Carro, Uber e moto fazem transporte individual superar o público na Grande SP

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Pela primeira vez em cerca de duas décadas, moradores da capital e região metropolitana de São Paulo passaram a utilizar mais o transporte individual - como carro, moto, táxi e veículo aplicativo - do que o transporte coletivo - metrô, trem e ônibus.

Essa é uma das principais conclusões da pesquisa Origem e Destino, conhecida como Pesquisa OD, realizada pelo Metrô de São Paulo e divulgada nesta terça-feira, 11, em São Paulo.

Pela primeira vez em cerca de duas décadas, moradores da capital e região metropolitana de São Paulo passaram a utilizar mais o transporte individual - como carro, moto, táxi e veículo aplicativo - do que o transporte coletivo - metrô, trem e ônibus.

Essa é uma das principais conclusões da pesquisa Origem e Destino, conhecida como Pesquisa OD, realizada pelo Metrô de São Paulo e divulgada nesta terça-feira, 11, em São Paulo.

A pesquisa aponta que o uso do transporte coletivo diminuiu em todas as sub-regiões da pesquisa, com as maiores quedas no Sudoeste, região de Embu das Artes e Itapecerica da Serra, com 27,5%, Oeste, que engloba Barueri e Osasco (21,9%) e Sudeste, no ABC, com 33%.

Para a pesquisa, viagem é o deslocamento entre o endereço de origem e o de destino por um motivo específico (trabalho ou educação, por exemplo), com um ou mais modos de transporte.

A participação do modo individual cresceu em todas as faixas de renda, chegando a 79,8% na faixa de mais elevada (mais de R$ 15.840). O transporte coletivo, por sua vez, registrou queda tanto em números absolutos quanto em participação em todas as faixas salariais. A queda em relação a 2017 foi de 19,8%.

Em 2023, foram realizadas 35,6 milhões de viagens diárias na região metropolitana. Cerca de 70,5% dessas viagens ocorreram por modos motorizados (coletivo e individual), enquanto os restantes 29,5%, por modos não motorizados (bicicleta e a pé).

Uso do transporte coletivo está em queda desde 2007

O sentido da curva do uso do transporte coletivo já era descendente desde 2007, movimento que foi captado também no último levantamento, feito em 2017.

Luiz Antonio Cortez Ferreira, gerente de Planejamento e Meio Ambiente do Metrô, lembra que os anos 2000 foram marcados por diversas medidas que impulsionaram o transporte público e atraíram mais passageiros, como a implementação do Bilhete Único (2005), que permitiu baldeações nos ônibus de forma mais integrada e econômica, e depois a expansão do bilhete para trens e metrôs no ano seguinte.

Um dos principais aceleradores do transporte individual são os serviços por aplicativos, que se instalaram em São Paulo há cerca de uma década. O táxi (táxi convencional e serviços por aplicativo) tinha 4,4% de participação no total motorizado no último levantamento, mas teve crescimento de 137,3%, impulsionado por essa modalidade. Esse segmento passou de 468 mil para 1.112 milhão de viagens em 2023.[

Além de serviços de transporte de passageiros, como Uber e 99, ganharam força o uso de motos para a entrega de refeições e mercadorias, modelo seguido pelo iFood e Rappi.

"A tendência de mudanças nas formas de trabalho e escola sofreu aceleração na pandemia, que se mostrou como catalisador de outras alterações nas formas de consumo (e-commerce, por exemplo), nos formatos de trabalho e escola e no crescimento de modos antes não dominantes de transporte, como carros por aplicativo", diz Cortez Ferreira.

No início deste ano, a Uber e a 99 tentaram mais uma vez implementar o serviço de mototáxi na capital paulista, embora um decreto municipal proíba a modalidade. Em reação, a Prefeitura intensificou a fiscalização e conseguiu na Justiça suspender a oferta do modelo.

A gestão Ricardo Nunes (MDB) argumenta que o aumento da circulação de motos eleva os riscos de acidentes - a cidade teve em 2024 a maior taxa de violência do trânsito da última década. As plataformas, por sua vez, dizem ter mecanismos de segurança para evitar colisões e atropelamentos. O tema deve voltar à discussão na Câmara, onde foram protocolados projetos para liberar o mototáxi.

A pesquisa Origem e Destino aponta ainda que os principais motivos de deslocamento da população continuam sendo trabalho e educação. Das 35,7 milhões de viagens realizadas na região metropolitana, 16,5 milhões (46,2%) ocorreram por motivo de trabalho. O segundo motivo continua sendo a educação, responsável por 12,9 milhões das viagens diárias, 36,2% do total.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.