Morre Richard Cash, criador do soro caseiro

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A Universidade Harvard confirmou o falecimento do professor Richard Alan Cash, criador do soro caseiro. O médico, de 83 anos, estava em tratamento contra um câncer no cérebro há oito meses e morreu durante o sono, no último dia 22.

Professor sênior de Saúde Global em Harvard, Cash conduziu os primeiros ensaios clínicos da terapia de reidratação oral (TRO) no Paquistão Oriental (hoje Bangladesh). No Brasil, a mistura de água com pequenas quantidades de açúcar e sal ganhou o nome de "soro caseiro" e continua sendo utilizada em situações de grande perda de líquido em curto espaço de tempo, como em casos de diarreia.

A inovação relativamente simples provou ser altamente eficaz e levou a uma solução acessível e barata para a desidratação, salvando mais de 60 milhões de vidas em todo o planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Richard viveu a vida ao máximo e em seus próprios termos - um espírito livre e uma alma amorosa", elogia a universidade na nota de pesar.

O funeral de Cash será realizado neste domingo, 27, em Massachusetts, e a família informou que não deseja flores. No lugar de coroas e homenagens, a esposa do médico, Stella Dupuis, pede doações para a BRAC Ultra Poor Graduation Initiative.

Trajetória

Cash nasceu em Milwaukee, Wisconsin, onde passou a infância. Foi ainda nessa fase que surgiu seu interesse pelas ciências naturais, após ter contato com os dioramas do Museu de História Natural da cidade natal.

De Milwaukee, ele partiu para Madison e Nova York, onde se formou em medicina. Já formado, mudou-se para Dacca, no então Paquistão Oriental, para pesquisar a cólera, doença bacteriana diretamente ligada à falta de saneamento básico.

No fim da década de 1960, junto com o médico David Nalin, Cash realizou os primeiros ensaios clínicos da TRO em pacientes com cólera e, no fim da década de 1970, por meio de um programa de extensão, ensinou a mais de 13 milhões de mães e cuidadores como preparar o soro em suas casas.

Além de Bangladesh, o professor teve passagens importantes pela Índia e, ao longo dos anos, formou dezenas de estudantes. "Richard foi um professor dedicado e atencioso que influenciou profundamente o pensamento e as carreiras de inúmeros alunos. Onde quer que ele viajasse, do México ao Vietnã, ele encontrava ex-alunos que o creditavam por inspirar sua paixão pela saúde pública", afirma a nota de Harvard.

Alguns desses colegas e ex-alunos aparecem no vídeo abaixo, publicado em maio como uma homenagem ao trabalho do professor no Sul da Ásia.

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A atriz Selma Blair, que compartilha sua luta contra os efeitos da esclerose múltipla desde a revelação do diagnóstico da doença, em 2018, declarou estar "verdadeiramente em remissão" e que já planeja o retorno ao trabalho em Hollywood.

"Estou indo incrivelmente bem", afirmou a atriz à revista People durante a 9ª edição do Fashion Los Angeles Awards.

Aos 55 anos, a estrela de filmes marcantes, como Segundas Intenções, Legalmente Loira e Hellboy, disse que a sensação de bem-estar já ocupa sua vida há pelo menos um ano.

"Agora que realmente tenho resistência e energia, sair não é tão assustador", comentou a estrela, ressaltando ainda que adoraria retornar ao seu ofício de atuação.

Três anos depois do lançamento oficial da música, o Titãs lançou o clipe de São Paulo 1, música que faz parte do disco Olho Furta-Cor, de 2022. Dirigido por Arnaldo Belotto, o vídeo foi produzido com o uso de inteligência artificial, que recria o caos da capital paulista que dá nome à faixa.

"Resolvemos fazer esse clipe porque recebemos um convite do Arnaldo Belotto - aliás, nome curioso esse, né? [o nome do diretor remete aos nomes de Arnaldo Antunes, ex-Titã, e Tony Bellotto, guitarrista da banda]", disse Sérgio Britto à Rolling Stone. "Ele me contatou com a ideia de fazer algum trabalho conosco e me mandou de exemplo dois clipes que ele tinha feito com inteligência artificial. Arnaldo sugeriu São Paulo 1 e logo compartilhei com Branco [Mello] e Tony."

Branco diz que o clipe tem inspiração no filme Metrópolis, de 1927, M, o Vampiro de Dusseldorf, de 1931, dirigidos pelo austríaco Fritz Lang, com imagens antigas da cidade de São Paulo. "Isso tudo editado no tempo acelerado da música em preto e branco, com alto contraste, meio punk, uma homenagem a São Paulo e ao poeta Haroldo de Campos."

"O que eu mais gostei no clipe foi justamente essa homenagem a esse grande poeta paulistano", completa Tony. "Achei muito legal e oportuna essa ideia da cidade sendo invadida e submersa pelos poemas e pelas páginas escritas por ele."

confira aqui

Luiz Bertazzo, que interpretou o agente Schneider no filme Ainda Estou Aqui, integra o elenco do remake de Vale Tudo, exibido pela TV Globo.

Na novela, o ator vive o detetive contratado por Marco Aurélio, personagem de Alexandre Nero, para localizar uma mala de dólares desaparecida. Marco Aurélio é ex-marido de Heleninha Roitman, vivida por Paolla Oliveira,

Atuação recente no cinema

Antes de aparecer na novela, Luiz Bertazzo atuou no filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles.

No longa, ele interpreta Schneider, o agente que prende Rubens Paiva, papel de Selton Mello. O filme teve estreia no Festival de Veneza, é protagonizado por Fernanda Torres e venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025.

Nas redes sociais, o ator comentou a emoção de participar da produção: "Desidratei de tanto chorar", escreveu. Ele também afirmou que a experiência na estreia foi marcante: "Estou feliz, estou nas nuvens. Nunca mais vou esquecer esse dia."