Mercedes-Benz e Be8 vão levar à COP30 biodiesel que reduz emissões em 65%

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A Mercedes-Benz anunciou nesta quinta-feira, 23, que vai levar para a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a COP30, uma solução de biocombustível que, segundo resultados parciais de testes em estradas do Brasil, permite a redução de 65% das emissões de carbono. Isso significa que os veículos abastecidos com o biocombustível deixam de emitir 532 toneladas de dióxido de carbono no critério do poço à roda - ou seja, da produção do combustível à sua queima em caminhões e ônibus.

A comparação é feita entre o BeVant, um biocombustível da Be8, líder na produção de biodiesel no Brasil, com o B15, o biocombustível já vendido em postos com a mistura de 15% de biodiesel no diesel. O BeVant pode ser usado 100% puro e é produzido a partir de óleos vegetais, gorduras animais e óleos reciclados, entre outras matérias-primas.

Um caminhão e um ônibus da Mercedes-Benz abastecidos com o BeVant estão fazendo uma viagem de mais de 4 mil quilômetros, saindo de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, em direção a Belém, no Pará, onde a conferência da ONU será realizada entre 10 e 21 de novembro. Outros dois veículos com o diesel B15 também estão rodando para comparação.

No meio do caminho, a solução de descarbonização será apresentada no dia 30 de outubro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília. Com a chegada a Belém marcada para 4 de novembro, após passagem dos veículos por nove estados, a montadora terá o comparativo completo das emissões.

Um resultado parcial, porém, já foi obtido com as emissões medidas no trajeto de Passo Fundo a São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde está a fábrica de caminhões da Mercedes-Benz. Nesta quinta, a montadora informou que apurou uma redução de 99% dos gases de efeito estufa no ciclo do tanque a roda - isto é, do abastecimento à queima do combustível, incluindo a absorção das emissões pelas plantações dos vegetais que servem de matéria-prima ao biocombustível. No critério do poço à roda, a redução das emissões é de 65%. Não é menor porque a comparação já é feita com um combustível comercial que tem um porcentual de biodiesel.

Diretor de relações institucionais e comunicação da Mercedes-Benz, Luiz Carlos Moraes ressaltou que a montadora acredita em multisoluções para a substituição dos combustíveis fósseis no setor de transporte. Enquanto na Europa a eletromobilidade já é uma realidade, no Brasil os biocombustíveis permitem uma "situação extremamente confortável" na transição energética, afirmou o executivo.

"Todas as rotas tecnológicas são parte da solução para a descarbonização", declarou Moraes em apresentação a jornalistas na sede da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo. Os veículos da montadora usados nos testes transportam 20 toneladas de alimentos que serão doados a comunidades carentes de Belém.

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A polícia americana trata o cantor D4vd como suspeito da morte de Celeste Rivas, adolescente que foi encontrada em decomposição no porta-malas do carro do rapper. A informação é do portal TMZ.

O caso é tratado como um homicídio, embora o médico legista ainda não tenha determinado a causa da morte da vítima, uma vez que os investigadores ainda estão aguardando os resultados toxicológicos.

A descoberta do corpo

No dia 8 de setembro, o Departamento de Polícia de Los Angeles atendeu um chamado sobre um "odor desagradável" vindo de um veículo apreendido em um pátio de reboque. No porta-malas do carro estava o corpo de Celeste Rivas, uma garota de 15 anos.

O veículo, um modelo da marca Tesla, está registrado no nome de David Anthony Burke, a identidade verdadeira de D4vd. Segundo a emissora norte-americana ABC, o veículo estava no local há alguns dias e o corpo foi deixado no porta-malas dianteiro. A polícia revelou que o carro não estava registrado como roubado.

D4vd nega qualquer envolvimento com a morte de Celeste. Algumas evidências, no entanto, mostram que o cantor e a jovem provavelmente se conheciam e mantinham algum tipo de relacionamento amoroso.

Na internet, uma canção vazada de D4vd em 2023 foi recuperada por usuários da plataforma SoundCloud. Na música, D4vd canta sobre estar apaixonado por uma garota chamada Celeste. O título do arquivo vazado da canção, inclusive, era "Celeste_Demo unfin".

O cantor seria atração do Lollapalooza Brasil 2026, mas teve o show cancelado.

Um dos criadores do especial infantil Plunct Plact Zum, exibido pela TV Globo em 1983, Daltony Nóbrega morreu nesta segunda-feira, 17. A morte foi confirmada na página do compositor no Facebook. De acordo com a postagem, o músico de 77 anos lutava contra o câncer.

Mineiro de Juiz de Fora, Daltony era violonista, arranjador, redator e tradutor, além de compositor. Começou a sua carreira nos anos 1960, usando alguns codinomes como Daltõ e Dal-Tom.

Integrou o Grupo Mineiro, conjunto vocal que representou o Brasil no Festival de Viña Del Mar, no Chile; interpretou composições de nomes como Taiguara, Ivan Lins e Arthur Verocai e se apresentou com Beth Carvalho e Marlene.

Já nos anos 1970, já fora do Grupo Mineiro, compôs sucessos que ficaram eternizados nas vozes de Eliana Pittman, Evinha, Cláudia e Trio Mocotó.

Em 1980, o compositor participou do Festival MPB Shell (Rede Globo), o que lhe valeu convite de Augusto César Vannucci para ser diretor musical da linha de shows da Rede Globo, cargo que exerceu por vários anos.

Foi da parceria com Vannucci que surgiu o especial Plunct Plact Zum, que teve a participação de nomes como Raul Seixas, Maria Bethânia, Eduardo Dusek e Zé Rodrix. Ele é compositor também da música Turma do Pererê, que se desdobrou no livro homônimo de Ziraldo.

Daltony foi velado no Cemitério São Pedro, em São Paulo, e depois o corpo foi levado para o Crematório Vila Alpina, onde foi cremado.

A União Brasileira de Compositores (UBC) lançou nesta segunda-feira, 18, uma campanha pelo uso ético da inteligência artificial (IA) na música e nas artes. A campanha, criada em colaboração com a Pró-Música, recebeu o título de Toda criação tem dono. Quem usa, paga, e visa remuneração justa para autores. Artistas como Caetano Veloso, Marisa Monte e Marina Sena já se aliaram ao movimento e declararam apoio.

Segundo o texto do projeto, uma das propostas é pressionar autoridades por um marco regulatório que proteja a criação humana em ambientes digitais, por meio de um abaixo-assinado.

"As grandes empresas de tecnologia estão usando criações artísticas para treinar modelos de inteligência artificial sem autorização, sem transparência e sem remuneração aos autores, e demais titulares de direitos autorais e conexos", afirma uma publicação no site oficial da campanha, que também apresenta declarações dos artistas citados. "Com uma regulamentação justa, criatividade e tecnologia podem caminhar juntas", afirma Monte.

Um segundo pilar, no entanto, reforça que o grande problema não é a IA, e sim um "ponto de tensão" que surge quando empresas utilizam criações humanas para treinar a tecnologia sem autorização ou compensação financeira.

A campanha quer que titulares de direitos autorais e conexos possam autorizar ou proibir o uso de suas obras em treinamentos de IA, e que a tecnologia "não se sobreponha" a quem cria.