Cidade de SP tem queda de roubos em fevereiro, mas homicídios sobem; veja números

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A cidade de São Paulo teve queda de roubos e furtos em fevereiro deste ano, com reduções de 15,7% e 1,6%, respectivamente. Por outro lado, os homicídios subiram 11,6% no mês: de 43 para 48, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 31, pela Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP).

Os registros de estupro também aumentaram na cidade em fevereiro: foram de 220 para 243 casos registrados alta de 10,5%. Já o número de latrocínios (roubos seguidos de morte), que tiveram aumento expressivo no ano passado, recuaram de seis para cinco, em tendência que se repetiu no restante do Estado.

Em nota publicada no site, a SSP afirmou que, com cerca 8,5 mil ocorrências, os roubos chegaram ao menor patamar para o mês na cidade desde 2011. "A maior redução foi vista na área da 1ª Delegacia Seccional, responsável pelo centro da cidade, com declínio de 30,5%", diz a pasta.

Ao mesmo tempo, a secretaria afirma que o combate a crimes de violência contra a mulher tem sido uma prioridade. Destaca ainda que, além da queda de latrocínios, o interior também apresentou redução nesse indicador, o que fez o Estado fechar fevereiro com o menor número desse tipo de crime para o mês em toda a série histórica, iniciada em 2001.

A capital paulista teve alta de 23,2% nos latrocínios em 2024, com 53 vítimas no período. Em janeiro deste ano, este crime desacelerou, e, em fevereiro, manteve a tendência de queda. Mas uma onda de crimes violentos - incluindo em bairros de classe média alta, como Pinheiros, na zona oeste, e Itaim-Bibi, na zona sul - tem assustado os paulistanos.

Em fevereiro, a médica Marília Dalprá, de 67 anos, sofreu uma tentativa de assalto ao sair para caminhar no Parque Continental, zona oeste Ela teve quatro costelas quebradas e parte do pulmão comprometida. "'Deu para ouvir o barulho das minhas costelas quebrando", disse ao Estadão.

No mesmo mês, o ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, morto a tiros perto do Parque do Povo, no Itaim-Bibi, zona sul - foi um dos cinco casos registrados em fevereiro. Ele estava em sua bicicleta quando foi abordado por dois assaltantes. "A pessoa (ladrão) não teve coragem nem de olhar no olho dele para falar 'me entrega o celular'", disse ao Estadão a enfermeira Jaquelini Santos, de 40 anos, viúva da vítima. Três suspeitos foram presos pelo crime.

Entre outros casos de latrocínio marcados pela brutalidade, estão as mortes do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, de 32 anos, durante assalto no bairro Chácara Santo Antônio, na zona sul, e de Vitor Rocha e Silva, de 23 anos, baleado em assalto em Pinheiros, zona oeste.

A Secretaria da Segurança afirma que segue intensificando as ações de combate aos roubos cometidos com uso de violência que podem evoluir para latrocínio. "A dinâmica criminal exige adaptações constantes, e, por isso, as polícias Civil e Militar seguem ajustando suas estratégias", diz a pasta.

Para Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre os possíveis motivos para a alta de crimes violentos estão o fato de os celulares atraírem cada vez mais a atenção dos bandidos, sobretudo diante da facilidade de transferências bancárias por aplicativos, e o aumento da circulação de armas nas ruas.

Roubos caem 15,7% na capital paulista

- Roubos: 8.458 casos registrados na cidade em fevereiro , redução de 15,7% ante os 10.035 casos contabilizados no mesmo período do ano passado;

- Furtos: redução de 1,6%, de 20.201 registros para 19.886;

- Latrocínios: caíram 16,7%, de 6 ocorrências para 5;

- Estupros: alta de 10,45%, com 243 ocorrências no último mês, ante 220 no mesmo período do ano passado;

- Homicídios: subiram 11,6%. De 43 vítimas, em fevereiro do ano passado, para 48, no último mês.

Apesar da alta em fevereiro, os homicídios tiveram quedas expressivas ao longo dos últimos anos não só no Estado, como na capital. Em 2024, a cidade registrou a menor quantidade de vítimas desse tipo de crime (498) de toda a série histórica. Em 2004, para se ter um parâmetro, foram mais de 3,5 mil casos.

Já os crimes de violência contra mulher têm tomado sentido oposto, com seguidos aumentos em diferentes modalidades. Em nota publicada no site, a secretaria atribui a alta de estupros aos incentivos para que mais pessoas denunciem esse tipo de crime.

Conforme a pasta, medidas adotadas na área foram importantes também para a redução de feminicídios. "Conforme os registros, houve 20 crimes em todo o Estado - sete mortes a menos que no mesmo período de 2024", afirma a pasta. Ao mesmo tempo, os estupros saltaram mais de 20% no Estado. "As DDMs (Delegacias de Defesa da Mulher) receberam 1.201 denúncias de estupros, que estão sob investigação."

Estupros sobem 20,7% no Estado

Estupros: alta de 20,7%, com 1.201 registros no último mês, ante 995 no mesmo período do ano passado;

- Roubos: 14.208 registros no Estado em fevereiro deste ano, redução de 13,5% em relação aos 16.427 casos contabilizados no mesmo período do ano passado;

- Furtos: foram de 45.027 para 44.982, queda de 0,1%;

- Latrocínios: tiveram queda de 41,2%: de 17 casos, em fevereiro de 2024, para 10, no último mês

- Homicídios: o contrário do que se viu na capital paulista, com queda 8,5% no Estado. Foram de 224 vítimas, em fevereiro do ano passado, para 205, no mesmo mês deste ano.

O que diz a Secretaria da Segurança Pública

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirma que o Estado "segue registrando os menores índices de homicídios dos últimos 25 anos, reflexo das estratégias integradas de segurança e do reforço das operações policiais". "Em fevereiro, foram 202 homicídios no Estado, uma queda de 6,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Já no primeiro bimestre, a queda foi de 3,25% em comparação a 2024", afirma.

A pasta diz que, com relação aos roubos, o número de ocorrências registradas no Estado no mês de fevereiro também foi o menor desde 2001. Conforme a pasta, além do aprimoramento de estratégias de policiamento, "o aumento na produtividade policial tem refletido diretamente na recuperação de bens e na prisão de criminosos:" "Somente em fevereiro, foram 18.292 prisões e apreensões em flagrante ou por mandado judicial no estado. No mesmo período, 1.113 armas de fogo foram apreendidas, incluindo 12 fuzis de guerra", diz.

A pasta afirma ainda que "o enfrentamento aos crimes de violência contra a mulher, incluindo os estupros, tem sido uma prioridade, com investimentos em políticas públicas, incentivo à denúncia para reduzir a subnotificação destes crimes e aprimoramento da estrutura de atendimento às vítimas". "São Paulo conta com a maior rede de delegacias especializadas em violência de gênero do país, com 141 Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) espalhadas pelo Estado", aponta a secretaria.

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O rapper Emicida acusa o irmão, Evandro Fióti, de desviar R$ 6 milhões da conta bancária da Lab Fantasma, empresa que fundaram juntos em 2009, no Jardim Cachoeira, Zona Norte de São Paulo. A acusação foi feita em resposta ao processo judicial movido por Fióti, no qual tenta impedir que o irmão tome decisões sozinho sobre a empresa. Eles anunciaram o fim da parceria empresarial na última sexta-feira, 28.

Na ação, ele alega ter tido seus acessos administrativos bloqueados no início de 2025, além de ter perdido os poderes igualitários de gestão após a revogação de uma procuração. Também afirma que houve um acordo para sua saída do quadro societário, cujos termos não teriam sido cumpridos.

Na tarde desta segunda-feira, 1, Fióti publicou um comunicado oficial em suas redes sociais rebatendo publicamente a acusação.

"Nunca desvio qualquer valor da LAB Fantasma ou de empresas do grupo. Todas as movimentações feitas durante sua gestão foram transparentes, registradas e seguindo os procedimentos financeiros adotados pelos gestores, assim como as retiradas de lucros ao sócio e artista Emicida", diz o comunicado.

O texto afirma que a administração da empresa sempre foi conjunta, com divisão igualitária de ativos e decisões. Também declara que o próprio processo judicial contém documentos que comprovariam que Emicida recebeu valores superiores, incluindo lucros combinados entre as partes. Fióti ainda chama a acusação de "falsa" e a divulgação de informações parciais de um processo judicial de "gravíssima".

Emicida e Evandro Fióti anunciaram o rompimento artístico na última sexta-feira, 28, por meio das redes sociais. A separação dos irmãos foi levada à Justiça e envolve disputas societárias da Laboratório Fantasma, criada em 2009, e alegações de descumprimento contratual.

O processo, ao qual o Estadão teve acesso, corre em segredo de Justiça. O fim da parceria dos irmãos se deu, na verdade, em novembro de 2024, quando Emicida pediu que Fióti fosse desligado do quadro societário da empresa dos dois.

O rapper revogou a procuração do irmão, bloqueou o acesso dele a contas bancárias, inclusive daquelas em que Fióti aparecia como único sócio, e alertou aos funcionários que ele não tinha mais poderes na empresa.

Emicida também acusa o irmão de desviar R$ 6 milhões da conta da empresa que administravam juntos. A acusação sobre o desvio foi uma resposta da defesa de Emicida a um processo movido por Fióti, em que ele tenta impedir que o irmão, Emicida, tome decisões individuais sobre a Lab Fantasma, empresa que pertencia aos dois.

Segundo o processo, até 2024, cada um dos sócios tinha 50% da empresa, mas uma mudança alterou a porcentagem de 90% para Emicida e 10% para Fióti, por motivos de "questões estratégicas e necessidades.

Em nota, Fióti disse que "nunca desviou qualquer valor da LAB Fantasma ou de empresas do grupo. Todas as movimentações feitas durante sua gestão foram transparentes, registradas e seguindo os procedimentos financeiros adotados pelos gestores, assim como as retiradas de lucros ao sócio e artista Emicida".

Ainda de acordo com Fióti, Emicida teria pedido sua saída do quadro societário. Os dois teriam assinado um acordo, mas os termos não teriam sido respeitados pelo irmão.

João Silva falou sobre como foi começar uma carreira na televisão brasileira sendo filho de Faustão, e admitiu que esse fator o privilegiou.

A declaração foi dada no podcast Cérebro Pod nesta segunda-feira, 31.

"Entendo que o sarrafo é alto, que existem dificuldades que eu acabo vivendo por isso, mas são irrisórias perto das oportunidades que tive a vida inteira", disse. "Por exemplo, as facilidades que tive por conta do meio de onde fui criado, das oportunidades de até mesmo trabalhar com meu pai. Isso abriu muitas portas para mim. Se eu falar que a comparação é dura, gera desconforto. Ele existe, mas é irrisório perto do privilégio e da vantagem."

Jaque Ciocci, uma das apresentadora do programa, apontou que o comunicador leva o "fardo" com muita leveza.

"Talvez seria mais pesado eu chegar no fim do mês e não saber o que fazer, o que comer, como pagar as contas. As pessoas que falam isso é que não imaginam o que é viver uma vida dura de verdade, sem saber o que vai poder comprar de proteína. Então é melhor viver esses problemas [da comparação com o pai]", respondeu.

Ele finalizou o discurso explicando que, enquanto trabalhou com o pai na Band, o apresentador o preparou para a carreira.

"Tudo que ele podia fazer para me prejudicar no bom sentido, ele fazia. Ele falou: 'Cara, você vai aprender assim'. Jogava umas bombas. Ele queria que eu passasse isso com ele. Foi um ano e meio maravilhoso."