além do coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel PM Henguel, e o diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Thiago Nunes.

A Polícia Civil e a Marinha investigam o acidente que causou a morte da universitária Larissa Belchior Gallindo, de 27 anos, no fim da tarde do último domingo, 13. Ela pilotava uma moto aquática na praia de Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho, município da região metropolitana do Recife, quando entrou em uma área de mangue e perdeu o controle da moto aquática, que avançou contra a vegetação.

Ferida, Larissa foi socorrida e chegou a ser atendida num hospital do Recife, mas morreu minutos depois de chegar.

A Polícia Civil de Pernambuco registrou o caso como "morte a esclarecer" e investiga o acidente. A Marinha do Brasil informou que também investiga o episódio, e uma das dúvidas é se Larissa tinha habilitação para pilotar motos aquáticas. Esse tipo de autorização é exigido por portaria emitida em maio de 2022 pela Diretoria de Portos e Costas, da Marinha.

A polícia não informou se Larissa estava sozinha na embarcação nem se havia outras pessoas com ela, usando outras motos náutica. A universitária, que cursava Nutrição, foi encaminhada para o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, no centro do Recife. Deu entrada às 19h59 e foi declarada morta 13 minutos depois.

Larissa foi enterrada no cemitério Memorial, em Jaboatão dos Guararapes, também na região metropolitana do Recife, na tarde de segunda-feira, 14.

Larissa era solteira, segundo a polícia, e filha de um servidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco.