Morador da Grande SP usa mais bicicleta, mas anda menos a pé

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Moradores da capital e da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) aumentaram o uso de bicicletas no dia a dia, mas, em contrapartida, têm diminuído o deslocamento a pé pelas ruas e avenidas nos últimos anos. A informação é da pesquisa Origem Destino (OD), realizada pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) em 2023 e divulgada nesta terça-feira, 11. O estudo busca investigar o padrão de uso dos meios de transportes pela população da Grande SP.

Conforme o levantamento, a utilização de bicicletas entre a origem e o destino do deslocamento cresceu de 377 mil viagens diárias, registradas na OD de 2017, para 472 mil deslocamentos por dia dentro da área analisada. O aumento corresponde a uma elevação do uso do modal, na Grande SP, em 25,2% em seis anos.

Já o hábito de andar a pé sofreu uma queda no mesmo período. A pesquisa Origem Destino registrou que o número de viagens diárias feitas por meio de caminhadas diárias caiu de 13,35 milhões, em 2017, para 10,05 milhões, em 2023 - uma queda de 24,7% entre os dois períodos.

A pesquisa considera como "viagem feita a pé" quando o motivo do deslocamento é a ida ao trabalho ou à escola - independentemente da distância percorrida -, ou quando o trajeto é superior a 500 metros para as demais motivações.

A diminuição deste tipo de locomoção acompanha uma queda total do número de deslocamentos por dia na RMSP (de 42 milhões para 35,6 milhões), considerando todos os modais, motorizados e não motorizados. Essa alteração é puxada pelo esfriamento do uso dos transportes públicos (veja mais abaixo).

Para chegar a estes resultados, os pesquisadores tiveram uma amostra de 32 mil domicílios espalhados pelos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, e que participaram do levantamento.

Pequenas distâncias e atividade física são principais razões para adoção das bikes

As pessoas que se deslocam de bicicleta na RMSP adotam o modal, em sua maioria, porque as viagens são curtas. Dos 472 mil deslocamentos feitos por este tipo de transporte por dia, 308 mil (65,4%) são realizados porque a distância entre a origem e o destino é pequena, aponta a pesquisa OD. Em 2017, esse motivo também apareceu como principal, mas em menor escala - 50,9%.

Outros motivos, no entanto, também são apresentados no estudo, como: passagens caras das conduções (11,5%), atividade física (11,1%) e demora para a chegada da condução - o motivo corresponde a 5,8% do total de viagens feitas pelo modal bicicleta. Na última pesquisa, condução cara representava 15,9% das viagens, enquanto atividade física, 18%.

A bicicleta continua sendo mais popular na parte central da RMSP, com, 50,6% do total das corridas feitas e um crescimento de 12,7% na comparação com os dados da Pesquisa OD de 2017 para esta região.

Outras partes da RMSP também passaram a usar mais o modal, segundo levantamento. Destaque para a sub-região oeste, que engloba cidades como Barueri, Cotia, Osasco e Santana do Parnaíba. Lá, o aumento foi de 80% do uso das bikes ante 2017. Na sub-região nordeste, onde estão os municípios de Arujá, Guarulhos e Santa Isabel, o crescimento de viagens por bicicletas também foi expressivo - 76,4% em relação ao levantamento anterior.

Queda nos deslocamentos feitos a pé

Andar a pé ainda é uma das formas mais usadas pelas pessoas que vivem, trabalham ou estudam na Região Metropolitana de São Paulo.

Das 35,6 milhões de viagens diárias que são realizadas por dia neste território, entre todos os tipos de modais - motorizados e não motorizados - cerca de 10,05 milhões (28,2%) são feitos por meio de caminhada.

Contudo, este número caiu 24,7% na comparação com a pesquisa Origem Destino de 2017 quando 13,35 milhões de viagens diárias eram feitas por caminhadas na RMSP.

Além disso, até 2017, andar a pé era o meio de locomoção mais usado na RMSP, respondendo por 31,7% das 42 milhões de viagens diárias realizadas na época.

Agora, são os automóveis que passaram a ser o modal mais utilizado atualmente, com 10,4 milhões de viagens (29,2% do total) ante 10,05 milhões feitas por caminhadas a pé.

O principal motivo para este tipo de deslocamento ainda é para fins educacionais (57,6%), e a justificativa mais frequente usada para escolher a caminhada são as pequenas distâncias (92,5% do total das viagens). E o local onde mais se adota a caminhada como tipo de modal ainda é a sub-região central da RMSP, apesar de sofrer uma queda de 28,6% ante a pesquisa realizada em 2017.

O estudo informa também que andar a pé deixou de ser uma forma de deslocamento das faixas de renda familiar 1 (até R$ 2.640), 2 (entre R$ 2.640 e R$ 5.280); e 3 (entre R$ 5.280 e R$ 10.580), e passou a ser mais frequente para as pessoas que se encontram na faixa 4 (R$ 10.580 e R$ 15.840).

Queda no total de viagens

O número total de viagens diárias na região metropolitana de São Paulo, incluindo todos os tipos de modais (motorizados e não motorizados), sofreu uma queda nos últimos anos. O total de 42 milhões de deslocamentos por dia relatados na pesquisa de 2017 caiu para 35,6 milhões, em 2023, o que representa uma diminuição de 15,2% deste total de locomoções.

Esta queda não é puxada apenas pela diminuição das caminhadas. Os transportes públicos (ônibus, metrô e trem) também tiveram um declínio na quantidade de viagens diárias feitas na Região Metropolitana de São Paulo.

As bicicletas, as motos e a categoria táxi/veículos de aplicativos foram os poucos modais que tiveram um crescimento no período. As bikes, como citado, tiveram um aumento de 25% entre 2017 e 2023.

Em relação às motos, o número de 1,06 milhão de viagens deste modal por dia teve um aumento de 15,9%, o que corresponde a, aproximadamente, 1,23 milhão de deslocamentos diários.

Enquanto isso, o uso frequente dos táxis e, sobretudo, dos veículos por aplicativo, chama a atenção. Em 2017, a quantidade de viagens diárias desta categoria era de pouco mais de 468 mil. Seis anos depois, a pesquisa OD aponta que este número subiu para 1,11 milhão por dia. Um crescimento na ordem de 137,6% no período analisado.

Em outra categoria

A 27ª Festa do Livro da USP - organizada anualmente pela Edusp, com apoio da Prefeitura do Campus e do Cepeusp (Centro de Práticas Esportivas da USP) - terminou no domingo, 30, com a participação de 220 editoras e selos editoriais oferecendo mais de 250 mil títulos com desconto mínimo de 50%.

O Estadão reuniu alguns dos livros mais vendidos no evento. Autores clássicos e contemporâneos, como Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Gabriel García Márquez, Aline Bei, Sérgio Vaz, Jeferson Tenório, Isabel Allende, Raphael Montes, Rebecca Yarros, se misturam na apuração.

Confira abaixo o ranking dos mais vendidos das editoras Companhia das Letras, HarperCollins Brasil, Planeta, Record, Rocco, Todavia, Global, DBA, Intrínseca, Aleph, Dublinense, Cobogó e Fósforo.

Companhia das Letras

A Cabeça de Santo, de Socorro Acioli

Oração Para Desaparecer, de Socorro Acioli

Uma Delicada Coleção de Ausências, de Aline Bei

Sátántangó, de Laszlo Krasznahorkai

O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório

Análise, de Vera Iaconelli

Jantar Secreto, de Raphael Montes

O Peso do Pássaro Morto, de Aline Bei

Pequena coreografia do adeus, Aline Bei

As Meninas, de Lygia Fagundes Telles

Editora HarperCollins Brasil

O Hobbit, de J.R.R. Tolkien

Trilogia O Senhor dos Anéis, J.R.R. Tolkien

O Silmarillon, de J.R.R. Tolkien

Sintomas, de Marcela Ceribelli

Para John, de Joan Didion

O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupery

Cartas de um Diabo a seu Aprendiz, de C.S. Lewis

O Ano do Pensamento Mágico, de Joan Didion

A Noite das Bruxas, de Agatha Christie

Como se Tornar um Cristão Inútil, de Rodrigo Bibo

Editora Planeta

Quarta Asa (Minotauro), de Rebecca Yarros

Descolonizando Afetos (Paidós), de Geni Núñez

A Gente Mira no Amor e Acerta na Solidão (Paidós), de Ana Suy

Tecnofeudalismo (Crítica), de Yanis Varoufakis

Tempestade de Ônix (Minotauro), de Rebecca Yarros

Chama de Ferro (Minotauro), de Rebecca Yarros

Filosofia, um modo de vida (Planeta), de Marilena Chaui

Como Ser Um Educador Antirracista (Planeta), de Bárbara Carine Soares Pinheiro

Eu Só existo no Olhar do Outro? (Paidós), de Ana Suy e Christian Dunker

Tempestade de Ônix - edição especial (Minotauro), de Rebecca Yarros

Grupo Editorial Record

Pedagogia do Oprimido (Paz & Terra), de Paulo Freire

Cem Anos de Solidão (Record), de Gabriel García Márquez

O Sol é para Todos (José Olympio), de Harper Lee

O Estrangeiro (Record), de Albert Camus

Violeta (Bertrand), de Isabel Allende

Pedro Páramo (José Olympio), de Juan Rulfo

Eu, Tituba: Bruxa Negra do Salém (Rosa dos Tempos), de Maryse Condé

Mau Hábito (Amarcord), de Alana Portero

Asterix Omnibus - vol.1 (Record), de René Goscinny e Albert Uderzo

Box Roald Dahl (Galera Junior), de Roald Dahl

Editora Rocco

A Hora da Estrela (edição comemorativa), de Clarice Lispector

Água Viva, de Clarice Lispector

A Paixão Segundo G.H., de Clarice Lispector

Amanhecer na Colheita, de Suzanne Collins

Laços de Família (edição comemorativa), de Clarice Lispector

Um Sopro de Vida (edição comemorativa), de Clarice Lispector

Powerless, de Lauren Roberts

Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres (edição comemorativa), de Clarice Lispector

Reckless - Caça e Caçador. Destinados um ao Outro, de Lauren Roberts

Mulheres que Correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estés

Editora Todavia

Salvar o Fogo, de Itamar Vieira Junior

Ano Todavia 2026, com textos de Mariana Salomão Carrara e ilustrações do Estúdio Arado

Mudar: Método, de Édouard Louis

Sobre os Ossos dos Mortos, de Olga Tokarczuk

Torto Arado, de Itamar Vieira Junior

A República das Milícias, de Bruno Paes Manso

A Guerra: a ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil, de Bruno Paes Manso e Camila Nunes Dias

Perifobia, de Lilia Guerra

Atos Humanos, de Han Kang

O Céu para os Bastardos, Lilia Guerra

Editora Global

O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro

Ou Isto Ou Aquilo, de Cecilia Meireles

Sagarana, de João Guimarães Rosa

Coleção Comecinho, de Ruth Rocha

Flores da Batalha, de Sérgio Vaz

Coração de Criança Não Morre, de Sérgio Vaz

Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre

Primeiras Estórias, de João Guimarães Rosa

Colecionador de Pedras, de Sérgio Vaz

O Gênio do Crime, de João Carlos Marinho

Editora DBA

Orbital, de Samantha Harvey

Cadelas de Aluguel, de Dahlia de la Cerda

Berg, de Ann Quin

A Canção do Profeta, de Paul Lynch

Tédio Terminal, de Izumi Suzuki

Editora Aleph

Protocolo Rebelde, de Martha Wells

Flores para Algernon, de Daniel Keyes

Condição Artificial, de Martha Wells

Box Ursula le Guin, de Ursula le Guin

Box Duna - Primeira Trilogia, de Frank Herbert

Blade Runner, de Philip K. Dick

Alerta Vermelho, de Martha Wells

Endymion, de Dan Simmons

Neuromancer, de William Gibson

Frankenstein, de Mary Shelley

Editora Intrínseca

Querida Tia, de Valérie Perrin

A Fúria de Deusa Tríplice, de Rick Riordan

Três, de Valérie Perrin

Murdle - Volume 1, de G.T Karber.

A Loja de Cartas de Seul, de Baek Seung-yeon

A Mandíbula de Caim, de Torquemada

Teto para Dois, de Beth O'Leary

Morando com um Vampiro, de Jenna Levine

Namorando com um Vampiro, de Jenna Levine

Os Gatos do Café da Lua Cheia, de Mai Mochizuki

Editora Dublinense

Eu que nunca conheci os homens, de Jacqueline Harpman

Vamos Comprar um Poeta, de Afonso Cruz

Box Trilogia dos Gêmeos, de Ágota Kristóf

Boulder, de Eva Baltasar

Vício dos Livros, de Afonso Cruz

Nem Todas as Baleias Voam, de Afonso Cruz

Cidadã de Segunda Classe, de Buchi Emecheta

Amora, de Natalia Borges Polesso

Alegrias da Maternidade, de Buchi Emecheta

A Mulher de Dois Esqueletos, de Julia Dantas

Editora Cobogó

Performances do Tempo Espiralar, de Leda Maria Martins

O Livro Africano Sem Título - Cosmologia dos Bantu-Kongo, de Bunseki Fu-Kiau

Lina por Aldo, de Isabel Diegues e Jorn Konijn

Memórias da Plantação, de Grada Kilomba

Adinkra, de Elisa Larkin Nascimento, Luiz Carlos Gá, Nei Lopes, Renata Felinto

Editora Fósforo

O Lugar, de Annie Ernaux

A Mais Recôndita Memoria dos Homens, de Mohamed Mbougar Sarr

Paixão Simples, de Annie Ernaux

Ninhonjin, de Oscar Nakasato

O Acontecimento, de Annie Ernaux

A jornalista Rita Lisauskas será a nova apresentadora do Jornal da Cultura, principal telejornal da emissora paulista. Rita, que é Gerente de Conteúdo do Estadão, fará sua estreia neste ano, em data ainda a ser anunciada.

Na Cultura, Rita já apresenta o Opinião, programa que recebe convidados para debater temas como política, economia, saúde e comportamento. A atração é exibida às sextas-feiras, às 20h30.

No Grupo Estado, Rita, além de ser Gerente de Conteúdo, também apresenta a coluna Mãe sem Manual, na Rádio Eldorado.

A obra de Mauricio de Sousa foi declarada como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade de São Paulo. A lei foi sancionada nesta segunda-feira, 1º, pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). Uma série de homenagens ao artista, que completou 90 anos em outubro, acompanhará o reconhecimento.

A iniciativa tem autoria do Executivo e foi aprovada por unanimidade na Câmara Municipal de São Paulo no início de novembro. O objetivo é destacar a relevância cultural da Turma da Mônica e do universo de personagens criados pelo cartunista, que é natural de Santa Isabel, no interior do estado, e construiu carreira na capital.

Como parte das homenagens, a prefeitura anunciou que, em 2026, 90 esculturas do universo de Mauricio de Sousa serão distribuídas por todas as regiões da cidade. Além disso, o Viaduto do Chá, no Vale do Anhangabaú, ganhará um banco em tributo ao artista.

"A gente vai ter um personagem homenageando a cidade e outras atrações para as pessoas poderem interagir, eventos, tudo em uma grande homenagem ao Mauricio. Atividades para crianças, adultos e fãs do Mauricio de Sousa", disse Nunes no anúncio. Segundo a prefeitura, outras homenagens anda serão anunciadas.

A prefeitura também promoverá uma parceria com a MSP Estúdios. Segundo Marcos Sousa Saraiva, diretor executivo da empresa e neto de Mauricio, a organização presenteará com uma visita aos estúdios de Mauricio aquelas pessoas que tirarem fotos de ao menos 45 das esculturas espalhadas pela cidade.

90 anos de Mauricio de Sousa

Mauricio de Sousa completou 90 anos em 27 de outubro deste ano. Criador da Turma da Mônica e de uma legião de personagens que marcaram a infância de milhões de brasileiros, ele é considerado um dos grandes autores do País, responsável por aproximar muitas gerações da leitura por causa de suas histórias em quadrinhos.

Nascido em Santa Isabel e criado em Mogi das Cruzes, Mauricio veio para São Paulo em busca de viver dos desenhos. Começou como repórter policial do antigo jornal Folha da Manhã, até que finalmente emplacasse uma tirinha no papel. Criou personagens como Bidu e Cebolinha, até que desenvolvesse Monica, Magali e tantos outros com inspiração na própria família.

Com as crianças do bairro do Limoeiro, Mauricio construiu um império e tornou-se uma das figuras mais conhecidas do País. Seu personagens foram parar nos cinemas, em versões animadas e live-action, no teatro, em jogos e em milhares de produtos. A sua obra já vendeu mais de 1 bilhão de exemplares e foi traduzida para 14 idiomas.

A sede da MSP Estúdios fica no bairro da Lapa, na zona oeste de São Paulo. Atualmente, Mauricio preside o conselho da empresa, com outros membros da família compondo a diretoria. Em outubro, o Estadão conversou com filhos, neto e mulher de Mauricio para homenageá-lo em seus 90 anos.