Policiais são denunciados por propinas para engavetar investigações sobre rifas ilegais

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O Ministério Público de São Paulo denunciou os investigadores Rodrigo Barros de Camargo e Adriano Fernandes Bezerra, do 6º Distrito Policial de Santo André, na Grande São Paulo, por receberem propinas de influenciadores digitais para engavetar investigações sobre rifas ilegais que eles promoviam nas redes sociais.

O Estadão busca contato com as defesas.

Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público, pedem que os investigadores sejam condenados pelo crime de corrupção passiva.

O MP também pediu o envio do caso ao Juizado Especial Criminal para que três MCs que promovem os sorteios pelas redes sociais - Davi José Xavier Paiva ("Mc Paiva"), Gustavo Henrique Ramos Toledo ("Mc Ghdo7") E Silas Rodrigues Santos ("Mc Brisola") - respondam por contravenção penal.

A denúncia foi oferecida a partir de mensagens obtidas na Operação Latus Actio, deflagrada em março. Na ocasião, a Polícia Federal apreendeu celulares de influenciadores e empresários do funk.

Em uma das conversas encontradas nos aparelhos, um influencer afirma: "É bom ser amigo dessas delegacias. Quando quiser, pum, nós troca umas ideia, dá cinquentinha. Melhor do que perder o Instagram onde nós pode fazer milhões (sic)." Há ainda diálogos sobre cobranças de propinas de até R$ 200 mil. "Eles querem dinheiro", escreve um MC.

Também foram encontradas mensagens e chamadas telefônicas entre o investigador Rodrigo Camargo e o empresário Henrique Viana, conhecido como "Rato", um dos investigados pelas rifas irregulares. Em uma das conversas, eles marcam um encontro presencial na frente da produtora Love Funk. O investigador também repassou um relatório de investigação sigiloso ao empresário.

As suspeitas levaram o Ministério Público e a Polícia Federal a deflagrar a segunda fase da Operação Latus Actio, no dia 12 de dezembro, quando Camargo foi preso preventivamente. A Polícia Federal também fez buscas em endereços de delegados.

O Ministério Público pede que a prisão preventiva do investigador seja mantida até a conclusão da investigação.

"Em liberdade, o agente poderá continuar a prática de crimes de corrupção ativa, nas diversas prisões e registros de ocorrência que realiza diuturnamente, de modo que constitui evidente risco a ordem pública pela elevada probabilidade de reiteração delitiva. Além disso, considerando seu elevado poder de intimidação, decorrente do cargo público que ocupa, sendo inclusive inerente a suas profissões o porte de arma de fogo, evidente o alto risco de intimidar os demais envolvidos, para que os isentem de responsabilidade", afirma o MP.

COM A PALAVRA, AS DEFESAS

O Estadão busca contato com as defesas. O espaço está aberto para manifestação

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Após Kanye West (agora chamado de Ye) ter sua apresentação marcada para 29 de novembro, no Autódromo de Interlagos, vetada pela Prefeitura de São Paulo, o rapper agora procura um novo palco na cidade. Em contato com o Estadão por meio de sua assessoria, a Q2 Ingressos, que vende entradas para o show, afirmou que o artista ainda se apresentará na capital e que um novo local deve ser anunciado em breve.

"O show de Ye continua confirmado e vai acontecer", disse a companhia. "Mesmo após a revogação do local originalmente previsto, a produção do evento já está definindo um novo espaço para a realização do show."

"Pedimos a todos que fiquem tranquilos e aguardem um pouco mais - em breve divulgaremos pelas redes sociais o novo local. Também reforçamos que não procede a informação veiculada por alguns canais de fofoca sobre o cancelamento do evento ou sua transferência para o CENA2K."

Embora os organizadores ainda busquem um novo local, a empresa garantiu que, em caso de cancelamento, divulgará informações para reembolso.

O discurso antissemita de Ye

Em diversas postagens no X (antigo Twitter), West fez diversas postagens ofensivas, incluindo "Eu sou nazista", "Eu amo Hitler, e agora, vadias?", "Eu nunca vou me desculpar por meus comentários sobre judeus", "judeus na verdade odeiam pessoas brancas e usam pessoas negras" e "Eu sou racista, estereótipos existem por uma razão e todos eles são verdade".

Ele também foi processado por um ex-funcionário, Trevor Phillips, que alegou ter sido discriminado pelo rapper, atribuindo a ele frases como "os judeus querem acabar comigo" e "os judeus roubam todo o meu dinheiro" e "Hitler foi genial". Outro antigo empregado de West, Murphy Aficionado, o acusou de assédio, citando um incidente em que o antigo chefe o forçou a ouvir ele e sua parceira, Bianca Censori, fazendo sexo.

West chegou a se desculpar por suas falas antissemitas em 2023, mas voltou atrás e reforçou as falas preconceituosas no começo de 2025, mesma época em que afirmou ter descoberto que está no espectro autista. Ele voltou a pedir desculpas meses depois, dizendo estar "farto de antissemitismo".

Sabrina Carpenter está a caminho das telonas. A estrela do pop foi anunciada nesta terça-feira, 11, como a protagonista e produtora de um novo filme musical de Alice no País das Maravilhas.

O projeto, inspirado no livro surrealista de Lewis Carroll, está sendo produzido pela Universal Pictures. De acordo com a Variety, Lorene Scafaria (As Golpistas) será a diretora e roteirista. O livro encontra-se em domínio público.

Ainda sem título definido ou detalhes adicionais anunciados, o filme também terá entre os produtores Marc Platt, referência do cinema musical, e é o retorno da cantora de Manchild e Espresso ao mundo da atuação. Além de estrelar seus próprios clipes musicais, Sabrina Carpenter também atuou em projetos como Crush à Altura (2019) e Crush à Altura 2 (2022), Dançarina Imperfeita (2020) e O Ódio que Você Semeia (2018). Anteriormente, de 2014 a 2017, deu vida à rebelde Maya no seriado Girl Meets World, da Disney. O novo filme, no entanto, é seu primeiro grande projeto cinematográfico desde o sucesso comercial do disco Short n' Sweet (2024).

Alice no País das Maravilhas, eternizado nas telas com a animação de 1951 da Disney, ganhou uma versão live-action para os cinemas em 2010, em longa dirigido por Tim Burton e estrelado por Mia Wasikowska e Johnny Depp. Na história, Alice navega em um mundo novo que desafia sua identidade, seu amadurecimento e as regras da vida adulta.

Condenado a um ano de prisão em suspensão em março por assédio sexual, Oh Yeong-su, o Oh Il-nam/Jogador 001 de Round 6, teve sua condenação anulada por uma corte da Coreia do Sul nesta terça-feira, 11. O tribunal admitiu que o ator de 81 anos pode ter cometido o crime, uma vez que se desculpou com a vítima, mas colocou o incidente em dúvida, afirmando que "há a possibilidade de a memória da vítima ter se distorcido com o tempo".

De acordo com a BBC, a vítima afirmou à Womenlink que "apesar da decisão de hoje, continuarei a falar a verdade até o fim". Feita em 2021, a acusação de assédio sexual contra Oh se refere a um incidente de 2017, quando o ator teria abraçado e beijado a vítima sem seu consentimento duas vezes. O caso foi fechado no mesmo ano, mas reaberto em 2022. Em 2023, o ator admitiu ter se "comportado mal".

Em 2024, Oh foi condenado a uma pena suspensa - que permite que o condenado permaneça em liberdade mediante a algumas regras - de oito meses de prisão. Oh celebrou a decisão judicial em entrevista a veículos coreanos, afirmando que a corte teve "um julgamento sábio".

Vencedor do Globo de Ouro por Round 6, Oh é um celebrado ator na Coreia do Sul, trabalhando na TV e no cinema do país desde a década de 1960. Seu último trabalho foi justamente a série da Netflix, que chegou à sua terceira e última temporada em 2025. Um dos principais personagens dos episódios de estreia, ele voltou a aparecer em flashbacks no último ano.