Casal transforma movimento modernista em livro infantil

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Com criatividade e lirismo, o livro Colorindo a Semana de Arte Moderna de 22 (Editora Datum) apresenta para as crianças diferentes artistas que permearam o movimento, enquanto propõe atividades lúdicas - como, por exemplo, produzir as próprias tintas a partir de uma gema de ovo, técnica utilizada pelo pintor Alfredo Volpi (1896-1988). O casal de autores, Leandro Thomaz e Mayra Correia, contou com o apoio dos dois filhos para produzir uma bela obra modernista. O livro, lançado pela plataforma de financiamento coletivo Catarse, foi contemplado com o Programa de Ação Cultural (ProAc) em 2019, em uma iniciativa para promover produções sobre a Semana de Arte Moderna de 1922.

Os autores fogem de lugares-comuns que podem surgir a partir do tema, lançando luz a personagens menos conhecidos entre o grupo, como os arquitetos Antonio Moya (1891-1949) e Georg Przyrembel (1885-1956). E, diferentemente do que se pode imaginar, não vivem de arte ou literatura: Mayra é formada em enfermagem, e Leandro é geólogo. Na seguinte entrevista, respondida por e-mail, Mayra mostra o que eles têm em comum com os artistas de 1922 e o anseio de mudar a realidade pela arte.

Como foi o trabalho de uma enfermeira e um geólogo para escrever um livro infantil sobre a Semana de Arte Moderna de 22?

Nossas profissões são apenas uma parte do que somos. Ter visões em distintas áreas potencializa a criatividade. O que acontece é que esse geólogo e essa enfermeira se encontraram e tiveram filhos. Diante da construção da família, entendendo que o Brasil vem enfrentando desafios cuja base está relacionada com a educação, nos questionamos: que tipo de mundo deixaremos para nossas crianças? Diante do cenário atual, sabemos que essa resposta não é muito otimista. Buscamos encontrar caminhos para transformar essa realidade. Passamos então a criar livros que tornassem a arte, a ciência e a cultura acessíveis, principalmente às crianças. Colorindo a Semana de 22 mostra justamente isso, um grupo de artistas que acreditaram que a realidade daquela época poderia ser transformada através da arte. As atividades foram discutidas não só entre nós dois, mas também com nossos filhos: Rodrigo, de 7 anos, e Felipe, de 3. Eram nosso "departamento de testes", sendo os responsáveis pela aprovação final de cada atividade, a dupla foi bem rigorosa (risos). A atividade do Vicente do Rego Monteiro, por exemplo, foi uma sugestão do irmão mais velho, o Rodrigo. Ele entendeu as cores terrosas da obra do artista e sugeriu a atividade de pintar utilizando café e carvão.

Qual a importância que vocês destacariam para uma criança dos anos 2020, de estudar e conhecer a Semana de Arte Moderna de 1922?

A pandemia trouxe uma nova realidade para as crianças, com menos liberdade de passeios e interação social. Nesse contexto, a arte pode agir como uma válvula de escape, uma terapia, uma forma de expressão para a angústia que pode surgir. Aqui em casa, percebemos que os nossos filhos passaram uma boa parte do tempo criando brinquedos com papelão, pintando e desenhando. E que essa foi uma forma encontrada por eles para lidar com a ansiedade. Uma surpresa foi a aceitação do nosso livro por crianças com necessidades especiais, por exemplo, crianças que estão no espectro autista - recebemos diversos feedback positivos de famílias que adotaram o Colorindo a Semana de 22.

Nas escolas, o livro pode ser usado por professores de Arte, de História, também de Português e até de Química (com a produção das tintas). Vocês pensaram nisso na hora que estavam fazendo a produção?

Quando fizemos a proposta do livro ao ProAC, já indicamos a possibilidade de trabalhar a vertente de pintura e de poesia. Quanto mais nos aprofundávamos sobre o tema, percebemos o quanto o movimento era interdisciplinar, englobando inclusive música, escultura e arquitetura. E vimos que cada modernista influenciava o outro. Por exemplo, o escritor Mário de Andrade muitas vezes se inspirava nas pinturas de Anita Malfatti. E o escultor Victor Brecheret foi influenciado pelo arquiteto Moya. Por conta disso, expandimos as atividades em relação à proposta inicial. A arte tem a capacidade de se expressar por qualquer que seja a área. Aqui, miramos no público infantil, mas o que queremos mostrar é justamente que toda pessoa pode fazer arte. Tanto que temos aqui um geólogo e uma enfermeira mostrando que a arte é possível e pode ser acessível. Precisamos desfazer esse conceito de que arte, ciência, cultura e educação são um privilégio para poucos.

Quais são os planos para o centenário da Semana de 22?

O Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 é um marco histórico importante. Terminamos o livro com um ano de antecedência justamente para haver tempo de divulgação ao público em geral e até mesmo de adoção do livro pelas escolas. Nesse ano, começamos com uma venda por meio do Catarse, mas com pronta entrega. Para o ano que vem, pretendemos que o livro esteja disponível nas principais lojas online do país, e em algumas livrarias estratégicas. Fazia parte do projeto a criação de oficinas presenciais para realização das atividades do livro, porém com a chegada da pandemia, essa contrapartida precisou ser repensada e adaptada para a modalidade à distância. Já está sendo elaborada, neste momento, uma alternativa acessível e segura. Acreditamos que a arte pode ser adaptada a qualquer cenário, e é isso que vamos praticar.

COLORINDO A SEMANA DE 22

Editora: Datum (54 págs., R$ 44,

informações: editoradatum. com.br

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Rede Globo anunciou, na manhã desta segunda-feira, 21, mudanças na programação para dedicar uma cobertura especial à morte do papa Francisco. A emissora informou que o noticiário sobre o esporte será incorporado aos telejornais locais, enquanto o programa Globo Esporte foi cancelado excepcionalmente neste dia.

A edição do Jornal Hoje será estendida, ocupando o espaço da Edição Especial com a novela História de Amor, que não será exibida.

Atualizações sobre o tema também entrarão nos intervalos comerciais.

Na GloboNews, o jornalismo dedicará a programação ao longo do dia para trazer informações e desdobramentos sobre a morte do pontífice.

A morte do papa Francisco

O papa Francisco morreu nesta segunda-feira, 21, conforme divulgou o Vaticano ainda durante a madrugada. A causa da morte teria sido um derrame, segundo noticiou o jornal italiano Corriere Della Sera.

"Um derrame seria a causa da morte do papa Francisco. Nas próximas horas, a Santa Sé emitirá comunicado oficial indicando a causa da morte", indicou o periódico.

Outro jornal italiano, o la Repubblica, também aponta a mesma causa para o falecimento do pontífice, que tinha 88 anos.

O argentino morreu menos de um mês após deixar o hospital, onde ficou internado para tratar de uma pneumonia bilateral. Um dia antes da morte, ele apareceu em público no Vaticano em uma missa de Páscoa, quando fez a última saudação aos fiéis.

Bruna Biancardi, que está grávida de Neymar, compartilhou com seus seguidores que preparou uma decoração especial para a Páscoa com a família, mas recebeu críticas nas redes sociais. No domingo, 20, ela rebateu uma internauta que detonou suas escolhas para a celebração.

"Mas a Páscoa não tem nada a ver com coelhos, amiga", escreveu a internauta nos comentários da publicação.

No vídeo divulgado pela influenciadora, é possível ver que pelúcias do animal enfeitavam as mesas, além de ele ser exibido em uma grande estátua na porta do evento.

"Entendo que cada um tenha sua visão, mas aqui em casa celebramos a Páscoa com leveza e alegria, especialmente pensando na minha filha pequena, que ama coelhinhos e essa magia toda", argumentou Bruna na resposta.

Ela continuou: "A decoração foi pensada com carinho para criar boas memórias para ela e para as crianças que estavam aqui, sem qualquer intenção negativa. Espero que, mesmo com opiniões diferentes, a gente consiga respeitar o espaço e o momento do outro. Na sua casa você pode fazer como quiser."

A modelo é mãe de Mavie, de 1 ano, fruto do relacionamento com Neymar, e está grávida de Mel, sua segunda filha com o atleta.

Vitória Strada foi eliminada na noite do domingo, 20, no 19º Paredão do Big Brother Brasil 25, o último antes da grande final, com 54,52% dos votos. João Pedro ficou com 38,92%, enquanto Renata levou apenas 6,56% dos votos.

No discurso de eliminação, o apresentador Tadeu Schmidt fez uma retrospectiva da jornada dos três emparedados.

Ele destacou que Vitória foi a participante que mais enfrentou o Paredão, disputando a berlinda sete vezes.

Além disso, disse que o destaque de Vitória é "fazer tudo com a maior vontade, esbanjando carisma". "É celebrar com pureza, comemorar dando cambalhota. Ser infantil no melhor sentido na palavra. Levar a vida com leveza", completou sobre a Sister.

Como foi formado o Paredão?

O último Paredão do BBB 25 foi formado após a Prova do Finalista, disputada após a eliminação de Diego Hypolito na última quinta-feira, 17.

Guilherme saiu como vencedor após uma prova de resistência de quase 12 horas e garantiu a vaga direta na final.

Com isso, Renata, João Pedro e Vitória foram direto para a berlinda. A votação foi aberta na noite de sexta-feira, 18.

A grande final

Com a eliminação de Vitória, Renata, João Pedro e Guilherme disputam a grande final do programa.

O anúncio do vencedor ocorre no programa ao vivo na terça-feira, 22 de abril.

Após a última edição da dinâmica Pegar ou Guardar, o valor do prêmio do BBB 25 ficou em R$ 2.720.000.