Papa Leão XIV recebe MST no Vaticano e diz que 'terra, teto e trabalho são direitos sagrados'

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O papa Leão XIV recebeu nesta quinta-feira, 23, representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de outros mais de 130 movimentos sociais no Vaticano. Eles participaram da quinta edição do Encontro Mundial de Movimentos Populares; o primeiro foi realizado em 2014.

Ao discursar diante dos participantes, Leão XIV destacou que "a terra, o teto e o trabalho são direitos sagrados pelos quais vale a pena lutar". Ele também afirmou que os movimentos sociais exercem um papel essencial na construção da solidariedade e defendeu que a Igreja mantenha proximidade com essas causas.

"A Igreja deve estar com vocês: uma Igreja pobre para os pobres, uma Igreja que se inclina, que assume riscos, que é valente, profética e alegre", declarou, segundo o portal Vatican News.

O pontífice comparou acompanhar os movimentos populares ao apoio da Igreja para a criação de sindicatos no passado. "Suas lutas em prol da terra, da moradia e do trabalho por um mundo melhor merecem encorajamento", disse.

"Quando cooperativas e grupos de trabalho são formados para alimentar os famintos, abrigar os sem-teto, ajudar os náufragos, cuidar de crianças, criar empregos, ter acesso à terra e construir casas, devemos lembrar que não estamos promovendo ideologia, mas sim vivendo verdadeiramente o Evangelho", continuou.

Durante a audiência, a representante do MST, Ayala Ferreira, presenteou o papa com uma bandeira com imagem do orixá Ossanha, também chamado de Ossain, associado à medicina natural nas religiões afro-brasileiras.

Além do MST, o Brasil também teve no encontro representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab).

O encontro integra uma série de diálogos entre o Vaticano e organizações populares que antecedem o Jubileu dos Movimentos Populares, marcado para o próximo fim de semana com uma missa na Praça de São Pedro. A iniciativa dá continuidade ao processo de aproximação com pautas sociais e ambientais iniciado pelo papa Francisco em 2014.

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O apresentador William Bonner está aproveitando as férias após deixar a bancada do Jornal Nacional para visitar a cidade de Nova York, nos Estados Unidos, ao lado de sua mulher, a ceramista Natasha Dantas.

Nas redes sociais, registros na cidade foram publicadas pela companheira do jornalista e por amigas do casal. Nesta quarta, 19, eles visitaram dois pontos turísticos famosos da cidade: o Central Park e o Rockefeller Center.

Bonner se despediu do Jornal Nacional em 31 de outubro, após passar 29 anos comandando o telejornal da Globo. O jornalista de 62 anos está agora em férias prolongadas e deve retornar à TV somente em 2026 para sua estreia no Globo Repórter.

César Tralli, que antes apresentava o Jornal Hoje, assumiu a bancada do JN ao lado de Renata Vasconcellos. Desde o final do ciclo no telejornal, Bonner e Natasha têm compartilhado a rotina de férias de forma esporádica nas redes sociais.

Quando anunciou sua saída do JN, o apresentador disse que buscava uma rotina mais tranquila e a possibilidade de viajar com mais frequência, inclusive para ver os filhos.

Dois deles, Laura e Vinícius, moram em Paris, cidade que deve estar entre os próximos destinos do jornalista. Ele também é pai de Beatriz - os trigêmeos têm 28 anos e são fruto do relacionamento com Fátima Bernardes, com quem foi casado por 26 anos e se separou em 2016.

O show do rapper Kanye West - ou Ye, como ele tem se identificado artisticamente - na cidade de São Paulo foi oficialmente cancelado. O evento já vinha enfrentando impasses após sua realização no Autódromo de Interlagos ser vetada pela Prefeitura.

O cancelamento foi anunciado em nota divulgada nesta quinta-feira, 20, pela produtora Holding Entretenimento & Networking, responsável pelo show, nas redes sociais. A apresentação estava marcada para o dia 29 de novembro, mas ainda não tinha local definido.

A revogação do acordo para realizar o show em Interlagos teria sido motivada por comportamentos preconceituosos por parte do rapper, incluindo publicações nas redes e uma canção com apologia ao nazismo.

Na última semana, o evento chamou a atenção do Ministério Público de São Paulo (MSSP), que oficiou o Comandante do Comando de Policiamento de Choque, Coronel-PM Racorti, a manter policiais de prontidão para prendê-lo em caso de discursos antissemitas.

O que diz a produtora

"Fizemos todos os esforços para garantir a realização do evento, mesmo com o cachê do artista, taxas para uso do autódromo e demais despesas necessárias já estarem pagas, infelizmente, a autorização de uso do Autódromo de Interlagos foi revogada, unilateralmente, pela administração pública, escapando completamente da nossa esfera de atuação", diz a nota da produtora.

"Além do cancelamento do contrato do recinto, ficou claro nas últimas semanas que o ambiente e as vontades políticas não permitiriam a realização do espetáculo neste município, não nos restando outra alternativa. Respeitamos muito os poderes constituídos, mas não concordamos com essa atitude, uma vez que um show dessa magnitude proporciona acesso à cultura, ao entretenimento e fomenta a economia da cidade", completa o comunicado.

Nota data e reembolso

A produtora informou ainda que busca uma nova data em outra cidade para trazer Kanye West ao Brasil. "Para aqueles que desejarem aguardar uma nova data, os ingressos já adquiridos seguirão válidos automaticamente para a nova data, sem necessidade de qualquer ação por parte do público", diz a empresa.

Os ingressos para o show estavam esgotados. O possibilidade de reembolso integral também será oferecida. Segundo a produtora, todos os compradores receberão instruções detalhadas sobre a política de reembolso por e-mail e/ou WhatsApp cadastrados no ato da compra em até 24 horas.

Entenda a polêmica com o show de Kanye West

O anúncio oficial da vinda do artista ao Brasil aconteceu em 1º de julho, mas a confirmação do local foi feita pela produção somente em 31 de agosto. No dia 10 de outubro, foi exposto que a Prefeitura e a direção do Autódromo haviam rescindido o acordo.

Em nota enviada à Folha de S. Paulo, a Prefeitura alegou que "no momento da reserva da data para o evento, os organizadores não informaram ao Município qual artista seria contratado" e que a decisão de revogar a apresentação seria uma medida prevista em contrato. "A atual gestão não compactua com qualquer conduta criminosa de apologia ao nazismo e/ou racismo".

Até então, a Holding Entretenimento & Networking dizia que a apresentação seguia confirmada para a cidade, e que "em breve" seria divulgado "um posicionamento oficial sobre o novo local do show".

Com a informação de que a apresentação estava mantida, o evento atraiu a atenção do MPSP, que oficiou o Comandante do Comando de Policiamento de Choque, Coronel-PM Racorti, a manter policiais de prontidão para prendê-lo em caso de discursos antissemitas.

De acordo com o despacho da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, assinado pela promotora Ana Beatriz Pereira de Souza Frontini e enviado ao Estadão, o objetivo da ordem é impedir "que o cantor Kanye West (...), no recinto do Autódromo de Interlagos ou qualquer outro lugar no território brasileiro, promova, cante, divulgue ao público música intitulada Heil Hitler ou qualquer outra música que faça alusão ao nazismo, utilize camiseta com suástica, símbolo ampla e historicamente associado ao nazismo, ou qualquer outro símbolo nazista, dirigido ao público, em mídias sociais ou qualquer outro veículo de comunicação ou exposição ao público".

O discurso antissemita de Kanye West/Ye

Em diversas postagens no X (antigo Twitter), West fez diversas postagens ofensivas, incluindo "Eu sou nazista", "Eu amo Hitler, e agora, vadias?", "Eu nunca vou me desculpar por meus comentários sobre judeus", "judeus na verdade odeiam pessoas brancas e usam pessoas negras" e "Eu sou racista, estereótipos existem por uma razão e todos eles são verdade".

Ele também foi processado por um ex-funcionário, Trevor Phillips, que alegou ter sido discriminado pelo rapper, atribuindo a ele frases como "os judeus querem acabar comigo" e "os judeus roubam todo o meu dinheiro" e "Hitler foi genial". Outro antigo empregado de West, Murphy Aficionado, o acusou de assédio, citando um incidente em que o antigo chefe o forçou a ouvir ele e sua parceira, Bianca Censori, fazendo sexo.

West chegou a se desculpar por suas falas antissemitas em 2023, mas voltou atrás e reforçou as falas preconceituosas no começo de 2025, mesma época em que afirmou ter descoberto que está no espectro autista. Ele voltou a pedir desculpas meses depois, dizendo estar "farto de antissemitismo".

Já em relação à canção citada pelo MSSP, Heil Hitler, ela foi lançada em maio de 2025, com diversas referências ao nazismo, tendo sua veiculação banida de plataformas como o YouTube e Spotify. Após declarar que havia "rompido com o nazismos", Ye relançou a faixa sob o título Hallelujah, trocando as referências à ideologia do regime de Adolf Hitler por alusões ao cristianismo.

Quase duas décadas após ser cancelada, Joey, o derivado de Friends estrelado por Matt LeBlanc, finalmente teve seus episódios finais liberados ao público. As oito partes que encerram a trama nunca chegaram a ser exibidas nos Estados Unidos em 2006, quando a produção foi interrompida ainda na segunda temporada.

Agora, todo o conteúdo, incluindo esses capítulos inéditos, está disponível no canal oficial de Friends no YouTube. Ao todo, são 46 episódios que compõem a série completa.

Trama de 'Joey'

Lançada em 2004, Joey acompanhava o personagem Joey Tribbiani em sua mudança de Nova York para Los Angeles, onde tentava impulsionar a carreira como ator. Na nova fase da vida, ele dividia o cotidiano com a irmã Gina, vivida por Drea de Matteo, e o sobrinho Michael, interpretado por Paulo Costanzo. O elenco também conta com Jennifer Coolidge e Andrea Anders.

Criada pelos produtores de Friends Shana Goldberg-Meehan e Scott Silveri, a série estreou com grande expectativa e chegou a registrar mais de 18 milhões de espectadores no episódio piloto. O interesse, no entanto, esfriou ao longo das duas temporadas, o que levou ao cancelamento antecipado.